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História Como uma Catarse (Yoonmin) - Como algo metamórfico


Escrita por: taymarty

Notas do Autor


Olá criaturas. Muito obrigada pelo comentários, vocês sabem que amo todos, e obrigada demais pelos favoritos. <3
VOCÊS GOSTARAM DA NOVA CAPA DA FANFIC? Respondam, pq foi eu que fiz e preciso saber se necessito melhorá-la. Aceito críticas construtivas.
Olha, meu plano era postar um ontem e outro cap hoje, mas não deu, pelos seguintes motivos:
Primeiro, porque conforme eu ia escrevendo empolgada e cada vez mais concentrada nesse cap, mais infinito dele ficava. Desculpe são 9.060 palavras :O (Como assim né?)
E segundo porque eu fiquei fazendo a nova capa da Fanfic. E deu um pouco de trabalho, e ainda sinto que preciso melhora-la.
Como o Cap ficou gigante eu acabei não revisando tudo. Então desculpe pelos erros.
AVISO IMPORTANTE PARA ESSE CAP (aliás, para todos): Cada detalhe é importante, porque eu sempre coloco pistas do que está por vir. TIPO SEMPRE MESMO.
Enfim... lhes apresento o meu capítulo favorito até agora.
Boa leitura!

Capítulo 11 - Como algo metamórfico


Fanfic / Fanfiction Como uma Catarse (Yoonmin) - Como algo metamórfico

Taehyung estava tomando seu suco enquanto ficava sentado no tapete da sala mexendo no seu notebook, ou melhor, no notebook do Jimin. Ele ouviu passos vindos do corredor dos quartos, então apressadamente fechou a tela do eletrônico e tentou colocá-lo o mais longe o possível de si.

— Taehyung, por que você estava mexendo no meu note?

— Hehe, que Note? Do que você está falando?

— Você tem certeza que é ator? Vai, o que estava fazendo com meu notebook?

— Ãh… Redes sociais?  — Ele deu um sorriso quadrado que era obviamente falso. Jimin acabou até rindo daquela mentira deslavada, pois o outro, obviamente, tinha um celular que poderia fazer isso — E Ei! Você não faz ideia do quão bom ator eu sou — Ele disse essa ultima frase em um tom sério que surpreendeu um pouco Jimin.

— Puff, eu já falei que não gosto que você mexa em minhas coisas sem pedir. Mas se for importante pode mexer, só espero que não seja pornô, porque né, isso seria nojento — Ele fez até uma careta e Tae riu —  E se eu ficar sabendo que você hackeou as minhas coisas e contas de rede sociais eu te mato! Ah e também não ouse botar vírus nele.

— Tá, tá. Mas não é nada disso. Relaxa. Eu tenho meu celular para pornô — O loiro riu novamente e notou, pela primeira vez, em como seu amigo estava vestido — Gente, como meu marido fica bem de terno!

— Cala a boca — Jimin riu ficando embaraçado e batendo no ombro dele com a gravata borboleta que estava segurando na mão, arrancando risadas do loiro também — Vai, me ajuda a colocar essa coisa.

— Ok, ok — V levantou-se e ficou de frente ao amigo ajudando a ajustar a gravata-borboleta preta. Eles estavam muito próximos um do outro o que acabou fazendo-os sorrir sem graças — Desse jeito realmente parece que somos casados.

— Sou um bom marido querido? — Chim Chim sorriu brincalhão.

— Ótimo — Tae fez uma cara de safado passando a mão no peito do moreno.

— Hum… — Jimin riu ficando vermelho — Besta.

— Mas você realmente fica bem vestido da roupa de gala.

— Valew.

Jimin foi até o banheiro para checar sua aparência mais uma vez, ajeitando seus negros fios pela última vez antes de sair, notou ali em frente consigo mesmo o quanto já estava enjoado daquela cor, já que quando era um pouco mais jovem ele tendia a mudar de cor dos cabelos sempre. Será que seus chefes se importariam se ele mudasse para o loiro, talvez? Visto que era uma cor mais natural do que as tantas outras que ele gostaria de pintar. Ajeitou a gola um pouco cintilante do terno preto e a gravata mais uma vez. Ele pensava o que poderia esperar desse evento. Nunca foi em um jantar tão elegante como aquele, sempre foi um garoto de uma família humilde, por isso não fazia muita ideia do que poderia encontrar ao meio de empresários importantes tomando bebidas caras e mulheres usando vestidos tão caros que poderiam acabar com a fome do mundo. Mas seus devaneios foram interrompidos ao som do interfone que anunciou que o motorista da família Min chegou para buscá-lo.

— Tae, eu não sei que horas eu chegarei, acho que vai ser tarde.

— Ok, vê se rouba comida pra mim.

— Hahahaha, até parece que vou colocar comida no bolso para trazer pra você.

— Seria ótimo — Tae sorriu imaginando a cena.

— Okay, eu tenho que descer — Jimin saiu porta afora e encontrou o carro dos Min em frente a entrada do prédio no térreo. Entrou e notou que não tinha ninguém nele a não ser o motorista.

— Olá, como vai Jimin? — O motorista disse sorrindo e virando para ele antes de dar partida com o carro.

— Estou ótimo e você Carlos?

— Bem também. A senhora Sook ainda não está pronta, então eles pediram para te buscar primeiro para que não ficasse esperando muito tempo.

— Eu imaginei que ela iria atrasar um pouco — Eles deram uma risadinha — Tudo bem então. — Carlos deu a partida no motor e foram até a mansão dos Min que era bastante perto de onde estavam, considerando que estavam de carro, embora a rua fosse bastante cumprida, aquela noite havia poucos carros circulando por ali.

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Enquanto isso ainda no apartamento, Taehyung voltara a mexer no notebook de seu amigo assim que este tinha saído. Ele buscava com afinco entre os arquivos do eletrônico, já fazia muito tempo que queria aquilo e só agora notou que tinha a oportunidade. Procurou e buscou entre várias páginas até abrir um sorriso ao ver que tinha achado o que queria, e instantaneamente seu olhar brilhou cheio de nostalgia e carinho. Pegou seu pen-drive que estava em seu bolso e colocou na entrada USB, copiou o arquivo para os do pen-drive e logo o retirou ainda com um sorriso no rosto. Não sabia muito bem o porquê continuava fazendo aquilo, em procurar essas coisas que eram apenas significativas para ele, mas o que importava era que aquilo era sua ponta de felicidade nos momentos difíceis. Mesmo sentindo um pouco de culpa o que sentia já tinha se tornado algo que não conseguia se livrar...

