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História Como tudo começou. (HIATUS) - Capítulo IX


Escrita por: ChiyoMin

Notas do Autor


Oi pessoaaaaal!! Finalmente consegui atualizar a fanfic. Eu fiquei tão chateada por ter que deixar vocês esperando, mas vou explicar o que aconteceu comigo.

Recentemente, descobri que tenho distúrbio de ansiedade, e por conta disso a vida da minha família e a minha se tornou um caos. Passei muito mal, tive pânico, fiquei paranóica, desmaiei... enfim foi uma loucura constante. Maaaaaaas, tudo tem um final feliz, certo? Kkkkk Estou tomando remédios e começarei a ir no psicólogo. Esse tempo que melhorei, foi o tempo que tive pra escrever, ou seja, conseguirei atualizar a fanfic mais rápido! Eeeeeeeee \õ/
Esse é um resuminho do que aconteceu comigo, e não podia deixar vocês sem explicações!

AVISO: o capítulo aborda um tema comum na vida de uma mulher, infelizmente. Vocês vão surtar, mas seguerem a marimba aí monamur.
Flashbacks estão com aspas e em itálico.

Boa leitura ♡

Capítulo 9 - Capítulo IX


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou. (HIATUS) - Capítulo IX

Quando se afastaram alguns centímetros, Sakura o encarava passar a língua pelos próprios lábios. Ele olhou-a, sorriu, acariciou-lhe pelos fios rosas, e logo por fim disse:

–Entre Hinata e eu, já não existe mais nada.


A rosada ficou alguns segundos paralisada, totalmente sem reação. Piscou os olhos rapidamente, tentando voltar a realidade. Olhou Naruto que lhe encarava sorrindo, recordando-se das palavras que ele acabara de dizer. Seu coração batia de forma tão pulsante e rápida que podia senti-lo em seu peito. Em seu rosto começou a se formar um dos sorrisos mais bonitos que Sakura poderia dar à alguém. Aquela notícia de alguma forma deixou-a tão alegre, que a fazia ficar toda embaraçada.

Sua mente começou a repetir diversas vezes que Naruto finalmente era um homem solteiro outra vez, e que não haveria mais nenhum impedimento para ele se afastar do filho que está a caminho, ou algo deste nível. Porém, como todo ser humano, Sakura se lembrou que antes de qualquer coisa, Hinata amava aquele homem em sua frente, e, mesmo que ela nutrisse algo por ele também, jamais deixaria que sua amiga perdesse a oportunidade de conquista-lo novamente.

Parecia burrice, abrir mão de um amor por alguém, mas Sakura era boa demais com as pessoas. Como Ino havia lhe dito, quem decidiria isso seria o próprio Naruto. Não seria o tipo de mulher que faz o impossível pra conquista-lo, tão pouco mudaria seu jeito de ser. Se fosse pra ficar com ele, que ele aceite-a da forma que é.

– Não sei nem o que dizer – riu nazado – Mas acho que––

Naruto a interrompeu:

– Por favor Sakura-chan, não ache nada – disse – Vamos aproveitar esse momento... Juntos... – Sussurrou.

– Precisamos voltar pra sala, vão começar a estranhar nossa demora – Disse.

– Somos apenas futuros pais conversando, não tem o que estranhar-ttebayo – Sorriu.

A rosada começou a respirar de forma tensa. As mãos do rapaz haviam rodeado sua cintura enquanto seus corpos estavam colados um ao outro. Mesmo que a jovem já tivesse imaginado aquele momento de várias formas possíveis, ela não conseguia controlar aquela sensação estranha em seu corpo. Sentia sua mão começar a soar sobre o peito de Naruto, e suas pernas ficar em falso.

Suspirou fundo, começando a criar uma conversa pra disfarçar qualquer tipo de desconforto que surgisse:

– O que queria falar sobre a Ino?

O Uzumaki riu percebendo a falta de jeito dá jovem, mas evitou comentar no assunto:

– Eu tinha certeza que acabaria contando pra ela, vocês não se desgrudam.

– Errei em tentar esconder isso dela...

– Por que?

– Ela é minha amiga, eu deveria confiar nela mais vezes – pausa – e também, porque tem alguém aqui que insiste em crescer rápido – Sorriu tocando na região do próprio ventre.

