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História Como uma Catarse (Yoonmin) - Como lidar com um vampiro no seu colo


Escrita por: taymarty

Notas do Autor


Oie criaturas!
PUTA MERDA 196 FAVORITOS!!! Cara, muito obrigada. de verdade.
Também agradeço demais os comentários, vcs não sabem como é emocionante ler que pessoas viraram a noite lendo minha história sem conseguir parar.
Muito obrigada também às pessoas que me pressionam para postar! Isso é importante pra mim tbm.
Eu sei que eu demorei, mas como sempre não ando muito bem, se eu disser que demorei por bloqueio criativo seria mentira, pois o que mais tenho é criatividade e as pessoas que falam comigo sabem que to até dando plot novinhos de graça pra quem quiser. É só que as palavras que estavam saindo não estava significando nada pra mim, e eu gosto de passar amor para minha história... Sem falar que minha mente me buga e me impede de fazer coisas que gosto.
AVISO: AAAh, nas notas finais eu recomendarei umas fanfics!
Enfim, para ser sincera não gostei tanto desse capitulo.
Mas tá aí.
Então boa leitura...

Capítulo 19 - Como lidar com um vampiro no seu colo


Fanfic / Fanfiction Como uma Catarse (Yoonmin) - Como lidar com um vampiro no seu colo

Park Jimin

ON

Olá criaturas!

Então...

Sabe o Suga?

Aquele cara que também chamo de vampirinho do capeta?

Então...

Eu meio que sai com ele... Assim como eu tinha falado que faria depois daquele dia na sexta, depois do evento na casa na família Noel.

Calma, respira.

Não foi um encontro ok?

Foi um passeio entre amigos e só. Foi uma forma de me aproximar dele, uma forma que ele incrivelmente aceitou. Pois é, tô chocado até agora. E por incrível que pareça, apesar das tretas passadas, das coisas terríveis que ele já disse pra mim, foi um dia bom. Não perfeito, pois passamos por contratempos, mas foi bom.

Não é como vocês estão pensando, não foi um encontro nem nada do tipo, ainda mais porque tenho quase certeza que ele é hétero, ele só fala besteiras para me tirar do sério tentando me provocar só porque sou gay... AFF, esse garoto... Por que eu estou tentando ser amigo dele mesmo?

Vou tentar contar de forma rápida as coisas que aconteceram na minha saída com ele. Eu disse Tentar, mas vocês sabem que minhas postagens sempre acabam grandes, então só aceitem.

 Eu o levei para conhecer mais São Paulo, já que ele quase não sai, eu até me propus a pagar tudo para ele, pois ele seria meu convidado especial, e bom... Ele aceitou meio a contragosto, mas aceitou.

O que posso dizer sobre ele é que, eu ainda o conheço tão pouco, mas esse pouco já é tão incrivelmente... Eu não tenho a palavra certa para definir esse pouco, pois ao mesmo tempo em que ele esbanja algo tão sombrio e profundo em suas reações ele também tem essa coisa brilhante, eu não sei porquê, mas Suga brilha. Ok agora sim ele tá parecendo um vampiro alá crepúsculo né? Hahaha. Mas não é esse tipo de brilho, é um brilho interno que só quem procura bem consegue ver.

Descobri muitas coisas sobre ele, mesmo que ainda poucas, como por exemplo, que ele é quieto, ou talvez seja por que não tínhamos tantos assuntos para conversar, porém ao longo do dia a estranheza desconfortável que tínhamos um com outro já que éramos praticamente desconhecidos foi apaziguando e quando eu notei ele estava sorrindo para mim, mesmo que levemente, porém ainda não chega nem perto do verdadeiro sorriso que quero ver em sua expressão. Também descobri que apesar de tudo quando estou com ele eu sinto uma tranquilidade e calma gostosa no peito. Não sei, acho que comecei a me sentir confortável ao seu lado.  Ele também é bem legal de se conversar, tipo... Ele entra nas brincadeiras sabe? Gosto de gente assim, que leva as coisas numa boa, mesmo que ele seja ríspido em suas respostas.

O foda é que eu me senti tão à vontade com ele e ele comigo que as coisas que meus amigos me disseram começaram a vir em minha mente, coisas dizendo que aquilo era na verdade um encontro e que eu tava afim dele e essas coisas idiotas, não que eles fizessem minha cabeça, não me levem a mal, mas Suga para mim é só um amigo e filho dos meus chefes e nada mais, mas como eu sou idiota imaginativo, teve uma hora que me imaginei o beijando e me repreendi internamente por isso. Afinal, como eu disse ele é hetero, e também ele acabou de deixar de me odiar (pelo menos eu acho) Então...

DEUSES, o que estou dizendo?

O pior é que nem bebi para falar essas merdas.

Aff, Dooly aquieta o cu!

Por que eu disse isso para vocês mesmo?

É, eu também não sei

Agora é provável de vocês ficarem me shippando com ele pela eternidade. Mas quer saber? Tô com preguiça de apagar isso que escrevi então foda-se.

Agora voltando ao assunto... Tenho que admitir que teve uma hora que ele me assustou. Porque bom... mesmo eu tendo falado com o amigo dele que conheci para saber o que ele gostava e tals e esse amigo me contou que ele não gosta de lugares cheios, eu fui idiota. Tipo pior que uma anta. Cara como pode?

Tá, deixa eu explicar o que aconteceu:

Eu tive a brilhante e estúpida ideia de vendá-lo para leva-lo em um lugar incrível que eu realmente achei que ele ia gostar. Aliás, antes estávamos na Galeria do Rock que foi bem OK e achei que ele gostou de lá, inclusive comprei um boné para ele (E ficou tão bem nele, ele fica bem de boné), mas depois eu tinha planejado leva-lo para o Teatro Municipal que é um puta de um lugar lindo, além do mais RM (amigo do Suga que também chamarei aqui de Moni) tinha dito que ele gostava bastante de música clássica, então eu comprei os ingressos para ver uma orquestra especial com ele. Ai a estupides já começou por aí.

