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História Como Uma Estrela - Real


Escrita por: OnlyTess

Notas do Autor


OOOOOOOOOOOOOOOOOOIE PESSOAL!
Primeiramente eu devo desculpas a vocês. Faz um tempo que não atualizo e sim, tenho motivos!! Eu comecei a faculdade esse semestre e com toda a empolgação de início mais a adaptação a uma rotina nova acabei me perdendo nos horários, me desculpem de verdade.
Mas espero que o capítulo de hoje, com mais de 3000 palavras, supra isso. Eu gosto muito dele sério, acho meigo demais ♥
Espero que gostem também ♥

Capítulo 9 - Real


Fanfic / Fanfiction Como Uma Estrela - Real

Shawn

Horas antes

Tudo aconteceu de última hora. Cameron estava com a nova formação da Magcon em Los Angeles e propôs um reencontro com a antiga formação. Por sorte eu estava livre no dia, e poderia participar também.

—Um mês depois e você ainda fala com ela então? — Nash comentou, visivelmente encarando meu celular por canto de olho.

— Ela se tornou uma boa amiga. — sorri, guardando o celular no bolso em seguida.

— Ela quem? — Cameron surgiu no final do corredor com uma escova de dentes na boca.

— Uma “amiga” do Shawn, ela ‘tá participando da edição especial do X Factor. — explicou, com certa malícia na voz.

Revirei os olhos.

— Qual o problema de vocês?

—  Ela tem amigas? — Cameron ignorou totalmente o que eu tinha falado e continuou.

— Ela faz parte de um grupo com mais três garotas.

— Você esqueceu de mencionar a Charlotte. — alfinetei.

— Cameron não precisa conhecer ela.— Nash deu de ombros.

Gargalhei.

— Grupo? — o outro na minha frente parou, pensativo. — Podiam chamar elas para cantarem por lá, e sei lá, comer uma pizza depois.

— Ela não vai aceitar. — soltei, tendo certeza do que Megan pensava sobre aparecer publicamente comigo e as consequências disso.

— Não precisa falar para ela. — Nash piscou.

Avaliei a situação, e de fato, eu queria ouvir ela cantando novamente e essa era uma oportunidade, diante disso a opinião alheia ficava cada vez mais insignificante para mim.

— Vou ver o que posso fazer.

Megan

Eu estava tremendo. Não, tremendo era pouco para definir o turbilhão de emoções que brigavam dentro de mim para saber qual se sobressaía naquele momento. Os doze estavam distribuídos nos assentos do carro e agindo como se nos conhecessem a anos, mas ao contrário das meninas, eu ainda não tinha conseguido falar nada.

É então que Cameron segura minha mão.

Cameron Dallas!

— Ei, tudo bem?

— Sim é só que... Dias atrás eu via vocês pela tela do meu celular e agora você está segurando minha mão! Tipo, se alguém me contasse isso eu definitivamente não acreditaria.

Ele começou a sorrir. Como nas fotos, dentes perfeitamente alinhados.

— Não sabia que você era nossa fã, quer dizer, pelo que sabemos só tem olhos para o Shawn. — Taylor cruzou as pernas e me encarou.

Senti meu rosto enrubescer.

— Eu gosto muito de todos vocês. — expliquei me limitando apenas a isso já que eu não conseguia encarar o rosto de nenhum deles e por sorte Naomi engatou uma conversa sobre a cultura do Brasil e eles pareciam definitivamente interessados.

Doze meninos que eu nunca pensei em conhecer estavam na minha frente e eu não conseguia falar nada por medo de agir como uma louca.

— O que eu fiz para merecer sua confiança? — cochichei para Shawn. Ele soltou o celular e desviou o olhar para mim em seguida sorriu de lado.

— Foi você mesma.

— O que? Eu fingi ser uma entrevistadora, eu menti para você!

— Normalmente as pessoas fingiriam algo acompanhadas de câmeras para exibirem tudo por status e, eu não vi câmera nenhuma com você nem aquele dia e nem agora. Já parou para pensar que desde então, você não me pediu isso ainda?

Novamente eu estava corada, não sei se por vergonha de ter esquecido um detalhe tão importante ou orgulhosa da minha atitude involuntária, talvez no fundo eu tivesse esperança de encontra-lo novamente, e bem, foi melhor do que eu esperava.  

...

