História Complicated. - E se eu realmente gostar dela...?

                        POV Luke

            Depois de passarmos quase uma hora tendo aulas com a minha mãe ela finalmente se cansou e saiu dizendo que nós não tínhamos jeito, e que ela não cuidaria de bebê nenhum. Então finalmente tivemos tempo para conversar sobre o que realmente queríamos.

            — Eu não tinha certeza mas sabia que estava rolando alguma coisa entre nós, conversávamos de vez em quando, quando não havia ninguém por perto e, ai é muito difícil explicar,  — Laura explicava, e eu só conseguia pensar que ela deveria ter me contado isso. — Enfim ontem Eu, Amy e Dylan fomos comprar as roupas para a festa e depois ele me levou para casa, e eu não sei mas eu não queria ir embora, não queria sair do carro... Dai a gente se beijou.

            — E fim? — Eu perguntei.

            — É, basicamente.

            — Você não disse que ele te pediu em namoro? — Alex perguntou justamente o que eu estava pensando.

            — E desde quando precisa pedir? Eu sei que estamos namorando e ponto.

            Eu queria ser tão simples quanto a Laura. Então Amy estaria naquela festa?

            — A festa vai ser amanhã a noite já compraram as roupas?

            — Como sabe que nós vamos?  — perguntei.

            — Eu sei, desde quando sr. William e sr. James faltam a uma festa?

            — É... — eu tinha que concordar, eu adorava festas, nunca sabemos o que vai acontecer, brigas, traições, e tudo. E também tinham as meninas, mas duvido que em 1864 fosse como hoje em dia.  — Você veio aqui apenas para nos contar isso?

            — Se tivesse não seria problema já que você não atende essa porcaria. Mas acho que vou dormir aqui, minha mãe vai fazer bolo de carne hoje.

            A mãe da Laura era definitivamente péssima em fazer bolo de carne, digo por experiência própria.

            — E o que te faz pensar que você pode simplesmente vir dormir aqui quando quiser?  

            — Ô TIA HELENA POSSO DORMIR AQUII?

            — CLARO QUERIDA.

            Laura me olhou com cara de abusada, okay.

            — Ontem você não queria nem jantar aqui, e agora você vai vim dormir?

            — Ahn... as pessoas mudam querido.

            Mas não do dia pra noite... Bom na verdade sim, mas isso era muito estranho.

            — Eu acho melhor eu ir, estou desde ontem impedindo que o Luke mate alguém. — Alex falou.

            — Uuh, você já falou com a sua mãe?

            — Merda! 

            Já estávamos no meu quarto nos preparando para dormir, e então me lembrei de uma coisa.

            — Laura... 

            — O que?  — ela disse se virando para mim, quer dizer eu acho, o quarto estava tão escuro que eu não via nada.

            — Por que eu não posso estar “afim” da Amy? — por algum motivo me senti muito idiota em perguntar isso.

            — Ahn... Luke você sabe como você é, eu te amo mas... Você só realmente gostou de uma garota e sabe que isso acabou mal, e depois toda garota que eu penso: essa vai. Você faz elas se apaixonarem por você e depois simplesmente a ignora, você as machuca Luke. E eu gosto da Amy.

            Eu faço isso? Nunca parei para pensar nas meninas com quem eu eventualmente saia, e sei que nunca gostei de nenhuma delas, eram mais um passa tempo, mas se elas gostavam de mim? Eu nunca me perguntei.

            — E se eu realmente gostar dela...?  — cochichei quase que para mim mesmo, não que tivesse feito diferença porque Laura já estava dormindo. As pessoas tem que parar de dormir e me deixar falando sozinho!

            Acordei no meio da madrugada, minha boca estava seca olhei para minha cama e percebi que não havia Laura ali – sim ela estava dormindo na minha cama porque simplesmente se recusou a sair quando eu gentilmente pedi – E também não havia camisinha alguma, era tão absurda a idéia de eu e Laura juntos? Mais absurda que eu e Alex? Segundo minha mãe, sim.

            Desci para beber agua e achar Laura mas só fiz uma das coisas            , quando estava terminando de descer a escada vi ela e meu pai na cozinha, isso era muito estranho, então me sentei para que não me vissem e fiquei observando, eles pareciam estar discutindo mas eu não conseguia ouvir nada. Até que John parecendo muito irritado a agarrou pelos pulsos, tive que me segurar muito para não ir até la e socar a cara dele outra vez, mas logo Laura se livrou dele o chutando onde nenhum homem gostaria de ser chutado (não que algum homem goste de ser chutado em lugar algum, na verdade devem ter, mas não nesse lugar), e veio andando em minha direção, que subi apressadamente as escadas tentando não faze-las ranger, e me joguei na cama fingindo estar dormindo, mereço um Oscar pela minha ótima atuação pois ela pareceu nem notar, no fim fiquei com uma duvida, sede e nenhum pingo de sono.

            Quando finalmente peguei no sono devia ser muito tarde pois acordei uma hora da tarde, desci e todos estavam almoçando inclusive Laura, hoje era sábado então não precisávamos nos preocupar com escola, mas isso não quer dizer que eu estivesse livre de problemas.

             A festa seria hoje a noite, e eu estava com cada vez menos vontade de ir.

                        POV Amy.