– Posso tocar? Daquela vez você não deixou.

O pedido repentino e rápido fez que a rosada desse um passo para trás, surpresa. Mas Sakura apenas balançou a cabeça, concordando, dando espaço pra que o rapaz lhe tocasse na barriga.

Rapidamente as mãos ásperas deste tocaram sobre sua pele por baixo da camiseta. Aquele arrepio momentâneo surgiu quando ele deslizava a palma para acariciar, mas sumiu quando por fim se acostumara com aquilo.

Naruto estava encantado, seu sorriso era grande e largo, que emitam leves risos. Seus olhos brilhavam feito uma criança que admirava um brinquedo que desejava. O Uzumaki se encantara com a ideia de ser pai. Mesmo que apenas esteja sentindo através da barriga de Sakura, a sensação de saber que aquele pequeno ser ali dentro era dele, o deixava sem palavras. Indescritível expressar o que sentia.

Sua atenção voltou para a Haruno, encarando-a com olhos trêmulos. Sem dizer uma palavra se quer, ele abraçou-a firme sendo retribuído no mesmo instante por reflexo.

– Eu sei que você não está muito bem com esta situação, mas queria dizer que fico feliz que isso esteja acontecendo com a gente-ttebayo – Disse Naruto.

– Não se preocupe com isso, está bem? – suspiro – Não está sendo fácil para mim, ainda não ingeri muito bem essa ideia de ser mãe, mas não posso ficar sempre me lamentando pelo que aconteceu não é mesmo? – Disse Sakura.

Ainda unidos pelo abraço, o rapaz ri forçado com o que ouviu, ficou em silêncio por um instante, até que disse:

– Pra você eu não sou a pessoa ideal pra ser pai do seu filho, mas eu juro que estou me esforçando pra melhorar.

A rosada permaneceu calada. Ah, se ele soubesse o quão ela o admirava e que estava feliz por ele ser o pai daquela criança. Um homem presente, que faz o impossível pelos outros, realmente era a pessoa ideal para isto. Sakura começou a se lembrar das palavras que disse quando descobriu que havia feito sexo com Naruto, aquela pitada de desgosto a incomodou, pois ela havia levado aquilo como se fosse culpa dele, mesmo o rapaz sendo tão inocente quanto ela. Por fim, tudo mudou. Sakura agora é uma mulher diferente, com pensamentos diferentes. Estava disposta a querer provar que ele é a pessoa ideal pra ser pai.

– Me dedicarei ao máximo por você e pelo meu filho – Terminou.

Sakura arfou quando os braços fortes lhe envolveram mais firme. Seu corpo ficou trêmulo, e a vontade de chorar rapidamente apareceu. Não sabia se era os hormônios da gravidez, mas a sensação era boa.

A rosada era extremamente grata por tudo, e aquele momento descrevia isto. As lagrimas não caiam por acaso, havia um propósito que só seu coração sabera.

Ela ainda tinha muitos sentimentos para desvendar.


•••


Há quanto tempo Sakura não dormia tão bem assim? Ela já não se recordava. Sem mais, esbanjava sorrisos por cada cômodo que ia; desde o banheiro para higiene pessoal, até a cozinha pro café da manhã. Era gratificante pra Mebuki como mãe, ver sua filha finalmente animada com algo. Na sua cabeça, acreditara que tal alegria não passava de ansiedade pelos planos que ela e Ino botaram em prática na noite passada. Porém a felicidade da futura mamãe, já havia nome e sobrenome, os quais a mulher nem desconfiava.

– É tão bom te ver assim, querida – Disse quando viu Sakura entrar na cozinha – Eu sei como te faz bem sentar e conversar com pessoas que são importantes pra você.

A rosada sentou-se em uma das cadeiras, sorrindo por ver que sua mãe estava feliz também. Depois de alguns meses, alguma coisas boas precisavam acontecer naquela casa, restabelecer a alegria que nunca deveria ter desaparecido.

– Palavras de carinho resolve qualquer coisa – disse Sakura enquanto a imagem de Naruto vinha a mente – Sinto que tenho com quem contar e isso me deixa feliz.

– Você sempre teve com quem contar, a diferença era que não conseguia enxergar isso – Mebuki colocou algumas torradas em frente a filha, acompanhado com meio copo de café amargo pra que ela pudesse comer – De qualquer forma, sempre estarei aqui pro que precisar.