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Jimin chegou na mansão e passou pelo hall de entrada tendo que tirar os sapatos e colocando uma pantufa para visitantes, encontrou Sr. Min em pé na sala, estava usando um terno elegante, mas devido a sua barriga saliente lembrava um pouco um pinguim o que fez Jimin dar uma risadinha ao cumprimentá-lo. Aparentemente seu chefe já se encontrava aflito pelo atraso da esposa, então após alguns minutos ambos se sentaram no sofá quietos e de olhos constantes no relógio. Após alguns minutos puderam ouvir o som de saltos agudos baterem sobre o mármore da escada. Olharam para trás e tiveram o vislumbre de uma linda mulher de meia idade com os cabelos negros arrumados em um coque e usando um vestido longo e brilhante que modelava seu corpo magro e elegante, atrás dela Min Yoongi descia as escadas com a cabeça baixa em um andar um pouco atrapalhado por causa das vestes de gala que trajava. Jimin elogiou Sook que estava linda como sempre, mas ao olhar para o outro garoto não pode deixar de notar que esse parecia estar usando uma leve maquiagem que deixava sua branca pele brilhante e impecável, seus fios negros também foram cuidadosamente arrumados, assim não se podia negar que ele estava extremamente bonito, Yoongi ficava bem de terno florido, já que esse o acrescentava um ar de elegância e sensualidade, quem o avistasse de longe poderia até pensar que era alguém carismático e gentil, o que na verdade era completamente ao contrário, pois, como se para enfatizar sua personalidade maravilhosa, não se deu nem ao trabalho de falar com o tradutor, ele visivelmente estava indo para aquele evento contra sua vontade, o garoto Min conseguia ser bastante expressivo quando se tratava de desgosto.

Eles saíram apressados, no entanto para a surpresa de Jimin eles não iriam com o mesmo carro que o trouxera, mas sim com uma limusine, isso acabou causando-o aquela queimação no estômago de ansiedade, já que aquela era a primeira vez que andaria em uma. Ela era espaçosa e tinha luzes singelas dentro, os bancos, que eram de couro, ficavam um de frente do outro e havia uma partição para separar o motorista dos passageiros. Durante todo o trajeto eles conversaram trivialidades, o garoto que mais parecia um vampiro, passou a maior parte do tempo calado, o que já se tornou algo normal, estranho mesmo, naquela situação, seria se ele falasse.

Ao chegar ao local do evento, Jimin pensou que estava em meio a famosos, pois as pessoas estavam muito bem vestidas e a maioria bonita. O salão era vasto e tinha um grande buffet que logo seria servido, o que era o que a maioria do local realmente queria. Champanhe, vinhos e petiscos eram servidos, uma música calma e lenta tocava ao fundo enquanto as pessoas conversavam de negócios, política e da vida alheia. Cada família ou companhia tinha sua própria mesa, mas a maior parte estava vazia, pois as pessoas insistiam em conversar em pé, por um motivo que ninguém realmente sabia.  Tudo estava ocorrendo bem, a luz levemente amarelada do local iluminava ternos, vestidos, sorrisos e carrancas como se para destacar ainda mais aqueles que eram funcionários e aqueles que eram chefes, diretores e presidentes de uma empresa; então Jimin se viu ainda mais distante dali, mesmo com seu trabalho sendo realizado com perfeição, a cada hora que passava ele notava o quanto não pertencia ali e o quanto aquelas pessoas eram diferentes dele tanto em aspectos culturais quanto sociais. Mas isso já deveria ser óbvio, afinal ele era apenas um funcionário, não mais nem menos do que os garçons que serviam rapidamente com suas grandes bandejas. E pelo fato de ser alguém diferente ao meio de tanta gente, ele começou a se sentir solitário e aquilo para muitas pessoas, é algo assustador. Isso no fundo todos sabiam, todos sabiam que por mais humilde e simpático um dono de uma empresa possa ser, aqueles que estão abaixo de sua qualificação social nunca iriam sentir a tal igualdade dos quais todo bom ser humano diz em lutar. Era quase como um segredo que era tão singelo e quase invisível que a presença dessa verdade oculta poderia se comparar com o jovem que se mantinha sentado em silêncio em uma mesa no canto, ele não era funcionário nem um CEO, porém, assim como Jimin, também podia sentir aquela solidão a um mar de pessoas.

Nessa mesa em que estava tomando champagne em uma taça, seu pai e mãe se juntaram a ele, com mais um grande empresário que estava concentrado em tentar continuar a conversa, já que Jimin tinha se retirado por um instante para ir ao banheiro. Eles tentavam falar em inglês, e apesar da pronúncia ser horrível e o vocabulário pobre, eles conseguiam se comunicar. Yoongi estava distraído com seus pensamentos até que ouviu seu nome.

— Perdão pela falta de educação, esse é meu filho Yoongi, ele é um ótimo pianista, talvez um dia ele possa até conhecer sua filha, teriam grande coisas comum — Falou Sook simpática.

— Isso seria interessante. Há quanto tempo toca Yoongi? — Perguntou o desconhecido de cabelos grisalhos, o garoto ficou um pouco confuso ainda mais porque ele havia perguntado em inglês.

— Hã, desde os sete anos — ele respondeu sem animação, com um pouco de dificuldade e em dúvida se tinha entendido e ouvido certo.

— Nossa é muito tempo, tenho certeza que é ótimo, minha filha toca violino desde pequena também.

— Ah, legal — Ele respondeu sem interesse, fazendo o moço dar um sorriso sem graça.

— Ah, Yoongi não sabe muito inglês, desculpe — Sr. Min tentou justificar o comportamento do filho.

— Ah, sim, entendo.

— Sua filha trabalha com música?

— Ah, não, apesar de ser ótima, ela está se preparando para assumir a empresa. — O senhor empresário sorriu orgulhoso — E Yoongi? Ele também pretende seguir os passos do pai?

Nesse instante Jimin já se aproximava da mesa para voltar ao trabalho, conseguindo ouvir, mesmo um pouco distante, a pergunta feita ao Sr. Min

— Haha! — Sr. Min riu — Bom, esperamos que sim, em breve — Ele sorriu um pouco nervoso.

Nesse momento Yoongi olhou para ele com uma expressão de surpresa e com mais algum sentimento que Jimin não conseguiu desvendar. Sra. Min pareceu tensa por um momento olhando do filho para o marido. E no momento de um silêncio denso, Yoongi se levantou retirando-se da mesa com um “com licença” frio, e atravessando o salão. Então o garoto Park conseguiu entender que o Sr. Min havia mentido, e devido ao histórico da família era uma mentira que trazia más lembranças. Sook ficou sem saber o que fazer e o tal empresário olhava a situação confuso, sem entender.

— Desculpe, Yoongi é um pouco fechado e tímido, então fica um pouco nervoso quando falam sobre ele — Sr. Min tentou justificar novamente, enquanto Jimin se mantinha em pé ao lado da mesa sem saber bem o que fazer, Sook mantinha um olhar um pouco triste sobre os dois.

— Entendo, bom os jovens de hoje em dia são mais fechados mesmo. Minha filha então…

Neste instante a música do lugar ficou um pouco mais alta, e Jimin olhou para o vasto salão e notou alguns casais dançando.

— Senhor Barbosa, o senhor se incomodaria se eu retirasse meu marido para dançar por um instante? Essa música é especial para nós — Disse Sook com um doce sorriso.

— Ah Claro! Pensando bem minha mulher também adora dançar, então com licença — O empresário de cabelos grisalhos sorriu com deleite e se retirou da mesa, enquanto o casal Min se encaminha em direção ao centro do salão, para uma simples valsa.

Jimin olhou em volta um tanto perdido, já que, pelo que podia ver, seu trabalho não era necessário naquele momento. Até que se lembrou de Yoongi, ficou um pouco relutante, mas mesmo assim foi em direção aonde o rapaz tinha ido, mas antes passou por um garçom e pegou 2 taças de champanhe. Ele foi até uma parte dos fundos que tinha uma espécie de grande sacada, onde havia um pequeno jardim, pela porta de vidro que dava acesso ao local, ele pode ver uma pessoa de costas apoiada no parapeito, com uma camisa branca se contrastando com a noite. Jimin se aproximou ficando do lado de Yoongi, e sem dizer nada ele empurrou uma taça para o Min pegá-la, mas este apenas o olhou sem expressão.

