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História Como uma Catarse (Yoonmin) - Como uma tela da renascença


Escrita por: taymarty

Notas do Autor


Oi Criaturas *-*
Adivinha quem xingou até o inferno depois do MV de BS&T versão JPN?
Sim, eu. Os produtores cheiraram um cogumelo azul só pode.
Mas eu morri muito com aquele sorriso filho da puta do Tae e do Nam alá capeta dando veneno pros outros.
Ok, vamos ao assunto:
Muito obrigada pelos 161 favoritos *-*
Obrigada demais pelos comentários que adoro (~ºvº)~
Falando nisso, teve uma pessoa que falou que virou a noite lendo, pra vc que falou isso, sim seu comentário serviu sim como motivação para escrever. Obrigada :3
Obrigada também para a Rê do Portal Rap Line, que também insistiu para eu escrever logo.
Como sempre, prestem atenção aos detalhes. Principalmente porque tem muito do Suga nesse cap. E tem bem mais carga emocional também...
Boa leitura ;)

Capítulo 18 - Como uma tela da renascença


Fanfic / Fanfiction Como uma Catarse (Yoonmin) - Como uma tela da renascença

— Como vou saber se é verdade?

— Novamente você terá que confiar em mim

O mais velho hesitou mas acabou assentindo, afinal se o tradutor quisesse realmente fazer algo ruim com ele, ele já teria feito. Portanto, Chim Chim chegou mais perto dele e seus rostos se aproximaram, ele fechou os olhos e deixou que fosse vendado, o mais novo amarrou o lenço quase abraçando o outro. Assim que Jimin se afastou, Suga segurou seu braço; ele realmente não conseguia ver nada, no máximo conseguia distinguir um pouco a claridade da sombra.

— Eu to com um pouco de medo

— Vai ficar tudo bem, vou ficar do seu lado, fique segurando meu braço ou meu ombro que eu vou te guiar está bem?

— Você não vai me matar ou deixa eu ser atropelado né?

— Não, eu não sou você Yoongi — Jimin riu, mas Yoongi ainda estava incerto sobre aquilo.

Jimin o guiou e como era domingo a sorte dele é que não tinha tanta gente na rua assim ficava mais fácil não precisando ajudar o outro a se desviar toda hora, no começo foi um pouco ruim, já que sempre esquecia de dizer “Escada”, “Cuidado com o buraco” ou coisas desse tipo, mas aos poucos foi conseguindo guiá-lo direito e pôde sentir a mão dele se afrouxar em seu braço. Quando eles chegaram em uma rua Jimin foi surpreendido por uma multidão de um protesto, ele até se desviaria indo por outro caminho, mas isso só deixaria o caminho mais longo, ele também poderia esperar a multidão passar, mas pelo tamanho dela iria demorar um bom tempo.

—  O que aconteceu? —  Yoongi perguntou percebendo que Jimin parou e também ouvindo muitas vozes se aproximando fazendo-o apertar novamente seu mão no braço do outro.

—  Protesto, isso é outra coisa sobre aqui que você deveria saber, nós temos muitos protestos, mas não era isso que eu queria te mostrar.

—  Então, por que paramos? —  Jimin respirou fundo antes de responder, pois ele sabia que o outro não iria gostar nada daquela ideia.

—  Pra onde vamos só tem esse caminho ou um outro que é bem mais longe, podemos também esperar a multidão passar, mas as duas coisas levaria tempo e bom… Temos hora marcada pra estarmos lá…

—  Ou seja, você quer que eu atravesse uma multidão vendado?

—   É… Mas se você não quiser posso simplesmente tirar sua venda, mas a escolha é sua —  Yoongi por um momento sentiu um desespero, ele detesta tomar decisões desse tipo, ele sabia que se tirasse a venda Jimin se decepcionaria, afinal ele poderia interpretar isso como se ele não confiasse nele, o que não era bem verdade, pois até ali Jimin apenas se mostrou fiel ao máximo. Mas multidões o apavorava, eram muitas vozes se aproximando, muitos corpos, ele teria que se espremer entre eles e tentar acha o mínimo de ar para respirar, e principalmente ele desapareceria no meio de todas aquelas pessoas, sem ao menos ninguém notar.

—  Temos mesmo que ir nesse lugar?

—  É que eu já comprei os ingressos, e não foi fácil conseguir… Como eu disse Yoongi posso simplesmente tirar sua venda, você não precisar fazer nada que não queira. —  Apesar de assustado do que teria que passar com ou sem venda, Yoongi não queria sentir ainda mais culpa, não queria decepcionar mais uma pessoa, ainda mais alguém tão bom quanto Jimin, sem falar que revelar seus medos assim tão fácil não era de seu feitio.

—  Você vai ficar do meu lado né?

—  Claro

—  Okay, então eu vou com a venda.

—  Tem certeza?

—  Sim —  Jimin sabia, por ver o lábio inferior do outro tremer de levinho, de que aquilo realmente não era nada fácil para ele, por isso naquele momento admirou a coragem de Min Yoongi.