            Quando recebi a noticia de que me mudaria para Londres não imaginei que depois de quase dois meses eu estaria: 1) Gostando de um idiota, 2) Morando com um doido, 3)... Minha vida não estava tão ruim assim.

            E também não imaginei que acordaria com um cheiro de fumaça se espalhando pelo apartamento. Fui até a cozinha e Dylan tinha queimado uma panela, não, ele não tinha apenas queimado um pouquinho o fundo, a panela estava em chamas.

            — DYLAN!! AGUA!

            — TO TENTANDOO!! —ele pegou a mangueirinha que ficava ao lado da torneira da pia, e começou a encharcar a panela, o fogão e o chão da cozinha, fazendo com que a fumaça subisse ainda mais ativando os sensores que começaram a apitar loucamente.

            Tive que ligar para o sindico do prédio e avisar que ele não precisaria chamar os bombeiros e que estávamos bem, se é que ele ligava.

            A festa seria hoje a noite e eu, não sabia nem o motivo de estar indo. Mas por alguma razão estava ansiosa. Ansiosa pra que Amy? Segurar vela a noite toda?

                         Flashback:

            Eu estava sentada no sofá assistindo um filme muito bom, quando Dylan entrou esbanjando alegria pela sala.

             — O que aconteceu?!

            — Adivinha.

            — Adivinha nada que eu não sou oraculo, fala logo!!

            — Eu e Laura estamos namorando!

            — O que? Como assim? O que aconteceu?

            — Já estava rolando alguma coisa a algumas semanas, então agora quando fui leva-la para casa, eu não queria que ela se fosse... ai a gente se beijou.

            — E...

            — Nada foi só isso...

            — Como assim? Então você não pediu ela em namoro? Como sabem que estão namorando?

            — Eu sei, estamos, fim.

            Queria que minha vida fosse tão fácil quanto a do Dylan.

            Fim do flashback.

            Eu tinha acabado de me arrumar, coloquei o meu vestido que, tenho que admitir realmente combinou com o meu cabelo, fiz um penteado e coloquei um all star azul escuro, eu sei, eu sei não existia all star em 1864, e eles nãos combinavam com o vestido, maas o vestido era tão longo que não daria para notar e eu me recuso a usar um salto. Usei até aquela droga de espartilho mas meu all star fica.

            Dylan só teve que colocar o terno, os sapatos e arrumar o cabelo. As vezes eu realmente gostaria de ser um menino. Dylan me levaria e Laura  iria com Luke.

            — Vamos? — disse dando um ultimo retoque na maquiagem.

            — Claro. — Dylan disse tentando ajeitar a gravata. — Você pode me ajudar com isso?  — ele perguntou se referindo a gravata.

            Pensei nos filmes, se isso fosse uma cena romântica com certeza a mocinha ajudaria o mocinho a colocar a gravata enquanto ela fala algo inspirador e ela a olha com amor, mas como não é eu apenas falei:

            — E você acha que eu sei fazer isso?

            — Aah, foda-se. — ele disse deixando pendurado de lado no pescoço. Dylan ficava engraçado de suspensórios. — vamos.

            Então nós fomos.

            O estacionamento estava lotado. Quando chegamos tinha um segurança (já que a festa era apenas para alunos da escola) mostramos nossos convites e ele nos deixou entrar, a festa ficava no salão de festas da escola (sim nossa escola tinha um salão gigante, apenas para festas).

            Laura já havia chegado então fomos ao seu encontro. Ela sorriu ao nos ver.

            — Laura. Posso perguntar uma coisa. — Dylan disse assim que a encontramos.

            — Sim, mas eu também queria perguntar uma.

            — okay, então no três. 1,2,3.

            — A gente esta namorando?  — Eles perguntaram em uníssono.

            — Sim! — os dois responderam ainda em uníssono. Isso foi muito assustador.

            — Ainda bem, Alex e Luke me perguntaram como eu sabia, eu sei la, eu sabia e pronto. — Ela disse arrumando a gravata de Dylan.

            Meu Deus Laura era Dylan menina. E vice e versa. Seria fofo, se não fosse extremamente assustador. Então eles foram beber alguma coisa e me deixaram la. Vamos, eles disseram. Vai ser legal, eles disseram.

            As pessoas não paravam de olhar pra mim, sera que eu to brilhando por acaso? Parecia como na vez em que aquele jornal disse que eu e Luke estávamos namorando.

            — Boa noite srta...

            — Collins. — falei me virando e dando de cara com olhos azuis de você sabe quem.

            — Como vai a noite?

            — Muito boa, mas as pessoas não param de me olhar...

            — Eles gostam de olhar o que é belo  — ele disse dando um sorrisinho de lado, ele estava dizendo que eu era bonita ou foi só minha impressão? — Como eu por exemplo, vivem me olhando.

            — As pessoas atualmente tem muito mal gosto. — falei apenas para provoca-lo.

            Mas ele não pareceu se abalar, sorriu ainda mais, parecia estar de bom humor.

            — Srta. Collins me concede essa dança, seria rude não aceitar...  — O que? Ele estava me chamando pra dançar? Eu vou dizer não, tenho que dizer não.

            — Sim... sr...

            — William.

            Jurava que seu nome era Luke Christoph.

            Eu o acompanhei até o meio do salão onde a musica havia acabado de terminar.