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História Como sobreviver a uma criança - Como andar de bicicleta


Escrita por: jeonhurts

Notas do Autor


[será que ainda tem alguém aqui? oi, gente ♡]

sei que devo explicações – e, principalmente, desculpas – por toda essa demora, mas a verdade é que várias coisas contribuíram para que eu entrasse em hiato e isso tudo acabou demorando muito mais do que eu imaginava. essa é primeira vez em onze meses que eu abri o word e consegui escrever alguma coisa, então, mesmo que não esteja bom o suficiente, é uma grande vitória para mim.

agradeço de coração a todos que se importaram comigo e pediram para que eu continuasse escrevendo, se eu não desisti dessa fanfic – e dessa conta –, foi por causa de vocês e > apenas < de vocês. eu continuo sem computador e não posso escrever pelo celular, então agradeçam ao luís por esse capítulo estar saindo hoje ♡

prometo que > tentarei < continuar escrevendo capítulos novos e postando-os com frequência, então não desistam de mim e continuem dando muito amor a csauc!

boa leitura (e eu espero que não esteja tão enferrujada quanto acho que estou, sos)!

Capítulo 10 - Como andar de bicicleta


– Tudo bem, filhote. É só pedalar, deixa que o papai faz todo o resto pra você, certo? – Jeongguk orientou o filho, este que se limitou a mostrar os dois polegares pra cima e então apoiou as duas mãozinhas na bicicleta novamente. – Não precisa ter medo, continua pedalando que vai dar tudo certo.

– Foi o que você disse nas últimas cinco vezes e em todas elas ele caiu de cara no chão. – Jimin, sentado na grama com as costas apoiadas no tronco de uma árvore se pronunciou, mordendo um pedaço do picolé que segurava.

– Se não vai ajudar, não atrapalha.

– Não me solta, pai. Você sempre diz que vai me segurar e acaba me soltando. – Jaemin resmungou, tentando ajeitar o capacete que protegia sua cabeça. – Isso pinica. Eu posso tirar?

– Não, não pode. Se você cair de novo, o que obviamente não vai acontecer porque você já é quase um profissional, esse troço aí vai te proteger. – o moreno respondeu. – E por falar nisso, cadê aquelas porcarias que seu pai disse que você deveria usar nos joelhos e nos cotovelos?

– Não consegui colocar, deixei ali com o tio Chim.

– E por que não pediu ajuda? – o pai perguntou, indo até onde os restos dos equipamentos de segurança estavam jogados e levando-os até o filho. – Nós dois sabemos que se seu pai descobrir que você não tá usando esses negócios aqui, ele vai matar a gente.

Jimin riu. – Ele vai matar você por ter sido irresponsável. O Jaemin não tem culpa do pai que tem.

– Tudo bem – Jeongguk falou, ignorando o amigo e batendo palmas para ganhar a atenção da criança que tentava descobrir quais eram as cotoveleiras e quais eram as joelheiras. –, lembre-se do que eu disse. Não precisa ter medo, o medo é algo bobo e nessa família a gente tem é coragem de sobra pra dar e vender.

– Você já falou pro Tae que o presente de aniversário que o Jaemin quer é um cachorrinho?

– Não, fiquei com medo dele ficar bravo e gritar comigo.

Jaemin soltou uma gargalhada gostosa e fez uma pequena comemoração silenciosa ao conseguir colocar uma das joelheiras. Jeongguk foi até o filho e terminou de colocar o resto dos equipamentos de segurança em seus devidos lugares, embora tenha tido uma ou outra complicação para descobrir onde cada um deles ficava. Agora, com Jaemin protegido de futuras quedas – que, como já dito, obviamente não aconteceria pois Jeongguk confiava no potencial de seu filho –, eles não tinham o que temer.

– Você pode me gravar andando de bicicleta, tio Chim? O papai vai gostar de ver! – Jaemin pediu com um sorriso maior do que a cara.

– Mas é claro, meu amor. – Jimin respondeu, carinhoso que só ele. Levantou-se e tirou o celular do bolso, pronto para gravar quando Jaemin começasse a pedalar.