Deste modo, eles seguiram em frente com Yoongi segurando o braço do mais novo o mais forte possível, o maior problema de passar pela multidão que berrava em seus ouvidos, era que eles teriam que ir contra o fluxo, ou seja, em sentido contrário. Jimin acabou abraçando os ombros de Yoongi com um braço como se para protegê-lo de todos ali, mas era quase em vão, pois o mesmo se sentia cada vez mais sufocado em meio a grande quantidade de corpos que esbarravam neles, que eram tantos que ele não sabia bem quem daquelas pessoas era Jimin lhe tocando, a única coisa que o aliviava era o peso constante da mão do menor em seu ombro.

Esteve tudo ocorrendo bem à medida do possível, até que não muito longe puderam ver e ouvir que um caminhão não muito grande com um alto falante se aproximava na direção dos dois, só que no mesmo ritmo da multidão, avançando lentamente. Isso fazia com que as pessoas se espremessem para desviarem dele, Jimin xingando enquanto se sentia ainda mais apertado tentou apertar Yoongi ainda mais para si, mas logo percebeu que aquele ombro macio que segurava não era mais do pequeno garoto e sim de uma garota magrela, deste modo desesperado ele olhou em volta procurando e pequeno vampirinho e se xingando por ter tido aquela ideia maluca.

Jimin não estava mais lá, Yoongi podia sentir, pois a mão quente e pequena não estava mais em seu ombro.

— Jimin? Jimin? — Mesmo assim ele tentou em vão chamar, mesmo já sabendo que a resposta seria o silêncio, então sua mente passou a rodopiar.

Um nó em sua garganta começou a se formar, tinham pessoas em excesso ali, eram muitos corpos que ele sentia, eram muitos ombros e peles grudentas que esbarravam nele, eram muitas vozes gritando em uma língua estranha e mesmo assim ao meio de tudo aquilo Min Yoongi começou a se sentir sozinho, mais sozinho como nunca, se ele sumisse ninguém notaria, se ele morresse não faria a menor diferença, até mesmo poderia ser pisoteado ali que ninguém sentiria que havia um menino vendado sob seus pés. Nunca se sentiu tão pequeno e tão insignificante, igual a um grão de areia ao meios de muitos grãos. Se sentindo sem ar, por isso arfando, ele colocou ambas as mãos sobre seus ouvidos tentando tapar o barulho insuportável como se elas também conseguissem abafar seus pensamentos. “Jimin sumiu, como eu deveria saber” Ele pensava. “Por que você também me deixou? É sempre assim, tem que ser assim, afinal quem ficaria ao lado de alguém como eu?”, “Por favor, não me deixe também, por favor, por favor não me largue aqui… Dói tanto”. Conforme seus pensamentos o torturavam ele deixou seu tronco se curvar, formando uma concha imaginária onde nada poderia o atingir, mas como isso não se passa de uma ilusão quase infantil, pôde sentir pessoas lhe chutarem e lhe darem cotoveladas, mesmo que sem querer, ele até tentava se levantar, mas as pessoas não deixavam. Queria acima de tudo gritar, sair de lá e chorar, mas isso não adiantaria de nada, afinal todos ali estavam gritando. Mesmo assim, ele apertou os olhos sob a venda da qual não retirou, pois achou que isso apenas pioraria a situação, não queria ver o quanto estava cercado, já que sentir e ouvir já lhe era aterrorizante o bastante.

—  YOONGI! YOONGI… —  Jimin gritou ainda mais desesperado ao ver um pequeno e frágil garoto vendado, tendo o sol iluminando a pele alva de seus braços que tampavam tão desesperadamente os ouvidos, o rosto do garoto se contorcia no que parecia ser uma careta revelando tortura. Assim Jimin arregalou os olhos, pois nunca imaginaria que veria algo tão frágil e delicado como parecia ser aquele menino pequeno e perdido, então ele empurrou todos em sua volta para tentar alcançar o garoto, e nunca imaginou que poderia ter aquela força para empurrar homens do dobro de seu tamanho, sem se importar com os olhares zangados e o xingamentos desnecessários, ele se apressou esticando os braços em alcançá-lo o mais cedo possível.

Calma.

Vamos dar uma pausa.

Vamos desacelerar essa cena mais um pouco. Pense que os segundos se passam como uma eternidade e os movimentos de todos ficam tão lentos que se é capaz de ver cada detalhe como quadros antigos da renascença que retratam cenas da guerra entre o céu e o inferno. Agora, analisaremos cada camada dessa caótica pintura, pularemos os diferentes planos, pois descrevê-los seriam perda de tempo para a dada situação. Lembra dos silêncios citados em um momento passado? Se sim, então deve ter notado que o silêncio também é uma forma de comunicação e nessa situação por mais barulhenta que seja, acredite ou não, também está repleta dele.

