História Complicated. - Café...

03/10/16

Hoje.

POV Amy

Quem não ama segunda-feira? Saber que a semana esta só começando e que você vai passar o resto dela numa coisa chamada escola, onde você aprende coisas que provavelmente nunca vai usar?  Energizante.

Sabe o que é ainda mais energizante? Você comprar um jornal cujo a matéria é:

Brincadeira ou Briga de casal:

“ Nesta sexta-feira dia 30 de setembro, nosso casal preferido Amy e Luke armaram uma confusão nos refeitórios da Gallifrey high school, ao começarem uma guerra de comida, que ocasionou a suspensão das aulas pelo resto do período, a questão é foi apenas uma brincadeira ou uma Briga de casal?”

Em baixo havia uma foto do momento da “guerra” onde o foco era eu e o idiota, seguida por mais detalhes do incidente.

Estavamos sentados na mesa do refeitório, Laura, nerd e eu, juntamente com as meninas que Laura insistia em chamar de patricinhas de Beverly Hills, meninas malvadas e etc. Não sei porque Laura não gostava delas já que eram tão parecidas. Desde que aquela matéria saiu elas me seguiam pra todo os lados.

            Jenna uma das quatro, loira, falava sobre a festa de Hallowen que teríamos esse mês e sobre segundo ela o “Gato” que a levaria. Era engraçado vê-la falar, o jeito como...

            — Me encontre na biblioteca depois da aula, “amor”.

            Uma voz cochichou em meu ouvido me fazendo arrepiar, e possivelmente dando um tom rosado as minhas bochechas. Me virei pra ver quem era, moletom + calça jeans preta + tênis = Idiota.

            Voltei me para mesa onde as meninas me olhavam boquiabertas e Jean mexia no celular, antissocial.

            — O que ele falou? — Brianna uma das meninas perguntou.

            — É, nada de mais... — Definitivamente não via necessidade em contar para as fãs histéricas de Luke aonde ele ia depois da aula.

            Laura me olhou curiosa, já as outras meninas pareciam desanimadas. E jean mexia no celular sem nem se quer prestar atenção na conversa.

            O sinal tocou, hoje não estava tão irritada com ele.

            O professor falava sobre um texto de filosofia e eu tentava prestar atenção mas não conseguia deixar de pensar sobre meu mais novo compromisso depois da aula, e o que o idiota queria. Fui interrompida por Amber que me cutucou com a ponta de seus lápis

            — Oi...  — Falei.

            — Ahn oi — Ela respondeu — Agora de verdade o que foi que o Luke te disse? Sabe só por curiosidade, sou muito curiosa.

            — Ele pediu pra encontrar ele depois da aula...  — Que mal teria contar pra ela sobre isso? Ela parecia a menos pior das meninas.

            — Onde?

            — Na biblioteca.

            — Hmm, pra que?

            — Não sei... — De fato muito curiosa...

            Não aconteceu muita coisa no resto do dia, no intervalo fomos aquela lanchonete que fazia fritas maravilhosas e por sorte as bad girls não nos seguiram “acho que aquelas magrelas não comem” foi o que Laura falou.

            O último sinal do dia bateu anunciando a nossa breve liberdade. Enquanto todos saiam fui em direção a biblioteca, meu coração se acelerou diante da ansiedade, o que ele queria?

            Abri a porta e la estava o idiota, deitado nas cadeiras do lado de uma mesa comprida e retangular de madeira, com fones de ouvidos e olhos fechados.

            Me aproximei e abaixei minha cabeça ficando cara a cara com ele, deixando meus cabelos penderem quase encostando em seu rosto.

            — Você parece um idiota aí “querido”.  — Soprei as palavras.

            — Eu não sou o homem aranha então se quiser um beijo vai ter que ser do jeito normal.  — Ele disse abrindo os olhos e sorrindo.

            Eu reparei em seu sorriso, era de fato um sorriso muito bonito.          — O que foi?   — Perguntei erguendo a cabeça e me sentando em uma das cadeiras do outro lado da mesa.

            — Trabalho, “querida”.

            Ah é, aquela droga de trabalho interminável.

            — Se isso aqui fosse o Csi estaríamos bebendo café  expresso.  — Ele disse.

            — Eca! — Eu institivamente falei.

            Ele me fitou.

            — Eca?

            — Café é horrível.  — Nunca gostei do café em si mas adorava seu cheiro.

            — Café é a melhor coisa do planeta.

            — De que planeta você esta falando?

Ele estava prestes a responder quando a porta da biblioteca se abriu revelando Amber.

            — Ahn oi vocês estão aqui?  — Ela sabia que estávamos aqui.

            — Oi Amber.  — Luke falou.

            — Oi Luke.  — Ela falou toda alegre, se sentando ao seu lado.

            E de repente eu não existia mais.

