1. Spirit Fanfics >
  2. Como sobreviver a uma criança >
  3. Como ter um final feliz

História Como sobreviver a uma criança - Como ter um final feliz


Escrita por: jeonhurts

Notas do Autor


demorei, eu sei, vocês estão putos da vida comigo, eu sei também, mas peço que aproveitem esse capítulo e deixem os xingamentos pra depois porque (in)felizmente vocês não vão mais precisar me ameaçar pra atualizar isso aqui >:c

só pra evitar confusões ao longo da leitura: o taehyung tá com o cabelo azul e o jeongguk de cabelo preto, certinho? só isso mesmo.

uma rápida indicação das músicas que escutei enquanto escrevia pra vocês entrarem no clima:

dont worry be happy – bobby mcferrin
do lado de cá / versos simples – chimarruts
vamos fugir / sutilmente – skank
over the rainbow / what a wonderful world – israel k.
summer paradise – simple plan
lights – bts [melhor que bwl só por não ter a halsey :p]

boa leitura, nos vemos daqui a pouco! <3
[e agradecimentos ao june que tirou um tempinho pra corrigir os – muitos – erros que deixei passar, te ami]

Capítulo 12 - Como ter um final feliz


O céu ainda estava escuro quando a porta do quarto do casal se abriu devagarinho, rangendo. Um corpinho miúdo invadiu o cômodo e, nas pontas dos pés, caminhou devagar até a cama onde os dois adultos dormiam. Arrastava consigo seu coelhinho de pelúcia, Doguinho, pelas orelhas e às vezes tropeçava nas longas pernas do bichinho, mas logo se recuperava e determinadamente continuava seu trajeto.

E então, de repente, parou e avaliou suas opções.

Jaemin não tinha tempo a perder, não. Não entendia muito bem como funcionava o relógio, mas tinha certeza que já havia passado da hora de seus papais se levantarem. Sentiu-se muitíssimo decepcionado com os adultos daquela casa; se atrasariam para ir à praia e a culpa seria todinha dos dois dorminhocos.

Havia esperado muito por isso, passara a semana inteira contando as horas — e os minutos também! Fazia tanto tempo que não ia à praia, sequer se lembrava de como era a sensação de ter areia por entre os dedinhos. Seus papais haviam lhe prometido que passariam um dia in-tei-ri-nho aproveitando a praia, tomando banho de mar e comprando muitos, mas muitos picolés para aliviar o calor.

Jaemin não podia acreditar que seus papais ainda dormiam feito pedras; poderiam ter saído de casa há muitíssimo tempo se não fosse pela falta de responsabilidade deles.

— Parece até que nós somos os adultos aqui, Doguinho — disse para o coelho de pelúcia enquanto balançava a cabeça em negação. — A praia não vai esperar pela gente o dia todo, se a gente demorar muito, ela vai embora e nós vamos perder ela de vista! 

Os olhos grandes e brilhantes do menino então encararam o rostinho adormecido do papai de cabelos azuis — cor esta que o próprio Jaemin havia escolhido! —, mas quando o viu quase babando no travesseiro fofinho, soube que seria um baita desperdício de tempo tentar acordá-lo. Aquele papai parecia entrar em outro mundo quando pegava no sono; nem os roncos do Porquinho (o cachorrinho de estimação que haviam adotado não fazia muito tempo) eram capazes de acordá-lo.

Avaliou, então, sua outra opção.

O outro papai era sempre meio lento depois de acordar e ficava, pelo menos, de cinco a dez minutos olhando para o nada antes de finalmente criar coragem para levantar da cama. Ainda assim, Jaemin achou que ele seria sua melhor tentativa.

Retornou ao quarto dos papais dez minutos depois, e dessa vez segurava Porquinho no colo. O cachorro era meio grande e gordinho, não era lá muito fácil carregá-lo, mas Jaemin não pouparia esforços pela praia.

— Você entendeu nosso plano, né? — perguntou ao cachorro, dando um beijinho carinhoso no focinho deste. — Desculpa que a gente não vai poder te levar pra praia dessa vez, mas a vizinha aqui do lado disse que vai cuidar de você até a gente voltar pra casa. Ela é muito legal, não precisa ficar preocupado, não.