O primeiro silêncio é o da multidão que tanto gritava, quero dizer, não da multidão em si, mas a além dela. Em protestos como aqueles, em que ninguém presta verdadeira atenção no que acontece em sua volta, além de suas próprias exclamações exigindo direitos que a maioria dali não sabe exatamente quais são ou quais estão lutando, o que mais se destaca é a confusão mental dos quais cada um daqueles indivíduos se encontram e por consequência, confusão no próprio protesto desorganizado. Esse silêncio é muito bem disfarçado entre os gritos de ira e desprezo, é o silêncio da ignorância, uma que praticamente ninguém fala, mas que está lá quieta, ainda existindo.

O segundo silêncio é do protagonista dessa história, Jimin, seu silêncio está escondido de desespero, é o silêncio de uma pessoa surpresa que não sabe o que fazer, mas principalmente de uma pessoa que pensa que tem tudo em seu controle, porém que no fundo sabe que o mundo não é assim, é o silêncio da gentileza excessiva e do otimismo ilusório.

O terceiro e último silêncio é aquele silêncio que mesmo notável é muito difícil de ser mudado, ou seja, um que continua o mesmo assim como naquele momento anterior, era o silêncio que pertencia a um homem, ou devo dizer um menino? Um que tentava se manter tão estável nesse momento, para não desmoronar com tanto tempo de seu silêncio acumulado… Sim, o terceiro silêncio ainda é de um homem que espera a morte.

Passado esses detalhes microscópicos, o tempo já pode voltar a sua velocidade normal.

 

Jimin, finalmente, sentiu segurar os ombros certos, abraçando fortemente o garoto de cabelos negros que estava encolhido ao meio da multidão, como se pudesse o proteger do peso do mundo.

—  Me desculpe Yoongi, me desculpe… —  Sussurrou no ouvido dele, e o abraçava tentando o ajudar a se erguer e apertá-lo o mais forte que podia, enquanto o rapaz vendado arfava em surpresa sem retribuir o abraço e agora sentindo seu cabelo ser afagado pelos dedos macios do menor que com a aproximação dos corpos podia sentir o batimento acelerado do garoto frágil, assim como a respiração ofegante e quente ao pé de sua orelha.

—  V-você disse que não sairia do meu lado… — Yoongi gaguejava murmurando com um fio de voz rouca, agora segurando fortemente a camisa de Jimin com a mãos postadas nas costas do mesmo, ele não queria fazer um cena ali, não queria que Jimin o visse assim.

—  Me desculpe Yoongi- Hyung, me desculpe… Eu não deveria ter tido essa ideia idiota, me desculpe, estou aqui agora, vai ficar tudo bem agora —  Jimin dizia baixinho tentando aliviar a culpa que estava em sem seu peito e também para tranquilizar o coração do mais velho. Ele não imaginava que Suga era tão frágil a ponto de tremer em seus braços como agora, e ter descartado que alguém como ele poderia ser tão frágil assim, foi seu pior erro — Vai ficar tudo bem agora, estou com você Hyung — Ele repetiu.

Depois de alguns minutos daquele jeito com as pessoas tentando empurrá-los para passar, Jimin começou a desamarrar a venda dos olhos dele, mas Yoongi segurou seu braço, impedindo-o.

—  Ainda não… Ainda não chegamos então não tire.

—  Mas…

—  Não tire, só… Só, por favor, não saia mais de perto de mim —  A mão de Yoongi tremia sobre a de Jimin que estava posta em seus cabelos negros, então Chim levou sua própria mão em direção ao bolso lateral de sua mochila retirando uma gravata que havia levado para se por acaso decidisse usá-la para ir ao lugar, mas como tinha decidido a não usá-la, agora apertava um nó no pulso esquerdo de Yoongi e logo depois com a outra ponta dela fez outro nó apertado no seu próprio pulso direito.

— O que está fazendo? —  Perguntou Yoongi ao perceber que seu pulso estava preso a algo.

—  Agora você não tem mais como se perder de mim, estamos presos — Jimin puxou sua mão para o outro perceber o que ele quis dizer, então, deu um sorriso mesmo que o maior não pudesse ver e em seguida entrelaçou sua pequena mão com as dele, podendo ver um fraco sorriso brotar nos lábios de seu Hyung.

Depois de um certo esforço e do desejo contínuo de Suga de se encolher e sumir dali, eles, por fim, chegaram ao local deslumbrante, subiram uma escada com piso de mármore e Jimin o conduziu para uma porta onde tinham algumas pessoas entrando, entregou os ingressos e pôde notar que o homem bem vestido que estava os recolhendo olhava confuso para a gravata amarrada entre os braços dos dois meninos que agora além de amarrados, estavam também descabelados e suados por causa do inesperado protesto, mas o tradutor não se importou e apenas entrou no recinto e se sentou na cadeira que fora reservada, por sorte eles tinham chegado a tempo, já havendo um número considerável de pessoas no local.

—  Onde estamos? —  Perguntou Yoongi, que ainda vendado tinha percebido a mudança de ambiente.

