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História Complexed Girl - Meu peso, meu fardo


Escrita por: Nani_Sama

Notas do Autor


~ Aproxima ~
~ Olha ~
~ Sem graça ~
HUASHUAHUSUA, mdds, quanto tempo eu não posto? PERDI AS CONTAS!! KKKK
Eu ando tendo um bloqueio bonito. Tipo, eu escrevo, mas não vou até o fim, entendem?
Além disso, a Faculdade anda me tomando... normal! KK
Er... não sei se terei leitores enquanto posto, mas torcerei para ter ao menos um. >.<
Huum... A fanfic é com o nosso líder do GOT7, JB!! Quem é minha amiga sabe a enorme tara que tenho por ele e por aquele lindo sorriso, haha.
(Nota vergonhosa: Espero que o Jackson não leia isso. KK :3)
Ahn... eu achei legal abordar esse tema da menina ser acima do seu peso, porque só vejo original com esse tipo de garota.
Eu já fui gordinha, ainda sou, mas eu era BEM acima do meu peso. Por isso, eu meio que peguei um pouco de mim e coloquei na personagem principal... a parte de ser neurótica, por exemplo.
Enfim.. eu espero que quem ler... goste. HAHA!
Boa leitura, povo!

Capítulo 1 - Meu peso, meu fardo


Fanfic / Fanfiction Complexed Girl - Meu peso, meu fardo

Setenta e cinco quilos. Esse é o peso que eu tenho desde meus quatorze anos. Inúmeras vezes, eu tentei mudar isso, mas na universidade, eu tentei afastar foi essa neurose que tinha se alastrado em mim e que seguia me consumindo. A loucura de perder vinte quilos e finalmente alcançar meu peso ideal para meu um metro e sessenta centímetros de altura.

Por favor, não pense que sou estabanada ou que fico comendo toda hora. Eu tenho peso, porque minha família sempre teve dificuldade com a balança. Meus pais são acima do peso e eu não pude ser diferente, infelizmente. Ou seja, genética. Sou saudável, mas eu queria tentar chegar ao meu IMC certo. 

No fundo, eu queria mesmo é ser bem magrinha, como aquelas garotas que sempre chamam mais atenção com o conjunto corpo e rosto. Tipo aquelas do filme “meninas malvadas” ou a admirável Yoona do grupo “SNSD”.

Na verdade, eu sentia que nunca sequer chamaria atenção. Eu sequer tive um namorado durante a adolescência; e não, não teve nenhuma daquelas apostas de quem conseguir ficar com a gordinha ganha algo inestimável.

Nada disso mesmo.

Meu nome? Sou Lee Jieun.

Amigas? Algumas, mas parei de falar com muitas durante os anos devido à falsidade, ficando no fim somente, mais com a melhor, a Yora. É que sempre fui muito esforçada com os estudos, então sempre havia aqueles que se aproximavam buscando minha ajuda, havendo sempre uma troca de interesse, sabe?

Foi numa dessas que conheci o Jaebum. Ele era bem conhecido no ensino fundamental por fazer b-boy, um tipo de dança de rua que atraia garotas para ele e fazia muitos garotos o invejarem. Eu não sentia nada por ele, sinceramente. Minha preocupação, desde nova, era emagrecer e ser tão bonita quanto às meninas que, em sua maioria, me ignoravam.

Na minha adolescência, eu só queria mostrar que poderia ser uma garota tão bonita quanto elas e chamar atenção dos garotos se emagrecesse, mas eu sempre tive dificuldade com isso. E que sonho ridículo também, mas talvez o bullying que sofri quando mais nova, me fizera querer alcançar esse sonho.

Era "gorda", "rolinha" e até "baleia". Contudo, quando cheguei no fundamental e mudei de escola, fiz o meu melhor para ser diferente. Consegui através desses trabalhos que fazia para o povo e por mudar minha personalidade. Não demonstrava a nenhum colega que eu era insegura ou qualquer coisa do tipo. No fim, me tornei a garota inteligente, que pode ajudar, se ganhar algo em troca com isso. 