Porquinho, parecendo concordar com a ideia, soltou um latido.

Jaemin sorriu, meio banguela, e deu outro beijinho no focinho do cachorro. Caminhou até a cama onde seus papais dormiam e, bem na pontinha dos pés, se aproximou do rosto tranquilo de Jeongguk. O papai dormia com a boca levemente aberta e os cabelos escuros espalhados pelo rosto; Jaemin quase sentiu pena — quase.

Aproximou Porquinho, que já estava com a língua de fora (aparentemente muito animado por poder contribuir com o plano), até o rosto do pai. A partir daí, o cachorro fez tudo sozinho.

— Acorda, papai! A praia ‘tá esperando a gente!

— Tem certeza que já pegou tudo, Jaemin? A gente não vai voltar pra buscar nada que ficar pra trás — disse a voz meio sonolenta de Taehyung, ajeitando os óculos escuros que faziam o trabalho de esconder suas olheiras.

Passar o dia na praia não era exatamente sua ideia de diversão. Após longas e cansativas semanas de trabalho, tudo o que queria era ficar aconchegado na cama o dia inteiro, talvez assistindo algum desenho com Jaemin enquanto Jeongguk lhe fazia uma massagem nos ombros doloridos.

Entretanto, vendo a animação do filhote, não conseguiu sentir nada além de um calorzinho gostoso no coração. Jaemin dava pulinhos de alegria enquanto colocava o kit de brinquedos de praia no banco de trás do carro; o sorriso da criança poderia iluminar o mundo inteiro. 

Taehyung sabia que não era só pela praia. Jaemin também estava feliz por — finalmente — conseguir passar um tempinho com os dois papais, todos juntinhos. O trabalho exigia muito dos adultos e o menino passava grande parte do dia na escolinha, portanto, não havia muito o que fazer. Apenas a ideia de passar o dia inteirinho com os dois grandes amores da sua vida, se divertindo à beça e criando novas memórias, já era mais do que suficiente para colocar um sorriso satisfeito no rosto do azulado.

— Já ‘tá tudo aqui, papai. — Jaemin falou enquanto colocava, finalmente, as boias de braço dentro da pequena mochila do Homem-Aranha. Esticou os braços para cima e Jeongguk deu um sorriso todo bobo antes de erguê-lo e colocá-lo no assento de elevação no banco de trás. — Da próxima vez a gente pode levar o Porquinho? Ele latiu tanto quando a gente deixou ele com noona, acho que ‘tá chateado porque largamos ele aqui. 

Jeongguk deu uma risada.

— Não se preocupa com o Porquinho, tenho certeza que ele será muito bem cuidado pela Eunha e nem vai se lembrar da gente — disse em um tom de consolo, bagunçando de leve os fios escuros do menino. — Agora vamos, senão a praia se cansa de esperar e vai embora.

— Vamos, vamos, vamos! — Jaemin berrava enquanto balançava as perninhas e os bracinhos para um lado e para o outro.

— Eu escolho as músicas! — Taehyung se manifestou, se posicionando no banco do carona enquanto procurava por alguma playlist boa (entre as milhares já criadas) no celular. 

Jeongguk deixou um selar carinhoso na bochecha macia do marido, achando-o completamente adorável com aqueles óculos em formato de coração no rosto.

O caminho até a praia foi tranquilo, cheio de música boa e as risadas gostosas que Jaemin soltava de vez em quando. Não passava das dez da manhã, o sol brilhava no céu azul sem uma nuvenzinha sequer e a brisa leve entrava pelas janelas do carro sem nem esperar ser convidada; era um dia bonito que estava prestes a ficar perfeito.

Jeongguk batucava no volante ao ritmo de Summer Paradise, a mão do marido lhe fazendo um leve afago na coxa coberta apenas por uma bermuda fina e a voz animada do filho contando todos os planos que havia feito para quando chegassem à praia.