Para quem conhece o Centro de São Paulo sabe que do Teatro Municipal para a Galeria do Rock dá pra ir andando de boa, mas como eu sou um energúmeno que não presta para localização eu peguei o metrô para irmos para o Teatro. Ou seja, foi dinheiro a mais de passagem que tive que pagar, Ai mano ERA TÂO PERTO UM DO OUTRO!. Aish!

O pior é que eu ainda só descobri isso depois que contei pros meus amigos que só me atazanaram me chamando de Google Maps Encarnado (caí entre nós pegar rota pelo Google Maps só dá merda, ele sempre leva a gente pra lugar que não existe ou para o meio do mato). Enfim...

No caminho do restaurante que fomos por lá até o Teatro a gente acabou vendo uma multidão se aproximando, aliás, só eu vi, porque ele estava vendado, então ele só ouviu a gritaria mesmo.

A primeira coisa que eu pensei foi: QUE PORRA É ESSA?

Aí Adivinhem o que era.

Pois é, cara.

Isso mesmo! Era uma porra de uma manifestação, para variar. Nada contra manifestações, acho que é um direito do povo, mas por que tinha quer ser bem naquela hora e naquele lugar? Então eu quase entrei em desespero, pois aquele era o único caminho para entrarmos no teatro. E Suga não gostava mesmoo de multidões. Tanto que quando eu contei para ele o que estava acontecendo o lábio dele tremeu e ele paralisou por um tempo.

Então eu até pensei em desistir de irmos para o Teatro, mas aí eu lembrei que paguei caro nos ingressos e como era uma orquestra famosa, foi difícil conseguir de ultima hora, só consegui porque Hobi tem uns contatos do além.

Ou seja, eu dei as opções para Suga:

Tirar a venda e atravessar a manifestação até chegar no lugar
Atravessar com a venda para ele poder ter a surpresa

Deixei claro que ele poderia desistir se quisesse mesmo que eu não gostaria que ele fizesse isso, eu também queria ver o Teatro, pois eu nunca tinha ido e sem falar que eu realmente queria descobrir a reação dele vendo uma orquestra já que ele sabe tocar piano... Seria incrível na minha cabeça eu realmente fiquei imaginando ele maravilhado e sorrindo sabe?

Portanto, eu realmente queria que fosse uma surpresa. Mas ao invés disso ele que me surpreendeu na verdade. Primeiro ele fez isso respondendo que iria atravessar a manifestação com a venda. Sério ele pareceu realmente se esforçar para aceitar isso e eu trouxa como sou (já que não sou bruxo né. OK Parei) o deixei fazer isso.

Por que? Eu nasci para fazer merda.

Afinal quem nasce cagado só tende a fazer mais merda.

E cara ai ele me surpreendeu mais uma vez.

Estávamos atravessando aquele suor de pessoas revoltadas, gritando em nossos ouvidos, comigo segurando, guiando e protegendo a criança branquela até que devido ao fluxo esmagante de pessoas, ele de repente não estava mais ali.

Não estava mais nos meus braços.

Foi aí que fiquei desesperado de verdade.

Entendam: Eu pedi para ele confiar em mim quando eu o vendei, e foi exatamente aquilo que ele fez, principalmente quando ele aceitou atravessar aquele mar infernal vendado, então o mínimo que eu tinha eu fazer era cuidar dele, protege-lo de qualquer perigo, inclusive era isso que queria fazer quando decidi realmente em aproximar-me dele, para além de ajuda-lo a viver de verdade e sorrir, era também para protegê-lo. Mas lá estava eu o procurando ao arredor de pessoas bruscas e gritando seu nome. Até que finalmente o encontrei.

Sério, quando o vi meio abaixado com as duas mãos nos ouvidos e com a boca aberta em um grito mudo, eu quase chorei.

Eu me apressei para chegar perto dele e ele ainda estava com a faixa cobrindo seus olhos, mas a primeira coisa que fiz foi abraçá-lo. Eu nunca vi algo tão frágil. Realmente não imaginei que Suga fosse tão delicado. E mesmo assim eu sei que ele é forte, porque mesmo estando apavorado ele não estava chorando, só me abraçava de volta falando para não fazer isso de novo, e dessa vez me abraçou de verdade, eu senti todo seu desespero em mim.

Depois disso foram só mais surpresas.

Tanto boas quanto ruins.

Para ele não se perder mais eu amarrei uma gravata, que tinha em minha mochila, em nossos pulsos os unindo, assim terminamos de atravessar a multidão, deste modo chegamos ao local, que é uma das coisas mais linda que já vi, e quando chegamos no anfiteatro eu retirei sua venda e ele realmente pareceu surpreso e maravilhado.

Mas...

Sim, tem um mas, sempre tem um mas.

Quando a orquestra começou ele parecia absorto na música só que de uma maneira vidrada e agoniante, o olhar dele parecia cheio de dor. É... Esse garoto parece tão quebrado por dentro que tudo se torna mil vezes mais complicado. Então quando ele fechou bem os olhos, em uma careta de dor eu não resisti, eu tinha que fazer algo. Foi aí que segurei a mão dele, nossos pulsos ainda estavam amarrados pela gravata.

