História Companheira do Dragão - Chegando na Guilda

_Você vai amar a guilda.

Falava ele com mais um de seus belos sorrisos a mostra.

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Dei um passo para trás, estava admirada com o tamanho da guilda, do lado de fora conseguia ver o símbolo. Não sabia por que, mas, lágrimas desciam por meus olhos. Happy e Natsu me olhavam preocupados com minha reação.

_Luce, você está com dor de barriga?

Perguntava Happy com o olhar preocupado. Não consegui aguentar e comecei a gargalhar, como ele havia chegado aquela conclusão? Natsu juntou-se a mim e começou a rir.

_O que é tão engraçado? Luce sua estranha.

O felino ficou de costas para mim inflando suas bochechas fofas. Pequei-o por suas costas e acariciei seu rosto, fazendo que seu olhar ficasse menos severo.

_Eu estou feliz, obrigada por se preocupar comigo.

Seus olhos retomaram o brilho que tanto amava.

_Natsu... Obrigada por ter me chamado.

Estava um pouco sem graça em encará-lo, afinal de contas nós tínhamos dormido juntos.

_Luce, você dormiu abraçadinha com o Natsu por que gosta dele?

Abracei Happy com mais força, estava com uma grande vontade de arrancar bigode por bigode. Natsu não falou nada, o clima estava ficando muito estranho.

_Sabe, não se preocupe muito...

Uma grande explosão seguidos de gritos dentro da guilda chamaram nossa atenção, fazendo com que Natsu se calasse.

_O pessoal deve estar se divertindo... Luce poderia parar de me enforcar?

Soltei o felino que voou em direção ao seu amigo que já estava chutando a porta.

_Estou de volta!

Entrou gritando, chamando a atenção de todos, antes que me desse conta Natsu dá uma voadora em um dos homens que estavam bebendo.

_A pista sobre Igneel era uma furada, sabia disso?

Natsu estava furioso.

_Como diabos eu ia saber, eu só ajudei a espalhar o que havia ouvido.

O homem tentava se defender. Estava começando a duvidar de minha decisão de seguir os dois.

_Olha! Temos uma novata aqui.

Falava uma mulher de cabelos brancos longos e vertido vermelho, seu rosto era inconfundível, ela era Mirajene a maga que tinha minha admiração.

_Com quem está falando Mira-nee?

Uma versão menor e de cabelos curtos de Mirajene me encarava.

_Ah... Oh...

Fazia tempo que não estava rodeada de pessoas, os olhares voltados para mim, deixavam-me desconcertada e desorientada para falar alguma coisa.

_Ficar calada não é coisa de homem.

O grande homem de pele acastanhada e cabelos branco com uma longa cicatriz costurada descendo por seu olho direito, falava por cima de meus ombros me encarando, tremi com seu contato repentino.

_Elfman, não a assuste.

_Desculpe, nee-chan.

_E... Meu nome é Lucy!

Falei por fim.

_Nossa ela fala!

A menina mais nova me encarava.

_Lisanna, não é bonito falar desse jeito. Não se preocupe, por que não senta um pouco? A viajem deve ter sido longa.

Seu olhar gentil esperava que aceitasse seu convite, não a contrariei, na verdade não poderia, ela estava sendo muito amigável comigo. Puxei um dos bancos, só que antes de sentar alguém foi arremessado caindo em cima das cadeiras, deixando-me totalmente alheia ao que estava acontecendo. Onde diabos eu havia me metido?

Todos estavam envolvidos na briga, para onde olhava via socos sendo trocados, cadeiras sendo lançadas, mesas sendo quebradas, pessoas sendo socadas.

Os olhos de Mirajene me encaravam e antes que ela pudesse me alertar, sentia um grande impacto em minhas costas já machucada, com o impacto cai de joelhos sobre o solo, sentia várias pontadas, estava tentando suportar a dor havia algum tempo. A cadeira estava quebrada por causa do impacto, podia sentir que algumas farpas haviam entrado em minha pele.

Levantei minha cabeça e sorri para Mirajene que me encarava com preocupação.

_Eu estou bem.

Dei um sorriso fraco. Era muito constrangedora aquela situação, eu estava patética ali de joelhos recebendo os olhares de todos do estabelecimento, “que bela primeira impressão” eu estava envergonhada. Mãos seguraram meus braços erguendo-me não olhei para ver quem eram as pessoas que me ajudavam, estava muito sem graça para encará-los.