Suas bochechas já estavam doloridas de tanto sorrir, mas ele não se importava. Não quando olhava para o lado e lá estava ele, o homem que amava mais do que tudo no mundo, sorrindo de olhos fechados ao sentir o vento em seu rosto enquanto cantarolava as partes que sabia da música, dando risada de si mesmo quando se enrolava no inglês.

O sorriso em seu rosto apenas se alargava quando olhava para trás e via o rostinho feliz do filho, aquele que havia lhe provado que o amor de pai conseguia ser mais forte do que qualquer outro sentimento que já havia experimentado.

Aproveitando o farol vermelho para agarrar a mão do marido e beijá-la devagar, pensou que não existia nenhum outro lugar onde ele gostaria mais de estar senão ali, com sua família — seu coração já pertencia a eles, de qualquer maneira.

— Pai, será que a gente vai ver algum tubarão hoje? — perguntou a criança, mal conseguindo esconder sua animação ao que a água azul do oceano entrava em seu campo de visão.

Tae deu uma risada. — Espero que não, filhote.

— Eu gosto de tubarões. Eles são grandes, bonitos e tem um tantão de dentes, me dá até medo quando vejo um na televisão.

— Eu concordo com você, mas acho que os tubarões gostam de viver bem lá no fundo do mar, sem ninguém pra encher o saco. — Jeongguk disse, sorrindo bonito para o filho pelo retrovisor. — Eles não gostam nadinha do lixo que as pessoas deixam na areia, muito menos quando jogam no mar, então a gente tem que fazer nossa parte e recolher toda a bagunça que fizermos, certo?

— Até os palitos de picolé, papai?

— Com certeza.

— Se eu prometer não deixar lixo na praia, você me compra cinco picolés?

— Mas assim você vai acabar deixando as outras crianças sem picolé nenhum, não acha? Elas vão ficar bem tristes. — Taehyung tentou argumentar com o filho ao mesmo tempo em que escondia o sorriso que fazia força para crescer em seus lábios; Jaemin conseguia ser adorável ao mesmo tempo em que era um pestinha.

— Não vou ligar muito se elas ficarem tristes, não.

— Jaemin! — Jeongguk tentou repreendê-lo, mas simplesmente não conseguiu mais segurar a gargalhada diante da doída sinceridade do filho. Tae, por outro lado, tapou o rosto com as mãos e balançou a cabeça negativamente, perguntando a si mesmo onde é que havia errado na criação do menino.

Jaemin, sem entender direito o motivo da risada e pensando que aquilo significava que iria sim ganhar seus cinco picolés, contentou-se em observar a paisagem pela janela do carro.

Quando finalmente chegaram ao destino — um canto relativamente mais afastado da praia onde alguns coqueiros faziam uma sombra gostosa na areia —, Taehyung lançou um olhar de repreensão ao filho quando notou que o garoto tinha a intenção de correr até a água sozinho.

— As regras são as mesmas de sempre — disse o de cabelos azuis, procurando pelo protetor solar dentro da bolsa de Jaemin. —, nada de entrar na água sem que seu pai ou eu estejamos com você e não se afastar de nós nem por um segundo.

— O pai disse que as crianças desobedientes que se perdem na praia são levadas pelo homem do saco — comentou a criança, fazendo uma careta ao que Taehyung aplicava o protetor solar em seu rosto. — E daí ele faz uma sopa de criança e os papais ficam muito tristes porque perderam seus filhinhos pra sempre.

Jeongguk desviou o olhar do marido que o encarava incrédulo e começou um leve e descontraído assobio.

— Seu pai exagerou um pouquinho — Tae deu um sorriso reconfortante para o filho enquanto espalhava suavemente o protetor pelas bochechas gordinhas do menino. —, mas o que importa é que você precisa ser obediente, entendeu? Na primeira vez que eu precisar chamar sua atenção, nós pegamos nossas coisas e vamos pra casa.

Jeongguk, então, reforçou mais algumas regras que Jaemin sabia de có, incluindo que ali perto havia uma cabine de salva-vidas e que ele deveria correr até lá se acabasse se perdendo. Depois de ajeitarem tudo debaixo da sombra do coqueiro, Taehyung agarrou o filho no colo e, com os gritinhos de Jaemin como trilha sonora, correu com o garoto até o mar.