Eu sei que ele não gosta que ninguém se intrometa em sua vida pessoal, então eu fingi que estava só vendo a orquestra. Eu realmente estava gostando da sinfonia e tudo mais, porque ver e ouvir aquilo no Teatro é muito mágico, mágico de verdade, mas eu estava muito preocupado com o vampirinho. Tenho que admitir que quando segurei sua mão gelada eu senti ele me fitar, ficando longos minutos me observando, então fui ficando nervoso. Vai, quando uma pessoa fica olhando tempo demais para você é um pouco estranho não é? Então eu tentei me concentrar a orquestra e funcionou, estava realmente gostoso estar ali, então eu virei para ele que ainda me observava parecendo que seus olhos poderiam ver minha alma e os meus a dele, os olhos do Suga realmente são profundos (eu já postei algo sobre isso aqui), assim eu sorri para ele. Fiquei feliz em saber que segurar sua mão tinha ajudado ele a ficar sem aquela agonia no rosto. Foi um alívio. Só que quando a música acabou e um piano começou, a expressão dele mudou na hora.

Serio, por um momento ele tava tranquilo de novo, eu voltei a prestar atenção na música, mas quando virei de novo, ele estava mais pálido que um boneco de neve (e olha que Suga já é branco pra caralho), aí eu lembro que perguntei se ele estava bem, e então ele decidiu simplesmente sair correndo.

Tipo: WTF?

Sério, esse garoto ainda vai me fazer ter um ataque cardíaco, vai me assustar assim na casa do caralho.

Aaah detalhe! Nossos pulsos ainda estavam amarrados, então ele acabou me arrastando junto.

Eu xinguei, porque aquilo tava quase me fazendo cair e meu pulso tava doendo.

E então quando ele saiu do Teatro finalmente parando, eu perguntei que porra tava acontecendo, e bom... aí Suga fez o que ele faz de melhor. Ele foi grosso. De novo ele começou a falar merda pra mim.

Só que eu não fiquei bravo. Tá, eu realmente sou trouxa, mas se vocês pararem para pensar, ele ficou assustado com algo quando estava no Teatro, eu na hora pensei que tinha feito algo terrivelmente errado, mas eu sabia que não faria sentido isso, porque o que quer que fosse eu não sabia o que poderia acontecer, e se eu fosse grosso com ele naquela hora não ajudaria em nada. Ele falou coisas do tipo para eu parar de tentar ajuda-lo, mas querem saber de uma coisa? Sua boca falava uma coisa, mas seus olhos pareciam dizer totalmente ao contrário. Ele parecia... culpado? Não sei descrever bem, eu fiquei muito confuso, mas eu sabia que aquilo era o que ele estava sempre fazendo, tentando me afastar, só que eu sabia não era o que ele realmente queria ou precisava. Até pensei que talvez ele estivesse brincando comigo de novo, mas isso não explicaria o fato dele ter confiado em mim ao atravessar a multidão, e também acabar ficando de forma tão fragilizada em minha frente e me abraçar tão forte daquele modo e ainda mais aceitar em continuar vendado para terminar de travessar o protesto.

É, ele não é nem um pouco fácil de entender, mas eu o vejo meio que como um gatinho assustado. Talvez seja maldade compará-lo com um animal, mas é mais fácil para entendê-lo.

Ele parece um animal extremamente machucado e assustado que quando você tentar chegar perto para ajudar ele só arreganha os dentes rosnando e tentando fugir. Só que se você for aos poucos tentar ganhar a confiança dele, abaixando todas as suas “armas” ele vai deixar vc chegar perto o bastante para afaga-lo e tentar limpar seus machucados, pois no fim é isso que ele quer e precisa.

Esse era o Suga que eu estava lidando naquele momento. Então foi isso que eu fiz, eu abaixei minhas armas e fui sincero com ele, falei que eu não o deixaria sozinho mesmo se ele não quisesse minha companhia.

E bom... Incrivelmente aquilo funcionou, pois ao invés de suas palavras conseguirem me afastar eu continuei ali e ele realmente ficou surpreso com isso, ficou sem palavras por um tempo e eu pude ver uma lágrima escorrer pela bochecha dele.

Aaah eu realmente quis abraça-lo, de verdade, para tentar proteger ele de tudo, assim como eu tinha feito antes. Mas daquela vez eu não fiz, pois achei que ele poderia não gostar de mais uma aproximação repentina.

Depois daquilo eu queria leva-lo para mais um lugar: A praça do por do Sol. Outro lugar muito legal, e bom... A gente pegou um Uber, então no caminho ele pareceu se tranquilizar, até mesmo quando chegamos lá ele já começou com as provocações de novo como se nada tivesse acontecido.

Mas ai aconteceu outra merda naquele dia. Dessa vez a surpresa não veio de Suga, mas sim do meu celular que começou a tocar.

E então eu recebi a notícia: Meu amigo Princess tinha se machucado de novo.

Princess é uma pessoa muito forte, de verdade. Mas ele tem essa mania de se arranhar quando está estressado, ansioso ou chateado. Isso tinha melhorado por um tempo, mas esses dias a mania voltou com força e o pior é que ele não quer contar para ninguém o que houve.

Pra vocês terem uma ideia ele arranhou o próprio rosto. De novo. Ele se arranhou faz uma um pouco mais de uma semana, e nem tinha melhorado direito e agora ele fez de novo. Então antes que alguém pense que pode ser por conta de algo que esteja apenas em sua mente, confie em mim quando eu digo que não é. Tenho quase certeza que algo aconteceu, pois, além disso, ele anda mais frágil e fechado.

Sério, faz um tempo que não o vejo rir de verdade, e ele é a pessoa mais risonha e engraçada que conheço. Então quando eu recebi aquela ligação fique desesperado de novo naquele dia.

Essas pessoas ainda vão acabar me matando de preocupação.

Então quando eu desliguei o telefone, Suga certamente notou minha cara de defunto e perguntou o que aconteceu. Tipo Princess nem é próximo de Suga, então eu não poderia dizer essas coisas assim para ele, já que é um problema muito íntimo. Ou seja, eu acabei apenas dizendo que eu tinha que ir e acabei chamando um Uber de novo, mas claro com o vampirinho comigo, já que eu não podia largar ele por aí.

