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História Como sobreviver a uma criança - Como ter orelinhas de duende


Escrita por: jeonhurts

Notas do Autor


finge que eu não tô muito atrasada, tá bom?

eu juro que era pra esse capítulo ter saído no Natal - ou até um pouco antes -, mas acabei tendo uns problemas e realmente não deu pra postar... me desculpem ♡

enfim, de qualquer forma, eu espero que vocês tenham tido um ótimo Natal, e já quero desejar a todo mundo um feliz ano novo! nesse ano eu passei por momentos complicados, e sei que muitos de vocês também, então espero que o ano que vem seja muito melhor para todos nós.

eu espero que gostem desse capítulo, de verdade, tá bem simples e eu só tô postando porque não queria deixar passar batido, mas tem um significado muito especial por ter algumas referências à minha família, então... aproveitem ♡

boa leitura, nenéns!
(e já sabem, né? relevem os erros ♡)

Capítulo 3 - Como ter orelinhas de duende


Fanfic / Fanfiction Como sobreviver a uma criança - Como ter orelinhas de duende

– Ali, appa, ali estão as luzinhas coloridas! – Jaemin falou, apontando para a direção que o pai deveria seguir. Sentado dentro do carrinho do hipermercado e cercado de lindos enfeites de Natal, a missão do menino era ajudar Tae com as compras de fim de ano. Estavam ali há boas horas, escolhendo os presentes de familiares e amigos, terminando de comprar os enfeites que seriam colocados na majestosa árvore que seria montada assim que chegassem em casa. Jaemin estava ansioso para terminar logo aquelas compras; queria ir logo para casa e montar sua árvore de Natal, pois tinha certeza que ela seria a mais bonita e reluzente do mundo todo, ainda mais tendo a ajuda de seus papais para decorá-la. – Ainda vamos demorar muito aqui?

– Já estamos acabando. – foi o que Tae respondeu, esgotado. Suas pernas doíam e sua cabeça latejava como se houvessem sinos lá dentro. Compras de Natal eram sempre tão desgastantes e cansativas, e ele nem sabia o motivo de ter se voluntariado naquele ano para realizá-las. Empurrava o carrinho devagar, olhando para todas as prateleiras para ter certeza de que não se esqueceria de nada.

– Ainda bem. – o menino no carrinho falou, se animando um pouco mais.

O pai rolou os olhos e respirou fundo ao escutar aquela mesma música natalina soando pelos alto-falantes do hipermercado pelo que parecia ser a quinta ou sexta vez em menos de meia hora.

– Olha, sinceramente, eu estou começando a achar que eles não conhecem nenhuma outra música de Natal além dessa. Tudo bem que eu amo canções natalinas e tudo mais, só que os meus pobres ouvidos não aguentam mais escutar essa mesma melodia! – choramingou. – Estou pensando seriamente em presentar o pessoal que controla esses alto-falantes com um CD de músicas de Natal, pelo menos assim eles teriam mais opções além dessa aí que tá tocando já faz umas três horas. – reclamou num murmúrio, jogando dentro do carrinho um tubo de plástico cheio de enfeites de bolinhas douradas e brilhantes. Jaemin bateu palminhas ao vê-las; seu pai tinha um ótimo gosto para escolher enfeites de Natal, isso ninguém podia negar.

– Não se esqueça das luzinhas, papai. – a criança disse, pegando a lista de compra e varrendo os olhinhos negros por toda a caligrafia bonita do homem que o empurrava no carrinho. – E nós não podemos nos esquecer de comprar o presente do tio Yoon! Ele disse que queria uma coisa bem chique e cara esse ano, e que nos daria um chute se comprássemos uma lembrancinha pra alguém tão especial como ele. – riu.

– O que esperar do Yoongi, não é mesmo? – Tae permitiu-se rir junto ao filho, parando ao lado de uma prateleira e pegando os tão amados pisca-piscas que Jaemin tanto pedira. – Quantos desse aqui você acha que a gente precisa comprar? – perguntou.

– O máximo que pudermos. – foi o que o menino respondeu. – Meu appa Gukkie é a pessoa mais desastrada que eu já conheci, aposto que vai acabar queimando as luzinhas assim que colocá-las na tomada. É melhor comprar o estoque todo, papai, só por precaução. – deu de ombros, tornando a analisar a lista de compras presente nas mãos pequenas e gordinhas. Tae gargalhou, sendo obrigado a concordar com cada palavrinha proferida pelo filho; nunca conhecera alguém mais desastrado e desatendo que o marido.