— Ah, por favor, Yoongi, você estava bebendo champanhe até agora, e não vai pegar só porque eu que estou te oferecendo? — o outro ainda pareceu hesitar — Eu juro que não coloquei veneno.

Jimin deu um leve sorriso e o mais velho acabou pegando a taça. Mas para surpresa do Park, ele finalizou a taça com 3 goles de uma vez.

— Wow, calma aí. Você vai acabar bêbado assim — Ele disse espantado, mas Yoongi deu de ombros, e continuou quieto segurando o parapeito com força enquanto olhava para o nada, ele também não parava de mexer os pés, batendo a ponta repetitivamente contra o chão, parecendo inquieto — Hey, não precisa ficar nervoso — Chim Chim disse novamente colocando a mão sobre o ombro do outro, fazendo Yoongi o olhar irritado.

— Vai embora Jimin — Disse em uma voz rouca e baixa, chegava a ser incrível a ausência de sentimento.

— Não vou — Respondeu-lhe ele em um tom determinado.

— Tsk — Estalou a língua — Apenas vá, não há nada para você fazer aqui — Disse seco.

— Não vou, você é interessante, eu já disse — Jimin disse calmo com um sorrisinho.

— E eu já falei que você seria muito burro se acreditasse em tudo que falo.

— Eu sei, eu não acredito. Mas fui sincero quando falei aquelas coisas — Ele respondeu simples e Yoongi o olhou por um instante.

— Eu não me importo, apenas me deixe sozinho.

— Não, eu já disse que não vou, não quero.

— Bom, se você não quer sair eu saio — Jimin pensou em segurar o braço dele antes que ele saísse, mas pensou melhor e acabou não fazendo, ele parecia muito nervoso e algo lhe dizia que não era só por causa das palavras do pai.

Yoongi estava estressado, assim a última coisa que ele queria era ficar sozinho com aquele tradutor, ele não entendia, Jimin tentava ser tão gentil e otimista as vezes que o irritava de longe. Ele passou por um garçom e acabou pegando uma taça de algo que nem viu o que era, o gosto do álcool doce invadiu sua boca fazendo-o esquecer por alguns segundos seus pensamentos e emoções, entretanto logo percebeu que a taça já tinha acabado. Ao fundo tocava alguma música um pouco mais agitada do que antes, mas ainda o carregando de tédio, seu peito voltou com aquele sentimento sufocante e agoniante e não parava de repetir em sua própria cabeça o quanto queria sair dali, ele já não se importava se tinha que ficar ali por causa dos pais, apenas precisava do silêncio, do silêncio que ia muito além do som e das coisas, era da quietude da mente que ele precisava, justamente esse era o qual não conseguia sentir naturalmente fazia muito tempo, contudo naquele momento em si apenas precisava acalmar seu peito e não mais sentir a casca que era seu corpo. Quando deu por si já tinha acabado com outra taça, e alguém sem querer esbarrou em seu braço e ele cambaleou um pouco para o lado, era muita gente dançando, conversando, comendo e girando. Espera girando? A verdade, era que ele não sabia mais o que se passava na realidade, afinal não eram só as pessoas que parecia girar, mas o salão inteiro. Ele andava se concentrando em seus próprios passos ao se desviar das pessoas e por sorte não aconteceu nenhum acidente, ele abriu a porta de vidro e sentiu novamente ao ar da noite, havia algo nessa escuridão que o atraía e acalmava, o céu do Brasil era diferente do da Coréia, respirando mais levemente ele olhou para o lado e aquele garoto ainda estava ali, e para seu azar estava sorrindo por um motivo que ele nem imaginava.

Jimin notou que em apenas alguns instantes “Suga” já tinha retornado mais bêbado do que antes e dessa vez com duas taças de champanhe, uma em cada mão. Yoongi nem ao menos se lembrava de ter pegado mais aquelas taças, só precisava de um pouco mais daquele gosto, daquela paz momentânea, percebeu, então, que o tradutor estava o fitando com uma certa cara de preocupação, ele olhou novamente para as duas taças em suas próprias mãos pensando por um momento se tomaria as duas, mas achou que seria uma cena ridícula até mesmo para si mesmo, assim entregou uma a Jimin.

— Desistiu de ficar longe de mim? — perguntou Jimin com um sorrisinho brincalhão no rosto.

— Hum, está aqui com você é melhor do que nada.

— Você de fato deve estar bêbado para falar isso.

— Cala a boca.

— Vem calar — Jimin riu, mas Yoongi de fato se aproximou dele, e o Park em um susto acabou dando um pulinho para trás — Ou! Eu estava brincando. Não seja burro a ponto de acreditar em tudo que eu digo — deu um sorriso meio nervoso empurrando o peito do outro para afastá-lo.

— Você está sempre usando minhas palavras contra mim. Você não pode fazer isso.

— Haha! Por que não?

— Só eu posso fazer isso — Yoongi encarava o nada de novo, só que com um movimento um pouco brusco com as mãos ele acabou deixando a taça que segurava cair da sacada, deixando o som de vidro quebrado invadir o silêncio noturno que a sacada proporcionava, com os braços apoiados no parapeito e se inclinando um pouco para frente ele olhou o chão lá embaixo.

— Ei! Você não vai se jogar né? — Jimin em surpresa segurou o ombro dele puxando-o para trás apenas como garantia para que o bêbado não acabasse em um acidente.

— Não se preocupe, hoje não — Yoongi acabou dando um sorrisinho, mas algo em seu olhar assustou um pouco Jimin, mais uma vez o vácuo dos olhos do mais velho o afogou provocando a curiosidade dele de saber que havia por trás deles.

Ele ficou um bom tempo encarando o vampiro que de noite a pele ficava ainda mais branca, ainda mais com uma camisa também branca, e os cabelos negros que se despentiavam na brisa da noite proporcionando uma imagem digna de uma foto. O tradutor chegou a pegar o celular do bolso interno do casaco e tirou uma foto secreta enquanto o outro olhava para o céu perdido em seus pensamentos de bêbado. Nesse momento seu celular começou a tocar aparecendo o nome de sua chefe na tela. Ele atendeu falando por alguns segundos e logo desligou.

— Suga, er, quer dizer Yoongi, sua mãe tá procurando a gente, ela estava preocupada porque sumimos, é melhor a gente voltar.

— Eu não quero voltar para lá, quero ir para casa.

— Tá, mas se a gente não voltar não poderemos ir para casa. Vem — Jimin puxou o braço dele para que ele o seguisse e assim ele fez. “Isso foi mais fácil do que eu imaginei”. Pensou Park.

— Espera um pouco, Jimin, por que você fica me confundindo com seu namorado? Você me ama tanto assim? — Suga sorriu bobo. “Doce ilusão” Pensou novamente.

— Hahaha, até parece, vamos.

— Eu não saio daqui até você me dizer o porquê fica me chamando assim — Ele parou puxando o próprio braço de volta.

— Quer que eu te arrasto?

— Só se for para sua cama — Yoongi deu um riso baixo.

— Cala a boca Yoongi, para de falar essas coisas só porque eu sou gay. Agora vamos antes que sua mãe me mate.

— Você sabe que eu não ligo se ela te matar, agora fala quem é açúcar?