A água gelada não foi o suficiente para desanimar pai e filho que logo começaram uma guerra dentro do mar. Jaemin batia as mãozinhas na água com o intuito de molhar Tae até os fios de cabelo, caindo na gargalhada toda vez que o pai formava uma concha com as mãos e jogava água em seu corpinho miúdo.

Jeongguk se juntou aos dois algum tempo depois e orgulhosamente se aliou ao filho na batalha contra o marido.

Houve um pequeno momento de pânico quando, num movimento rápido, Jeongguk agarrou a cintura de Taehyung e se jogou dentro da água levando o parceiro junto, o que foi o suficiente para causar uma crise de choro em Jaemin que pensou que os pais estavam se afogando.

Eles estavam na parte rasa do mar e o máximo que conseguiram com aquilo foram alguns leves arranhões nos cotovelos, mas acharam uma graça ver o filho dizendo que aquilo era muito perigoso e que na próxima vez ele chamaria os salva vidas.

Não demorou muito para que Jaemin quisesse ir brincar na areia; adorava construir castelos de areia e parecia ansioso para dividir seus brinquedos com as outras crianças que estavam por ali.

Enquanto o menino rolava pela areia com seus novos amigos, Taehyung se acomodava na sombra fresquinha — graças ao coqueiro — e apoiava as costas no tronco com um suspiro fundo, relaxando o corpo. Não demorou muito até que Jeongguk desistisse de tentar abrir a cadeira de praia que havia trago e simplesmente se deitasse na esteira estendida na areia, apoiando a cabeça nas coxas do marido (uma opção bem mais confortável, se querem saber).

— Jaemin disse que quer caçar caranguejos depois — disse Taehyung, uma mão ocupada fazendo carícias nos cabelos úmidos do marido enquanto a outra afagava a bochecha macia do amado. — Não sei exatamente o por que, mas acho que tem dedo do Namjoon hyung nessa história.

Jeongguk riu enquanto fechava os olhos.

— Daqui a pouco ele cansa de brincar e inventa alguma coisa que provavelmente vai requerer muito esforço físico e força de vontade — falou o de madeixas negras. — Não tô mais conseguindo acompanhar o ritmo dele, será que tô ficando velho?

— Ontem vocês brincaram de lutinha, jogaram futebol e você deixou ele montar nas suas costas e te fazer de cavalinho até a hora do jantar. — Tae replicou. —, acho que você ainda consegue acompanhar o ritmo dele muito bem.

Jeongguk deu de ombros, virando a cabeça para conseguir olhar para o filho — este que parecia muito empenhado em construir algo que parecia com um castelo de areia com seus novos amiguinhos — e sorrindo ao vê-lo agindo tão livremente.

— Eu lembro perfeitamente do dia em que ele falou pela primeira vez — disse. — Era tão pequenininho, nem conseguia ficar de pé ainda. Parece surreal quando a gente para pra pensar e vê o quanto ele cresceu.

Taehyung sorriu pequeno. Era verdade, sim, que às vezes se assustava ao ver Jaemin conquistando sua independência aos poucos, dando pequenos passos sem precisar da ajuda dos pais, se interessando cada vez mais pelo mundo lá fora. Em seu coração de pai, sempre o teria como seu bebê, a prioridade das prioridades em sua vida; nunca seria capaz de se esquecer da incrível sensação que foi pegá-lo no colo pela primeira vez quando ainda tinha pouquíssimos meses de vida e só queria uma família que o amasse.

— A gente ‘tá fazendo um bom trabalho com ele — falou, por fim, enrolando os fios sedosos do marido por entre os dedos. — Tenho orgulho da criança incrível que ele é.

— Eu te disse que nós seríamos incríveis papais de primeira viagem.

— Não disse, não. Você chorava junto com ele porque não entendia o que ele queria e também chegou a dizer que o futuro dele estava arruinado nas suas mãos porque você não sabia como trocar fraldas. Era a sua primeira vez trocando a fralda dele.

— Todo pai tem seus momentos de insegurança, TaeTae. Isso já passou.