Chim Chim finalmente retirou o lenço dos olhos de Yoongi que ficou de boca aberta ao ver os espaço ornamentado e grande onde estavam, e assim como Jimin, ele admirava cada detalhe do espaço gigante que se abria a sua frente, o teto requintado, as cortinas vermelhas do palco e das cadeiras que ficavam a toda parte, ainda mais a amostra pelo andar onde estavam. Jimin que também passava seus olhos em tudo que podia, acabou pousando seu olhar em Yoongi, sentindo uma súbita vontade de sorrir ao vê-lo com a boca meio aberta e os pequenos olhos sonolentos capturando cada detalhe. Não pôde deixar de pensar com isso, que até aquele momento do passeio o garoto Min tinha revelado mais expressões do que jamais imaginaria ver, e isso só o fazia sentir que seu esforço estava valendo a pena.

—  Aqui é o teatro municipal, é um teatro antigo daqui, eu também nunca tinha vindo, é maravilhoso não é? —  Jimin disse animado ao ver os olhos do mais velho brilharem.

— Sim, é. — Yoongi disse baixo, a verdade é que estava impressionado, não imaginava que Jimin poderia levá-lo a um lugar tão lindo como aquele —  Vamos ver uma peça?

— Não, hoje vamos ver uma orquestra —  Nesse instante os músculos de Yoongi contraíram. Orquestra… música clássica… Ele engoliu em seco tentando afastar as lembranças que tanto expulsa de sua mente. “Não agora, por favor… Não se lembre disso Min Yoongi. Não pense essas coisas”. Ele estava se esforçando, e muito, para pensar coisas normais e tentar relaxar, ainda mais por já ter ficado bastante tenso instantes antes, considerou também no quanto Jimin parecia estar tão feliz por tê-lo o levado ali, e de fato era um espaço lindo, como não poderia ficar feliz? Mas no fundo ele estava mal, ainda mais ao pensar que não poderia estragar tudo, não ali e não naquele momento. Naquele instante, mais do que nunca estava se odiando, pois realmente queria estar feliz, porém não importava o quão positivo ele tentava pensar, ou quanto ele tentava se distrair, aqueles pensamentos pareciam voltar e ainda mais fortes e constantes quando a orquestra começou ao som de “Vivaldi: II Bajazet, Sinfonia I. Allegro.” Fazia tanto tempo que ele não ouvia Vivaldi que seu coração se acelerava a cada nota tocada e a cada toque em que os arcos dos violinos se se encostavam nas cordas, quase como por inércia, por um momento, sentiu aquela euforia mágica que só a música clássica o fazia sentir, no entanto a sentiu morrendo e se esvaindo enquanto cenas indesejáveis passavam diante de seus olhos.

Jimin começou estranhar ao ver Yoongi ficando tão tenso, parecia hipnotizado pelo que via, ou mais do que isso, ele parecia vidrado e seu peito subia e descia rapidamente como se tivesse corrido muito, os olhos do garoto se fecharam fortes e Jimin se sentiu tentado a perguntar se estava tudo bem, mas não o fez, por medo de se intrometer em algum momento de contemplação que outro estava, ele olhou para as mãos dos dois sobre o braço da cadeira, uma mão do lado da outra ainda amarradas pela gravata, ele lentamente andou com seus dedos até a mão pálida até que a tocou e a afagou para tranquilizá-lo. Yoongi ao sentir o leve toque da mão macia, abriu os olhos e olhou para o garoto ao seu lado que apesar de estar afagando sua mão, parecia concentrado na orquestra a sua frente. Suga queria guardar aquela imagem pra sempre, Jimin estava com um semblante tão tranquilo e bonito que naquele momento conseguiu esquecer todas aquelas lembranças e pensamentos que estavam o torturando. O outro, então, virou o rosto sorrindo e olhando para as órbitas de seu hyung, apertou mais a mão dele sob a sua e deu um sorriso tranquilo, como se expressasse todo o agradecimento que sentia por Yoongi ter lhe dado aquela chance, mas o outro por sua vez, apenas queria ter ficado hipnotizado por mais tempo por aquele sorriso que se desfez rápido demais e por aquele olhar calmo que se desviou dos seus também rápido demais, e principalmente ele queria ter ficado mais tempo admirando o perfil do Park que mantinha um sorriso leve ao ver todos aqueles instrumentos sendo tocados juntos, mas quando uma nova música começou ao som do tão conhecido teclar de um piano a tocar, foi quando percebeu que a verdadeira tortura ainda não tinha começado. As lembranças pareciam tão claras em seus olhos que parecia que havia voltado para o passado.

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“— Yoongi-ah, você sempre toca tão bem, eu quero tocar também... Quando vai me ensinar? — Disse Solji com sua voz levemente irritante e seu olhar falsamente inocente vidrados no pequeno garoto de cabelos negros que se concentrava relaxado no piano.

— Nunca — Ele disse sem expressão, como se já estivesse esperado aquilo.

