– Tem certeza do que fala Sungjong? É uma acusação muito séria.
– Sim, eu só não quero que ele nos arruíne. Mas também não acho necessário machuca-lo para isso. Professor Lee precisa dele no dia da tomada.
– É muito lamentável, de fato, mas teremos que tomar providências. Mesmo assim fico feliz por ter continuado fiel a nossa causa.
– Você sabe por que eu faço. Nosso acordo é a única razão pelo qual coopero com isso. De qualquer forma, espero que a sua parte do acordo seja cumprida.
– Não há do que se preocupar, Sungjong. – Junghee disse. – Você e seu irmão ficarão bem.
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Sunggyu acordou quando alguém bateu na porta. Ele tinha dormido sentado de costas para ela. Desajeitadamente se levantou e abriu que a porta, que agora estava destrancada.
Deu de cara com um Dongwoo preocupado. Sunggyu coçou os olhos, confuso.
– Hyung, estão nos chamando para uma reunião na sala.
O mais novo parecia um tanto aflito e foi então que Sunggyu se lembrou.
– WOOHYUN!
Saiu correndo até as escadas e andou em volta na cozinha, até a sala, mas não viu sinal nenhum do moreno.
Sunggyu dirija-se até a sala.
A voz de Junghee soou pela casa e desesperado Sunggyu foi até a sala, cerrando os punhos ao ver o rosto da mulher no telão. Os outros garotos se encontravam no cômodo também, exceto Woohyun.
Bom dia, Sunggyu. Rapazes.
– CADÊ ELE? O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE? – Sunggyu gritou e ameaçou. – Eu juro que derrubo esse lugar todo e mato cada um de vocês até encontrar ele, não duvide disso.
Acalme-se, Sunggyu. É sobre isso mesmo que quero falar. – A expressão da mulher continuava impassível.
Woohyun-shi está conosco temporariamente. Porém temo que seu bem-estar não esteja intacto. Ele não cooperou quando foi trazido e por isso foi punido. Enfim, a razão pela qual ele está conosco agora é um ato de punição em si, pelo seu decepcionante comportamento de planejar uma fuga e influenciar os outros membros, colocando assim em risco nossa causa. Você entende ao que me refiro, não é?
– Tudo que entendo é que você vai se arrepender por ter tocado em um fio de cabelo sequer do Woohyun.
Não seja infantil Sunggyu. Cada coisa que você desobedecer, é Woohyun quem receberá a consequência. Pense bem no que vai fazer.
– Como você descobriu o plano? – Sunggyu disse entredentes.
Uma pessoa de nossa confiança nos contou. Mas isso não é importante, apenas saiba que a segurança de Woohyun dependerá do desempenho de vocês hoje. Vocês serão responsáveis pela vida dele então não nos decepcione mais. Instruções serão repassadas daqui a pouco, estejam prontos. É só isso.
Então o telão ficou preto e a primeira coisa que Sunggyu fez foi ouvir os pensamentos dos que estavam na sala. Felizmente a pulseira ainda estava anulada.
Tudo aconteceu muito rápido e no próximo segundo ele se virou e avançou em Sungjong que se levantou assustado e todos tentaram segurá-lo. Myungsoo ficou em frente ao seu irmão, de modo defensivo.
– Você!!! Traidor!
– Você não quer fazer isso Sunggyu-hyung. – Myungsoo se manifestou calmamente, mas com olhos ameaçadores.
– Ah sim eu quero. Por culpa do seu precioso irmão, a vida do Woohyun está em jogo. NÃO PERCEBE O QUE FEZ SUNGJONG? – O mais velho gritou tentando se aproximar, mas Hoya e Dongwoo seguravam-no.
– Eu não sabia que iriam leva-lo. E-e seu plano não funcionaria de qualquer jeito. – O loiro disse desafiadoramente.
– Seu pirralho!!! – Sunggyu gritou com raiva e avançou mais uma vez, mas desistindo tirou os braços dos demais garotos de si. Frustrado, se sentou no sofá e passou a mão no rosto.
Isso não vai adiantar de nada agora. Tenho que pensar em algo.
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Quando as instruções chegaram, os garotos foram separados. Todos já haviam concordado que para o bem de Woohyun, fariam como o centro queria. Não tinham muita escolha de qualquer jeito.
Sunggyu, Sungjong e Myungsoo partiriam com Jungyeop para a casa onde o evento seria sediado e o golpe teria inicio.
Os outros garotos (exceto por Woohyun) chegariam mais tarde, num ataque de surpresa.
Antes dos guardas chegarem para escoltá-los, Sunggyu e Myungsoo trocaram olhares discretos. Myungsoo foi o primeiro a cortar o contato visual.
Então depois, Sunggyu se viu caminhando por alguns minutos num corredor extenso que deu num túnel escuro e chegou até uma saída enorme. Ao sair do túnel, o brilho da lua lhe iluminou o rosto e o rapaz olhou para cima.
Finalmente sai daqui, mas a que preço...
Uma limusine os esperava e Jungyeop se encontrava dentro dela. O diretor bebia um copo de champanhe e não fez nada ao ver os rapazes entrando.
– Bem vindos, meus filhos. Espero que tenham descansado bem. – Sunggyu o encarava com raiva, muito tentado a enforcá-lo até a morte. Sorrindo maliciosamente, o diretor apertou um botão ao seu lado e uma telinha apareceu no teto do limo, com a imagem de Woohyun amarrado, machucado e todo vendado. Aquilo fez o sangue de Sunggyu ferver.
– Ah Sunggyu... você me decepciona. Como não pode ver a grandiosidade do meu plano? É perfeito. Depois que eu conquistar o país, graças a vocês e aos meus demais aliados, construiremos um lugar melhor. Ninguém poderá nos deter.
– Isso é loucura. Não pode tirar o poder do povo. Não pode fazer o que quiser. –Myungsoo disse calmamente.
– Querido, isso é política. É algo maior que eu ou você. Acredite, se chegamos a essas condições é porque se tornou uma necessidade. Ah, enfim vocês não entenderiam de qualquer forma... – Jungyeop bebeu um gole da sua bebida – Mas o que eu realmente queria falar é que Woohyun está em suas mãos agora. Pense bem se vai me obedecer ou não.
Sunggyu ficou em silêncio e abaixou a cabeça. Mas então levantou a cabeça e olhou para Myungsoo.
E sem que os presentes no carro percebessem, o tempo desacelerou apenas ali.
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Enquanto isso, ainda na mansão, os demais rapazes estavam inquietos.
– Não acredito que o Jong fez aquilo. – Sungyeol disse, andando de um lado pro outro na sala. Todos na sala pareciam ansiosos. Dongwoo mordia as unhas, preocupado. Hoya estava sentado no sofá, imerso em pensamentos.
Uma hora depois se passou e agora os três garotos - algemados - eram escortados por guardas até uma van preta. Para cada um deles tinham dois guardas que portavam armas e coletes. Quando o último deles entrou e fechou a porta do veículo, a van começou a se movimentar.
Mas não andaram nem 5 quilômetros quando a van parou.
Os guardas se entreolharam confusos, mas os meninos sorriram para si mesmos.
De repente, a porta da van foi aberta e antes que os guardas pudessem agir, um vulto os atingiu e num minuto eles já estavam desacordados.
Do lado fora da van, uma pessoa muito familiar apareceu.
– Olá garotos.
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