— É você mesmo, tá? — Jimin disse sem paciência.

— Aish, meu nome é Min Yoongi não Suga, mas explique.

— Ah — Suspirou impaciente — Por causa do seu sorriso e também para lembrar o quão, na verdade, azedo você é — Yoongi sorriu satisfeito, mas então desfez o sorriso quando percebeu o final da frase.

— Eu não sou azedo, sou um gênio.

— Yoongi! Para, a gente tem que ir. — Jimin disse já irritado.

— Só vou se você falar que eu sou um gênio — Isso fez o outro revirar os olhos.

— Sério mesmo isso? — Suga assentiu com um sorrisinho besta — Você é um gênio, satisfeito? Agora a gente pode ir?

— Precisa bem mais do que isso para me satisfazer — Disse irônico — Mas tá, agora vamos. — Eles continuaram a andar pelo salão.

— Tá frio — disse Yoongi segundos depois.

— Cadê seu casaco?

— Ficou na cadeira.

Eles novamente entraram no salão que continuava agitado, porém o problema era que Yoongi estava meio tonto e andando um pouco desengonçado sem muito reflexo para se desviar das pessoas, então Jimin tentou guiá-lo um pouco para que este não acabasse tropeçando e caindo. Quando encontraram Sook, ela estava conversando animadamente com algumas senhoras, assim que ela se virou para os dois suas sobrancelhas se levantaram.

— Hã, ele acabou bebendo demais — Disse Jimin um pouco tenso com a situação, já que ele sentia que era a responsabilidade dele de cuidar do garoto assim como prometeu.

— Eu realmente não sei o que fazer com esse garoto. Bom, o quão mal ele está?

— Está tonto e falando besteiras sem pensar.

— Mãe, eu quero ir embora — disse Yoongi com uma cara “de saco cheio”, parecendo uma criança. Sook riu um pouco disso e olhou para seu marido que conversava ao longe, não queria que ele visse o filho daquela forma no evento, pois não estava não clima para discussões e broncas.

— Bom... Jimin, eu acho que acabamos o que tínhamos o que fazer aqui, mas eu e Sung-ho estamos gostando muito do evento e faz tempo que não saímos juntos. Então, se você quiser pode ir embora. — Apesar do tom gentil, o Park sentiu que a frase, “vá e leve meu filho com você” estava nas entrelinhas.

— Tudo bem. Eu realmente estou cansado… Eu posso levar ele para sua casa se quiser.

— Cala a boca, eu não preciso de babá — Disse Yoongi.

— Yoongi! Você não está em posição para fazer reclamações, respeita o Jimin! — Sook o repreendeu e ele ficou quieto, depois  ela se voltou para Jimin — Leve-o para casa, por favor. Vocês podem pedir para o motorista levá-los, eu e Sung-ho podemos pegar um taxi.

— Tudo bem mesmo? Eu não tenho problema em pegar o taxi.

— Não tem problema, pode ir com o motorista sim.

Assim eles se despediram a se encaminharam diretamente para o lado de fora, Jimin começou a ligar para Carlos, o motorista, mas enquanto a ligação ainda estava chamando, ele olhou para o lado e percebeu que Yoongi não estava mais ali. Preocupado ele acabou desligando antes mesmo de falar algo e procurou ao lado indo até a esquina de onde estavam, até que viu o ser pálido andando calmamente pelo meio da rua completamente imprudente e cambaleante.

— Yoongi! Nunca mais faz isso! Você é louco? — Jimin correu até ele preocupado e gritando com ele, mas o garoto não disse nada e só riu rouco e baixo — A gente precisa ir, o motorista vai levar a gente.

— Hum, eu não quero — Ele continuou a andar sem rumo e Jimin o acompanhou.

— Para de graça, você não queria ir embora?

— Eu só queria sair de lá, aqui fora tá bom.

— Está tarde, a gente tem ir — Jimin estava começando a falar como se estivesse conversando com uma criança.

— Jimin, relaxa, você é muito certinho.

— E você é maluco! — Isso fez Yoongi rir um pouco.

— Só relaxa, nada demais vai acontecer.

— Ai céus! Você realmente quer que eu perca meu emprego.

— Olha se você quiser ir embora vai, você não é minha babá nem nada.

— Até parece que vou deixar um bêbado maluco andando na rua uma hora dessas sozinho.

— Tá, tá — Yoongi disse indiferente.

Depois de certo tempo em silêncio e andando eles passaram em frente a um posto de gasolina 24h e como Yoongi ainda tava tonto, Jimin achou melhor passarem na loja de conveniência para comprar algo para ele comer e ficar sóbrio mais rápido. Ao entrarem Jimin pegou chocolates e salgadinho e Yoongi vagava pela pequena loja sem propósito.

— Jimin, porque as lojas de conveniência se chamam loja de conveniência? — Jimin riu pela pergunta espontânea de Yoongi, se lembrando um pouco do seu amigo, aquele tipo de pergunta seria típico de Taehyung.

— Eu sei lá.

— Acho que deve ser porque um dia alguém estava andando como a gente e viu uma loja assim e falou: Nossa, que fome, e essa loja apareceu aqui, que conveniente não? — Yoongi fazendo um pouco de mímica e imitando uma voz diferente, e Jimin acabou morrendo de rir.

— Meu Deus Yoongi, você precisa ficar bêbado mais vezes.

— Ei! O que você quer dizer com isso?

— Nada — Jimin riu.

Depois de mais uma olhada e tentando decidir se comprava Ruffles ou Doritos, Jimin escolheu Ruffles, pegou alguns chocolates e duas latas de refrigerante, mas quando estava indo para o caixa que não tinha fila alguma por causa da hora, o clima calmo da loja foi interrompido por um barulho de vidro sendo quebrado, Jimin surpreso olhou para onde viera o barulho e viu Yoongi ao lado de uma geladeira com a porta aberta e ele estava com as calças molhadas enquanto pisava por cima de cacos de vidro e de algum líquido no chão, e pelo cheiro que impregnava o ar era alguma bebida alcoólica forte. Yoongi escapou um “Ops!” e fez uma cara de inocente, o outro frustrado respirou fundo para acalmar os nervos e olhou para a moça do caixa que olhava a situação com uma cara que dizia: “Que saco, mais algumas coisas para limpar”.

— Não se preocupe, eu pago o que ele quebrou — Jimin sorriu sem graça para a moça, enquanto ela voltava a passar todos os produtos no caixa.

— Deu 82 reais e 75 centavos

— Quê?! — Jimin a olhou chocado.

— A garrafa que seu amigo quebrou é 65.

— Ah — Suspirou com raiva — Yoongi você me paga! — gritou para o outro que ainda estava fuçando na loja, enquanto ele pegava a carteira, porém dentro dela só tinha 15 reais e não conseguia achar o cartão nem de crédito e nem o de débito, Jimin olhou de novo nervoso para moça que o olhava impaciente e com cara de bunda — Espere só um pouco moça, eu vou pegar mais uma coisa. — Ela assentiu e ele foi até Yoongi que ainda estava mexendo na geladeira.

— Yoongi, você tem dinheiro ou cartão ai? Eu esqueci meu cartão e só tenho 15 reais — Jimin disse baixo para o rapaz para que a moça não o ouvisse, Yoongi o olhou um pouco preocupado.