— Você é tão chato, como consegue? — Disse ela bufando levemente, e fazendo yoongi soltar um leve sorriso e mira-la.

— Não é que sou chato, é que eu não tenho paciência nem pra falar com você, imagina ensinar — Ele sorriu travesso.

— Você, Min Yoongi, não presta — Ela revirou os olhos mas logo soltou um sorriso, pois na verdade sabia que Yoongi nunca a ensinaria, ela só pedia para enchê-lo.

— Yoon, você está a quanto tempo aí? Mamãe está chamando para você comer… — Chegou Kwan com um semblante preocupado, afinal seu irmão ultimamente estava perdendo refeições por ficar horas afinco tocando.

— Kwan-Oppa! Como você suporta seu irmão? Ele nunca deixa eu tocar… — Ela fez um bico falso, cruzando os braço e Yoongi só revirou os olhos sem parar de tocar a melodia.

— Ah Solji, você sabe que eu não suporto — Ele sorriu e se aproximou dela bagunçando os cabelos castanho da garota que fez uma careta — Yoongi, por favor, dá pra você parar de tocar um pouco?

— Pra quê? — Ele disse dando de ombros mirando o mais velho

— Para ir almoçar com seu irmão e sua amiga por um minuto — Kwan fez uma cara de dó um tanto manhoso, fazendo o mais novo bufar, porém parando de tocar. — Nossa! Isso foi fácil, quem é você e o que fez com meu irmão?

— Fala logo o que quer hyung — falou seco sem paciência.

— Aish… isso é jeito de falar com seu irmão? Nem parece que sou o mais velho.

— Ah, você é? — Falou Yoongi com um olhar meio divertido, fazendo Kwan olhá-lo emburrado.

— Você tem razão mesmo Solji, não dá pra suportar esse garoto — ele falou olhando para a garota que soltou um leve sorriso concordando.

— Se sou tão insuportável, por que pede tanta minha atenção?

— Porque você é meu irmão.

— E…? — Dessa vez Kwan ficou com uma expressão realmente séria e Solji que só observava sentiu a tensão se formando.

— E que você devia ao menos ter mais consideração, estou aqui te chamando pra comer porque me preocupo com você.

— Obrigado, mas mais tarde eu vou, não estou com fome agora — falou em um tom monótono e voltou a tocar.

— Por que você está especialmente mais grosso hoje? — Falou Kwan novamente.

— Porque estou sem paciência, só quero tocar em paz.

— Deve ser porque hoje na escola chegou os formulários para se inscrever nas faculdades — disse Solji meio baixo, e Yoongi soltou um suspiro cansado.

— Ah… Isso explica, a gente pode falar com o pai sobre isso, eu vou com você... — Começou Kwan

— Não — Yoongi interrompeu-o seco — Eu não preciso que você vá junto.

— Ok, eu não vou se quiser, mas não adianta ficar bravo assim, uma hora você terá que falar com ele sobre isso e vai ficar tudo bem Yoon.

— Você diz isso porque foi fácil pra você, já que fez tudo que eles quiseram, você não precisou passar por isso que estou passando. Pra você foi muito fácil.

— Sim, foi mais fácil, mas isso não quer dizer que não posso te ajudar…— Yoongi parou de tocar novamente.

— Kwan, por que você só não me deixa eu fazer isso sozinho? — Yoongi disse seco olhando para o irmão com a mesma frieza.

— Você é meu irmão mais novo, eu sempre vou cuidar de você. — Kwan continuou calmo, enquanto Solji apenas ficava tensa observando-os.

— Só me deixem em paz — Disse Yoongi após um minuto em silêncio voltando a tocar, assim Kwan e Solji saíram em direção à cozinha em silêncio sabendo quase continuassem a conversa, só o deixaria mais irritado.

A verdade era que nenhum deles sabiam, que aquela era a última chance que o tempo estava lhes dando para ficarem os três juntos antes de tudo mudar, e nada, nada voltar como antes.

Ah… Se Yoongi soubesse…”

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Desde o acidente Yoongi ficou muito tempo sem tocar, chegou até a voltar a tocar um pouco com ajuda de Solji que simplesmente sempre estava ao seu lado, mas desde o desaparecimento da mesma ele nunca mais aguentou até mesmo ouvir música clássica, principalmente se o som de um piano estiver presente.

Tocar pra si, sempre foi motivo de alegria e amor, mas no momento só trazia pavor, pois ele não sabia o que aquele som ou o teclar poderia desencadear em suas lembranças e sentimentos, ainda mais quando se tinha coisas tão dolorosas alojadas em seu cérebro. Naqueles últimos dias ele só ouvia o som de piano quando queria se torturar mentalmente, mas mesmo assim nunca conseguia aguentar por muito tempo.

Mas aquela música em especial parecia ridiculamente uma coincidência para si, pois era umas das melodias que seu irmão mais gostava de vê-lo tocar, assim como Solji sempre quis prendê-la especificamente. Aquilo doia, muito mais do qualquer dor física, e as lembranças nunca arderam tanto em sua mente como naquele instante.