Chegamos no que parecia ser a pizzaria e eu agradeci mentalmente por ter separado um dinheiro extra aquele dia depois de ter saído de casa, porém estranhei quando os meninos saíram do carro em direção a um galpão e não tive muito tempo para perguntar que tipo de lugar que vendia comida costumava ser tão escuro assim.

Só quando eles precisaram mostrar um crachá e conversar com um segurança e nada do que vimos a seguir se quer se parecia com um restaurante que eu tive coragem de segurar o braço do Shawn e interroga-lo.

— Onde estamos? — cochichei.

Notei que mais a frente Nash virou-se para trás e piscou para mim, o que foi uma situação bem estranha.

— Você vai gostar, eu prometo. — sorriu.

As meninas caminhavam um pouco atrás de nós, Naomi já se sentia plenamente adaptada juntamente com Bridget, porém Audrey respondia somente o necessário e eu não sabia o que fazer. Foi então que através de um microfone uma voz masculina anunciou a Magcon em sua nova formação e acrescentou participações especiais nesse dia.

Paralisei.

— O que vocês pensam que estão fazendo? — Audrey questionou, um tanto quanto sem graça.

Os meninos começaram a rir.

— Vocês esqueceram que temos um encontro? Nós... — Cameron enfatizou a minha presença e das meninas. — E eles. — Apontou o indicador para o que parecia uma plateia por trás das cortinas, explicando tudo o que iria acontecer.  

— Não sei se podemos, afinal ainda nem nos apresentamos no The X Factor e ter uma aparição pública repentina pode acabar nos prejudicando. — ela completou ainda desconfortável.

Bridget suspirou.

Confesso que eu estava mais preocupada sobre o que poderiam pensar de mais uma aparição pública minha com Shawn Mendes, mas me repreendi logo em seguida, era uma oportunidade incrível e eu precisava ser profissional.  

— Devíamos arriscar.  — sugeri. — Somos tão sortudas que ás vezes penso que em um piscar de olhos isso tudo vai ter sido mentira... E qualquer um no nosso lugar não seria bobo de não aceitar. Então... Vamos arriscar. Simon pode gostar disso.

Shawn concordou com a cabeça.

—Também não vejo problema algum. — Naomi deu de ombros, mais relaxada.

Cameron foi o primeiro a entrar no palco e em seguida os novos membros da Magcon também foram anunciados. Eu estava extasiada, afinal era a primeira vez que conseguia ir a um show deles e para completar conseguia ver tudo dos bastidores.

— Mas então, qual é o plano? Vocês nos chamam para tocar aqui mas nem um repertório certo temos ainda, e claro, eu ainda quero comer pizza. — Bridget cochichou para Shawn que riu em seguida.

— Ah qual é. — ele guardou o celular no bolso e com o auxílio de uma mulher colocou a alça do violão em seu ombro. — Vocês ensaiaram por tanto tempo, tenho certeza que irão saber o que fazer. — sorriu.

A forma como ele falava deixava as coisas tão mais simples do que realmente eram, afinal, eu nunca havia cantado na frente de uma plateia tão grande e mais, não com um grupo de outras garotas que dependiam da minha voz para formar uma harmonia. E tudo piorou quando pude ouvir a gritaria aumentar com o anúncio da surpresa daquela noite (os integrantes da old magcon). Só tive tempo de balbuciar um boa sorte rápido antes que eles se jogassem no palco e a algazarra explodisse.

Naquele momento eu não sabia dizer se estava mais nervosa por estar prestes ao que eu ia fazer ou por estar assistindo tudo aquilo, como uma fã.

— Podíamos cantar Roar. — Naomi sugeriu, quebrando minha atenção do palco. — É uma música animada e caso dê algum problema depois, talvez Katy nos defenda. — brincou, rindo.

— Vocês realmente estão considerando a possibilidade de cantar? — Audrey estava tensa e seu tom de voz só confirmava isso.

— Mas é claro! Não é todo dia que temos uma oportunidade assim e precisamos criar um público. — a brasileira retrucou.

— Eu voto em Roar também. — assenti. — Do que você tem medo Audrey? Eu sei que é assustador o fato de ter tanta gente aqui mas... Esse não é o nosso sonho? — respondi, falando mais para mim mesma do que para ela.

 Audrey mordiscou o lábio inferior e desviou o olhar.