Meu plano era pedir para o motorista deixa-lo na casa dele e depois ir para a casa de Princess, porque era lá que meus outros amigos e ele estavam. Isso era tipo umas 19:00 e pouco da noite. Aí nisso eu mandei uma mensagem falando para Tia Noel que já estávamos voltando, só que não é que ela me responde pedindo para a gente demorar mais?

Ela mencionou que ela e o marido estavam comemorando o aniversário de casamento, ou seja, é... Eu não poderia dizer um simples não e deixar o Suga testemunhar seus pais fazendo sabe-se lá o quê. Por Deuses, é surpreendente como esse casal é ativo nessa idade, será que o Tio Noel toma viagra?  Tá, eles não são assim tãoo velhos.

MEU DEUS O QUE EU TO IMAGINANDO?  Caralhoo! Sai imagem dos infernos!

Eu me assusto com minha mente às vezes.

Enfim, então eu fui obrigado a arrastar Suga comigo. Tipo não é que eu não quisesse mais a companhia dele, mas é que eu tinha que cuidar de assunto delicado que era meu amigo, então Suga ficaria meio de fora provavelmente. Porém o levei mesmo assim.

Chegando lá a cambada toda tava lá, até mesmo Hobi que geralmente só ficava com a namorada, mas pelo menos dessa vez ele estava sem ela. Nada contra a namorada dele gente, mas esse assunto como eu disse é algo delicado, a gente não pode simplesmente arrastar as pessoas e falar: Olha esse meu amigo aqui arranha o próprio rosto tá?

Tipo... Sensibilidade né gente.

Mas aqui estou eu contado isso para vocês, mas como vocês não sabem quem somos acho que não tem problema. ACHO...

É incrível como é nessas horas que meus amigos decidem me fazer sentir vergonha alheia. Mas tô meio que acostumado já. Cheguei no apê de Princess, mal abria porta e Hobi já me esmagou em seu abraço, até ai tudo beleza, tudo normal, só que ele resolveu fazer isso com o Suga também e depois veio o V e fez o mesmo. Eles não têm a mínima noção não? Eles sabem que o garoto é coreano e não está acostumado com tanto afeto, mas não, eles resolvem esquecer tudo, beeem naquela hora, ainda mais depois de todo o trauma humano que garoto já teve naquele dia. Mas confesso que a cara de nojo e assustado que ele fez foi engraçada. Mesmo assim eu quis bater nos meus amigos. O único que teve senso foi K, que me cumprimentou com um abraço, mas só acenou para Suga, acho que isso se deve ao fato de K ter ficado na Coréia durante seus 2 anos de sumiço... Sabe-se lá o porquê...

Princess não estava à vista na sala.

— Cadê Princess? — Eu disse já preocupado ao ver a cara abatida de meus amigos.

— Calma Dooly, ele está só descansando no quarto — Hobi disse.

— Ai mano, que droga, eu falei pro K não ligar pra você, mas a coisa não me obedece! — Começou V

— Claro! Ele tinha que saber! — K respondeu.

— Eu tinha mesmo, porque não era para me contar?

— Pra não atrapalhar seu encontro com esse ser aí atrás de você ué e para não te preocupar, eu sabia que vc viria assim que te ligássemos. — V me falou, e confesso que me irritou um pouco a forma que ele se referiu ao Suga, tipo, mesmo que Suga não entenda português, falar assim na frente da pessoa é tão chato...

— Claro que ficaria preocupado! Mas é um dos meus melhores amigos poxa! E O nome desse ser aqui — Apontei para o vampirinho ao meu lado que estava com cara de perdido — É Suga e se ninguém me ligasse eu ficaria muito puto e você sabe muito bem disso, além de que meu passeio com ele já estava acabando.

— Ah é? Então por que ele ainda está com você? — Sério, eu comecei a ficar irritado de verdade com V, tipo eu sei que falei muitas coisas ruins sobre Suga pra ele, mas agora que eu descobri que ele na verdade é um cara legal, me deixa muito irritado quando os outros tratam uma pessoa que mal conhece desse jeito.

— Porque a Tia Noel pediu que a gente demorasse mais, afinal qual o problema dele estar aqui? — V me olhou indignado como se eu fosse estúpido

— Porque é o Princess! Você não pode simplesmente trazer um desconhecido em uma situação assim!

— Olha, eu sei ok? Eu só não tive escolha, então aquieta o cu, porque eu não vou expulsar o menino daqui, e para de trata-lo como se ele não estivesse aqui. — Eu olhei para Suga que parecia incomodado, certamente percebendo que estávamos falando dele.

— Se eu estiver incomodando eu posso ir para outro lugar — Disse ele.

— Não Suga, não tem problema você por ficar aqui, não ligue pra ele — Eu disse mirando feio para V, que mesmo que ele não entenda tão bem coreano, ele conseguiu entender o que eu disse e já estava pronto pra retrucar, mas Hobi o interrompeu.

— Olha gente isso não importa ok? A gente tá aqui pra ajudar Princess e não para ficar brigando por besteira

— Hobi tem razão, então vocês sabem porque ele fez isso de novo? Aliás o que aconteceu? — Eu falei.

— Ele não quer contar pra gente, Chim, mas ele tá muito mal, eu nunca o vi assim antes. — Quando K disse isso eu fiquei ainda mais preocupado.

— Com assim? O quão grave é? — Eu arregalei os olhos inquieto.

— Chim senta aí um pouco, você está muito tenso. Se acalme ele está um pouco melhor agora. — Hobi disse apontando o sofá e eu acabei sentado no sofá da sala, Suga me seguiu sentando do meu lado em um canto e Hobi sentou do meu outro lado. Como a sala era pequena V e K sentaram no chão em cima do tapete mesmo.

— Tá, eu vou te contar como soubemos que ele estava mal ok? Acho que é bom você saber disso — Hobi começou calmo — Eu estava no treino de dança em casa, isso foi no meio da tarde mais ou menos, até que eu recebi uma ligação de Princess.