– Obrigada, mãe – Sorriu.

Tomou o café da manhã animada, arrumou seus materiais de trabalho e foi para o hospital principal. Mesmo que o enjoo insistia em aparecer por conta da amargura da cafeína, não parecia que aquilo a incomodava. Estava com a mente tão distante que nem se quer importava com o mal-estar.,

Enquanto caminhava, tocou-lhe na própria barriga pela primeira vez com afeto de mãe. Aquela mistura de ansiedade por querer ver o rostinho do bebê e a alegria que alguém vive por conta dela tomou seu coração. Os pensamentos de meses atrás de que, a infelicidade sempre estaria com ela por causa da gravidez, desapareceram completamente. Isso tudo porque mesmo que muitos a pudessem criticar por ser mãe solteira, tinha alguém que a protegia.

– Ino é uma figura – riu alto – Não consigo acreditar que ela gosta de alguém como Sai.

Naruto e Sakura saíram em direção ao lado de fora da casa dos Haruno’s. Pararam em frente a porta, onde ficaram frente a frente com o outro. Entre uma distância curta.

– Ora, não fale assim dela. Sabemos que não escolhemos quem nos apaixonamos. – defendeu a amiga, mas ainda ria com a ideia de imagina-la casada com o ex-companheiro de time.

– Mas é o Sai, Sakura-chan. É o frio e inconveniente do Sai. – Revirou os olhos ao lembrar quando o amigo falou sobre o pênis do mesmo.

– Não é pra tanto – Riu alto.

Naruto pegou na mão de Sakura, a qual não foi recusada. Um sorriso brincalhão apareceu no rosto do rapaz que parecia divertir-se com algo que se lembrou.

– Vai me dizer que ele já não te tirou do sério? – riu – Quer que eu te lembre de um incidente-ttebayo?

– Idiota. – Sorriu.

Um silêncio habitou entre eles. Eram apenas trocas de olhares profundas, parecia que cada viam a alma do outro. Naruto aproveitou o momento, e de forma rápida e significativa, aproximou de Sakura, que ao menos se mexia.

Um beijo carinhoso e lento foi depositado na bochecha dela. Um sorriso grande e tímido foi a resposta. Aquilo foi o suficiente pra trazer sensações gostosas.

As famosas borboletas no estômago.


Seus passos eram rápidos para não se atrasar, porém cansativos. A gestação deixava-a assim. Sem menos olhar para frente, caminhou olhando para baixo, em direção ao ventre, distraída com aquele pequeno serzinho.

Sentiu trombar em alguém, e envergonhada não quis encara-lo. Ouviu a pessoa rir, percebendo que tratava-se de um conhecido. Muito conhecido por sinal.

– Calma Sakura – riu – É capaz de cair por aí com sua distração.

– Desculpe, Sasuke-kun... Não consigo me conter, estou feliz. – Sorriu.

Sasuke bufou olhando para o alto com ar irritadiço. Seus olhos voltaram para Sakura, que sorria para o vento lembrando de algo que só ela sabia. E de alguma forma, incomodando o homem a sua frente.

O Uchiha tirou as mãos de dentro da capa preta e as entrelaçou, apertando-as uma contra a outra com força como se estivesse se controlando de algo. Seus reações estavam estranhas, eram caras e bocas de boa expressão. Sakura nem se quer notou. Aquela sensação de estar sendo ignorado era tão irritante que, Sasuke rapidamente apertou um dos braços da jovem que por reflexo olhou-o, finalmente.

– Queria te dizer algo importante, será que––

A rosada o interrompeu percebendo que o mesmo tentava se aproximar:

– Me perdoe, eu realmente queria te ouvir, mas não posso me atrasar para o trabalho – Disse indo para o lado e começando a caminhar.

Outro aperto. Seus dois braços foram segurados, de forma firme e apertada.

Sakura foi puxada bruscamente, dando-se de cara com o peito forte de Sasuke. Seu corpo foi colado no dele á força, impossibilitando-a de se mexer. Quanto mais ela tentava escapar, mas ele lhe apertava. Estava começando a machucar.