Ouvi Shawn encerrar os últimos versos de Imagination e me castiguei mentalmente por ter perdido, essa era minha música. Claro que ele não deveria saber que eu me imaginava como a garota da canção.

— Prontas? — Bridget estendeu a mão no meio de nós quatro.

Assenti colocando minha mão em cima da dela, as outras fizeram o mesmo, com Audrey resistindo um pouco. Eu gostaria de entender o porque.

— Esse é só o começo. — reforcei, lembrando da minha avó.

A assistente de palco nos entregou os microfones e eu respirei fundo antes de ouvir o próprio Cameron anunciar a nossa presença.

— Isso definitivamente não estava combinando. — ele riu. — Mas eu de alguma forma, estou muito feliz que esteja acontecendo, afinal, pelo pouco que conheço dessas garotas, sei que elas são extremamente talentosas e espero que vocês que ainda não as conhecem também passem a pensar assim depois de hoje. — mais uma pausa. — Diretamente do The X Factor para o nosso palco, sejam bem vindas, Feelings Together.

Isso era definitivamente surreal, estávamos sendo anunciadas pela primeira vez como um grupo.

Naomi puxou meu braço me tirando do transe e fomos praticamente empurradas para o palco. E ao contrário do que pensei que seria, meu corpo não conseguia reagir apenas observar as expressões, pessoas com cartazes para os meninos, sorrindo, pulando, outras pareciam desconfiadas ou cochichavam algo que eu imaginava ser sobre nós. E naquele momento somente LOX comanda a mesa de DJ, como nos velhos tempos. Os outros meninos provavelmente estavam nos bastidores.

Bridget era a coragem. E ela enfatizou isso quando iniciou a música sendo acompanhada por uma acústica em seguida. Ela caminhou para frente e olhou para nós como se quisesse que também a seguíssemos e bem, eu fui a última a me mover, afinal até isso parecia ser difícil.

Apesar de tudo o palco fazia de Audrey uma pessoa totalmente diferente. Ela era definitivamente, uma profissional. Pousou ao lado de Bridget, e estava livre, enquanto cantava o segundo verso.

You held me down, but I got up ...Get ready cause I've had enough... — as pessoas pareciam animadas e já acompanhavam a canção. — I see it all, I see it now...

Era minha deixa. Mas eu simplesmente não conseguia me mover, estava assustada demais para isso. Naomi que estava ao meu lado bateu o quadril contra o meu e por instinto eu uni minhas mãos apertando o microfone. A plateia já cantava o refrão que eu deveria estar cantando mas não conseguia, porém involuntariamente ergui o objeto e apontei para eles, esperando que entendessem o recado e continuassem soltando a voz que eu não conseguia.

Cause I am a champion and you're gonna hear me roar... Oh oh oh oh oh oh...

Naomi era a intensidade. Tudo para ela era muito. E como se não bastasse a nossa voz, ela acrescentou uma espécie de passos rápidos para acompanhar o som que consistiam em dar um passo para o lado e bater palmas. A plateia ia a loucura tentando a seguir e ela me incentivou novamente com um sorriso, mas agora era sua vez de cantar.

Now I'm floating like a butterfly...

Vi algumas garotas apontarem para mim e isso talvez tenha piorado um pouco a minha situação já que eu permanecia estática.  Além disso, senti minhas mãos começarem a suar mais ainda lembrando que o próximo refrão estava próximo. Mas a gritaria da plateia eclodiu e vi o porque quando os garotas entraram no palco, acompanhados de enfeites engraçados, o riso foi inevitável, mas necessário.

Mãos surgiram atrás de mim acariciando meus ombros e reconheci o rosto de Taylor, ele havia colocado um cachecol de pompom cor de rosa em mim e tentava fazer uma espécie de massagem . Cameron interagia com Naomi que cantava agora, Bridget saltava levantando a plateia ao lado de Aaron e Nash e Audrey dançava com Shawn.

I see it all, I see it now...

Era eu novamente.

Mas nada saía do meu microfone, e minhas mãos suaram mais e mais. Percebendo isso as meninas se dividiram no refrão, e eu senti vontade de sair correndo dali, mas Naomi segurou minha mão e com a outra eu ergui meu microfone como anteriormente. A plateia passou a ser minha voz.