— Hum... — Eu murmurei para ele continuar.

— Quando eu atendi eu tomei um susto porque ele tava mal, tipo bêbado e chorando.

— Pera, ele tava bêbado?

— É — Falou Hobi.

— Mas ele nem gosta tanto de beber só faz isso quando tá com a gente!

— Pois é, foi uma das razões do porque eu fiquei tão preocupado na hora, sem falar no choro. Enfim... Ele me falou umas coisas... confusas e preocupantes. E uma delas foi que ele fez de novo e se arranhou, ele também mencionou que queria ligar pra você, mas você tinha dito para ninguém atrapalhar seu dia com o Suga. — Mano, quando ele disse isso eu senti muita culpa, acabei pensando que em talvez se Princess tivesse me ligado antes de fazer qualquer besteira ele estivesse melhor agora — Olha, não é sua culpa, tá? Só pra deixar claro — Eu não entendo, se não era minha culpa então por que diabos ele me contou isso? Vai lá saber... Do mesmo modo ainda me sinto culpado — Ele também disse que não estava em casa, que não sabia onde estava, foi aí que eu tive que reunir minha paciência para instruir um bêbado choroso para me enviar a localização dele por celular, a sorte é que ele estava naquela praça perto daqui que também não é muito longe do seu apê, mas como eu tava sem carro e longe demais para chegar aqui rápido, eu acabei ligando para K — Provavelmente ele fez isso porque era mais lógico já que K tem carro — que estava no seu apê com o V, então eles ajudaram a criança e trouxeram-no para cá, e depois eu cheguei.

— Pera, você disse que ele disse coisas preocupantes, que coisas preocupantes? — Quando eu perguntei isso, pareceu que ele e os outros dois se remexeram tensos, ai eu percebi que minha preocupação que vinha da minha alma não era em vão — O que ele disse para vocês?

— Chim — K falou calmo e suspirando fundo — ele só disse coisas porque estava bêbado, então acho que...

— O que ele disse?! — Eu falei mais alto insistindo e ficando nervoso meio que desesperado, e aí eu senti uma mão apertando a minha para me tranquilizar, eu olhei pro lado e lá estava Suga que mesmo não entendendo nada deu-me um olhar de “Vai ficar tudo bem, se calma aí”, isso é injusto, pois pelo que eu saiba eu que faço isso com ele não ao contrário, então isso pra mim foi mais uma surpresa, e deu certo. Eu me acalmei um pouco.  Pude ouvir Hobi respirar fundo antes de continuar.

— Ele falou... coisas do tipo que não estava se suportando mais, que parecia que nada que ele fazia era bom o suficiente... Ele perguntou por que ele teve que nascer assim e por que as pessoas só ligavam pra aparência e não pra ele, o que ele tinha de tão ruim para ninguém prestar atenção em quem ele realmente é. Foi meio que isso só que mais confuso.

— Quando trouxemos ele aqui e conseguimos acalmar ele, tentamos arrastar ele para o banho, mas ele foi teimoso e se recusou, então só limpamos os machucados do rosto e agora ele só está dormindo, mas tá melhor — K falou tentando amenizar o peso das palavras do Hobi, mesmo não dando muito certo. Já meu amigo V apenas ficou calado brincando com os fiapos do tapete, mas eu sei que ele só estava assim porque estava preocupado também. Suga continuava segurando minha mão... Isso foi bom, com o eu já disse ele me deixa confortável.

— Okay... — Tentei parecer calmo, mas só tentei mesmo — O que vamos fazer agora? Não é como se pudéssemos arrancar dele o que aconteceu.

Eles ficaram em silêncio olhando para baixo em um silencioso “não sei”. Aí mais uma surpresa veio. Suga falou, em coreano, mas falou e todo mundo olhou pra ele, mas ele olhando só pra mim, pois pensava que só eu entenderia.

— Eu não sei o que aconteceu com o amigo de vocês, mas talvez ele apenas não deveria estar sozinho, digo... vocês provavelmente devem ficar com ele por um tempo.

— Como sabe disso? — Foi K que perguntou, surpreendendo Suga.

— É, como sabe do que estamos falando? — eu perguntei curioso.

— Eu não sei na verdade, mas sei que é sobre o amigo de vocês, e sei o que é “amigo” — Ele falou o ultimo “amigo” em português, e achei a frase dele ambiguamente profunda, então soltei um sorrisinho e pude ver que meus amigos também, até mesmo V. Afinal, ele tinha razão, acho que não importa muito o que aconteceu naquele momento, só precisávamos ficar junto dele.

V não chega a se fluente em coreano, pois seus avôs que são coreanos, então ele não tem tanto costume em falar a língua porque conviveu mais com os pais e irmãos e a gente, mas sabe entender bem. E A mãe do Hobi é coreana, então ele entende e fala bem também, então eles realmente entenderam o que o outro falou.

Depois daquilo eu fui até o quarto de Princess e deitei ao lado dele em baixo da coberta o abraçando, mesmo ele estando dormindo eu pude sentir o cheiro de bebida e cigarro em sua roupa, estava bem forte quase insuportável, ou seja, ele realmente precisava de um banho, infelizmente com meu abraço ele acabou acordando (coisa que não era minha intenção) e ele me abraçou de volta deu um “oi” sonolento. E eu respondi com um “oi”.

— Você não tinha um passeio hoje? — Ele perguntou mole e confuso.

— Tinha, mas você é mais importante.

— Sou não, eu não queria te atrapalhar.

— É sim e não está atrapalhando, aliás, você nem sabe...

— O que?

— Ele tá aqui.

— Ele? Ele quem? — Ele franziu o cenho olhando pra minha cara, mesmo no escuro pela luz que entrava na fresta da porta eu pude ver a sombra dos arranhões em seu rosto. Isso me doeu muito.

— Suga.

— O vampiro? Ué...