Era fácil ao meu ver e indolor, tanto mentalmente como fisicamente.

Com o JaeBum, não fora diferente.

Eu estava com meus treze anos quando ele veio à primeira vez falar comigo, naquele tempo, sendo mais uma colega que parecia precisar de ajuda. Estava concentrada em um livro de história sobre a época da Era dos três reinos - acho incrível a forma como cada um se comportava e como eram tratados respectivamente.

Naquele dia, eu estava na biblioteca, sentada em uma das duas grandes mesas retangulares; porém toda separada igualmente com duas pequenas paredes finas que davam um espaço razoável entre elas, para cada aluno ter sua privacidade com o que quer que fosse, seja leitura ou trabalho.

Mais uma vez, como quase todo o tempo, eu me peguei viajando para um momento da história antiga do meu amado país. Estava tão distraída que levei um susto e me arrepiei até a espinha com as mãos dele tocando de forma bruta e repentina os meus ombros que, claro, se encolheram no instante seguinte.

Ele pediu desculpas pelo jeito que chegou e eu apenas dei de ombros. Nunca fui uma menina isolada, eu sempre tentei puxar assunto com todos e se alguém precisava da minha ajuda, eu fazia, mas nunca fui santinha. Como já citei, eu sempre queria algo em troca, afinal, sei que essas pessoas iriam apenas me usar e se afastar, porque não era muita gente que ficava perto de mim. Muitas me julgam até hoje dizendo que sou jogada com a minha “aparência” – obvio que é o meu peso. Então para não sair como a boba, eu sempre pedia algo, sequer ligando muito para o que ganharia na verdade.

Ele mordeu o lábio inferior e, meio hesitante, pediu para que eu o ajudasse com o inglês e com ciências, ou seja, queria algumas aulas particulares.

E então aumentei meu sorriso quando perguntei:

- O que vou ganhar com isso? – Inquiri enquanto o via sentando no assento do lado do meu, de lado, para me olhar.

- O que você quiser. – Ele parecia realmente de mão atadas, como se eu fosse sua ultima opção. Talvez fosse. Ele suspirou exasperadamente e desviou o olhar, fechando os olhos e tombando a cabeça para frente enquanto apoiava o cotovelo na mesa ao lado da minha. – Se eu não conseguir, eu não passo e minha mãe vai me tirar das aulas de b-boy. – Desabafou.

Eu acabei por rir baixo.

Quero deixar claro que eu não estava rindo da situação que ele estava, mas sim do bico involuntário que surgiu em seus lábios, o que o deixou bem infantil. Sua voz ainda estava passando pela transformação de menino para homem e era engraçado ver a combinação de ambas nele .

Assim que notou minha reação, ele mudou a expressão desoladora para uma de descontentamento.

- Y-yah! A situação é séria. – Ele protestou e eu tive que comprimi os lábios para segurar o riso que ainda queria sair.

- Certo, certo! Resolvo seu assunto e até terminamos você decide o que deve me dar, certo? – Ele arregalou os olhos.

- Você não vai me pedir nada? – Balancei a cabeça negativamente.

- Apenas me dê algo que acha que eu preciso e pronto! -Ele sorriu cerradamente, fazendo seus olhos virarem dois riquinhos perfeitos – um  lindo eyesmile.

- Obrigado! – Ele agradeceu de antemão, parecendo muito feliz com minha resposta positiva. - Cuide bem de mim! – Ele disse levantando, afastando um pouco e curvando noventa graus para frente.

Em seguida, nós combinamos os dias disponíveis e o horário para fazermos as aulas.

Pouco depois, eu o acompanhei com o olhar enquanto ele saia da biblioteca.

Nunca pedi um presente certo para nenhuma das pessoas que pediu minha ajuda. Sempre davam o que achavam que eu ia querer. Já cheguei a ganhar remédio que ajuda emagrecer de uma das garotas mais populares da escola daquela época, e não recusei. Alias, tentei usá-lo, mas não funcionou, como muitas outras coisas que tentei.