Era um coral incrível, e me odiava por não fazer parte dele. Mas agradeci mentalmente por todos estarem tão concentrados que não perceberam. Quase todos. Shawn sorria, porém me encarava com uma expressão estranha, desejei que ele entendesse o que estava acontecendo mas isso era impossível já que nem mesmo eu conseguia. Então ele apenas fechou os olhos e consequentemente também o fiz.

Não via as pessoas mas podia senti-las.

I got the eye of the tiger, a fighter, dancing through the fire. — eu estava cantando. A sensação dentro de mim era incontrolável e a voz pedia para ser libertada, o segredo era que agora eu não via possíveis julgamentos, era apenas um coro de vozes que queria acompanhar. — 'Cause I am a champion and you're gonna hear me roar.

Ergui meu microfone para plateia novamente, mas desta vez, não porque queria que eles cantassem para mim, mas sim, para que cantassem comigo.

Oh, Oh, Oh... You're gonna hear me roar. — conclui sendo seguida de inúmeras palmas e gritos. Demorou um pouco até eu me sentir plenamente capaz de abrir os olhos e enfrentar a realidade. Naomi esticou a mão para mim e só então percebi que eu estava agachada em frente a eles. Passei as mãos colocando o cabelo para trás e respirei fundo, meu coração estava muito acelerado.  

— Muito obrigada pessoal, isso foi incrível. — Naomi iniciou. — Sou a Naomi.

— Bridget.

— Audrey.

— Meg...an — sorri, dando um leve aceno, envergonhada.

— Foi de tirar o fôlego... — Cameron passou a mão na testa e a plateia riu. — Enfim, acho que já temos um grupo vencedor. —pigarrou e não pude evitar um sorriso. — Obrigado por aceitarem garotas. — Bridget fez uma careta, claramente pensando na falta de opção que tivemos.

Acenamos para plateia novamente em despedida mas eu pude ouvir alguém gritar “Cantem Stitches” e criar um mini coro em torno disso, porém já estávamos fora do palco.

— O que aconteceu com você? — Audrey pousou ao meu lado, segurando uma garrafa de água. Me repreendi mentalmente, afinal, eu havia incentivado ela mas dado para trás no momento final, ela tinha razão em estar irritada.

— O high note* dela foi incrível não é? — Naomi também estava ali, sorridente.

Engoli em seco.

High note*?

— É Meg, eu não sei o que você faz mas Katy realmente tem razão, é toda emoção do nosso grupo. — piscou.

Audrey saiu para atender Bridget que pedia algo e por algum motivo eu tinha a certeza de que não era aquilo que era queria saber.

— Desculpa.

— Pelo que? — Naomi engoliu um gole de água.

— Eu simplesmente não conseguia... Travei. — expliquei, gesticulando as mãos.

— Isso é normal, foi a nossa primeira apresentação da vida! — retrucou. — E se você se sentir melhor cantando com os olhos fechados, faça. Só não quero que desista de algo que sonhou por medo, os outros são só os outros, não importam quando querem apenas de colocar para baixo. — sorriu. — Você sabe bem disso. — Mas Cameron chamava ela, e precisei permanecer alguns instantes sozinha e refletindo.

— Pizza? — Shawn sentou-se ao meu lado, sorrindo.

Ainda iriámos sair juntos. E apesar da ideia ser tudo que eu sempre quis, não queria encarar os rostos curiosos das meninas, dos garotos e do próprio Shawn sobre minha meia performance. Eu precisava de uma boa desculpa, foi quando meu celular tocou.

— Megan?

— Eu.

— Aqui é o Mark, e bem, fui buscar uma carga em outro estado e acabei deixando o cinema aberto, o senhor Hawthorne não está em Los Angeles e preciso de alguém para fechá-lo você... Poderia?

Mark estava sendo educado, sorri com o pensamento, seu deslize veio em boa hora.

— Sim.

A educação não durou até ele desligar na minha cara. Revirei os olhos guardando o celular no bolso.

— Tudo bem? — Shawn perguntou receoso.

— Sim está, mas eu não poderei ir com vocês... Preciso fechar o cinema.

— Esperamos você.

— Não, quero dizer, não quero atrapalhar...Mais.

Sua expressão era confusa.

— Muito obrigada por tudo, de verdade. Nem tenho palavras para isso e agradeça eles por mim também! Eu amo muito vocês, quero dizer, são meus ídolos e... Você entendeu não é? Tchau, espero te ver depois. — minha voz denunciava meu nervosismo que consequentemente também refletia nas minhas ações, tropecei em alguns objetos jogados no chão mas tive tempo de me segurar na parede, pegar meu violão e correr para fora do estabelecimento.