Quando tentei me erguer senti as dores percorrem minhas costas. Fui pega de surpresa quando senti que alguém levantava minha blusa.

_Vocês são tão ignorantes, olha como a ferida em suas costas pioraram.

Tentei abaixar a blusa, mas, uma mão firme me impedia, pude notar que a albina mais nova estava furiosa.

_O que está fazendo, Natsu?

O silencio continuava. A pessoa que segurava meu braço direito me encarava.

_Não se preocupe, vamos cuidar dos seus ferimentos, por isso aguente só mais um pouco.

Ela era linda, seus cabelos vermelho, fizeram-me lembrar de uma das magas mais forte de Fiore, que também era conhecida como Titânia, na revista dos magos ela era chamada de Erza Escarlate. Seu sorriso deixa-me mais tranquila.

_Desculpe pela cadeira... Era para acertar no idiota do Natsu, mas, como pode ver acabou dando errado... Sinto muito.

O belo rapaz de cabelos pretos azulado e olhos azuis escuros, me encarava, seu olhar carregava culpa, ele realmente se sentia culpado. Aquela expressão que todos carregavam ao me encarar, era justamente o que eu queria evitar.

_Eu estou bem, é sério.

Sorri para todos.

_Esse machucado não é nada demais, ele nem dói.

Senti uma mão bater em minhas costas, fazendo com que algumas lágrimas caíssem.

_Lisanna!

Todos falavam em uníssono.

_Como eu pensei, ela estava mentindo. Que tal irem chamar Wendy no dormitório feminino? Não adianta me olhar com essa cara Natsu, quem mentiu foi ela não eu, só queria ter certeza da gravidade dos ferimentos.

Happy voou parando em minha frente, com seus olhos chorosos.

_Luceeee!

Senti uma mão quente enxugar os rastros de minhas lágrimas.

_Desculpe por não levar a sério seu ferimento, Happy tinha me dito tudo que aconteceu, não pensei que seria grande coisa... Não sabia que você era tão delicada.

Suas palavras me feriram, eu sabia que era fraca, sabia que durante todo esse tempo que morei sozinha mal me cuidava, se não fosse por meus espíritos cuidarem de mim já estaria morta há muito tempo, mas, ouvir dele que eu era delicada parecia um insulto. Virei meu rosto desviando de sua pegada.

Sorri para Erza e para o rapaz mostrando que podia ficar em pé por minha conta. Me endireitei, já estava chamando atenção por tempo de mais, vesti minha máscara de despreocupada e animada, essa era a face que mais usava quando encontrava meu pai.

_Obrigada a todos pela preocupação, mas, está na hora de esquecer essas preocupações e começarmos a beber, se bem me lembro Fairy Tail é a guilda mais agitada de Fiore.

Peguei uma bebida que estava sobre o balcão é a ergui.

_A Fairy Tail!

Bradei, e logo depois virei a bebida fazendo com que todos repetissem meu gesto.

_A Fairy Tail!

Falavam em uníssono.

O clima antes tenso agora estava mais relaxado e descontraído, os olhares já não estavam voltados para mim, pelo menos a maioria, Erza, Natsu e o outro rapaz ainda me encaravam.

_Mais uma vez agradeço pela preocupação, mas, é sério estou bem...

Falei enquanto passava por entre os três.

_Como já conheço a guilda, tenho que arrumar um lugar para passar a noite, até que consiga algum lugar definitivo para morar.

Quando passei pelo rapaz de cabelos preto azulado, sorri.

_Não se preocupe, sei que não queria me machucar, então pode ir tirando esse olhar de remorso do rosto. A propósito, meu nome é Lucy.

_Gray!

Seu olhar se suavizou e ele deu um leve sorriso assentindo com a cabeça.

Olhei para Erza e a agradeci.

_Muito obrigada por tudo, Erza, foi uma grande honra conhece-la.

Ela apenas sorriu.

Quando estava a caminho da saída um pequeno senhor de meia idade me encarava.

_Vejo que temos uma nova integrante em nossa família.

O olhar do senhor era terno e acolhedor, parecia um pai esperando para conhecer sua filha, era uma sensação estranha de carinho e amor.

_Bem vindo de volta mestre.