História Compos Mentis - Esemplasy

– Como se sente sabendo que será depois de amanhã?

– Não estou preocupado. O que tiver que acontecer, vai acontecer. Se uma coisa eu estou certo, é de que o futuro é absoluto.

– Mas você pode mudar algo se quiser, não é? – Sungjong perguntou ao seu irmão. Eles estavam no jardim, um do lado do outro observando ao nada.

Myungsoo fitou seu irmão que parecia um tanto hesitante e inseguro.

– Eu não vou mudar nada. Não está no meu direito mudar o curso das coisas.

– Mesmo se eu ou Sungyeol morrer?

Depois de um curto silêncio, Myungsoo respondeu:

– Nada acontecerá a vocês, por isso não precisarei alterar passado nenhum. Se isso o que te preocupa, apenas esqueça sobre isso. 

Sungjong não disse mais nada.

Enquanto isso na sala de estar, Sungyeol e Dongwoo jogavam vídeo game animadamente, enquanto Hoya os assistia com um sorriso discreto.

Já Sunggyu e Woohyun se encontravam no quarto que compartilhavam.

Estava tudo pronto.

Pela primeira vez, Sunggyu tentaria usar sua habilidade mesmo com a pulseira.

Aparentemente já fazia alguns anos que ela estava sendo projetada e desenvolvida. De alguma forma, graças aos detalhes que Dr. Kim anotou no caderno sobre a pulseira, Sunggyu conseguiu achar um jeito de anulá-la.

– Está pronto? – Woohyun o chamou.

Sunggyu assentiu e respirou fundo.

Fechou os olhos e tentou derrubar a barreira do pensamento e quando abriu os olhos, ouviu os pensamentos preocupados do seu namorado.

Alguns minutos se passaram e ele percebeu que nada tinha acontecido. Sorrindo, pulou nos braços de Woohyun e o abraçou apertado.

Eu consegui. – Transmitiu pela sua mente para a dele. – Eu consegui, Woohyun-ah. Estamos a mais um passo de ficar livres.

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No outro dia, Sunggyu foi chamado novamente para seu treino diário. Antes do treino, primeiro passou por alguns testes de rotina, onde examinaram-no dos pés a cabeça.

Mas tinha uma coisa estranha.

Enquanto antigamente costumava ter cerca de cinco a seis médicos e enfermeiros nesses tipos de exames, agora apenas tinha três pessoas. Discretamente, tentou ouvir os pensamentos deles e ouviu indícios de preocupação e medo.

Estão sumindo com os funcionários. Será que Jungyeop está se livrando deles? Bem... o dia D se aproxima...

Tentou não pensar muito sobre isso pelo resto do dia e focou no que devia falar pela noite.

Quando já estava de volta à mansão e teve certeza de que todos os meninos estavam na casa também, deitou em sua cama, fechou os olhos e se concentrou. Seria a primeira vez que se comunicaria mentalmente a vários metros de distância, com as pessoa em questão não estando em seu campo de visão. Ele teria que fazer isso para que aqueles que estivessem os vigiando, não desconfiassem de nada. 

“Pessoal, atenção! Primeiro, não entrem em pânico e ajam naturalmente. Sou eu, Sunggyu e estou na mente de vocês. Continuem o que estão fazendo e apenas me escutem.”

“Essas são as instruções do meu plano de fuga. Como já é de conhecimento geral, amanhã seremos locomovidos até o evento especial que estará o presidente, vários canais de mídia e é onde Jungyeop pretende proclamar o país ou qualquer loucura que ele vai fazer.”

“Porém, a caminho deste local, é quando faremos nossa fuga. Pelo que sei, seremos separados em duas vans então tudo o que precisamos é apagar os guardas usando nossos poderes o que não deve ser difícil de acontecer. Depois pegaremos as vans e voltaremos até a entrada do centro. Então, alguém virá aqui nos ajudar. Estejam preparados e boa sorte.”

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Deitado em sua cama, Sunggyu pensava profundamente tudo. Já tinha instruído os meninos sobre o plano e sobre como bloquear que as pulseiras de funcionarem na hora certa.

A porta do seu quarto abriu e dela entrou Woohyun, que acendeu a luz e encontrou o mais velho olhando para o teto, pensativo. Tirando a camiseta, o menor logo se deitou ao lado de Sunggyu e abraçou sua cintura.

– O que está pensando tanto? O que te preocupa? – Sussurrou ao pé do ouvido do outro. Sunggyu não respondeu nada.