O moreno abaixou seu rosto para os cabelos rosas desta, sentindo o cheiro adocicado que continha. Fechou os olhos, sentindo-se embreagado com o perfume dela. Sakura era tão cheirosa que ele lamentou-se por não tê-la antes. Ele deseja mais, muito mais. Foi em direção ao pescoço dela, afundando a cabeça naquela região. Estava louco por ela, tudo nela estava deixando-o completamente excitado.

– Não Sasuke-kun, eu não quero isso... – Sua voz falhou assustada e por ainda mexer-se para se livrar dos braços dele. Ele não se importou, tão pouco a deixou ir.

Abriu os lábios e começou beija-la no pescoço. Deixando-a com medo do que estava acontecendo. Mexeu-se nos braços deste com brutalidade, mas nada fazia efeito. Sasuke era forte demais para escapar. Poderia soca-lo com sua força monstruosa, porém a forma que ele a agarrava deixava suas mãos e pernas inválidas.

Sasuke deixava rastro de saliva e saboreava a maciez da pele de Sakura, sugando-a. Quanto mais a beijava, mais insano ficava. Como um vício por drogas. Sua mão ágil desabotuou o jaleco médico e se enfiou por dentro da blusa da garota, que se assustava cada vez mais. A mão grande, áspera e quente, teve contado com um dos seios dela, por baixo do sutiã. Aquele calafrio percorreu a espinha dela que de longe não parecia nada com prazer.

– Sasuke-kun, eu te imploro... p-para... – Seus olhos começaram a lacrimejar. Não queria chorar mais, não no dia que amanheceu animado.

– Estou louco por você – Sussurrou no ouvido de Sakura – Não aguento mais, preciso te ter. Te sentir... sua carne sobre a minha... me cobrindo bem quentinho. – Terminou mordendo o lóbulo da orelha.

– P-Por favor, deixe-me ir... – Soou com voz chorosa – Se não me deixar, eu vou gritar e––

Sua boca foi tampada com um beijo totalmente mal dado, por não estar sendo retribuindo. Sasuke forçou-a abrir a boca, e a língua logo entrou em ação. Mesmo que não quisesse aquilo, era impossível deixar os lábios sem movimento com a força que ele fazia para este beijo acontecer. Um ato todo bagunçando e desesperado por parte dele.

Sabor de sangue foi a primeira coisa que sentiu após a forte mordida que lhe deu para faze-lo parar. Sasuke gemeu de dor e afastou-se para encara-la, chupando o lábio inferior tentando amenizar o sangramento.

Rosto vermelho pelo choro, e expressão de medo com decepção. Era esta forma que Sasuke estava a vendo.

– Por favor, S-Sasuke-kun... Isso é loucura... – Insistiu outra vez.

– Vou te fazer minha – encarou-a friamente – Te fazer deitar na minha cama e te fazer gozar enquanto eu te fodo.

As palavras foram o suficiente para que Sakura entrasse em desespero. Sem pensar duas vezes, contorceu-se nos braços deste, que de forma bruta apertou-a contra seu corpo ainda mais. Ele parecia irredutível a qualquer reação que a garota pudesse dar. Começou a gritar, pedindo socorro nas ruas vazias. Ninguém a podia ouvir. Sua boca foi tampada com força pela mão enfaixada. Suas lágrimas caíram quentes de medo, não era assim que ela esperava da sua primeira vez com sã conciência.

Sentiu-se sem forças, havia se esforçado tanto para tentar fugir que seus braços doíam. Sua pequena barriga de grávida estava sendo apertada contra o abdômen de Sasuke, que não parecia sentir o volume. Fechou os olhos entregando-se a batalha, totalmente derrotada pelo inimigo.

Estava tão decepcionada com o companheiro de equipe. Jamais, em circunstância nenhuma, passou pela sua cabeça que ele seria capaz de abusar de alguém. Se sentiu uma idiota. Como não esperar isso de alguém que já cometeu tantos crimes?

Abriu os olhos, percebendo que Sasuke havia os teletransportado pra uma casa velha e empoeirada. Olhou em volta vendo que em quase todas as paredes, havia o símbolo do clã Uchiha, todos quase apagados por falta de uma manutenção à tinta. Ele a conduziu para uma cama velha que estava próxima a eles, e a jogou brutalmente em cima desta.