— Semana passada você chorou porque não sabia qual era a cor favorita dele.

— Ao invés de ficar aí me difamando, você bem que podia usar essa boquinha linda pra me encher de beijinhos, né não? — perguntou o mais novo, fazendo biquinho.

Nah, você não ‘tá merecendo. — Tae retrucou, dando um peteleco na testa do marido. — Que história é essa de você dizer pro Jaemin que o homem do saco ia pegar ele pra fazer uma sopa?

Jeongguk não conseguiu segurar a gargalhada.

— Não achei que ele ia acreditar de verdade, juro! — defendeu-se. — E eu disse que o homem do saco só ia pegá-lo se ele fosse desobediente. É uma ótima maneira de mantê-lo na linha, pelo menos até ele crescer mais um pouco e entender que nada disso existe, aí eu vou ter que encontrar outro método.

Taehyung rolou os olhos e colocou os óculos em formato de coração no rosto.

— Hoseok hyung estava certo quando disse que nós seríamos os típicos pais de primeira viagem surtados — riu.

Jeongguk agarrou a mão do marido e entrelaçou seus dedos aos dele, depositando leves carícias conforme a brisa fresca batia em seus rostos e o barulho das ondas se quebrando parecia ser um convite inegável para ficar ali para sempre.

— Eu estava aterrorizado. Nós planejamos aumentar a família por tanto tempo, traçamos tantas metas e nos preparamos muito pra chegada dele, mas eu não consegui não sentir medo quando o vi entrar naquela sala, quando segurei no colo pela primeira vez e quase chorei pensando que o deixaria cair — riu, baixinho, observando o filho correr.

— Nada nos preparou o suficiente praquele momento — disse o de cabelos azuis, o peito se enchendo de amor ao que via Jaemin acenar com as duas mãozinhas para os papais. Acenaram de volta, os rostos felizes e os corações batendo forte. — Chega até a ser engraçado, sabe? Nunca achei que seria capaz de sentir um amor tão grande por uma pessoa tão pequena. Não me arrependo de nada.

E como poderia? Jaemin era parte das suas vidas agora. A parte mais importante e também a mais difícil; a parte que exigia mais esforços, mas também a parte que lhes rendia memórias preciosas, memórias que guardariam para sempre em seus corações. A primeira palavra, o primeiro passinho, o primeiro dia na escola e até mesmo a primeira pedalada na bicicleta sem rodinha.

Cada momento importava.

Com um sorriso no rosto e olhando para o filho — este que parecia bem contente com o caminhar do castelo de areia que construía —, Tae pensou que se existisse algum tipo de manual para papais iniciantes, ele não faria uso. Nada era mais valioso do que todos os momentos de aprendizado — fossem os papais ensinando algo novo para o bebê ou vice-versa.

Ter um filho era uma aventura diária; a maior, melhor e mais feliz aventura da vida dos dois papais.

— Fico feliz que tenha sido você a entrar nessa loucura comigo — disse Taehyung, o sorriso ainda preso em seus lábios, os olhos cheios de amor encarando o marido. — Você me saiu um papai de primeira viagem bem melhor do que eu imaginava que seria, uh? — zombou.

Jeongguk riu e sentou-se enquanto se aproximava do marido, observando o rostinho sereno do homem que seria, para sempre, o dono de todo o seu coração.

— Vocês dois me fazem a pessoa mais feliz do mundo, Tae — falou, a mão indo até os fios de cabelo azulados do marido que formavam uma cortina na frente de seus olhos e os colocando atrás da orelha. — São tudo o que eu preciso.

Taehyung sorriu antes de puxar o marido para um beijo, o coração quase saltando do peito de tão forte que batia. Mal conseguia acreditar que era casado com o homem mais incrível do mundo e que tinham um filho juntos; às vezes parecia até um sonho do qual ele não possuía vontade alguma de acordar.

Acariciando os fios da nuca de Jeongguk, o azulado deu-lhe um beijo na testa e repetiu o gesto em sua bochecha macia e corada ao escutar a risadinha boba do moreno.

— Eu amo você. — Tae disse, sorrindo ao que os olhinhos escuros do marido brilharam como se milhões de estrelas reluzentes estivessem presas ali dentro.