Estava tudo indo muito bem. Jaemin começou a pedalar e Jeongguk estava atrás, empurrando o filho com todo o cuidado do mundo, instruindo-o a guiar a bicicleta com calma e atenção. Naquele momento as rodinhas não faziam falta nenhuma e a criança realmente sentiu que estava indo bem, isto é, até Jeongguk ter a certeza de que o filho conseguiria sozinho a partir daquele ponto e simplesmente parou de empurrá-lo.

Foram cinco segundos contados até Jaemin olhar para trás, ver que o pai não o empurrava mais e o desespero bater. Dois segundos depois e a criança estava espatifada no chão, de pernas pro alto e a bicicleta jogada na grama.

– Bem – Jimin falou, terminando a gravação e guardando o celular no bolso. Taehyung não veria aquilo nunca, de maneira alguma. –, pelo menos ele estava usando os equipamentos de segurança.

[...]

– É tudo culpa sua, Jimin. – Jeongguk resmungou, carregando o filho no colo enquanto caminhavam para casa.

– Mas o que foi que eu fiz agora, inferno?

– Você tava com os equipamentos de segurança, devia ter visto que o Jaemin tinha esquecido de colocar as luvas!

No fim, toda aquela tralha que o garoto havia sido obrigado a colocar tinha sido em vão. Jaemin esqueceu as luvas e acabou ganhando um baita corte na mão quando caiu, e isso foi mais do que suficiente para que Jeongguk começasse um escândalo, alegando que o corte não parava de sangrar e que o menino precisaria levar pontos.

Jaemin, ocupadíssimo tentando não deixar seu sorvete de morango derreter, nem estava ligando pro chororô do pai. Prioridades.

– Em primeiro lugar, eu não vi que ele tava sem luvas porque tava gravando tudo com o celular. E em segundo lugar, o pai dele é você, e eu não tenho culpa se você nasceu assim, irresponsável. – Jimin o respondeu, carregando a bicicleta debaixo de um braço e a sacola com os equipamentos inúteis na mão livre.

– Sabia que não deveria ter tirado as rodinhas da bicicleta dele agora. Ele ainda é um neném, nenéns não devem fazer coisas perigosas assim, eu bem que avisei pro Taehyung que isso não ia dar certo.

– Jeongguk, o Jaemin já tem sete anos.

– E daí? – o moreno rebateu. – Ele vai ser sempre o meu neném. Cala a boca e vamos logo.

– Tio Chim – Jaemin chamou pelo loiro, a bochecha gordinha toda suja de sorvete e a franjinha molhada caindo sobre os olhos negros. –, papai pediu pra te avisar que se você esquecer da minha festa e não comparecer, ele vai te bater até você pedir socorro.

Jimin bufou. – Seu pai fez questão de colocar sua festa no calendário do meu celular, na minha agenda e ainda colocou um bilhete na porta da minha geladeira, acho meio impossível eu esquecer.

– Jimin, você esqueceu seu próprio aniversário.

– Isso aconteceu uma vez! E aliás, quem está esquecendo algo muito importante aqui é você.

Jeongguk pareceu confuso. – Ué, eu tenho certeza que tirei o lixo pra fora antes de sairmos de casa.

– Não é disso que eu tô falando, idiota. – o loiro bufou. – O Jaemin faz oito anos daqui uma semana e te pediu um cachorrinho. Você disse que ia conversar com o Tae sobre isso há duas semanas e até agora nada.

Jaemin, ao ouvir os adultos falarem sobre seu presente, se animou. Queria ganhar um cachorrinho mais do que tudo no mundo, mas sabia que não seria tão fácil ganhar a permissão dos papais.

– Eu ficaria muito feliz se ganhasse um cachorrinho. – a criança falou, atraindo a atenção dos dois patetas que discutiam novamente. – Cachorrinhos são legais, fofos e adoram brincar. Nós temos um quintal bem grandão, já pensou como seria legal brincar lá, pai?

– Você quer que o papai te compre um cachorrinho, meu amor? – Jeongguk perguntou, sorrindo de lado. Não havia nada no mundo que o rapaz não fosse capaz de fazer pelo filho, mesmo que pra isso ele precisasse enfrentar um Taehyung bravo e gritando que a casa era muito pequena para adotar um cachorro.

Jaemin, entretanto, pareceu ofendido. – Não, não. Não quero que compre um cachorrinho, quero que a gente adote um!