— Hum, eu não trouxe dinheiro…

— Por que você teve que quebrar uma garrafa tão cara? —Jimin sussurrou quase desesperado, enquanto fingia pegar algo a mais na geladeira.

— Relaxa, eu consigo resolver isso — Yoongi disse tentando tranquilizá-lo, e foi indo até o caixa com mais uma garrafa de bebida na mão, enquanto Jimin ia atrás dele desconfiando no que o outro iria fazer — Moça, também vamos querer um maço de cigarro daquele — Yoongi apontou em uma estante alta cheia de maços de cigarros que estava atrás da moça, mesmo falando em um inglês muito enrolado a moça conseguiu entender com o gesto dele.

Então ela se virou para tentar pegar o maço, porém a prateleira era muito alta e ela tentava se esticar para alcançar. Nesse instante, de repente Yoongi agarrou o braço de Jimin com uma mão ao mesmo tempo que com a outra segurava a garrafa.

— Jimin Corre! — Yoongi falou para Jimin enquanto começou a correr porta afora segurando o pulso do menino. Jimin estava tão assustado pelo ato repentino que se deixou ser puxado e a correr também. Ele pode ouvir a mulher gritar um “Ei!”, mas eles já estavam em disparada para o mais longe possível. Correram, correram e correram o mais rápido que puderam sem ao menos olhar para trás. Apenas pararam quando o mais velho parou para tomar fôlego, ele soltou o pulso de Jimin, se sentou na calçada de uma rua que nenhum dos dois nunca tinha visto, mas também não se importavam, já que nem viram em quais ruas entraram para poderem fugir.

— Você é maluco ou o quê? — Disse Jimin sem folêgo.

— Eu falei que eu ia resolver e você ia fazer o quê? Nenhum de nós tinhamos dinheiro. Eu estou sem cartão lembra?

— A gente poderia ligar para alguém ou algo assim.

— Nem fudendo eu ia deixar meus pais irem lá para ajudar, eles iam me matar e você sabe disso.

— Eu não estava falando do seus pais, eu tenho amigos sabia?

— Ah — Disse Yoongi se tocando.

— Ah? Você diz Ah?! Porra Yoongi!

— Jimin, falar palavrão não combina com você.

— Vai se fuder, você não faz ideia de quem eu sou para falar isso. Você merece todos os xingamentos do mundo! — Jimin por mais nervoso que estivesse não conseguia assustar nem um pouco o outro, era até fofo ele bravo.

— Mesmo assim não combina — Jimin sentou-se também ao lado dele para poder descansar um pouco. Yoongi respirou mais um pouco e começou a abrir a garrafa que segurava esse tempo todo.

— Sério? Você vai beber agora? Qual é o seu problema? A polícia pode pegar a gente sabia?

— Sabia. Mas corremos longe o bastante e passamos por partes que um carro não consegue atravessar tão fácil, o máximo que vai vim é uma viatura.  

— Você já fez isso antes não é? — Jimin o olhava espantado.

— Eu fui um adolescente um pouco rebelde eu acho — Yoongi deu uma risadinha nostálgica enquanto tomava a bebida no bico.

— Eu tenho dó de seus pais, sério. Você é pior do que eu imaginava. E agora eu to aqui com você, que merda.

— Calma, a gente só furtou e fugiu não é como se tivéssemos matado alguém ou algo do tipo.

— Ainda não matamos, porque eu estou quase matando você.

— Que exagero. Você realmente é mais inocente do que eu pensava, mas se está com tanto medo volta lá e se entrega. Afinal, você também não parou, não é mesmo?

— Puff, se eu me entregasse eu teria que te entregar também, então duvido muito que ia me deixar fazer isso, sem falar que… — Ele viu que Yoongi estava bebendo mais e mais da garrafa — Ei! Dá isso aqui! — Ele puxou a garrafa arrancando-a do maior — Você já bebeu demais — Apesar de falar isso, ele apenas tinha pegado a garrafa para tomar alguns goles também.

Depois de bons minutos sentados na calçada de baixo do céu escuro, eles se levantaram para poder achar um jeito de voltar para casa, após terem acabado com a garrafa, que na verdade Jimin despejou um pouco no chão para Yoongi não beber mais, pois este já estava bem mais bêbado do que antes, além de ficar falando coisas sem pensar, agora insistia em continuar sentado dizendo estar cansado demais para andar.

— Vamos Yoongi! — Jimin tentava levantá-lo puxando seu braço sem sucesso.

— Eu to com frio e tô cansado me deixa Park Jimin!

— Ué, cadê seu paletó?

— Hum… Não lembro…

— Ah! Você esqueceu na cadeira! Tinha que ser…

— Eu to com frio — Disse manhoso.

— Oh saco! — Jimin tirou seu próprio paletó e deu para o outro.

— Não quero — o Park o olhou com cara de bunda.

— Você não tem que querer, coloca logo essa bagaça antes que eu enfie no seu cu.

— Jimin você ficar fofo bravo — Yoongi deu uma risada.

— Fofo é como vai ficar sua cara depois de eu te socar — Isso apenas fez Yoongi rir mais, embora, mesmo assim, ele vestiu o paletó que acabou ficando um pouco grande devido ao fato de Jimin ter um porte maior. — Ótimo, agora vamos!

— Eu to cansado, a gente não pode pegar um taxi?

— Você quer roubar o moço do taxi também? — disse emburrado — Puff, que saco Yoon! — Ele virou de costas para o outro e se agachou um pouco — Vai, sobe aí. Eu te levo.

— Sério?

— É! Sobe logo porra! — Yoongi não conseguia evitar o riso quando ouvia Jimin falar palavrão, no entanto ele subiu nas costas dele sem reclamar, abraçando sua cintura com as pernas e apoiando os braço em seus ombros. O menor, não o achou tão pesado no começo, mas depois de alguns minutos começou a sentir o verdadeiro peso da criatura. Andando em direção para onde achava que era a avenida principal da área, Jimin sentiu uma movimentação da pessoa as suas costas, e quando olhou de lado, não pode deixar de sorrir, apesar do cansaço, pois o garoto que carregava estava com os dois braços abertos e esticados, seus olhos estavam fechados enquanto a brisa soprava o casaco de Jimin como se fosse uma capa, Yoongi parecia uma criança brincando de avião.

— O que está fazendo Yoongi?

— Voando — disse em um tom baixo quase sonhador.

— A é? Para onde?

— Para o mais longe possível — Jimin pensou por um instante o que aquilo poderia significar. Mas não conseguiu chegar em uma conclusão satisfatória.

— Por que tão longe?

— Porque quanto mais longe eu for tudo ficará melhor — Jimin deu um sorriso meio triste.

— Posso ir junto?

— Acredite, você não vai querer ir junto.

— Por que não?

— Porque seu lugar é aqui

— Como pode saber?

— Porque é aqui as pessoas boas devem ficar — Jimin sorriu.

— Então, você também deveria ficar hyung — Aquela era primeira vez que Jimin o chamava de hyung, nem ele mesmo sabe ao certo o que porquê o chamou assim, mas apenas sentiu a vontade de fazê-lo.

— Porque depois de tudo que eu já te falei e fiz, você ainda diz isso? — Pode-se notar um tom triste em sua voz, aquela era primeira vez também que Jimin ouvia algo assim dele.

— Eu já vi pessoas piores, hyung — Yoongi sorriu, era estranho Jimin chamá-lo assim, mas ele gostava.