Confesso que fiquei muito curiosa sobre o que ganharia daquele garoto. Ele parecia estar tão desesperado que se eu pedisse para ele ser meu escravo, ele acataria meu desejo.

A idéia de imaginar um garoto como ele, pegando meu pé para colocar meus sapatos ou segurando o canudo do meu suco enquanto bebo, parece ser até divertido. Porém não tenho personalidade para isso. Nunca tive.  

Comecei a dar as aulas para ele em alguns dias da semana, depois do período escolar, na biblioteca mesmo, e acabávamos sempre pouco antes do por do sol, para ele ir para sua aula de dança de rua.

Conforme o tempo foi passando, eu notei uma diferença grande dele em relação a muitos com quem tive o mesmo tipo de “contrato”. Ele não escondia de ninguém que tinhas aulas extras comigo e até me defendia quando alguém me ofendia pelo peso.

JaeBum - ou JB como era apelidado pelos amigos da aula de B-boy- era bem divertido, mas quando estava comigo nas aulas de reforço, ele fazia tudo para se concentrar e ficava irritado quando não entendia algo de primeira, xingando a si próprio. Ele era muito impaciente.

Confesso que foi muito interessante e gostoso ensiná-lo, porque ele realmente queria aprender.

Realmente foi a primeira pessoa que surgiu e não pediu para eu fizesse seu trabalho. Ele só queria ajuda com algumas matérias. Dava para ver que ele realmente queria fazer tudo sozinho, mas teve que vir a mim ao ver que não teria outra solução. Foi isso que percebi depois de semanas lhe dando aula.

Quando ele veio me agradecer por tê-lo ajudado, mostrou suas notas nas duas matérias e me abraçou fortemente, me deixando totalmente sem graça, afinal, eu nunca tinha recebido um abraço um garoto antes.  Desde pequena, eu aprendi que toques assim só devemos ter com pessoas bem intimas: pais, irmãos, amigas mulheres ou com algum namorado.

Eu arregalei os olhos com aquela forma que fui agradecida, meus braços permaneceram jogados, no entanto, o meu coração foi aquecido. Não de amor, mas de me sentir bem por saber que fiz algo nobre e que a pessoa estava realmente feliz com o que fiz.

- Esse é meu presente de gratidão a você! – Ele afastou o rosto e me olhou parecendo profundamente agradecido.

Um abraço... um presente.

Naquela época, achei esquisito, até uma zombaria, mas depois, o conhecendo melhor, eu soube o quanto ele tinha um pensamento simplista e meigo. 

Depois disso, nos distanciamos, até chegar o segundo grau e nos encontrarmos mais uma vez, numa nova escola. Ele que se aproximou e começou a puxar assunto, como se fôssemos chegados, e eu me deixei levar por aquele sorriso e seu jeito diferente sobre a vida.

Nessa mesma escola, eu conheci minha até hoje melhor amiga, Yora. Uma menina muita legal, que suportou – e suporta -  todos os meus ataques diários sobre meu peso e a minha ânsia pelo corpo perfeito.

Com quinze anos, JaeBum já tinha uma voz mais grossa, levemente rouca; e feições, quase totalmente moldadas, masculina. No ensino médio, ele chamava ainda mais atenção das garotas e ele fora gentil com todas, sendo um perfeito cavaleiro. Apesar de ser conhecido por quase todo mundo da escola, ele apenas ficou com uma, na qual, namorou por alguns meses, a MiCha.

MiCha era uma menina magrinha, baixinha e divertida. Vivia tingindo as pontas do cabelo mediano de alguma cor diferente. Eles eram um casal bonito de se ver e eu fiquei feliz pelo meu amigo, mas ao chegar no segundo ano, eles terminaram, porque ela teve que ir embora do país. O pai dela havia conseguido uma promoção irresistível. Então ela iria terminar os estudos no exterior.