Ele segurou firme o braço de seu acento, enquanto mirava com os olhos marejados a cena dos dedos do pianista intercalando entre as teclas. Jimin sentiu que a mão abaixo da sua ficou rígida de repente, então a olhou notando que os dedos estavam quase brancos com a força que ele fazia, então ele olhou para o dono da mão notando seus olhos tão cheios de dor que não se conteve e falou assustado:

— Yoongi? Você está bem? — Ele falou relutante, porém quase como uma resposta Yoongi se levantou com brutalidade se afastando de seu próprio assento. Mas como tinha esquecido que estava amarrado, acabou puxando Jimin consigo, fazendo o mais novo se assustar.

Suga se importando em apenas sair dali o mais rápido possível se apressou em encontrar a saída em passos rápidos quase que correndo, arrastando o tradutor consigo enquanto este tropeçava tentando acompanhá-lo. O Park reclamava, xingava e pedia para o outro parar, mas seus pedidos eram ignorados completamente, afinal o mais velho só se preocupava naquele instante em se afastar da melodia que tanto o aterrorizava, enquanto descia as escadas de mármore correndo, fazendo o outro quase cair. Ele só parou quando sentiu o ar pesado da cidade atingir seu rosto junto ao céu que aos poucos se preparava para seu crepúsculo. Finalmente ele tinha saído daquele lugar e estava do lado de fora em uma rua em que não estava mais o aterrorizante protesto.

— YOONGI! O que diabos você está fazendo? — Jimin gritou, mais por estar assustado e preocupado do que realmente bravo. Yoongi respirou fundo e o mirou como se de repente se desse conta que estava acompanhado — Yoongi, o que aconteceu? — perguntou mais calmo, porém hesitante.

— Não foi nada — Ele respondeu em um fio de voz olhando para baixo.

— Não minta pra mim, você saiu correndo desesperado, eu só quero te ajudar — Jimin se aproximou mais dele colocando a mão em seu ombro e tentando encontrar seu olhar.

— Por que você teve que me levar pra esse lugar?! — Falou olhando nos olhos do outro, em um tom tão baixo e rouco que Jimin teve que se esforçar um pouco para entender.

— E-eu achei que você iria gostar… — Jimin começava a sentir um aperto no coração ao ver o olhar dolorido de Suga. Ele não conseguia entender o que tinha de errado, uma hora Yoongi estava tão maravilhado e no outro tão aflito...

— Acontece que eu não gostei! — Ele falou em um tom mais alto, assustando o outro, e então expulsou a mão que jazia em seu ombro, mas sem muita brutalidade, na verdade quase como se hesitasse a fazer isso — Eu não preciso da sua ajuda Jimin — O coração de Suga estava acelerado, ele não queria dizer aquelas coisas e o olhar assustado e preocupado de Jimin apenas reluzia gentileza. Mas parecia que a boca de Yoongi o traia, dizendo coisas que sua própria mente reprovava.

— Yoongi, se acalme, me diga o que aconteceu — Ele falou paciente e calmo, contudo com um pouco de confusão presente em seu tom.

— Eu não quero mais você perto de mim, não quero mais que você tente fazer o que estava fazendo — “Pare seu idiota, pare, pare, só cale sua boca” um voz em sua mente dizia. “Não é isso que você quer falar, não faça isso”. Era como se a cada palavra fosse uma sua forma de não se expor. — Eu não quero mais isso que você chama de ajuda, fique longe de mim.

— Yoongi…Me desculpe, eu não sei o q-que... — O peito de Jimin começava a pesar, ele não sabia o que ele tinha feito de errado, mas nunca tinha visto tanta dor presente não só no olhar mas no timbre da voz rouca. Pensou até que aquele dia tinha sido uma farsa e mais uma vez Yoongi tinha brincado consigo. Porém, por um momento ele se deixou mergulhar ainda mais a fundo na órbitas negras, enquanto tentava achar as palavras certas, e notou naqueles olhos escuros, que mais que dor, havia o medo, um medo ainda maior do que ele jamais tinha visto. Então foi quando ele entendeu o que o outro estava fazendo. — Yoongi… Não faça isso. Me desculpe se eu fiz algo errado. Eu sei que você está assustado, e eu não posso saber bem o porquê ou o quer que seja que esteja sentindo agora, mas não importa o que você diga, não adianta, não vou embora, vou ficar do seu lado — Jimin mais uma vez falou o mais calmo que pode e deu um pequeno sorriso tranquilizador, enquanto o garoto pálido pareceu ficar paralisado sem palavras — Estamos presos, lembra? — Jimin estendeu as mãos amarradas na gravata e apertou a mão fria do mais velho — Você não está sozinho — por fim, sorriu gentil.