Depois de um momento em silêncio e andando Jimin sentiu algo gelado em sua nuca que o fez se arrepiar, mas logo percebeu que era apenas o nariz gelado de Yoongi, já que sentiu também a respiração dele no local.

— O que você está fazendo Yoongi?

— Jimin, você precisa de um banho.

— É claro que preciso, ainda mais depois de te carregar.

— Você ta cheirando a Jimin.

— Você também precisa, está fedendo a Yoongi.

— Então nem vou tomar, meu cheiro é o melhor que tem — Ele abraçou mais firmemente o pescoço de Jimin encaixando sua cabeça no ombro alheio.

— Desse jeito você vai me enforcar.

— Droga! Meu plano foi descoberto — Yoongi apertou mais o abraço, fazendo Jimin sorrir. A verdade era que Jimin não estava cheirando tão mal assim, era apenas um cheiro diferente e bom. Nessa hora Jimin parou de andar subitamente — Que foi?

— Eu acho que conheço aqui…

— Que bom, então sabe para onde ir.

— Sim, mas me lembrei também que seus pais já devem ter voltado para sua casa, não seria melhor ligar e avisar?

— Minha mãe vai ter um treco se souber que estamos na rua a essa hora.

— Seria bom, ao menos, mandar uma mensagem dizendo que estamos bem ou sei lá — Suga, com pesar, pegou seu celular do bolso da calça e entrou no aplicativo de mensagens para mandar uma mensagem para sua mãe com certa dificuldade, já que ainda estava tonto, mas ao ligar viu que já tinha notificações vindas daquele chat.

— Acho que a gente não precisa mandar, ela me mandou uma falando que vai sair com meu pai e vão demorar e para eu não me preocupar… — Yoongi disse com uma voz estranha.

— Oxi, mas não tem nada aberto a essa hora, que estranho.

— Jimin, tem lugares que abrem justamente a essa hora… — Yoongi disse quase impressionado pela inocência do outro.

— Ué, os únicos lugares que sei que abrem a essa hora são bares e baladas seus pais não parecem do tipo…— Jimin foi interrompido.

— Meu Deus Jimin! Motel Jimin, motel!

— Ah… Quê?!

— Você é muito lerdo. Velhos também transam!

— Ai Meu Jesus! Isso é mais informação do que eu gostaria.

— É, pois é — Eles fizeram um momento de silêncio e bem na hora puderam ouvir algo roncar, que no caso era o estômago do Suga, os fazendo rirem.

— Ah… Que fome… — Yoongi já começava a reclamar de novo.

— Calma, eu tive uma ideia.

— Qual? Eu te comer? — Pelo jeito Yoongi já estava passando do estágio fofo para o safado novamente, mas o menor apenas o ignorou e começou a andar um pouco mais apressado já que já sabia o que fazer.

Depois de pouco tempo andando em algumas ruas que pareciam ser do centro, Jimin parou em frente a um lugar que parecia um restaurante, mas que estava fechado. Suga desceu de suas costas cambaleante e um pouco confuso por não saber o que o outro estava fazendo, então apenas o viu chegando perto de si e enfiando a mão fria dentro do paletó que ele estava usando e tirando do bolso interno um celular. Ele discou algum número e falou alguns momentos com alguém.

— Por favor, deixe a gente entrar, eu nunca te pedi nada… — Dizia Jimin, e do outro lado podia-se ouvir uma voz grossa respondendo.

— Garoto, a única coisa que você me faz é pedir coisas, vem com essa não. Mas porque você ta aqui essa hora, tá maluco?

— Deixe a gente entrar que eu te explico.

— Cadê sua chave? Já perdeu?

— Não, apenas não estou com ela, abre logo tio, eu to morrendo de frio e fome aqui — Jimin desligou e olhou para Suga que observava confuso, já que não entendia nada que ele estava falando, e também Suga, agora que estava em pé, parecia que ia cair a qualquer momento, então Jimin chegou perto e abraçou suas costas com um braço e de lado para ele poder se apoiar.

— Você está gelado — resmungou Yoongi.

— Claro. Você está com meu paletó, seu bêbado idiota — Eles se viraram para uma pequena porta que tinha do lado do restaurante fechado, quando um barulho de chaves veio desta. A porta se abriu revelando um homem de traços asiáticos, um pouco gordo e com seus quase 40 anos.

— Tio! — Jimin soltou Yoongi para abraçá-lo — Você nos salvou!

— Jimin, sua sorte é que eu ainda estava acordado.

— Boa Noite para você também — Jimin respondeu emburrado.

— Quem é aquele ali? — o tio olhava estranho para Yoongi que se apoiava cambaleante na parede ao lado a porta para não cair.

— Ah é o Yoongi, ele tá mal, porque bebeu demais, podemos subir para ele comer alguma coisa? — O tio olhou torto para Yoongi e para o sobrinho.

— Pode, mas já vou dizendo que não vou limpar o vômito de ninguém.

— Ah se ele vomitar, e o faço limpar com a própria roupa se precisar.

Jimin abraçou Yoongi de lado de novo e o direcionando até a porta que levava a uma escada, da qual subiram calmamente por estarem cansados. Assim que chegaram na sala os dois se jogaram no sofá.

— Quem é ele? — Perguntou Yoongi para Jimin

— Ué, ele é coreano? — Perguntou o tio e Chim Chim assentiu.

— É meu tio — Disse ele para Suga, que ao ouvir isso fez uma pequena reverência coreana e o tio fez uma de volta. A partir da aí eles passaram a falar em corano para que o garoto entendesse.

— E aí Chim chim? Como está a vida de rico?

— Bem, mas eu não sou rico ele que é — Jimin apontou para Yoongi.

— A é? Quer financiar meu restaurante? — Ele perguntou brincando.

— Eu não sou rico, meus pais que são.

— Ah entendi. Bom, eu vou indo dormir, Jimin você se vira aí, e não me acorde mais senão da próxima eu que vou bêbado para sua casa. — Jimin deu risada, mas logo hesitou um pouco.

— Espera um pouco, e senhor não poderia levar a gente para casa depois?

— Aff, até parece que vou pegar o carro essa hora, olha a minha cara! Vai ter que esperar eu acordar ou o metrô abrir.

— Puff, por favor, tio! O Yoongi precisa estar na casa dele se não os pais dele me matam.

— Folgado, e o que eu ganho com isso moleque?

— Hum… Não sei. Que tal eu ir trabalhar para você por um dia? — Ele disse lembrando que uma vez seu tio tinha lhe dito que ele era o melhor funcionário que tinha.

— Não… Ainda não é o bastante, que tal por dois dias sem remuneração?

— Ah… Tá bom, por dois dias, nos meus dias de folga passo aqui então.

— Ótimo, bom, se arranja aí com as coisas que você quer, enquanto isso, vou cochilar no quarto, quando acabar me chama para te levar — Ele disse se retirando para se encontrar com sua preciosa cama.

— Obrigado, obrigado e obrigado!

— Tá, tá — disse o tio com indiferença, se afastando.

— Chim Chim? — perguntou Yoongi depois que o homem se retirou.

— É meu apelido.

— Posso te chamar assim?

— Você realmente está bêbado, — respondeu Jimin quando percebeu que ele não estava ironizando e nem fazendo piadas maldosas — mas sim, pode me chamar assim, todos meus amigos me chamam.

— Então sou seu amigo?