– Hyung, o que foi? Me diz alguma coisa.

– Eu só estava pensando sobre amanhã e principalmente, sobre tudo que passamos.

– Hyung... não pense mais nessas coisas inúteis como o passado. A partir de amanhã, seremos livres.

Sunggyu se virou para o menor.

– Mas você nunca parou para pensar como conseguimos sobreviver tudo isso? Como não enlouquecemos ou... ou não fomos mortos? Quer dizer, eu... vivi esses anos todos como se tivesse assistindo minha vida passar pelos meus olhos... como se ela não fosse minha. Sabe... teve até uma época que eu pensei em desistir de tudo.

– Para mim também. Eu já quis morrer muitas vezes. Eu vivia pensando no dia que eu sairia daqui. Mas isso foi antes desses poderes surgirem... então depois.. eu só quis vingança. Essas pessoas roubaram nossa vida Hyung. Não é a toa que você se sinta desse jeito.

Sunggyu fitou Woohyun. A imagem do mais novo sério era um pouco raro de se ver e ainda mais quando ele se abria assim.

– Quando você foi embora daquela vez, eu realmente pensei que você tinha morrido. E depois quando voltou, você veio completamente diferente. Então foi isso que aconteceu...

– Você já sabe que o motivo de eu nunca ter desistido, certo? – Woohyun segurou sua mão e apertou. – Mesmo quando eu pensava que não tinha ninguém, eu sabia que você estaria bem. Essa era minha força.

– Yah... para com isso – O garoto de olhos pequenos disse, franzindo o cenho. – Sabe que me sinto culpado por sempre ter te tratado mal.

– Mas é a verdade e eu não me importo com aquilo. Era seu jeito e eu gostava dele mesmo assim. Apesar de que gosto mais de agora, com você por perto... – Woohyun se aninhou no abraço de Sunggyu.

– Como você soube que eu estaria bem... quando você estava longe? Aliás, porque você voltou às celas naquela época sendo que já tinha adquiro seus poderes?

– Dr. Kim sempre me contava notícias sobre você para me estimular. Porque eu voltei? Dr. Kim morreu e Park Junghee apareceu. Isso explica tudo, certo? Mas bem... pelo menos por isso eu sou agradecido à ela.

– Falar em Dr. Kim... você acha que ele sabia esse tempo sobre esse plano maluco do Jungyeop? Eu ainda não quero acreditar, se não porque motivo ele teria sido tão bom conosco? Ele sempre falava nessa baboseira de “mudar o mundo para melhor e etc” – Woohyun perguntou.

– Não. Depois de ler o caderno dele, tenho certeza de que não. Aliás, essa foi à causa de sua morte. No começo do projeto, Jungyeop lhe influenciou, passando a ideia de que seriamos algum tipo de heróis que ajudaria as pessoas com nossas habilidades, mas quando Dr. Kim descobriu a verdade e foi questionar, causando problemas, Jungyeop se livrou dele.

– Eu não duvido ter acontecido isso. De começo, eu não gostava dele e sempre achei que era um desses loucos, mas agora percebo que ele não era assim. Ele era um homem otimista demais.

– Ele foi o único que realmente se preocupou conosco aqui.

– Sim, mas agora vamos esquecer sobre isso agora. Vamos descansar um pouco.

– Eu não vou conseguir dormir hoje... não com esses vários pensamentos na minha cabeça.

– Hyung... – Woohyun de repente ficou por cima de Sunggyu, colocando as mãos uma de cada lado dele. – Vai sair tudo bem. Pare de pensar sobre eles e pense apenas em mim.

 – Em você...?

– Sim, em mim. Eu nunca vou deixar nada de mal te acontecer e estarei sempre aqui.

Enquanto o beijava apaixonadamente, Sunggyu que era assim mesmo.

Sim, é verdade. Você quem esteve sempre comigo. Você...

Enlaçando seus braços no pescoço do menor, Sunggyu respondeu o beijo com a mesma avidez. As mãos de Woohyun percorreram seu corpo e as de Sunggyu fizeram a mesma coisa com as costas alheias.

Hyung, já que amanhã não saberemos como será, vamos aproveitar hoje. Eu e você... juntos.  – ouviu Woohyun sussurrar. Sunggyu assentiu.

A cada minuto seus corpos foram ficando mais quentes conforme continuavam se beijando e quando se separaram por falta de ar, Woohyun concentrou alguns selinhos no pescoço branco.