Escondi meu rosto com um capuz e esperei que no ponto de ônibus a frente passasse um em direção ao cinema e por muita sorte eu o peguei antes os garotos correrem até mim pois estavam sendo recebidos por uma multidão.

...

Desci três pontos depois do cinema e dobrando a esquina, outro estranho de capuz passou a caminhar ao meu lado encarando o chão. Apressei o passo até alcançar a calçada do cinema e cheguei a tempo de ouvir inúmeros gritos.

— AQUELE NÃO É JUSTIN BIEBER?

— JUSTIN?

— ONDE?

Arregalei os olhos. Eles conseguiam ser mais paranoicas que eu, porque Justin Bieber estaria caminhando nas ruas de Los Angeles aquela hora e...

— Me ajuda. — uma voz definitivamente conhecida soa atrás de mim e antes que eu pudesse vê-lo, sou empurrada para dentro do cinema. — Você precisa fechar isso, por favor.

Eu arregalo os olhos sem acreditar que aquilo é real.

—Olha eu posso comprar um Iphone 7 se me prometer ficar calada e me ajudar.

A gritaria se aproxima e automaticamente viro para porta e passo a chave, fechando também a cortina franzida. Atrás de mim o garoto respira fundo, retirando o capuz.

— Sim, eu sou Justin Bieber. — ele apresentou-se de forma arrastada, como se fizesse aquilo todos os dias.

— Mas eu não te perguntei isso. — solto, involuntariamente.

Justin arregala os olhos chocado e ri em seguida. Eu tampo minha boca quando me dou conta do que disse.

— Quero dizer... Desculpa, eu amo suas músicas, e a primeira coisa que me veio na cabeça foi saber o porque de um cara como você estar vagando nas ruas a essa hora! Eu estou sonhando? Ultimamente minha vida parece ter virado de ponta cabeça, no bom sentido é claro.

— Ainda bem que você disse sonho, depois dessa eu poderia jurar que me considerava um pesadelo. — brincou.

E mais gritos.

— Acho que eles ouviram sua voz. — cochichei.

Ele deu de ombros.

Pensei em puxar seu braço para a sala de cinema por conta da acústica, mas para evitar mais constrangimentos apenas caminhei e naturalmente ele me seguiu.

— Por que estava fugindo deles? — perguntei, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, eu batendo um papo com Justin Bieber.

— Eu estava sozinho e a noite... E bem, paparazzos não costumavma ser muito pacíficos. — sorriu caminhando pelo cinema.

— E porque você estava sozinho? Fugiu de alguém antes? — brinquei, mas quando ele me encarou corei em seguida e desviei o olhar. Aquilo não era uma boa ideia.

— Ás vezes só precisamos de um pouco de ar livre, se sentir como alguém comum. — sorriu. Concordei com a cabeça, ele digitou algo no celular e depois voltou-se para mim. — E você, quem é?

— Megan. Eu trabalho aqui. — expliquei.

— Megan. Acho que eu já ouvi esse nome.

— Ah com certeza a Meghan Trainor... Because you know I'm all about that bass, 'bout that bass.. — cantei um trecho me arrependendo logo em seguida.

— The X Factor. — confirmei, ainda encarando o chão. — Sua voz é muito linda.

Engoli em seco. Ele assistia The X Factor e ele sabia quem eu era. Eu não estava conseguindo acompanhar tudo que estava acontecendo na minha vida.

— Obrigada. — soltei.

Uma buzina.

— Acho que meu motorista chegou.

— Então você vai ser salvo.

— Já fui. — piscou.

Engoli em seco, mais uma vez.

— Você não quer nem um abraço? Não quero me gabar nem nada, mas, normalmente... Ah, deixa para lá.

— Eu queria... Quero. Mas sei lá, não tenho uma boa experiência em conhecer meus ídolos, normalmente eu esqueço até da foto. — sorrio sem graça.

— Talvez o momento importe mais para você.

Pensei no Shawn e de fato, era isso.

Justin me abraçou de lado e caminhamos assim até a porta do cinema que foi aberta ao mesmo tempo que pisamos na recepção. Mark adentrou meio desesperado e entrou em choque quando viu Justin. E como se não bastasse, Shawn surgiu logo atrás.

