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História Companheira do Dragão - Minha Culpa


Escrita por: Yza

Notas do Autor


Essa é uma nova historia, estou apenas vendo se ela agrada. Se gostarem continuarei postando.
Beijos.
Os acontecimentos da fic não seguem fielmente o anime ou manga.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Minha Culpa


Fanfic / Fanfiction Companheira do Dragão - Minha Culpa

Sentia tanta saudade, não conseguia acreditar que ela não estaria mais aqui, ao meu lado para me dar todos os conselhos que as mães costumavam falar para suas filhas. Não estaria mais aqui para brigar comigo quando eu fizesse besteira. Não me conformo em não ter aproveitado seus braços quando ela insistia em pedir um abraço antes que eu saísse, ou de ter rejeitados seus beijos carinhosos que tanto me davam raiva quando ela insistia em expressar seu carinho em frente dos meus amigos.

 Como pude ser tão estupida em mantê-la distante de mim? Me arrependo em dizer que eu a odiava e que conseguiria viver sem ela, fazendo-a chorar, eu sabia que isso era mentira, mas, do mesmo jeito decidia ficar calada deixando-a acreditar em minhas falsas palavras.

         Queria poder voltar no tempo e aceitar de bom grado seus abraços, beijá-la em frente a todos sem me importar com ninguém. Dizer que eu a amava toda e cada vez que tivesse oportunidade. Ouvir com cuidado cada conselho que ela me desse. Entender que toda vez que ela brigou comigo, foi por que se importava comigo. Queria poder mostrar para ela que o que mais odiava no mundo era ficar longe dela, dizer que eu não conseguiria viver sem ela e que o simples pensamento de perdê-la me deixava triste e com o coração apertado, mas, fui burra o bastante para deixar escapar toda as oportunidades que tive. Minha mãe já não está mais comigo, ela foi cruel o suficiente para me deixar e ir embora sozinha, mas, quem poderia culpá-la?

As lagrimas desciam por meus olhos salgando minha boca, já haviam se passado tanto tempo, só que a falta que ela fazia, o buraco de sua ausência em meu peito juntamente com a saudade de vê-la e ouvir sua voz continuava crescendo dentro de mim, o tempo não havia sido bom o suficiente para fazer com que eu me acostumasse com a falta que ela fazia. Não me conformava com sua morte e sempre deixava isso claro quando conversava com sua lapide que ficava em nosso jardim.

_VOCÊ DISSE QUE ESTARIA SEMPRE AO MEU LADO... QUE SE EU FOSSE UMA BOA GAROTA MEUS SONHOS IRIAM SE TORNAR REALIDADE... EU FUI... EU TENTEI ESSES ANOS TODOS SER A FILHA EXEMPLAR... ENTÃO POR QUE MEU SONHO NÃO SE REALIZOU? ... POR QUE VOCÊ NÃO VOLTOU?

Fiquei parada olhando para a grande lapide esperando que de alguma forma eu conseguisse minhas respostas. Tomei um grande suspiro deixando meus pulmões vazios por alguns segundos, tentando me acalmar.

_Eu tentei... Tentei de tudo para conseguir sobreviver nessa casa, mas... não posso... São muitas lembranças que agora eu gostaria de apagar... Mama cuide do papai por mim. Depois daquela noite não consigo encará-lo direito, melhor dizendo, ele evita fazer qualquer contato desnecessário...

Um sorriso morto desenhou meus lábios.

_Não se preocupe, por mais que seja difícil levarei comigo os amigos que a senhora me deixou, prometo que cuidarei bem deles.

Uma última lagrima descia por meus olhos enquanto olhava para as palavras gravadas em sua lapide.

“Aqui descansa o mais belo anjo que deixou suas assas para ser uma amada mãe e esposa”

*X748 +X777

Abri o portão do câncer, capricórnio e da Aquarius, um de cada vez, deixando-os que se despedissem pela última vez de minha mãe.

_Não acha que está exagerando pirralha?

Aquarius me encarava com sua habitual cara de desaprovação e mau humor.

_Ficaremos um bom tempo sem vir aqui, queria pelo menos deixá-los se despedirem adequadamente de minha mãe a antiga companheira de vocês.

Aquarius me encarava com mais seriedade.

_Você sabe que eu nunca quis ser de alguma forma parte de você...

Suas palavras acertavam diretamente meu coração.

_Mas você não precisava fazer isso, nós pertencemos a você agora.

Era verdade, eu era a nova contratantes deles, mas, minha mãe sempre dizia que por mais que novos contratos com diferentes pessoas fossem feitos, isso não significava que os espíritos celestiais não lembrariam de seus antigos “donos”.

_Aquarius, por mais que isso seja verdade, eu consigo ver que você sente falta da mamãe, essa é a única coisa que posso fazer por vocês.

Estava um pouco tonta, colocava as mão sobre os joelhos tentando respirar com mais calma. Havia sido desgastante abrir um portão atrás do outro. Seu olhar era de pura desaprovação.