JaeBum ficou muito mal nessa época, e acabou tendo alguns problemas, no qual Yora e eu o ajudamos, porque se dependesse daquele ser que auto denominada melhor amigo dele, KangNum, ele teria afundando em drogas e bebidas. Conseguimos segura-lo a tempo.

Preste há fazer de dezesseis anos, ele veio a mim animado como há muito tempo não via e contou a noticia de ter passado pela quinta audição da empresa JYP. Ficamos muito felizes por isso, inclusive seus pais, que estavam até então com temor de onde seu filho poderia parar.

Estava feliz por ele. Finalmente, iria poder mostrar ao mundo suas habilidades e, claro, sua linda voz.

Desde que nossa amizade se fortaleceu, ele sempre cantava em todos os meus aniversario, musicas que tanto ele quando eu gostamos. E eu adorava escutar sua voz.

Pouco antes de debutar no JJ Project, com seus recém dezenove anos, ele apareceu no quarto da minha casa.

Levei um susto danado ao vê-lo entrando pela janela, afinal, isso nunca tinha acontecido antes. No momento eu estava até deitada, lendo meu livro favorito pela milésima vez, “O Diário de Anne Frank”.

Eu o olhei completamente surpresa, enquanto, ele fechava as cortinas. Em seguida, se virou para mim com aquele sorriso travesso nos lábios.

Ainda bem que eu estava apropriadamente vestida com um short jeans e uma blusa. Afinal, se eu tivesse de camisola, eu ia expulsa-lo a pontapés.

Como lembro disso? Bem... porque até aquele dia, tudo era tão normal.

Ele se aproximou da minha cama e sentou na beirada, próximo a mim.

- Não sabe mais o que é porta?! – Indaguei sarcasticamente, depois de vários segundos em silêncio, absorvendo que ele tinha escalado minha casa para chegar no meu quarto. – Você poderia se machucar, seu doido! – Preocupei-me, deixando meu livro sobre a escrivaninha que ficava ao lado para lhe dar a devida atenção.  Já não nos víamos fora da escola por causa da sua vida de trainee e eu sentia falta do meu amigo.

 Engatinhei até ficar rente a ele, olhei seu corpo minuciosamente antes de pegar e atenuar em suas mãos que tinham alguns pequenos ferimentos – dos treinos de dança - e em seguida fixei em seu rosto, que ainda pairava aquele mesmo sorriso.

“Babaca!”, pensei comigo.

- Sabe que tenho meus momentos de loucura.

- É, eu sei disso, mas você não deveria estar tendo isso agora tão perto do seu debut. – Ele riu baixo, como se aquilo, não fosse nada demais, e eu revirei os olhos.

- Não seja má comigo. – Ele pediu fazendo um aegyo perturbador e eu cai para trás, sobre os meus lençóis, em risos.  Diferente de antes, JaeBum se tornou uma pessoa muito paciente e sentia mais confiança em si mesmo, o que me fez orgulhar dele como uma irmã mais velha. Enquanto gargalhava, ele levou a mão até minha boca para me fazer parar com aquele escândalo de risada.  – Shh! Ninguém pode saber que estou aqui. 

Como sempre, comprimi os lábios para me recompor, sentei novamente ao seu lado, e respirei fundo.

- Mas ao que devo sua visita tão... hm...inesperada? – Ele fez careta e eu soltei um riso seco pelo nariz, tentado evitar de rir como antes.

- Eu estava pensando...

- Oh! Que raridade! – Ele revirou os olhos e cruzou os braços. Encostei a cabeça no seu ombro e relaxei meus músculos. Com um bom tempo de amizade, depois de tudo, tínhamos um pouco de mais intimidade, então já era normal trocarmos alguns toques, mesmo com a educação que haviam me dado, eu a ignorava com o JaeBum. Ele era meu melhor amigo, era como um irmão para mim. – Diga, JB.

 - Você me ajudou tanto nesses últimos anos e eu só te dei um presente. – Eu sequer tinha me ligado nisso. Sempre pedia algo em troca em qualquer caso que precisavam de mim, mas aquele menino ao meu lado tinha se tornado um grande amigo, então não passou pela minha cabeça isso. E, sinceramente, não me importava com isso.