De fato, Jaemin sabia bem a diferença entre adotar e comprar um animal. Havia assistido um comercial que pedia por doações de ração para abrigos e ficou intrigado. Quando Taehyung o explicou, o garoto pareceu triste ao saber que a maioria das pessoas ainda preferia comprar um quando haviam tantos outros em abrigos ou até mesmo nas ruas, abandonados. Queria sim ter um cachorrinho, mas tinha suas preferências e gostaria de adotar um e dar a ele ou ela todo o amor do mundo.

– Papai sempre deixa potes com ração e água na calçada. Ele diz que pode ajudar qualquer cachorrinho que estiver sentindo fome ou sede. Eles sempre voltam pra ver se tem mais, sabia?

Jimin sorriu. – Você é um anjinho, garoto. Um dos teus pais é um tapado completo, mas os dois souberam te criar muito bem. E sim, Jeongguk, eu estou me referindo a você.

Sorrindo falso e segurando a vontade de mostrar o dedo do meio, o dito cujo segurou o filho mais forte nos braços e pediu para que Jaemin mostrasse a mãozinha machucada novamente.

– Não está tão ruim. O sangue secou, a gente precisa lavar e fazer um curativo assim que chegarmos em casa, tudo bem? – Jeongguk perguntou ao filho, recebendo um aceno em troca.

– Você vai conversar com o papai sobre o meu cachorrinho quando a gente chegar em casa?

– Vou, prometo.

– Vocês dois sabem que o Taehyung vai deixar. Primeiro, ele é a pessoa mais apaixonada por animais que eu já vi em toda a minha vida. Segundo, não há nada que o Jaemin peça chorando que ele não faça sorrindo. – Jimin deu de ombros tranquilo, pois sabia que estava certo.

– Animais trazem despesas, Jimin. Temos que comprar ração, uma casinha, brinquedos e ainda nos preocupar se o cachorro é vacinado ou não.

– Eu também tomo vacina. – Jaemin falou, coçando a cabeça com os dedos melecados de sorvete. – Isso quer dizer que eu sou um cachorrinho também?

– Não, criança. Animais tomam vacinas e pessoas também, elas ajudam a te proteger de doenças.

– Oh. – o menino falou, surpreso. – Então é muito importante, não é?

Jeongguk riu. – Sim, é muito importante. É por isso que precisamos nos preocupar se o cachorrinho que vamos adotar é vacinado ou não. Se ele não for, é perigoso tanto pra ele quanto para nós.

– Tomara que ele não chore quando tomar a injeção. – Jaemin falou, fazendo um biquinho pensativo. – Eu chorei um pouquinho, mas foi porque doeu bastante na hora e a moça não foi nem um pouquinho legal comigo.

– Vamos pensar em falar com seu pai primeiro. Se ele deixar, e tomara que deixe, aí sim nós vamos a um abrigo e procuramos um amiguinho pra você, tudo bem? – o pai suspirou. – Só peço que não fique chateado conosco caso ele não permita.

– Tudo bem, pai, eu prometo! – o menino exclamou, sorrindo banguela para o pai. – Mas tomara que ele deixe mesmo, porque eu já até sei qual nome eu vou dar pro cachorrinho. Mas e se for cachorrinha? Eu não pensei em nome de menina. Você vai ter que me ajudar, pai, e o tio Chim também!

[...]

Taehyung estava muito ocupado fazendo uma omelete para notar a conversa silenciosa que acontecia entre Jeongguk e Jaemin. O menino parecia não ter a mínima paciência com o pai e continuava fazendo movimentos desesperados com as mãozinhas enquanto segurava alguns giz de cera. O pai, concordava com a cabeça e parecia pedir calma, mas quem disse que o filho entendia? O garoto apontou para Jeongguk e em seguida apontou Tae, este que continuava muito concentrado na comida que preparava.

Jeongguk respirou fundo e fez um joinha para o filho, que repetiu o gesto no mesmo momento.

– Então – o moreno começou, caminhando devagar até o marido. –, o Jaemin já sabe o que quer ganhar de aniversário.

Taehyung colocou a omelete em um prato e olhou do marido para o filho, um pequeno sorriso nascendo nos lábios rosados.

– E o que é que o meu príncipe vai querer? – perguntou, rindo ao notar as bochechas gordinhas do filho ganharem um tom avermelhado.