_Não adianta gastar minhas energias com você... Feche meu portão, não quero que sua força magica seja drenada.

_Obrigada!

Os olhos dela encaravam os meus antes que sua forma fosse borrada e seu portão estivesse fechado por completo.

_Menina Lucy!

Ms. Spett corria em minha direção, eu poderia ler em sua expressão que ela havia encontrado o bilhete que deixei antes de ir embora.

_Me diz que isso não passa de uma brincadeira?

Seus olhos chorosos imploravam para que eu confirmasse.

_Sinto muito... Estou indo embora... Não se preocupe estarei bem.

Deixei que meu sorriso se alargasse.

_Não... Quantas vezes vou ter que dizer que quem matou sua mãe foi Zoldio? Menina, você não teve culpa.

Ela segurava minhas mãos acariciando-as.

Isso podia até ser verdade, mas, se eu não tivesse feito birra e implorado para ela voltar e pegar minha maldita bolsa isso não teria acontecido, ela não teria encontrado Zoldio em seu quarto pegando suas roupas e cheirando-as.

_Você sabe que ele era obcecado por ela, sempre a seguia, o conselho disse que quando entraram em sua casa, várias fotos de Layla estavam espalhadas por seu quarto. Não foi sua culpa.

Era tão clara a imagem de minha mãe ensanguentada saindo da mansão segurando minha bolsa em suas mãos, seu sorriso mesmo fraco ainda estava em seu rosto. Quando corri em sua direção, sua única ação foi estender a bolsa para mim.

_Desculpe por sujar as alças.

Essas foram suas palavras, como se aquele pedaço de pelúcia fosse mais importante que ela, foi quando eu finalmente havia percebido que nada na vida me importava tanto como minha mãe. Segurei seu corpo fraco pela perda de sangue em meus braços, gritava em plenos pulmões para que alguém pudesse ajuda-la, mas eu sabia que estávamos sozinhas, os empregados tinham sido dispensados pois estaríamos viajando para encontrar meu pai.

_VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO!

Bradava, mas ela só sorria, aquele doce sorriso que era sua marca registrada.

_Eu te amo filha!

Sentei-me ao seu lado aninhando sua cabeça sobre meu colo, não tinha como correr e pedir ajuda, levaria muito tempo até encontrar algum lugar.

_Me perdoe mãe... Me desculpe. Eu também te amo, então, por favor, fique comigo.

Minha voz estava atravessada, fui uma idiota em não admitir que ela era o meu mundo e que sem ela eu estaria perdida. Segurei suas mãos em meu rosto. Continuei gritando, mas tudo que podia ouvir era o eco de minha voz ricocheteando por fora de nossa casa.

_Você vai ficar bem!

Afirmava, até que um silencio ensurdecedor tomou conta do local, soltei a mão que segurava em meu rosto, vendo-a lentamente cair ao lado do corpo imóvel em meu colo, fiquei paralisada, sacudi o pequeno corpo e não obtive nenhuma resposta.

_Não... Não... NÃO!

Sacudia novamente só que dessa vez com mais força.

_Você não pode me deixar... Eu tenho tanta coisa para dizer... Era mentira, tudo que disse foi mentira... Eu nunca imaginei minha vida sem você... Então, por favor, aguente firme!

As lagrimas nublavam minha visão. Abracei o corpo que pouco a pouco ficava gelado.

_Me desculpe.

Gritei por várias horas até que perdi a voz, deitei meu corpo ao seu lado envolvendo seus braços em mim. Chorei toda a noite até que acabei adormecendo sem perceber.

Acordei com meu pai me sacudindo, seus olhos estavam vermelhos, sua voz embarcada.

_Lucy, pelo amor de Deus acorde!

Quando abri os olhos tive o choque com a realidade, queria que tudo tivesse sido mentira, mas, o corpo estirado da minha mãe sem vida me mostrava que tudo era bem real.

Depois de alguns minutos, os soldados já estavam em nossa casa levando minha mãe e me enchendo de perguntas.

Depois do enterro, meu pai não me encarava mais, tudo que queria me dizer fazia através dos empregados, e depois de tantos anos continuava a mesma coisa.

A voz de MS. Spett tirava-me de minhas lembranças.

_Aquele cretino do Zoldio foi tão covarde que preferiu tirar sua vida do que arcar com a desgraça que fez... Menina Lucy, por favor, fique.

_Sinto muito!

Soltei-me de suas mãos e caminhei em direção a saída.

_Pelo menos diga ao seu pai pessoalmente que está indo embora.

Ela gritava por trás de mim. Não era fácil, meu pai já não se importava mais, a única coisa que poderia fazer por ele, era estar longe, somente assim ele não iria ter lembranças desagradáveis martelando em sua cabeça.

Já estava com 16 anos, essa era a oportunidade que estava esperando para livra-lo do sofrimento.

                                                                +++

Quando já estava nos arredores da mansão, conseguia vivenciar cada boa lembrança que tive naquele lugar.

_Por favor, se cuide pai!


Notas Finais


Espero que gostem


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