- Para quê? Você é meu amigo, certo? Então... – Afastei a cabeça e pela primeira vez, eu olhei atentamente para os seu cabelo, recém pintado de loiro, com algumas partes da franja pintada de laranja. – Oh, você está bonito com esse novo cabelo. – Levei a mão ali e fiz um leve cafuné, sentindo a maciez do seu cabelo.

Poucos segundos depois, ele levou a mão até meu pulso e a afastou do seu cabelo.

- Mas sinto que devo te pagar pelo que fez por mim. – Eu dei um tapa de leve no seu ombro e ele soltou o pulso da minha outra. – Aish! Yah, por que isso?

- Paboo! Você é meu melhor amigo. Você ajudou a esquece aquele idiota do JongJun, me fez rir quando perdi a minha avó no segundo grau e sempre me incentivou a fazer o curso de musica na faculdade para ser uma compositora, então não pense nisso. – Ele novamente sorriu e assentiu parecendo entender que eu já me sentia recompensada.

- Mesmo assim... – Ele umedeceu os lábios, hesitou por alguns instantes, antes de por uma das pernas para cima, a dobrando e se virando para mim. – Eu quero te dar esse presente.

- E o que é? Vai dar o mesmo para a Yora? – Perguntei curiosamente, apoiando as mãos na cama e assim esticando minhas costas toda para trás. Ele balançou a cabeça negativamente, arregalando os olhos como se o que eu dissesse soasse estranho. – Você me deixou curiosa.

- Feche os olhos que eu vou te dar, está bem? – Ele pediu e eu apenas dei de ombro antes de acatar teu pedido.

Por alguns segundos, eu não escutei nenhum movimento. Com meus pés empoleirados, eu comecei a movimentá-los nervosamente.

- Jae? – Chamei por ele, ansiosa.

- Estou aqui, só me dê mais um segundo, por favor.  – Senti um pequeno movimento antes de sentir lábios colados aos meus.

Fiquei em choque.

Eu nunca havia beijado antes e não esperava mais ser beijada antes de cursar a faculdade, mas lá estava eu, sentindo os pequenos e grossos lábios sobre os meus. Antes que eu pudesse me afastar, senti uma mão na minha nuca e seus lábios sugando os meus, como se insistisse para que eu cedesse.

Engoli seco, surpresa com aquilo tudo, mas acabei por suprir o desejo do outro e separei meus lábios deixando que sua língua fosse de encontro a minha e trocassem caricias timidamente. Logo senti sua mão deslizar por um dos meus braços, me pegando pelo pulso dessa e posteriormente guiando até seu rosto, um pouco abaixo da sua orelha.

E eu? Acabei correspondendo com intensidade.

Meu coração começou a bater mais rápido enquanto eu inalava o perfume de costume que ele sempre usava. Não gosto de perfume, - são ruins - mas o dele, desde aquele momento, pareceu tão bom e até excitante de inebriar.

O beijo durou alguns minutos, bem lento, molhado – meio babado, sabe?- e sincronizado. Ele não se afastou sem antes me dar um selinho rápido.

Eu finalmente abri os olhos, encontrando com aqueles risquinhos que são os olhos dele e... e aquele sorriso de satisfação em seus lábios.

- JaeBum... o que... – Comecei a falar, mas nada saia certo, então me calei, ainda confusa com seu ato e com a minha forma de agir perante aquilo.

- Esse é meu segundo presente de gratidão. – Eu arregalei os olhos, estática.

Por meros segundos, eu quis ignorar aquilo, mas depois de pensar por mais alguns instantes, eu fiquei com raiva. Como ele pode fazer algo do tipo comigo? Aquilo foi meu primeiro beijo. Não podia ser com qualquer um. JaeBum não era qualquer um, mas era apenas um amigo, não era alguém que eu gostava.

“Gratidão... beijo de gratidão...”