— Valeu Meg, espero te ver em breve, boa sorte. — O castanho depositou um beijo na minha bochecha e caminhou até Shawn fazendo um comprimento. Então eles se conheciam. Mark ainda estava estático, mas Shawn veio falar comigo.

— Você está bem?

— Estou... Eu acho. —coloquei uma mecha do cabelo para trás pensando em tudo que tinha acontecido em um período tão curto de tempo.

Esperei que ele me bombardeasse de perguntas sobre a minha performance fracassada ou a forma como eu sai de lá mas ele simplesmente virou para trás, confirmando que Mark estava limpando os papéis soltos no chão da bilheteria e voltou-se para mim segurando minha mão me puxando para um dos auditórios.

— Qual foi o do Meg? — pigarreou enfiando as mãos no bolso assim que chegamos.

Gargalhei.

— Eu não sei. — fui sincera. — Ele estava precisando de ajuda e eu ajudei, é surreal dizer que Justin Bieber precisou da minha ajuda mas foi o que aconteceu. — expliquei, ainda tentando assimilar o que tinha acontecido.

—Eu espero que não tenha superado meu MegCat.

— Nada vai superar. — respondi.

Shawn sorriu de lado.

— Você já se apaixonou?

— O que? — aquela pergunta havia me pegado de surpresa. Caminhei alguns degraus para alcançar a sala de projeção e verificar se tinha algum aparelho ligado.

— Tipo, já gostou de alguém? — sua voz ainda soava perto por isso deduzi que ele havia me seguido.  

Agachei separando alguns fios embolados.

— Já sim, mas nunca aconteceu nada demais, quero dizer... —virei em direção a ele, que mantinha as mãos no bolso. — Eu sou sua fã Shawn, é meio impossível dedicar um tempo para outra coisa que não seja você e a música. — gargalhei.

Ele também riu, porém parou de repente me encarando. Desviei o olhar e voltei a movimentar os fios mas Shawn abaixou em minha frente, puxou minhas mãos para ele e em seguida ergueu meu rosto me fazendo encará-lo.

O garoto encostou sua testa na minha e eu pude sentir nossas respirações se unirem a uma só. Quase não existia distância agora, e eu podia jurar que ele conseguia ouvir as batidas aceleradas do meu coração. Fechei os olhos, e possivelmente, ele também tinha feito o mesmo.

—Eu... Posso? — soou baixinho.

Eu sabia o que ele iria fazer, mas não conseguia acreditar que estava prestes a acontecer. Automaticamente concordo lentamente com a cabeça para evitar que nossas testas sejam descoladas, mas isso acontece quando ele toca meus lábios pela primeira vez. Lentamente ele conduz o beijo, sem línguas, apenas seus lábios, macios, tranquilos, doces. Quando toca a minha cintura me trazendo mais para próximo de si, seu perfume invade minhas narinas e eu sinto ainda mais vontade de tê-lo só para mim e é surreal pensar que eu já tinha sonhado com um momento assim, mas na realidade, ultrapassava qualquer expectativa. Só então percebo que já coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço e acaricio lentamente seu cabelo, o que parece ser seu ponto fraco, já que o mesmo aperta minha cintura por um instante e afrouxa em seguida. A cada movimento novo dele eu só conseguia pensar que Shawn Mendes estava me beijando e aquilo, era mais real que a minha existência. 

* High Note é considerada uma nota alta. 

Leias as Notas


Notas Finais


Você pode imaginar as meninas cantando Roar da Katy Perry assistindo: https://www.youtube.com/watch?v=KXY46dsNXHg&list=LLico8XQzd_BlAQGWOgSN7wg&index=608

A Megan é um poço de insegurança (parece até eu) por isso que ela age dessa forma gente, ela acha que tudo que as pessoas verem ela fazer com o Shawn irão achar que ela é interesseira e tal, e bom, sabemos que existe uma galera assim que vai surgir mais para frente. Além das personalidades que começaram a dar as caras. GUARDEM BEM essa Megan, só digo isso. HASHU
Justin também estará nessa fic, qual suas expectativas??
E claro O PRIMEIRO BEIJOOOOOO Quem ai shippa #Mesh?? COMENTEM, sério, não deixem de deixar suas impressões, me motiva demais a continuar ♥

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Beijooooooooooooooooooooos


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