Jeongguk, como a mãe do próprio vivia dizendo, parecia ter buracos nas mãos. Destruía tudo o que tocava e deixava tudo cair no chão, parecia até uma criancinha. Não seria surpresa alguma caso ele acabasse quebrando dois ou três enfeites ou queimasse um daqueles pisca-piscas, e foi exatamente por isso que Tae acabou comprando tudo em dobro. Se por ventura o marido destruísse sem querer alguma coisa, a decoração não ficaria desfalcada.

– Tudo bem, tudo bem. Vamos continuar, ainda temos muita coisa pra comprar e eu aposto que as filas dos caixas devem estar enormes. – o castanho falou, recebendo do filho um aceno de cabeça. E à procura do que ainda não haviam achado, ambos começaram a perambular pelo hipermercado novamente, pois queriam terminar aquelas compras o quanto antes para que pudessem em ir embora logo.

– O que acha de comprarmos aquelas orelhinhas de duende para o tio Yoon? Bem, ele é branquinho e todo pequenininho, acho que seria um ótimo ajudante de Papai Noel. – Jaemin tornou a falar, olhando para trás e encarando o pai. O menino parecia levar aquela ideia a serio, e o castanho não conseguiu segurar uma risada. – Será que ele vai gostar do nosso presente? – indagou, parecendo repentinamente animado em relação ao que comprariam para o tio. Já conseguia imaginar a cara de surpresa que o Min faria ao abrir o embrulho; estava até ansioso para ver como o tio ficaria com aquelas orelhinhas pontudinhas e um gorrinho na cabeça. – Ah, tive uma ideia melhor! – exclamou, dando um pequeno susto no pai. – Nós podemos comprar a fantasia de duende completa ao invés de só as orelhinhas! Imagine só, papai, como ele vai amar!

Tae riu ao imaginar a cena, e preferiu não acabar com a alegria do filho. Limitou-se a balançar a cabeça e dizer: – Aposto que a reação dele será fantástica.

[...]

Os presentes já estavam debaixo da árvore – esta repleta de enfeites e pisca-piscas, tão linda que Jaemin sentia vontade de chorar de emoção e orgulho sempre que a olhava –, a casa já estava decorada e a ceia quase pronta. O menino sorria como nunca enquanto sentia o estômago embrulhar de tanta ansiedade; mal via a hora de seus tios e avós chegarem para que pudesse matar a saudade e brincar com todos eles. Jaemin desceu do sofá e correu até a cozinha, onde seus pais estavam. Queria saber quando tudo ficaria pronto, pois os convidados estavam prestes a chegar, mas acabou presenciando uma cena que não lhe agradou.

– Jeongguk, não faça tempestade num copo d’água. Eu apenas convidei o nosso vizinho para cear conosco, qual é o problema? – Tae perguntou, rolando os olhos. Ignorou a encarada incrédula que o marido lhe lançou e continuou pondo os pratos na mesa, todos em ordem. Quando terminou, afastou-se minimamente e observou tudo com cautela, só para ter certeza de que nada estava fora do lugar. – Ele não tem muitos amigos na cidade e os pais dele moram em outro país, eu não podia deixá-lo passar o Natal sozinho naquele apartamento. – falou.

– Você sequer me perguntou se eu concordava com isso antes de chamá-lo para cá! – o mais novo rebateu, parecendo realmente irritado.

O castanho respirou fundo. – Tudo bem, olha, é Natal e eu realmente não quero brigar. Eu posso ir ao apartamento do Jimin agora mesmo e retirar o convite, não tem problema nenhum. Tenho certeza que ele entenderá o fato de você ser um babaca ciumento que não quer vê-lo na nossa casa por causa de uma simples implicância boba. – sorriu falsamente em direção ao marido, este que rolou os olhos e encarou o chão logo após. – Caramba, onde é que está o seu espírito natalino? Eu não posso acreditar que você vai mesmo deixar alguém passar o Natal sozinho só por causa de um ciúme que não tem fundação alguma!

– Eu não quero estragar a noite de ninguém, tá? – Jeongguk respondeu. – Eu só não gosto do jeito como ele te olha e fala com você. Aquele garotinho abusado está sempre cheio de sorrisos bobos e risinhos repletos de segundas intenções, parece até que é apaixonado por você. – resmungou enquanto cruzava os braços e se apoiava na parede. Não lhe agradava em nada a ideia de passar o Natal ao lado do vizinho estranho, mas brigar com seu marido por causa disso seria bem pior.

Tae encarou-o surpreso, e logo depois uma gargalhada escapou por entre os lábios cheinhos e rosados do castanho.

– Você não tem ideia de como parece infantil dizendo isso! – exclamou, ainda entre risos.

Jeongguk, parecendo não compreender o motivo da risada do outro, fechou ainda mais a cara. – Eu estou falando sério!