Yoongi ficou ali paralisado por um tempo, sem saber o que dizer, Jimin mesmo depois de mais uma tentativa de afastá-lo, estava disposto a ficar do seu lado. O que aquele garoto era? Ninguém era assim, ninguém tinha uma paciência e calma tão grande, ele não sabia o que dizer diante uma pessoa como aquela, e mais uma vez sentiu que não merecia aquilo, não merecia tanto esforço. Yoongi abaixou os olhos dos de Jimin, com medo de que o garoto pudesse ler ainda mais sua alma. Mirando o chão ele sentiu uma lágrima escorrendo em sua bochecha, com a mão livre ele a limpou enxugou rapidamente como se ela nunca existira, mesmo que a dor em seu peito ainda clamava para que suas lágrimas acumuladas transbordassem de vez. Ele respirou fundo tentando organizar seus pensamentos, e sentiu a mão pequena e quente de Jimin pousando de novo em seu ombro, ele apertou um pouco mais a mão do menor. Então, ficaram ali por uns minutos em uma relutância de um abraço, sem ao certo saberem se aquilo seria estranho ou não. Quando o Park percebeu que o vampirinho se acalmou, enfim disse:

— Vamos? — Yoongi o olhou hesitante mas assentiu em silêncio, mesmo se não soubesse ao certo aonde iriam — Pensando bem, tem mais um lugar que eu queria te levar, acho que ainda temos tempo se fomos logo. Quer ir?

— Onde? — Yoongi perguntou um pouco assustado, com medo que fosse mais uma surpresa de Jimin, que notando isso acabou sorrindo um pouco.

— É só uma praça, mas é legal, mas fica um pouco longe daqui, terei que chamar um táxi — Yoongi assentiu dando de ombros, assim o menor acabou chamando um Uber que os levou até a praça, durante o caminho eles acabaram desfazendo os nós da gravata que os prendia, para poderem se moverem melhor quando chegassem na praça. Jimin, naquele momento, torcia para que desse tempo, então acabou se animando quando desceram do carro e o céu ainda estava claro.

— Por que viemos aqui? — Suga perguntou, pois para ele parecia só uma praça comum.

— Viemos ver o pôr-do-sol, esse o nome dessa praça. Praça do pôr-do-sol — Jimin sorriu animado, fazendo o maior se perguntar em como ele conseguia achar tanta animação para algo tão simples como aquilo?

A praça estava relativamente cheia, já que era final de semana. Eles foram até a parte em que dava vista para a cidade que se estendia em baixo, e os prédios pareciam menos cinzas e menos frios com a luz alaranjada se espreitando através deles, como se ainda tentasse encontrar um modo de exibir seu glamoroso brilho. Yoongi tinha que admitir, aquilo era lindo e relaxante ainda por cima. Vendo que o espetáculo iria demorar um pouco, Jimin pegou a jaqueta que tinha usado mais cedo de sua mochila, e estendeu sobre a grama para que se sentassem sem se sujar. Ele só lamentou mentalmente que a jaqueta fosse clara e que provavelmente teria que fazer um esforço para tirar a sujeira de terra, mas logo enfiou esse pensamento para o canto de seu cérebro que ligava o “foda-se”. Ao ver a luz indo embora aos poucos, enquanto o céu escurecia o tom azul lentamente, criando uma paleta de cores típica de um quadro, Suga teve uma grande vontade de estar com sua câmera naquele momento, que merecia uma linda foto, ele olhou para Jimin que tinha um olhar tranquilo e distraído para o horizonte em sua frente e pensou no quão relaxado e pacífico tudo aquilo era, como aquele dia, mesmo depois de ter que lidar com seus problemas internos, tinha feito-o esquecer de suas dores por mais de um minuto. Por fim, admitiu para si mesmo que estar com o tradutor de seus pais ao seu lado, não era assim tão ruim quanto parecia, e que deveria simplesmente aceitar alguém que tinha um sorriso como aquele.

— Jimin — “Obrigado por continuar do meu lado”. Ele quis dizer, mas como era de se esperar acabou dizendo: — Você empresta seu celular um pouco? — Park o olhou confuso.

— Pra quê?

— Eu só quero tirar um foto — Yoongi disse simples, como se não tivesse tanta importância.

— Okay… — Mesmo desconfiado Jimin lhe deu o celular destravado. Yoongi abriu a câmera do objeto e tirou uma foto do horizonte, mas vendo que não tinha ficado boa tirou outra, enquanto Jimin voltou a olhar o horizonte distraído, Yoongi olhando-o, sorriu de leve ao notar o que faltava naquela foto. Posicionou a câmera como queria e tirou a foto do por-do-sol com o perfil de Jimin ao meio dela. “Perfeito” Ele pensou. Ele rapidamente enviou a foto para seu número de celular, antes que o outro notasse, excluiu a foto com o Jimin e devolveu o eletrônico para ele. — Depois eu te passo as fotos que tirou se quiser — Disse o mais novo olhando o que o outro capturou.

— Tudo bem, não ficaram muito boas mesmo — Yoongi deu de ombros com sua cara de nada, de sempre.