Antes mesmo que Jeongguk pudesse abrir a boca para responder, Jaemin gritou.

— Pai! Papai!

A voz animada do menino despertou os dois adultos e fez com que virassem a cabeça para olhar para a criança. Jaemin vinha correndo, desesperado, e apontava para o sorveteiro que vinha caminhando devagar pela areia da praia, assobiando enquanto as crianças saíam em disparada atrás dele.

Taehyung segurou a risada ao ver seu filhote quase tropeçando pelo caminho e aceitou a ajuda de Jeongguk quando este ficou de pé e lhe estendeu a mão para que fizesse o mesmo.

Um ao lado do outro e abraçados como podiam, os dois começaram a andar em passos leves e lentos — completamente adversos ao filho, este que ainda corria em direção aos pais enquanto erguia os braços como se pedisse para um dos dois pegá-lo no colo. Assim que erguido e segurado bem firmemente nos braços de Tae, os três continuaram o caminho até o carrinho do sorveteiro (que parecia desesperado enquanto tentava atender todas as crianças ao mesmo tempo).

Jeongguk se esticou e beijou os cabelos bagunçados do filho, repetindo o gesto com o marido quando este fez um biquinho adorável.

— Eu amo vocês mais do que tudo — murmurou para que só Taehyung conseguisse ouvir, sorrindo ao que o azulado lhe encarou com ternura e carinho. — Mas se vocês dois não apressarem o passo, eu vou ficar com todos os picolés só pra mim!

E, feito uma criança sapeca, desatou a correr — o filho seguindo logo atrás após quase ter se jogado do colo de Tae para que pudesse perseguir o pai. O de cabelos azuis, andando devagar e balançando a cabeça em negação enquanto observava a cena com um sorriso no rosto, pensou que — apesar de todos os apesares — eles realmente não precisavam de manual algum; sua família era perfeita da maneira que era. Eram papais de primeira viagem e ainda tinham muito a aprender, sim, mas ninguém podia negar que sabiam muito bem como cuidar de uma criança.


Notas Finais


[decidi deixar a cena do jeongguk tocando over the rainbow no ukelele de fora porque eu já tava triste demais, obrigada]

e é isso. eu estou — finalmente — encerrando csauc. queria < muito > agradecer a todo mundo que acompanhou a trajetória dessa fanfic. esse plot foi, é e sempre será extremamente importante pra mim e foi uma honra poder compartilhá-lo com vocês. isso aqui foi iniciado em 2k16 através de um desejo super bobinho que eu tinha de escrever taekook papais, eu definitivamente não esperava por toda essa resposta positiva e só tenho a agradecer.

de 2k17 pra frente foi meio difícil continuar com isso aqui, pensei em desistir e apagar tudo < várias e várias vezes >, mas fico feliz que não o fiz. demorei quase três anos pra encerrar csauc, mas estou finalmente completando esse capítulo e, surpreendentemente, não me sinto tão triste quanto achei que sentiria (acho que tá mais pra uma sensação de dever cumprido). espero < mesmo > que vocês tenham curtido ler isso aqui tanto quanto eu curti escrever, de verdade.

de qualquer forma, obrigada por cada fav, cada comentário, cada divulgação, cada mp e dm; tudo isso foi muito importante pra mim. obrigada por terem acompanhado não só a evolução do plot, mas também a minha evolução como ficwriter (e capista, pq as primeiras capas de csauc foram < horrendas > IQJMOMP). desculpa se eu acabei deixando o final muito tristezinho, mas é que eu sou boiola demais pelos taekook e pelo jaemin, não consegui me segurar :c

AH! eu ainda tenho algumas ideias que eu acho que merecem ser escritas, então é bem provável que csauc ganhe alguns extras futuramente!

queria também dedicar esse final aos três grandes amores da minha vida: tony stark, kim taehyung e meu doguinho. vocês tornam esse mundo um lugar melhor.

espero ver todos vocês nos meus futuros trabalhos (que eu prometo que sairão muito em breve!), muito obrigada mesmo e até a próxima <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...