Quando suas costas bateram sobre o colchão, aquela poeira grossa subiu pelo ar. O cheiro de coisa velha era tão ruim que sentiu enjoo no mesmo instante. Passou a mão no rosto para tirar o pó que caíra, antes que lhe desse crise de espirro.

Sasuke tirou sua capa, o colete lilás que usava por baixo e logo a camisa social preta, jogando tudo ao chão sujo. Com o peito nu e exposto, deitou-se por cima de Sakura, que não fazia nada, a não ser chorar. Livrou-se do jaleco médico que ela ainda usava e ergueu a vestido rosa da mesma até a altura do seios tendo uma visão complexa do busto ate o resto do quadril.

A rosada apertou os olhos com força para não ver mais nada. Que dor havia em seu coração. Sentia arrependimento por já ter amado alguém como Sasuke tanto tempo, decepção por ter lhe dado confiança e tristeza por saber que ninguém iria salva-la de um estupro.

Mas, não estava acontecendo nada.

Nenhum crime aconteceu.

Silêncio.

Ao abrir os olhos, viu Sasuke com o sharingan ativado. Ele olhava fixamente para o ventre descoberto de Sakura, com cara de chateação. Finalmente descobriu.

Afastou-se rapidamente da Haruno, pegando com pressa as roupas que havia jogado no chão. Demonstrando que já não estava da mesma forma que antes. Sua expressão era de choro, parecia que choraria a qualquer momento.

– Me perdoe, perdi a cabeça com meus pensamentos monstruosos – Falou se vestindo – Não sabia que estava grávida... Não posso fazer isso com você, muito menos com essa criança.

Sakura sentou-se na cama e arrumou o vestido. Seu choro começou a cessar e pôde olhar melhor para o desespero do homem. Sem dizer uma palavra se quer, ficou parada e seguindo-o com os olhos.

– Esquece que isso aconteceu, por favor – Se sentou na beira da cama – Eu só achei que ainda me amasse.

– E mesmo que ainda amasse, meu amor por você sumiria após isso. – Disse ela limpando o rosto dos restos de lágrimas.

– Eu sinto muito, Sakura. – abaixou a cabeça – Foi mais forte que eu.

– Você só precisa entender que quando digo ‘Não’, é ‘Não’. Essa coisa de achar que ainda te amo e deixaria você fazer isto comigo, está errado. Mesmo que eu nutrisse algo mais forte, jamais deixaria você abusar de mim. – Soltou.

Sasuke se sentiu péssimo. Não conseguia imaginar no que estava prestes a fazer. Pra que continuar nesta vida de crime? Isso acabou há muito tempo. Ele agora tinha Karin, a mulher que ainda o ama da mesma forma que amava quando o viu pela primeira vez. Não errou apenas com Sakura, mas também com a namorada que se dedicava sempre pra vê-lo feliz.

– Não conte isso pro Naruto. Imagino que se ele souber, isso trará grandes problemas.

– O que menos quero é ver o Naruto magoado. Você é o melhor amigo dele, creio que ele não queira te perder de novo por erro seu. Espero que pense em Karin, e em como vai encara-la daqui por diante. – Levantou-se da cama e pegou o jaleco do chão. Com leve batidas, tentou tirar a poeira deste.

– Só não o deixe ver está marca no seu pescoço – apontou com o queixo – ou ele vai te questionar até você contar.

Sakura de imediato cobriu o lado em que Sasuke beijou-a no pescoço, completamente assustada por imaginar Naruto vendo aquilo e querendo explicações. Mesmo que os dois não namorassem, ela amava o Uzumaki e ele mostrava que ainda a amava também. O clima seria tão tenso quanto aquele que estava tendo com o Uchiha.

– Qual é o seu problema, Sasuke-kun? – gritou – Sabe o quanto isso pode me prejudicar? Você não podia simplesmente me dar um abraço? Um beijo amigável na bochecha? Mas não, preferiu aprofundar mais. Sabe, eu não sou mais a garotinha estúpida que corria atrás de você, e que era capacho seu. Aprendi a amar quem me ama de verdade, aprendi a me valorizar... Espero que guarde isso na sua cabeça.

– Me perdoe Sakura, mas é que... – Se aproximou dela, ficando pouco centímetros de distância – Você é tão linda, tão cheirosa... Se eu soubesse que estava te perdendo, eu jamais teria me afastado de você. Se tornou uma mulher tão bela, a mais bela que já conheci. Meu desejo carnal de te ter me queima por dentro, não consigo explicar com palavras.