— Desculpe, eu tive que trazer ele aqui, eu ia deixar ele na casa dele, mas aparentemente a Tia Noel decidiu fazer de sua casa um motel com seu marido.

— Tá brincando né? — ele sorriu um pouco.

— Não, eu to falando sério, ela me disse que eles tão comemorando o aniversário de casamento — Ele riu soprado.

— Sua chefe é louca, mas eu adoro ela. E não tem problema ele estar aqui, assim posso ver se ele realmente é um bom pretendente pra você.

— Aah, não começa... Quantas vezes eu vou ter que falar pra vocês que não foi um encontro, foi só algo entre amigos? Sem falar que ele é hétero.

— Ai Chim, você é tão inocente, tá tão na cara que vocês no fundo estão loucos para dar uns pegas.

— Cala boca, seu chato... E eu não sou inocente tá?

— Só porque não é mais virgem não quer dizer que ainda não tenha a mente de um.

— Xiu, porque não volta dormir hein?

— Porque você me acordou ué... Ah... Não fica com esse bico, eu só estou brincando.

— Eu sei — Eu suspirei, sentindo o quentinho do meu amigo gigante em meus braços (ele é bem mais alto que eu) — Princess... — ele resmungou em resposta — Você vai ficar comigo e com V por um tempo tá? — Ele ficou um pouco em silêncio, mas eu senti ele ficar um pouco tenso — E já vou dizendo que não tô pedindo sua permissão — Ele respirou fundo.

— Tá, eu ficarei — Disse por fim, sabendo que não teria escolha.

Quando saí do quarto para Princess arrumar suas coisas para ficar lá em casa, me deparei com uma situação muito estranha.

K estava deitado no chão com a cabeça nas pernas de V, que estava encostado em baixo de onde Hobi sentava no sofá, que era ao lado do Suga, mas não era isso que era estranho, e sim o fato de que V e Hobi estavam atentos em Suga que tinha uma cara de tédio, mas estava falando, enquanto os dois não paravam de lhe fazer perguntas sobre onde eu o levei.

Mesmo que eu tenha ouvido só uma parte da conversa, eu sabia que essas perguntas iam desde aonde fomos, o que fizemos até quantas vezes fomos ao banheiro. Então, não me surpreendi quando Suga fez uma cara de alívio o me notar ali.

Sério, esses meus amigos tem problemas.

O pior é que V nem parecia que estava tratando o vampirinho mal uma hora atrás. Pelo menos ele parou de ser babacão. Acho que ele fez aquilo mais pelo nervoso da situação do que realmente se importar por ter um estranho ali.

Enquanto Princess ainda estava no quarto, os garotos foram revirar a cozinha para comerem algo. Credo, nunca vi, parecem um bando de mortos de fome, e devem ser mesmo, porque eles quase esvaziaram a dispensa e a geladeira toda. Nisso eu e Suga ficamos um pouco no sofá e ai ele falou algo engraçado.

— Por que mesmo eu estando em um país do outro lado do mundo eu continuo conhecendo coreanos? — Ele espremeu os olhinhos pequenos pensando meio que consigo mesmo e eu ri.

— Não faço ideia, vai vê você é um imã para atrair coreanos — ele olhou pra mim e falou naturalmente como se não fosse nada e entortando a cabecinha para o lado:

— Então eu atraio você? — Cara, esse menino é muito maldito, meus deuses. Tô falando, esse garoto vai me matar do coração ainda. O pior é que ele falou como se fosse algo tão natural. Confesso que olhei para o chão envergonhado e bati no ombro dele.

— Seu idiota, eu nem coreano sou tá? Sou brasileiro, nasci aqui.

— Continua tendo sangue de coreano, então posso te atrair do mesmo jeito. — O pior é que ele nem tava rindo, mas seu olhar era divertido.

— Cala boca seu besta!

— ô casal, vocês vão ficar ai mesmo ou vão comer? — K falou da cozinha com a boca cheia de algum sanduíche, Hobi e V também abocanhavam seus lanches quentinhos pelo gril, foi ai que percebi que Princess estava ali também comendo algo. Ele estava com a mesma roupa de gola alta, tinha uma mochila encostada ao pé de sua cadeira e seu rosto... Seu rosto tava pior do que eu pensava. Estava bem vermelho, algumas partes na linhas finas pareciam em carne viva, da forma que fica quando você coça muito sua pele... Bom, vou poupá-los dos detalhes...

Eu tava morrendo de fome, então preparei um lanche pra mim e pra Suga, ignorando totalmente quando ele disse que não queria. Mano, ele precisa mesmo comer mais, mesmo que eu enfie o lanche por sua goela. Ele pareceu notar o rosto de Princess quando lançou um olhar no rosto dele e depois pra mim em uma pergunta silenciosa de: “É ele?” e eu assenti levemente. Ele cumprimentou Princess que respondeu com um sorrisso leve.

 

Comemos, lavamos a louça, e aí fomos todos para o carro de K que estava em frente ao prédio, estava meio frio, e Suga é bem friento, então eu emprestei minha jaqueta que tínhamos usado de toalha quando estávamos na praça, estava um pouco suja de grama, mas quebrava o galho. Cara, pra quê fiz isso na frente dos meus amigos? Pois no momento que coloquei a jaqueta nos ombros dele V, Hobi e Princess me olharam com aquela cara: ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Já K me olhou com cara de cu mesmo, ciúmes é foda.

Aí surgiu um problema, estávamos em 6 e um carro normal cabe até 5 pessoas. Então a forma mais lógica que achamos era de alguém sentar no colo do outro.  Adivinha quem sentou no colo de quem?

É, Suga sentou no meu colo, pois ele é pequeno e leve, então parecia mais prático, mas eu sei que quando V deu essa ideia ele estava pensando em besteiras. Maldito... Então foi assim. K foi dirigindo, V foi no carona, Hobi em uma ponta, pois o plano era deixar ele no metrô, Princess no meio, eu no outro canto e Suga no meu colo.