— Bom, você deixou bem claro que não queria ser meu amigo, então deixei isso em aberto.

— Você não deveria acreditar em tudo que te falo.

— Amanhã tenho certeza que você vai querer retirar tudo que falou até agora, mas e você? Tem algum apelido?

— Suga — Ele sorriu de uma forma que aqueceu o coração de Jimin, foi neste momento que começou a lamentar que essa personalidade dele, provavelmente, não duraria para sempre, bom, dizem que o álcool apenas libera aquilo que você pensa e deseja sem a “barreira” social, então talvez ele tenha esperança não?

Jimin pegou algumas coisas na geladeira e aqueceu a comida, eles poderiam comer pão ou algo mais leve, mas a fome era tanta que isso não bastaria. Ele colocou os pratos na mesa e logo Yoongi o devorou, era até impressionante que ele não estava enjoando e vomitando depois de tanta bebida, talvez seja algo que ele já esteja acostumado. Depois de comerem Jimin entrou em seu pequeno e antigo quarto e foi dar uma olhada no guarda roupa, e para sua sorte havia algumas roupas velhas que tinha deixado ali, pegou uma calça e uma blusa de manga comprida para si mesmo.

— Você vai querer tomar banho? — Disse para Suga que tinha entrado no quarto e já estava se sentando no colchão da cama com a mão na cabeça por estar tonto.

— Não, vou tomar em casa mesmo.

— Okay, então me espera ai, enquanto eu tomo um banho rápido.

— Não é como se eu tivesse outro lugar para ir — Jimin ignorou a frase e foi direto para o banheiro enquanto Suga ficava no quarto explorando com os olhos cada canto dele.

Logo ele percebeu que ali falava muito de quem era Jimin, pelo menos mais do que o pouco que sabia; avistou uma janela sem grades em frente a cama, havia uma fotografia do Jimin criança em cima de uma escrivaninha pequena, Jimin tinha bochechas e um sorriso ofuscador desde de pequeno, ao lado dessa foto tinha um porta retrato com uma fotografia que parecia antiga de uma moça, aparentemente coreana, sorrindo enquanto grávida, provavelmente era a mãe de Jimin. E colado na parede tinha uma foto mais recente de um Jimin adolescente abraçando um garoto de lado apoiando um mão em seu ombro, ao lado desse garoto tinha um outro que soltava um sorriso quadrado e era o único que olhava para os dois, ao lado de Jimin havia dois garotos altos, um fazendo o símbolo de “V” com os dedos e sorrindo para a cama, já o outro ao lado desse sorria também com um dos braços abertos com um expressão de pura alegria. Yoongi achou estranho o fato de que nessa foto, os cabelos de Jimin estavam laranja, aquela cor incrivelmente combinava com ele. Ali naquele lugar ele sentiu como se estivesse realmente conhecendo Jimin e isso o assustou um pouco, pois era o extremo do que ele queria. Ele notou alguns livros em uma estante e alguns posters de bandas e animes colados na parede.

Depois de alguns instantes Jimin já havia saído do banheiro vestido e aquecido pelo banho quente, quando entrou no quarto viu que o outro estava deitado em sua antiga cama com a barriga para cima e encarando o teto atentamente.

— Você está bem Yoongi? — Perguntou preocupado.

— Estou, apenas as coisas rodam um pouco.

— Se deitar assim, as coisas vão rodar mais.

— Hum… — Disse dando pouca importância — Jimin, você morava aqui com seu tio? — Perguntou Yoongi.

— Sim, mas não minha vida toda, por quê?

— Nada, é só curiosidade — Yoongi pelo jeito ainda estava falando o que vinha a mente, apesar disso achou estranho ele admitir que tinha curiosidade sobre a vida dele — Mas e seus pais?

— Desde quando você se interessa por minha vida? Ainda está bêbado Yoongi? — O outro apenas ficou quieto ignorando a ironia, afinal se Jimin já sabia tanto de seu passado e vida, ele também tinha o direito de saber da dele — Eu não tenho pais, minha mãe morreu quando eu nasci.

— E seu pai?

— Eu não tenho pai, para mim meu pai é meu tio. Enfim, vamos indo antes que seus pais cheguem?

— Temos mesmo que ir? — Disse Yoongi lamentando ter que se levantar, já estava até de olhos fechados.

— Vamos Suga, a gente tem que ir, levanta.

— Hum… Saco — Reclamou se levantando com uma mão na cabeça.

— Vou chamar meu tio, vê se não cai por ai — Yoongi assentiu e Jimin desapareceu por um instante pela porta afora. Ele sem se importar acabou sentando novamente na cama, pois precisava muito dormir, parecia que o dia não acabava nunca.

Jimin voltou em um instante com o tio, puxou Suga  para ele levantar novamente e o guiou até os fundo da casa, saindo por um escada que tinha na lavanderia e que dava acesso a uma garagem. Aquela casa não era muito grande, mas era maior que muitos apartamentos que existiam por aí.

Entraram no carro simples do tio de Jimin, que tentava manter uma conversa com seu sobrinho para não dormir enquanto dirigia.

— Você se liga e vem me visitar mais okay?

— Okay, mas você também precisa me ligar mais — Sorriu o menino.

— Eu sempre te mando mensagens, mas nunca responde.

— Ah, desculpe.

— Não esquenta, eu sei como é chato ter familiares enchendo o saco.

— Você não enche tanto, relaxa — Jimin sorriu.

— Ah e como está Jin e os meninos? Anda vendo-os?

— Sim, Jin vive passando em casa. Ah! — soltou e onomatopeia por se lembrar de algo — Eu me esqueci de dizer que Tae está morando comigo.

— Quê? Você e ele morando juntos? Tá maluco?

— Ele precisava de um lugar para ficar, pois vai começar a faculdade.

— Ah, entendo. Mas como você e ele ainda estão vivos? Não botaram fogo no lugar ainda?

— HAHAHAHA! Eu também não sei como estamos vivos.

— Bom, da próxima se certifique de falar comigo antes okay? Não se esqueça de mim assim.

— Credo, eu não me esqueci de você.

— Uhum, sei…

— Óh Céus, sente tanta falta de mim assim?

— Claro, você era meu melhor funcionário.

— Ei! — Jimin soltou uma risada cansada. Depois disso eles ficaram um momento em silêncio e o tio ligou o rádio do carro baixinho, ao mesmo tempo que no banco de trás Suga já dormia soltando uma respiração tranquila.

— Aliás, como conheceu esse cara ai?

— Ah, é filho dos meus chefes.

— Quê? Sério? — Jimin assentiu — Tá ai algo um pouco difícil de ver. Ele é seu namorado ou algo assim? — Jimin o olhou espantado.

— Tá maluco? Claro que não.

— Uhum, sei. Você dizia a mesma coisa sobre Jungkook.

— Ah, nossa eu me esqueci de te dizer também, Jungkook voltou.

— Quê? Menino, é tão difícil assim me falar as coisas?

— Desculpe.

— Faz tempo que eu não vejo esses pirralhos — Disse o tio se referindo a todos os amigos de Jimin.

— E J-Hope está namorando.

— Tá, agora eu estou surpreso. Ele namorando? Eu queria ver isso.

— Bom, é o que ele diz, mas eu nunca a ví, então…

— É. Esse moleque é maluco.

— Todos nós somos.

— Verdade — O tio soltou um sorriso — Vira aqui agora?