– Hm. – Jeongguk riu forçado e sentou-se à mesa bem ao lado do marido, este que beliscava a omelete enquanto esperava o companheiro falar. – O Jae quer um cachorrinho.

Silêncio.

– Um cachorro?

O único barulho vinha do papel sendo rabiscado pelo giz de cera que Jaemin segurava.

– É, um cachorrinho.

Tae mastigou a omelete devagar e então a engoliu.

– Tem certeza de que é isso o que você quer, meu amor?

– Tenho, papai. Tenho muita, muita, muita certeza, a maior de todas!

Os talheres foram largados no prato e Jeongguk continuou em silêncio.

– Tudo bem. Vamos procurar um abrigo aqui por perto e adotar um cachorrinho pra você. – Taehyung disse, sorrindo. Foi o que bastou para que Jaemin soltasse um grito alto o suficiente para assustar os pais, derrubando a folha e o giz de cera que segurava no processo.

– Jura, papai? Jura mesmo? – a criança perguntou, sorrindo tão largo que era possível ver e contar todos os dentinhos que possuía na boca.

– Juro. – respondeu o de cabelos acinzentados. – Mas você precisa saber que ter um animal de estimação não é só brincadeira, tudo bem? É preciso ter responsabilidade. Dar comida, água, levar pra passear, arrumar a bagunça e limpar o cocô.

– Hm – Jaemin fez uma caretinha –, acho que vale o esforço.

– Estamos combinados, então. – Tae estendeu a mão para o filho e este a agarrou, balançando-a como se estivesse fechando um contrato com o pai. O acinzentado riu quando Jaemin fez uma dancinha da alegria, parecendo feliz demais pra se importar com qualquer outra coisa. Jeongguk, por outro lado, estava com a boca aberta e os olhos um tantinho esbugalhados. – Gukkie, você ‘tá legal?

O moreno abriu a boca para responder, mas fechou-a logo em seguida. Arqueou as sobrancelhas em direção ao marido e finalmente perguntou:

– Você não ficou bravo?

Taehyung pareceu confuso por um momento.

– Por que ficaria?

– Bom, animais trazem despesas e é como adotar um filho. Já estava me preparando para consolar o Jaemin caso dissesse não. Ele disse que não ficaria chateado caso recebesse uma resposta negativa, mas nós dois sabemos que isso não é verdade. – o moreno explicou.

– Acho que um cachorrinho vai ser bom pro Jae começar a desenvolver responsabilidade pelas coisas dele. – o mais velho deu de ombros, sorrindo ao ver o filho tentar desenhar um cachorro. – Além disso, eu amo animais, você sabe.

– Eu sei. – Jeongguk sorriu, dando um beijo na bochecha do marido, este que sorriu bobo e apoiou a cabeça no ombro do companheiro. – Só estava com medo de você gritar comigo e jogar aquela panela na minha cabeça, por isso adiei essa conversa até não ter mais jeito.

O acinzentado riu alto, desacreditado. – Não acredito que sou casado com um crianção. Você realmente preferiu esconder isso de mim por puro medo, você é um homem ou um rato?

– Um rato. – respondeu, sem hesitar. O marido gargalhou novamente. – Mas eu sou um rato bem bonito.

– O pai tem medo de você quando está bravo, papai. – Jaemin comentou, concentrado em seu desenho. Estava caprichando pois queria pendurá-lo na geladeira depois que terminasse. – Foi por isso que ele não contou daquela vez que nós fomos fazer compras e ele me perdeu no supermercado.


Notas Finais


espero que tenha sido bom o suficiente pra pelo menos diminuir a vontade de vocês de me matar depois de toda essa demora, risos

agradecimentos especiais ao meu nenê e soulmate lív (@baekinho), que me entende e me apoia até quando eu tô fazendo merda. ela foi a primeira a ler e disse que isso aqui estava bom, então, se estiver uma porcaria, culpem ela.

também dedico isso aqui pras minhas chinbab, pri e rafinha que tão sempre no meu pé me enchendo o saco e me chamando de feto 24/7. elas me amam pra cacete.

também dedico ao minjoonways, um puta projeto com uma puta família do cacete. eu prometi que ia atualizar csauc ainda esse ano e atualizei, agora cada uma de vocês vai ter que me escrever uma vmin.

(e sam, obrigada pela ajuda, tu é quase tão top quanto o jeongguk ♡)

perdão por qualquer erro.


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