Apressado, o mais novo tirou a blusa de Sunggyu e voltou a mordiscar a clavícula o que fez ele se arrepiar. As coisas aceleraram e ambos já estavam ofegantes e excitados.

– Nós vamos mesmo fazer isso? – Sunggyu sussurrou. Ele sorria animado.  

– Só se você quiser.

– É que eu... nunca fiz isso antes.

– Eu também não, mas... apenas confie em mim.  – O mais novo respondeu sorrindo também.

– Espera, eles estão nos vendo. – Sunggyu riu e se escondeu debaixo da coberta. Então Woohyun se levantou e apagou a luz, voltando para debaixo do cobertor que estava antes.

– Como eu disse esqueça todos e concentre só em mim. – Woohyun disse sério, encarando Sunggyu. Não demorou aos dois embarcarem em outro beijo apaixonado.

O resto das roupas foram sendo tiradas e logo já estavam nus, mas agora explorando os toques um do outro.

De primeiro, tudo foi um pouco cuidadoso e desajeitado porque eles eram inexperientes. Demorou um pouco para se acostumar com as sensações desconhecidas, mas pouco a pouco, as coisas foi melhorando.

Para Sunggyu, tinha essa dor característica, mas ela só lhe fazia se sentir vivo, com o calor do corpo alheio em si, sentia que aquilo era real. Estava vivendo sua própria vida e Woohyun estava ali com ele. 

O tempo todo Sunggyu agarrava-se ao menor como se dependesse disso, como se ele fosse fugir. No ar, com os sons de gemidos e corpos se chocando, junto àquele misto de sentimentos tantos seus como os de Woohyun, era como os dois se fossem um finalmente.

O mais novo soltava grunhidos de prazer, segurando a cintura de Sunggyu com força enquanto empurrava mais rapidamente. Woohyun também fez questão que seu namorado sentisse prazer e desajeitadamente o estimulava com as mãos.

Por fim, quando Woohyun chegou ao seu ápice, jogou a cabeça pra trás e soltou um gemido longo de prazer. Sunggyu riu baixinho de sua expressão e se escondeu o rosto no pescoço do menor, deixando pequenos beijos. Agora focado no mais velho, Woohyun continuou a masturbação. Não demorou muito e num gemido alto, Sunggyu também chegou ao seu clímax.

Depois que voltou do banheiro, o moreno se deitou ao lado de Sunggyu que continuava ofegante e refletia no que acabara de acontecer.

Quando Sunggyu sentiu a mão do mais novo segurar a sua, finalmente teve a confiança que as coisas poderiam dar certo.

Enquanto continuarmos juntos, ficaremos bem.

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Em seu sonho, Jungyeop estava sentado numa cadeira de choque. A mesma que Sunggyu foi torturado várias vezes.

Todos os sete garotos – vestidos de ternos pretos – estavam em frente a ele; Sunggyu no centro.

A sala estava escura e o clima sombrio.

O líder sorriu e se aproximou dele. Cutucou o meio da testa de Jungyeop e levantou a cabeça dele.

Viu seu reflexo nos olhos temerosos do homem e sorriu maliciosamente.

– Vamos ver o quanto você aguenta.

Então voltou ao seu lugar e um de cada vez, os rapazes começaram a ataca-lo com seus poderes.

Por fim, foi à vez de Sunggyu e sua última visão foi sangue do homem jorrando pelo seu pescoço.

Num sobressalto, Sunggyu acordou e se sentou. Suava frio e sua respiração estava acelerada.

Não... eu me transformei no monstro que eles queriam que eu fosse. Foi só um sonho.

Respirou fundo e tentou se acalmar. Quando olhou para o lado preocupado de ter acordado Woohyun, afinal o mesmo tinha sono leve, encontrou a parte dele vazia.

Estranhando, se levantou e foi ao banheiro caso o outro estivesse lá, mas também se encontrava vazio.

– Woohyun-ah?

Dirigiu-se à porta para ver se ele estava na cozinha ou algo assim, porém não conseguiu abri-la. Tentou por várias vezes, mas era óbvio que estava trancada.

Desesperado, bateu na porta e chamou por Woohyun, até tentou usar telecinesia para ver se conseguia abrir, mas era inútil. Chamou pelos outros, mas ninguém parecia ouvir.

Frustrado e desolado, Sunggyu socou a porta com raiva. Então foi deslizando até se sentar de costas.

Cadê você? Woohyun....