Naquele instante, Sakura sentiu todas suas forças voltarem. Fechou os punhos com raiva e o encarou de cara fechada. Seu ódio se tornou tão grande naquele momento que seu byakugou ativou, descendo listras negras por todo seu corpo. Sasuke arregalou os olhos, pois ela jamais havia ficado irada com ele daquela forma. Mesmo que ele não admitisse, o medo já estava nele.

– Afaste-se de mim ou eu arrebento sua cara. – Disse vendo-o se afastar indiretamente. Sakura colocou seu jaleco médico e caminhou até a porta que havia naquele cômodo. Arrumou levemente os cabelos bagunçados, endireitando a postura.

– Espero que você não tenha achado que essa “declaração” tenha sido bonitinha, por que isso não passa de um desejo por sexo. Sempre soube que não me amava, mas saber que só me deseja pra ter orgasmo é muita palhaçada. Antes que diga que entendi errado, reveja o que disse, por favor!

Quando a rosada começou a andar para sair da residência antiga dos Uchihas, Sasuke segurou-a na mão, atraindo sua atenção de novo. Mesmo incomodada, não o ignorou.

– Naruto é o pai, não é? – olhou para a barriga dela – Eu consigo sentir a semelhança...

– Sim, ele é o pai – sorriu falso.

– Mas, como? Ele não namorava aquela Hyuuga quietona? Não entendo.

– Não entenda, aliás, finja que não sabe de nada. Você vai saber de tudo na hora certa, tenho certeza que Naruto vai te contar como tudo começou. – Disse deixando-o sozinho.

O que diria à Tsunade? Como justificaria sua demora? Não podia dizer que quase sofreu um estupro, ainda mais que Sasuke era o agressor. Nenhuma informação poderia chegar aos ouvidos do Uzumaki, uma tragédia poderia acontecer, Naruto com raiva é a pior coisa que já viu. Pulou de telhado em telhado para chegar o mais rápido possível ao hospital, torcendo que aquela correria toda não lhe desse enjoo.

Aquelas malditas cenas insistiam estar na sua mente. A vontade de denunciar o Uchiha para as autoridades corroia seu coração, mas não podia. Por o bem de Karin, pela felicidade de Naruto e por ela mesma. As pessoas nunca enxergam a mulher como vítima em situações assim, elas insistem em culpa-la dizendo que o homem foi provocado. Ninguém escolhe ser estuprado. Mesmo que Sakura tentasse dizer que ela era vitíma, ninguém acreditaria, ainda mais estando grávida solteira. Ao invés de buscar conhecer, tentar ajudar, as pessoas preferem julgar... E a rosada odiava esse tipo de coisa.

Quando chegou ao seu lugar de trabalho, parou em frente a fachada olhando para os lados para ter certeza que Tsunade não estava por ali. Arrumou de forma desajeitada sua roupa, deu leves tapas no rosto para acordar da realidade e sair dos seus devaneios. Entrou no hospital às pressas indo diretamente para sua sala, esperando que, sua mestra não tenha percebido sua demora e muito menos a visto chegar.

Trancou-se no consultório, girando a tranca rapidamente. Encostou a cabeça na madeira branca e arfou alto.

– Essas coisas só acontecem comigo, que saco – Resmungou.

– Bom dia, Sakura-san...

Ouviu alguém lhe chamar dentro daquele lugar, e assustada virou-se para encarar a pessoa. Seu coração acelerou ao ver aquela pessoa em sua frente. Engoliu seco, imaginado o porquê dela estar ali, tendo a noção do motivo. Apoiou-se na porta para não cair. Se já não bastasse o que aconteceu aquela manhã, agora teria que aguentar isto.

– Hinata.


Notas Finais


Se estiver erros ortográficos, me desculpem.
Pessoal, em casos de abusos denunciem sem pensar duas vezes. Sakura sofreu neste capítulo, o que muitas mulheres sofrem na vida real, algumas delas não tem nem a oportunidade de se defender. Vamos ajudar a combater isto. Estupro é crime!

◇◇Spoiler básico◇◇

O próximo capítulo terá Sasuke como foco, explicando o porque do que ele fez.

Obrigado por ter lido! Comentem! ♡


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