– Tudo bem, olha – o mais velho secou as lágrimas inexistentes no canto do olho e respirou fundo. –, o Jimin é um cara legal e simpático, e ele não é apaixonado por mim. Jaemin o adora e ele sempre nos tratou com muito respeito. Acho que você está interpretando as coisas de um modo errado. – falou.

Jaemin, ainda parado na entrada da cozinha, precisou concordar com o pai. Jimin era engraçado e brincalhão, adorava desenhos e filmes de terror, assim como o pequeno menino. O garoto o enxergava como um grande amigo, e não conseguia achar motivos para que seu pai não gostasse dele. Jaemin não sabia exatamente o que era ciúme, mas deduziu ser algo ruim, já que estava fazendo seus papais brigarem daquele modo por algo tão bobo.

– Tae... – o moreno ainda parecia relutante para com a ideia.

Taehyung suspirou e caminhou até o marido, abraçando-o pela cintura com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo. Jaemin sorriu pequeno; aquilo era um bom sinal.

– Eu não quero brigar com você, não hoje. Eu realmente queria que pudéssemos passar o Natal todos juntos, unidos como uma família – o castanho deu de ombros. –, mas prometo tentar entender se você me disser que não se sentirá confortável com isso.

Jeongguk pareceu ponderar por alguns instantes, apoiando a cabeça no ombro do marido. Suspirou profundamente quando ergueu o olhar novamente e encontrou as orbes escuras do outro lhe encarando cheias de esperança. A quem ele queria enganar? Nunca seria capaz de negar qualquer coisa ao castanho, ainda mais quando ele possuía aquele brilho genuíno nas íris. Faria qualquer coisa para ver o marido contente, e foi por isso que balançou a cabeça para cima e para baixo, se desarmando e cedendo completamente.

– Tudo bem, o Jimin pode vir também. Eu estaria sendo muito egoísta se o deixasse passar o Natal sozinho apenas porque não consigo controlar meu ciúme. – deu um mínimo sorriso ao notar o rosto do marido iluminar-se, os olhos alargando-se conforme um sorriso lindo surgia nos lábios rosados. – Eu também não quero brigar. – murmurou.

– Esse será o melhor Natal de todos, eu prometo. – Tae disse, animado, e roubou um rápido beijo do marido.

Estava ansioso; qualquer um conseguia enxergar isso. Apesar de um pouco estressante, o Natal era um momento de alegria que deveria ser comemorado entre família e amigos. Finalmente poderia abraçar os pais novamente, depois de tanto tempo sem vê-los. Teria enfim a presença de Yoongi e Hoseok, seus dois melhores amigos que haviam se ocupado com seus devidos trabalhos nos meses anteriores, e que por isso haviam diminuído as visitas que faziam quase toda semana. Seria bom se reunir com todos, bater papo até a garganta doer e matar um pouco da saudade que habitava o peito.

Tae afastou-se do marido e checou novamente os pratos e os talheres em cima da mesa, apenas para ter certeza de todos estavam mesmo perfeitamente alinhados.

– Já está tudo pronto, agora é só esperar todo mundo chegar.

Jaemin, que ainda observava os pais, fechou os olhinhos e agradeceu ao Papai Noel por aquela pequena briga ter sido apenas um alarme falso; não queria nem pensar em como o Natal seria horrível se seus papais estivessem bravos um com o outro.

Correu para a sala novamente e ficou de joelhos perto da árvore reluzente. Mal via a hora de abrir logo aqueles presentes.

Tio Yoongi iria adorar o presente dele, com certeza.

[...]

Já haviam ceado – e Jeongguk fizera um discurso tão bonito que arrancara lágrimas dos olhos de Tae –, e então o momento mais aguardado por Jaemin finalmente tinha chegado.

– Vamos abrir os presentes! – exclamou o menino, animado.

E foram risadas pra lá, risadas pra cá e muito papel de embrulho jogado no chão da sala. Ninguém se importava muito com a bagunça que estavam fazendo, muito menos se os vizinhos iriam reclamar das altas risadas e dos gritos que Hoseok soltava de vez em quando; ali, unidos e juntos como uma família, a única coisa que importava era o sentimento bom e o conforto, a quentura que cada coração guardava. Tinham lá suas diferenças e às vezes brigavam por conta disso, mas no final tudo acabava bem. E apenas isso bastava.

– Mas que... Jaemin, vem aqui agora! Onde já se viu, me dar orelhas de duende como presente de Natal?! Eu vou chutar a sua bunda, pirralho abusado!


Notas Finais


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bom fim de ano pra vocês, até o próximo capítulo ♡


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