Segunda-feira, 18 de maio.
Três dias desde o tal acontecimento, e como eu estou? Bom toda vez que escuto o nome dele ou penso nele minhas mãos começam a suar e minha barriga se contorce ao extremo, mas fazer o que, minha vida tem que continuar foi apenas uma atração psicológica por ele estar usando uma camisa do Star Wars e ter aquele sorriso lindo, viu pura atração física e blá blá blá.
"Penso, logo existo" li isso enquanto a professora tagarelava sobre como temos que dar valor a sociedade e tentar mantê-la unida e sem conflitos, para mim ela sempre quis nos transformar em adolescentes conservadores sem opinião e nem um pouco de vontade de viver, como posso dizer ela queria nos transformar em humanos sem mentes, mas o que poderia esperar de uma mulher que não acredita no feminismo e na sua causa, sim eu sou muito ligada nisso afinal meu pai é advogado.
Finalmente sua aula acabou o sinal para o recreio bateu minhas mãos começaram a suar, sim eu ia ver ele, ele estava no 2° ano B e eu no A, era quase impossível não ver ele naquela escola, pode ter parecido repentino essa "paixão" que simplesmente é uma reação química do meu corpo, mas vou te explicar corretamente, ele se mudou para o Mato Grosso quando tinha 8 anos, nós éramos vizinhos e bem "amigos" - na verdade ele era bem irritante - mas como ele se mudou perdemos contato e então em pleno meio de 2017 ele volta.
Pego meu fone de ouvido e meu celular na bolsa, coloco o fone, passo pelos corredores e desço as escadas, nenhum sinal dele pelo menos não vou pagar mico se não ver ele, vou em direção a biblioteca, que algum otário deixou a porta aberta, do nada começa a tocar minha música - Sorry not sorry, Demi Lovato- aproveito que ninguém está por perto e começo a cantar e fazer uma dancinha que se alguém visse iria achar que eu estava passando mal, vou entrando na biblioteca.
BUM! Quando vi estava no chão, com uma pilha de livros e cima de mim, não me controlo e já começo a reclamar:
-MAS QUE MERDA É ESSA NÃO ESTÁ ME VENDO AQUI NÃO!
-Foi meio difícil com essa pilha de livros na minha mão - era nada mais nada menos que Diego, um aluno do 2°B que era considerado o mais bonito do ensino médio, nunca cheguei a falar com ele, mas realmente o título era bem adequado, moreno, 1,70 mais ou menos, barba rasa, aquele maxilar definido, sinceramente atrativo - e eu só vi você quando já estava a uns 3 centímetros de você alias bela dancinha.
-Pelo menos me ajuda a levantar Sr. Educado ou acha que vou me levantar sozinha depois de um ataque surpresa desses.
Ele pegou na minha mão e me puxou, mas com toda sorte do mundo meus pés estavam apoiados em cima de um livro e acabei escorregando e caindo em cima dele, foi constrangedor nós estávamos a poucos centímetros de um desagradável contato, na verdade ele não era tão desagradável de perto assim, ele cheirava a cravos e eu amava cravos, ficamos nos encarando por 2 minutos até que acordei para a vida e fui me levantar, mas quando olhei para a porta o Eduardo estava parado olhando para a gente.
Quando me levantei e olhei de novo ele já tinha desaparecido, ajudei o Diego a recolher os livros e na mão direita dele vi um anel bem interessante, que já havia visto na mão do Eduardo um exatamente igual e então resolvi perguntar:
-Esse Anel, o que significa esse "M" nele? Parece bem caro...
-Aa esse é um anel da minha família, a gente passa ele de geração para geração na verdade só tem mais um igual a esse e está com meu primo.
Fiquei boquiaberta demorei alguns minutos para processar a informação de uma vez, ele disse mais alguma coisa, mas não entendi, só sai da biblioteca o mais rápido possível. Minha mente estava regada de dúvidas, o que Eduardo deve estar pensando agora? Como assim eles são primos? E por qual motivo aquele perfume não sai da minha mente?
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