Eu peguei a primeira coisa que vi pela frente e taquei nele, que desviou por pouco, parecendo estar surpreso com minha reação.

Não sou tão digna de pena para ele me beijar por sua gratidão.

- Você é maluco? COMO PODE FAZER ISSO? – Levantei em um pulo, começando a esbravejar todo meu descontentamento com a atitude dele.

- E-eu...

- Acha que só porque vai debutar pode fazer isso que vai passar em branco? V-você não deveria ter feito isso! – E então andei até um lado da cama e comecei a pegar e tacar meus bichinhos de pelúcia nele.

- JiEun! – Ele me chamou e eu apenas taquei o travesseiro nele que foi a única que ainda estava em meu alcance, depois de jogar todos os bichinhos que estavam na cama - e que agora se encontravam no chão.

Ele colocou as mãos na frente, mas acabou sendo acertado.

- Eu posso ser gorda, mas não preciso da sua gratidão. V-vai embora!

- Acho que entende...

- VAI EMBORA! – Pedi mais uma vez, perdendo a paciência.

- Eu não sei quando vou poder te ver de novo, então...

- FODA-SE! – Disse no alto da minha irritação.

Eu jamais ousei falar palavrão até então. Sempre fui à menina certinha e, pela primeira, eu usei. Tampei minha boca segundos depois me sentindo culpada e o vi me olhar completamente assustado.

Pouco depois, sua feição se fechou e ele apenas voltou até a janela, abriu as cortinas e saiu por ali iniciando sua escalada para descer.

Cai sentada no chão, ao lado da cama e comecei a chorar de raiva, frustração, enquanto um sentimento desconhecido, um tanto quanto diferente, surgiu em mim em relação a ele.

Demorou um pouco, mas voltamos a ser amigos depois daquele episódio constrangedor, diferente e revelador. Revelador, porque descobri que gostava dele.

Por quê não disse nada? Simples, eu sei qual é meu lugar, e o meu lugar era no posto de amiga, melhor amiga. Eu sempre vi aquele beijo como algo que fora dado por pena, presente de gratidão para tirar a virgindade da minha boca antes de entrar na amedrontadora vida de universitária.

E claro que não foi fácil voltar a ter aquela amizade, mas ele fez de tudo para isso, é sério. Ele até comprou um ENORME ursinho para mim e prometeu não fazer mais aquilo.

Ele começou a fazer sucesso pelo seu talento e por causa da empresa que estava lhe proporcionando a mostrar isso. No entanto, conforme foi passando, eu mal o via mais devido sua agenda.

Mesmo assim, de vez em quando nos encontrávamos na faculdade. Eu estudava junto com ele, porém com grades diferentes.

Pouco antes dele finalmente debutar em um grupo chamado Got7, sendo o líder até, eu comecei a morar sozinha, me tornando quase que completamente independente. Claro que inicio de carreira de compositor não é fácil e por isso meus pais me ajudavam com o aluguel enquanto eu trabalhava de meio período em uma cafeteria.

Yora morava no apartamento do lado e de vez em quando JaeBum abusava da minha hospitalidade.

Quem o vê no GOT7, acha que ele é fofo e simpático. Mas não sabem o quanto aquele menino é abusado e safado.

Depois do termino com a MiCha e aquele nosso beijo, ele mudou muito seus pensamentos em relação as garotas.

Eu não entendi quando ele me pediu para dar o outro quarto que tinha para ele usar quando precisasse encontrar com algumas garotas.

É isso ai mesmo que está pensando: tcheco-tcheco, no buraco do amendoim, botando o piu-Piu na... enfim, sexo.

Ele sempre vinha quando eu não estava e saia quase sempre na hora que eu chegava. Sempre sozinho.  Nunca questionei os motivos de fazer logo ali, contanto que eu não visse, porém, só de imaginar, me deixava sem graça – com ciúmes.

Além disso, por eu emprestar o quarto vago, ele me dava um dinheirinho que me ajudava com as contas no fim do mês.

Apesar de ter cultivado sentimentos por ele, eu tentei afastá-los para conhecer alguém que queria ficar comigo.