— É, é nessa rua mesmo, mas vai direto porque a casa dele fica para o final.

— Beleza.

Quando chegaram o tio estacionou o carro em frente a casa, impressionado com o tamanho do muro, agora Jimin saiu do carro e abriu a porta do lado em que Suga estava para poder acordá-lo. Ele deu várias sacudidas impacientes.

— Yoongi, chegamos acorda logo.

— Me deixe em paz Jimin, vai embora.

— Que saco Yoongi, acorda porra!!! — Yoongi tomou um susto, pois o outro quase gritou de repente. Então Jimin o ajudou a sair do carro e o levou a até a entrada. E se despediu do tio que partiu com o carro. Tinha um porteiro que ficava em uma cabine do lugar e ele já conhecia Jimin e reconheceu Yoongi, então logo os deixaram passar.

Ao chegar a porta fechada Jimin tentou manter Yoongi são para tentar achar a chave, mas este disse que não estava com ela, a sorte é que havia dois modos de entrar por ali, com uma chave ou com uma senha, então Jimin tentou despertar Yoongi ainda mais para ele poder colocar a senha, apenas depois de 2 tentativas ele conseguiu acertar e entraram sem se dar ao trabalho de tirar os sapatos, posto que o garoto tinha que apoiar o mais velho que ainda estava trôpego. Ao entrarem na sala Yoongi segurou as bochechas de Jimin forçando-o a fazer um biquinho

— Por que você tem bochechas tão fofas?

— Me solta Yoongi — Disse Jimin com a voz estranha e parecendo um peixe, fazendo o mais velho rir e por fim soltá-lo. Sem muita paciência por estar cansado ele o largou no sofá, do qual acabou se jogando de bruços. Jimin nem se deu ao trabalho de pegar o paletó de volta, apenas precisava ir embora antes que amanhecesse.

— Yoongi, eu não vou te dar banho, você que se vira agora tá?

— Hum… Tá — Disse já adormecendo de roupa e tudo, ao mesmo tempo em que Jimin saia da casa se preparando para andar até a sua e capotar.

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Mais tarde no mesmo dia, Yoongi sentia uma dor de cabeça muito forte e sua mente parece feita de nuvens, abriu suas pálpebras devagar e sentiu que seu rosto estava amassado contra o sofá, seu corpo estava pesado e ele sentia um cheiro de doce com uma mistura de menta, era um cheiro bom. Ele se sentou devagar tentando decifrar onde estava, percebeu, então, que se encontrava na sala de sua casa. Olhou para seus pés e percebeu que ainda estava vestido de social. Parecia que não tinha ninguém em casa naquele momento, assim ele lentamente se levantou e subiu as escadas com dificuldade para chegar ao seu quarto, pois seu corpo estava doendo por ter dormido em um lugar inapropriado. Ele agradeceu mentalmente para si mesmo ao ver que sua cama estava arrumada e não cheia de coisas como sempre deixava. Abriu o closet e pegou uma roupa confortável para dormir, retirou sua calça que estava cheirando a bebida alcoólica e a deixou jogada no chão sem se importar, porém ao retirar o paletó que usava lembrou-se  que não era com ele que tinha ido ao evento, neste momento lembrou-se de estar em uma rua escura e com frio e que Jimin estava a sua frente reclamando de algo,  então ele retirou o próprio paletó e entregou a ele para aquecê-lo. Respirou fundo ao lembrar-se um pouco da noite passada, sentindo uma certa vergonha de si próprio. Retirou o terno e percebeu que o cheiro bom de doce e menta vinha daquele terno, ele fungou o colarinho e notou que, provavelmente, aquele era o cheiro do tradutor, era algo um pouco viciante de certa forma, frustrado consigo mesmo por ter gostado de algo assim, deixou o paletó sobre a cama, terminou de se despir e tomou um banho quente e tranquilo fazendo sua dor-de-cabeça melhorar um pouco. Saiu do banheiro, vestiu sua roupa que naquele momento chamava de pijama e colocou-se para dormir mais um pouco, contudo mesmo ainda estando com sono e de olhos fechados, não conseguia dormir, era quase como se estivesse lhe faltando algo. Já estava tão acostumado com esse sentimento que não se importava mais com isso, sentir a saudade ou falta de algo ou alguém era uma dor até suportável comparada com tantas outras que estavam dentro de si, no entanto naquele momento essa falta estava o incomodando a ponto de deixá-lo desperto e fazendo-o se revirar na cama. Irritado e impaciente se sentou novamente na cama notando que o tal paletó havia caído no chão, o pegou e pôde sentir aquele cheiro novamente. Um pouco receoso e até constrangido com o rumo de seus pensamentos deitou-se na cama de novo colocando o paletó sob seu nariz, afogou-se por um instante naquela vastidão de essências, como se cada vez mais pudesse sentir algo diferente, mas o que o mais gostava era a sensação de estar completo, por fim deliciou-se em um sono prazeroso cheio do toque e gosto do dono daquela essência metamórfica. Enquanto ali sozinho e ao mesmo tempo repreendendo a si mesmo de que aquilo era tolo e errado, se entregou àquela vontade e desejo, pondo-se a voar no céu que era aquele Jimin.


Notas Finais


Só digo uma coisa, não se deixem enganar pelo clima pacífico e por essa ultima parte sobre Yoongi. Só porque ele gosta do cheiro não quer dizer nada...
Olha, eu tomei a liberdade de falar sobre meu processo criativo enquanto eu escrevia, pois sinto que preciso compartilha-lo aqui caso queiram ler, fiquem a vontade, e caso não queiram, podem não ler tbm.
Primeiro, desde do último capítulo eu estava com a ideia de que seria interessante colocá-los em um evento ou algo assim para aproximá-los, mas ao mesmo tempo Yoongi não tinha motivos para agir como bonzinho, então deixa-lo bêbado foi uma solução para também mostrar ao Jimin e a vocês de que talvez ele tenha uma esperança. Mas também, isso não quer dizer que será fácil.
Não irei falar das pistas que coloquei, apesar da maioria ter sido sutil, elas podem ser notadas ao longo da leitura. Caso não vejam não vai fazer tanta diferença no final, pois revelarei as coisas com clareza nas horas certas.
Sinto que minha escrita evoluiu ao longo desse capítulo, justamente pelo fato dele ter sido tão longo, porque eu fui obrigada a caçar sinônimos e palavras diferentes, e mesmo assim acho que pode estar um pouco cansativo.
Esse então, é de longe o meu cap favorito até agora, talvez não seja o mais importante, mas é o que eu mais gostei de fazer, principalmente porque eu estava com essa imagem de dois garotos, um nas costas do outro com os braços abertos e fingindo que é um pássaro ao meio da noite calma. Eu cheguei até a começar a fazer uma fanart assim (eu desenho um pouco), mas acabei não terminando por motivos de ter que escrever para vocês.
Achei incrível também em como as palavras pareceram voar e a imagem deles em um salão de festas, em uma rua e em uma loja de conveniência ficaram tão nítidas para mim que parecia um filme. Assim, confesso também que eu tinha escrito um final diferente, mais fofo do que esse, mas não condizia muito com o relacionamento atual dos dois, então fui obrigada a retirá-lo e guardar para mais tarde, sério eu tinha gostado muito do trecho. D: Mas ele provavelmente estará em outro cap.
Enfim, obrigada por ler até aqui. Até o próx. *-*


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