Por que eu aceitei essa ideia me digam?

Era um domingo de noite e mesmo assim pegamos trânsito (porra! SP consegue me tirar do sério com isso!). Sendo que o metrô era perto. E aí vc imaginam...

Suga simplesmente estava com a bunda praticamente em cima do meu... aaaah, vocês já sabem. Sério, foi muito constrangedor, ainda mais porque insistimos em o Hobi dormi lá em casa também, então para nenhum guardinha multar a gente por ter pessoas a mais no banco de trás, K teve que ir pelo caminho “interno”, pegando umas ruas doidas. Agora pensem: Um carro estava fazendo curvas toda hora e passando em buracos por uns 30 minutos, enquanto se tem a bunda de um ser extremamente bonito que fica te provocando a cada 5 min? Pois é, claro, além de estar com a bunda ralando em meu pau ele ainda falou coisas de duplo sentido pra mim, só pra fazer meus amigos rirem que nem retardados.

Coisas do tipo: “Você é confortável Dooly”.

“Chim Chim me segura se não vou cair” — Pois é o viado ainda usou meu apelido.

Teve uma hora que o carro parou em sinal vermelho e como estava demorando Suga se encostou em mim, suas costas encostaram em meu peito, eu pude sentir o cheiro do cabelo dele. Ele tem um cheiro bom não posso negar. Nessa hora eu juro que senti a mão dele acariciando a lateral na minha coxa, então eu acabei soltando um suspiro baixinho. Minha sorte é que o rádio tava tocando alto, então espero que meus amigos não tenham ouvido esse momento de baixaria da minha parte. Eu sussurrei no ouvido dele: “Para, com isso...”. Mas antes que ele respondesse o carro voltou a andar e ele se desencostou de mim fingindo como se nada tivesse acontecido.

Por isso eu falo, aquele jeito frágil dele na verdade esconde um capeta. Com certeza.

Não vou mentir eu tive que ficar pensando na minha vó para a situação não ficar tensa. Ainda mais que, por causa das curvas eu tive que segurar vez ou outra a cintura do menino branquelo. Ele realmente é magro demais, chega a ser assustador. Devo dizer então que pra mim foi um alívio quando o deixamos na casa dele. Ele se despediu da gente e ainda teve a audácia de piscar pra mim, e além do mais ficou com a minha jaqueta. Eu não liguei muito, mas fiquei satisfeito quando vi que ele entrou na casa com um sorriso (mesmo que provocativo) nos lábios.

Ele ainda vai me enlouquecer.

Agora estou aqui escrevendo pra vocês na minha sala enquanto a cambada se apronta pra dormir.

Inclusive eu tenho que ir também.

Então...

Isso é tudo pessoal!

Byee...

OFF

Yoongi estava em sua cama olhando para o teto com os fones em seu ouvido (na esperança de não ouvir seus pais), depois de ter tomado um longo banho quente. Aquele dia foi tão longo que agora estava exausto e mesmo assim sentia que não conseguiria dormir tão cedo. A jaqueta de Jimin estava sobre seu peito, enquanto ele a abraçava tentando aproximar ainda mais aquele cheiro metamórfico para si, um cheiro de terra e grama que tinha nela por conta de seu papel de forro no chão da praça foi um detalhe a mais para lembra-lo de cada detalhe daquele dia.

Ele não podia negar, foi bom.

E era extremamente divertido o modo em como o garoto ficou tão tenso no carro, principalmente quando encostou as costas em seu peito, a verdade é que naquela hora até Yoongi ficou surpreso consigo mesmo, pois não imaginava nem um pouco o efeito em que essa sua ação pudesse desencadear uma reação tão séria e sensual ao mesmo tempo. O modo em como Jimin o pediu para parar não foi brincadeira, e Yoongi acabou até mesmo sentindo seus pelos se arrepiaram com a voz manhosa em seu ouvido. Por isso, se assustou e se afastou, não era sua intenção realmente causar prazer ao garoto, pois era para ser só uma brincadeira, mas naquele momento acabou sendo mais do que isso.

Mesmo engolindo em seco como fazia agora ao lembrar desse detalhe, o dia foi estranhamente bom, mesmo com seus extremos ruins.

Mesmo que tivesse momentos em que ele quisesse simplesmente sumir, Jimin mudara aquelas situações de um jeito... calmo, carinhoso e assustador ao mesmo tempo. Aquele garoto tinha uma determinação invejável e um sorriso adorável, o mais divertido era provoca-lo, apenas para vê-lo ficar vermelho e sem jeito, melhor ainda era ouvi-lo o chamar de:

— Suga-hyung — Yoongi pensou alto, experimentando seu próprio apelido saindo entre seus lábios em sua voz rouca, e como imaginou não era nada igual como ouvir da forma fofa em que Jimin pronunciava e com o sorriso que dava ao final. Então Yoongi se viu sorrindo, de olhos fechados, enquanto as batidas de um Rap animado pulsava em seus ouvidos. O cheiro da jaqueta ainda estava ali, perecia, só parecia mesmo, que Jimin estava ali consigo. O mais novo que o tranquilizava e o deixava confortável, também o deixava nesse estado flutuante e infinito, como se aqueles instantes pudessem durar para sempre de um modo em que ele não se importaria se realmente nunca acabassem.

Ele sentiu seu celular vibrar com uma mensagem de Rap Mon.

Namjoon idiota: Como foi o passeio?

Yoongi: Como sabe disso?

Namjoon idiota: Eu sei de tudo

Namjoon idiota: Eu sou Deus — Yoongi revirou os olhos.

Yoongi: ...

Namjoon idiota: Eu falei com o Jimin, ele me contou.

Yoongi: Quê? Como assim falou com ele?