            — Então Amber... O que você acha de café  — Ele falou olhando pra mim e logo depois desviando o olhar para ela.

            — Café?

            Ele estava me provocando?

            — O Luke acha “a melhor coisa do planeta”  — Falei revirando os olhos  — Mas é horrível!

            — Eu amo café.  — Ela disse na mesma hora. Olhei pros dois com os olhos semicerrados.

            — Vocês precisam se tratar!

            ...

            Evoluímos bastante no trabalho estávamos finalmente acabando, Amber ficou la o tempo todo fazendo sei la o que, bom na verdade sei, ela não parava de olhar para o Luke e quando ele olhava pra ela a mesma devolvia com um sorriso, ficava arrumando o cabelo dele o tempo todo....

            Ache o que você quiser... Na verdade ela estava CLARAMENTE dando em cima dele, não que eu tenha me importado... Quer dizer eu não tenho nada a ver com isso, mas: totalmente desnecessário.

 Cheguei no meu apartamento e ele estava muito silencioso, faltava alguma coisa ou melhor alguém, não gosto de morar sozinha meu sonho sempre foi morar com amigos, mas duvido que Laura e Jean pudessem.

            Meu celular avisou, olhei para ver, meu deus já são seis horas da noite! Tinha chego algumas mensagens do Dylan, o que me deixou animada:

            “ A gente devia sair”

            “ Nossa, devíamos de verdade”

            “ O que você vai fazer hoje?”

            “ O que você vai fazer agora?”

            “ Vamos sair agora se arruma”

            Isso tudo num intervalo de 2 minutos. O Dylan é incrível, parece que ele sabe o momento exato de me animar. A ultima mensagem tinha sido mandada a dez minutos o que significava que daqui a pouco ele estaria chegando, quer dizer eu acho não sei onde ele mora, ainda.

            Coloquei uma roupa qualquer, e quando terminei já tinha chego uma mensagem do Dylan avisando que estava la em baixo.

            Desci e automaticamente olhei para o balcão mas claro Dylan não estava la. Quando um par de mãos tampou minha visão, não eu não fui sequestrada. Aquele perfume eu sabia exatamente de quem era.

            — Dylan!

            — Não.

            — Dylan eu sei que é você.

            — Ta — Ele disse desprendedo as mãos de meus olhos, me virei e a primeira coisa que notei é que ele estava com roupa! Não que a maioria do tempo não estivesse, mas era estranho ver ele sem o uniforme habitual.

            — A gente vai aonde??!  — Ele perguntou.

            — Mas foi você quem me chamou...

            — Certo... Então qualquer lugar ta bom.

            —  Ta.  — Qualquer lugar era melhor que nenhum né? Isso fez sentido?

            Fomos até seu carro.

            — Eu não acredito que até você tem um carro e eu não!

            — Então que tal irmos no cinema? — Ele disse já dentro do carro.

            — Pode ser.

...

            Não tinha nenhum filme aparentemente bom em cartaz escolhemos qualquer um e ficamos tacando pipoca na cabeça das pessoas de baixo.

            — E ai como vai seu namorado? — Ele me perguntou.

            — Meu o que?

            —  Você sabe, o menino que você fingi não gostar.

            — Ah ele vai bem “mamãe”.

            — Como ele é?

            — Bonito.

            — Só?

            — Ele é um bobo, loiro de olhos azuis, as vezes idiota as vezes não, que ama café, adora jeans preto e tem varias meninas dando em cima, e dentes perfeitamente brancos.

            — MEU DEUS! — Dylan praticamente gritou dentro do cinema, o que fez algumas pessoas olharem para nós e fazerem shhhh.  — Você realmente gosta dele.

            — Não!

            — Gosta sim!

            — Que infantil.

            — Eu nunca disse que não era!

...

            Quando saímos do cinema já eram oito horas, Dylan me deixou no meu prédio.

            — Tenho que ir agora meu turno começa em duas horas.

            — Aah...  — Eu realmente não queria que ele fosse.

            — Você não sabe a sorte que tem de poder morar aqui, minha mãe nunca deixaria me mudar para outro país...

            — Vem morar comigo.  — Eu sei, foi totalmente repentino e impulsivo mas era perfeito!

            — Você é doida!

            — Não, é perfeito, você esta querendo se mudar e eu não aguento mais morar sozinha.

            — Você ta falando sério? Você só me conhece a uma semana! Eu posso ser um psicopata, um assassino, um pervertido louco, ou, ou...

            — Um idiota cabeça oca que acha que a Hello Kit é prima da pucca!

            Por um momento ele apenas me olhou podia ver o brilho em seus olhos, e então me abraçou, não um daqueles abraços por obrigação ou que você se vê quase que obrigado a parar mas um daqueles em que se aproveita de verdade.

            — Agora só falta convencer minha mãe de que você não é uma traficante.