E, por incrível que pareça, eu conheci!

No meu segundo período, um garoto muito legal se aproximou de mim. Não para pedir ajuda em algum trabalho ou qualquer coisa do tipo, ele simplesmente foi simpático que nem a Yora foi comigo no começo. YoungJae era bem divertido, tímido, porém comigo ele tentava agir diferente, como um homem mesmo.

Apesar dos meus sentimentos pelo JaeBum, eu sabia que YoungJae seria a melhor chance de esquecer a pessoa que eu não é para meu bico.

 - Ele nem sabe dos seus sentimentos, sua boba! – Yora protestou enquanto estávamos comendo altas besteiras e assistindo nosso filme favorito: “Forrest Gump - O Contador de Histórias”. Um filme muito interessante onde Tom Hanks interpreta um personagem de grande genialidade, ao mesmo tempo em que é inocente. O filme mostra a vida de um rapaz persistente com o que quer e eu sou totalmente oposta na parte da vida amorosa. 

- E dai? Eu não tenho chances. – Retruquei dando de ombros e deitando no sofá, pondo os pés sobre as coxas da minha amiga.

- Folgada! – Fez careta e então me olhou dando um leve tapa na minha perna. - Ele te beijou naquela época!

É, sempre retomávamos a esse assunto.

- Um beijo de gratidão... e nem me fale disso, que foi isso que fez tudo vir a tona. – Bufei extremamente irritada. Então respirei profundamente, contei até dez mentalmente e fechei os olhos por alguns instantes. – A verdade é que se ele gostasse de mim não traria aquelas garotas para cá e diria naquela época que me amava, simples assim.

- E daí?! Ele deve achar que você não gosta dele e provavelmente faz isso por puro desespero.

- Desespero? Para quê? – Indaguei incrédula com a intenção dela.

- Para chamar sua atenção?! – Eu estalei a língua no céu da boca e ri baixo.

- JaeBum é um garoto famoso,  de uma banda  que mal começou, mas já trilha um caminho ao sucesso. Ele é bonito e aquele sorriso dele, enfim. Tudo nele só me deixa ainda mais pequena, entende? Ele é perfeito demais. Jamais me olharia assim. – Confesso meus pensamentos, mesmo sabendo que ele é humano e, assim como eu, tem mil e um defeito, mas meu coração sempre insistiu em pensar que ele é impecável diante de mim.

- Nunca pensei que ouviria você falando assim dele. Tudo bem que já gosta dele há quase dois anos, mas você nunca foi fofa demais.

- Eu sei. – Digo baixinho, entre dentes.

 - Quer ir a fundo com o YoungJae, vai em frente, mas acho que só conseguirá ir se confessar o que senti ao JaeBum.

- Talvez tenha razão, mas não tenho coragem. Seria... como correr uma corrida que você sabe que não tem saúde física para isso. Então vou apenas deixar que passe sozinho. – Explico meu pensamento enquanto ponho meus braços para trás da minha cabeça, passando a fitar o teto distraidamente.

- Não vou falar mais nada. – Falou por fim, se rendendo, mas eu sabia que ela não ia desistir daquele assunto. Cedo ou tarde, ela retornaria a abordar esse tema.

Depois de mais alguns meses, eu comecei a namorar o YoungJae. Ele foi fofo comigo o tempo todo e me tratava de uma maneira tão educada, gentil. Queria muito gostar dele por completo.

“Será que consigo?”, me peguei pensando pela milésima vez, enquanto estava ao lado do YoungJae.

“Será que é para ser assim?”


Notas Finais


Gente, eu já peço desculpas por QUALQUER ERRO ORTOGRÁFICO. Eu corrigi essa história um MILHÃO DE VEZES, mas sempre fica algum errinho para trás, então... IGNOREM. Por favor ! :')
Se quiser comentar, fique à vontade. Aceito criticas ou qualquer coia do tipo. <3
Postarei o próximo capítulo na próxima semana.
Chu ~


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