Eles ficaram um tempo em silêncio e Yoongi já tinha se deitado com a cabeça e parte de seu tronco em cima da jaqueta esticada de Jimin.

— Suga-hyung, posso te fazer uma pergunta? — Falou de repente, antes que Yoongi tivesse a chance de fechar os olhos e pegado um sono tranquilo.

— Pode, mas não quer dizer que vou responde-la — Falou lhe dando um ar do ser inteligente que era, fazendo o Park rir nasalado.

— Por que acabou aceitando me dar uma chance? — Jimin tentou excluir o fato de que aquela frase parecia que ele estava querendo uma chance no sentido romântico — Quero dizer, eu realmente pensei que você não ia aceitar isso naquela hora na sua casa… — Continuou meio tímido.

— Porque eu cansei de mim mesmo, cansei dessa vida de fugir das coisas e você tinha razão sobre mim, ainda mais porque eu não consigo fugir de você.

NÃO.

Ele não disse isso, mas Yoongi pensou e realmente quase disse, no entanto o que saiu de sua boca foi:

— Porque eu fiquei curioso no que poderia dar — Ele deu um sorriso um pouco travesso e continuou — E é tentador ter mais chances de te irritar — Jimin riu um pouco.

— Nossa! Você é tãoo mau — Disse irônico, mas que tinha uma ponta de verdade.

— Eu sei — Ele deu de ombros parecendo um gato, fazendo Jimin soltar mais um risinho.

Nos pensamentos de Jimin ele ainda se questionava o que tinha dado errado no teatro, e sua língua formigava para perguntar novamente o que aconteceu, porém tinha medo de Suga tentar fugir de novo e tentar afastá-lo, ele não queria machucá-lo ou se sentir incomodado ou pressionado.

— Posso te fazer um pergunta também? — Perguntou Yoongi de repente.

— Claro.

— Você me levou nesses lugares para tentar me seduzir? — disse em tom divertido, fazendo Jimin corar.

— Que? Claro que não! — O olhou indignado.

— Ah sabe, ir para uma praça para ver o pôr-do-sol não é um pouco romântico demais? — Ele deu um sorriso nada sério, fazendo o menor corar mais ainda. Para ele era divertido ver Jimin tão sem jeito.

— Se você está reclamando pode ir embora.

— Eu não estou reclamando, é só que é um pouco estranho.

— Você acha? — Perguntou um tanto chateado, pensando se tinha errado em algo de novo — Hum... É um pouco gay demais mesmo, não é?

— Um pouco, mas eu realmente não me importo, de qualquer forma já passou da hora mesmo.

— Hora do que?

— De me beijar ué, o Sol já sumiu, então nem tem graça mais — Jimin ainda mais envergonhado deu um tapinha no ombro dele — Ai!

— Você é muito pervertido — Mesmo ele dizendo sério Suga só riu.

— Calma, Chim Chim, não precisa ficar bravo teremos outras oportunidades.

— Eu devia ter te deixado no teatro.

— É dever… — A voz de Suga foi interrompida pelo vibrar do celular de Jimin, que acabou atendendo com um revirar de olhos.

— Fala Tae — disse impaciente, já que tinha dito que queria ficar em paz com Suga naquele dia, sem que seus amigos o enchesse de perguntas, mas o tom da voz que na verdade era de Jungkook o alarmou:

— Jimin, desculpa eu sei que você  está com o vampiro mas… — “JK EU FALEI PRA NÃO LIGAR PRA ELE CACETE” A voz grave de Tae surgiu no fundo com mais alguns barulhos de movimento indicando que Tae tentava pegar o celular

— O que está acontecendo Jungkook?

— OI! Desculpe, mas o Tae não quer que eu te avise — “DÁ ESSA BUCETA MOLEQUE!” Falou Tae ao fundo. Apesar da frase cômica de Tae ele conseguiu perceber o tom sério do menino

— Fala logo criatura! O que aconteceu? — Ele perguntou mais preocupado.

— Você tem que voltar — Jungkook parecia ter pressa e urgência na voz.

— Por quê? FALA LOGO — O garoto do outro lado da linha soltou um suspiro pesado.

— É o Jin — O coração de Jimin se apertou — Ele fez de novo.


Notas Finais


Então, desculpa gente eu trolei de novo com aquele lance dos personagens pensarem e não realmente acontecer. Sorry. MENTIRA EU ADORO TROLLAR MUHAHAHAHA
Talvez vcs já tenham notado q o Suga tem mais de um problema né? E que todos os personagens tem algum problema psicológico né? Espero q sim.
Enfim, eu estou meio apreensiva por ter deixado drama demais, pq eu tento me livrar do drama mas ele não me larga. Tá muito novela mexicana?
Mais uma coisa, tem uma fic que me inspira demais pra escrever essa aqui. Chama-se Fade (yoonmin) (ela é bem conhecida). Como eu peguei algumas referências dessa fic, ela merece seus créditos, recomendo muito que leiam:
https://spiritfanfics.com/historia/fade-5895413
É isso, até o próx. :)


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