Namjoon idiota: Na sexta ele falou comigo dizendo que ia sair com você, mas não sabia de nada sobre você, então eu só ajudei.

Yoongi: E o que você disse? — Yoongi só esperava que seu amigo idiota não tenha dito nada desnecessário.

Namjoon idiota: Nada demais, relaxa. Mas conta aí como foi? — Por algum motivo Yoongi não estava nem um pouco a fim de falar disso com ninguém, talvez se ele dissesse todo aquele dia deixaria de ser seu, sem falar que isso não era da conta de ninguém, então só ignorou seu amigo.

Namjoon idiota: Tu sabe que vou te infernizar não sabe? Ainda mais por eu estar sem fazer nada esses dias.

Namjoon Idiota: Yoongi – Hyung... Aish, essa criança. Amanhã vou aí só para avisar.

Yoongi: Não sou criança! Sou seu Hyung. E quem te chamou?

Namjoon idiota: Sua mãe hahaha.

 Yoongi: --‘ Aish...

Namjoon idiota: Ou seja, não adianta fugir, você vai me falar hahaha, ou eu posso só ligar para o Jimin-ssi...

Yoongi: Por que você quer tanto saber? Não é da sua conta

Yoongi: Pera você tem o número dele?

Namjoon idiota: Eu tô entediado, então vou te encher mesmo. Agora sobre o número, sim eu tenho.

Yoongi: Como você tem se nem eu tenho?

Namjoon idiota: Porque sou mais legal que você.

Yoongi: E mais idiota também.

Namjoon idiota: Você que é. Bom, eu vou dormir. Até amanhã — Yoongi não se deu o trabalho de se despedir e só fechou o chat, lembrando pelas suas notificações que tinha, que havia uma mensagem de um número desconhecido. Quando abriu, lembrou que ele mesmo tinha enviado aquela foto do celular de Jimin, então aproveitou para salvar o número do menor. Era uma foto que o tranquilizava... o brilho alaranjado parecia aquecer suas córneas e o contorno de um Jimin relaxado e sorrindo levemente fez com que suas pálpebras se relaxassem e caíssem aos poucos, enquanto seus lábios se repuxavam em um leve e sonolento sorriso.

Enquanto isso, Jimin jazia em seu sofá, já com a cara amassada contra o travesseiro, afinal estava exausto pelo dia cheio de emoções opostas. E naquele apartamento Tae e Kookie também já dormiam na cama do loiro ao meio de cobertas. Mas J-hope e Jin que estavam no quarto de Jimin ainda terminavam de se arrumar para dormir, e Jin ainda tomava banho no chuveiro do amigo, enquanto o outro estava digitando seu boa noite para a namorada em seu próprio celular. Jin sentia toda água quente lavando sua sujeira e odores desagradáveis, junto com a frustração que assolava em seus ombros, e naquele momento agradeceu por ter amigos tão queridos dispostos a lhe ajudar, pois não sabia o quão ruim estaria agora se eles não tivessem o salvado. Respirando fundo, ele finalmente desligou o registro e se secou na toalha branca tomando cuidado especial em onde estavam seus machucados, ao passar os olhos pelo banheiro que agora tinha tudo embaçado por conta do vapor, ele notou que havia se esquecido de trazer sua roupa limpa para lá, então tranquilamente recolheu suas mudas de roupas sujas junto com sua blusa de gola alta em seus braços e saiu do banheiro.

Ao abrir a porta saindo junto com o vapor e o cheiro de sabonete, se deparou com J-Hope, que estava sentado na cama de casal, desviando o olhar do smartphone para olhá-lo, logo seus olhos cansados se arregalaram e sua boca se abriu levemente. Esse momento certamente poderia entrar para a lista de surpresas daquele dia.

— Jin, o que aconteceu com seu pescoço? — Ele perguntou sério e incrédulo. Enquanto o outro tentava raciocinar que havia esquecido completamente do por que não tinha tomado banho quando seus amigos o ajudaram em sua casa. Repentinamente, ali em rente ao seu amigo, Jin se viu completamente mudo, sem saber o que dizer e suas mãos tremiam levemente, ao mesmo tempo em que Hoseok esperava a resposta. O moreno se levantou e lentamente se aproximou do rosado que o olhava paralisado.

— Jin, quem fez isso com você? — Perguntou mais calmo com aquele toque característico na voz de uma pessoa que implora por uma resposta. Os olhos de Jin dançavam por seu rosto, como se fosse encontrar uma resposta ali.

Então foi ali, naquele instante, que Jin percebeu que não podia fugir daquilo e que tudo naquele final de semana realmente aconteceu.

Foi sentado na cama que ele contou tudo para um amigo que estava realmente disposto a escutar, confortar e consolar. Era esse quem J-Hope era acima de tudo naquele amontoado de amizades. Ele era o que as pessoas precisavam, era o apoio racional dos dias obscuros,


Notas Finais


Gostaram?
Eu particularmente tive coisas imaginando a parte do carro....
Eu gostaria de dizer que nesse tempo eu não fiquei totalmente parada e escrevi uma One-Shot Yoonmin que tem lemon, eu sinceramente fiquei orgulhosa dessa historinha então eu ia amar se vcs lessem:
https://spiritfanfics.com/historia/infinito-one-shot-yoonmin-9110339
Também quero recomendar umas fanfics aqui.
Essa aqui é Yoonmin escrita pela @BananaPacoVan, e é muito gostosinha de ler e me divirto pakas com as tretas, então deem muito amor a ela:
https://spiritfanfics.com/historia/lost-my-way--yoonmin-8794379
Também essas one shots de chorar do meu amigo Mark:
Namjin que me deixou da bad: https://spiritfanfics.com/historia/happy-lover-9141152
Vhope tbm da bad: https://spiritfanfics.com/historia/cartas-para-kim-taehyung-8891619
É isso aí, espero que gostem.
Até o próximo. :)


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