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História Compulsivo - Yukio/Yuri


Escrita por: Miikky e annacurly99

Notas do Autor


Yo o/

Voltei e trouxe o capítulo 1 para vocês <3

1 E, minha nossa, não esperava que a história fosse tão bem recebida, obrigada!

2 Esse capítulo serviu mais para mostrar a diferença de personalidade entre Yuri e Yukio, que por sinal, são gigantescas!

3 A revolução que eu disse no Prólogo se trata de uma revolta global que aconteceu no século XIX, dividindo nações entre regimes totalitários como o Imperialista e Regimes como os que nós temos hoje (Capitalismo, socialismo (quase extinto) )

No caso de Hasetsu, nessa fanfic, ele sempre foi um reino independente, então a revolução não afetou o seu território (que corresponde ao norte e centro-oeste do Japão)
As religiões existem ainda, mas a Igreja ortodoxa foi extinguida e nenhuma forma de fé afeta mais nas decisões judiciais (o estado é literalmente laico)

Os mais velhos são os que ainda conservam ensinamentos conservadores, e alguns deles são passados para os netos, como irão ver na fanfic. O preconceito ainda existe, mas em uma escala bem menor e é praticado mais por aqueles que pertencem a burguesia (já que algumas ideologias foram conservadas).

EUA continua a ser um país capitalista, assim como todos das Américas (Menos Cuba), os mais afetados pela revolução são do continente Europeu e Asiático (Oceania também) Rússia perdeu 30℅ do seu território para a Alemanha, que agora tem outro nome por se tratar de quatro nações independentes.

4 Eu pensei em fazer um universo com m-preg, mas pensei em várias possibilidades e resolvi não coloca-la (não irá fazer falta, não sou a maior fã delas :v )

Bem, isso é o que vocês devem saber por enquanto o/
O Víctor ainda não aparece nesse capítulo, mas aparecerá no próximo xD


*Obs: Eu cometi um pequeno erro na sinopse, eu estou tão acostumada a escrever "Katsuki Yuri" que esqueci que inicialmente o sobrenome dele é outro, bem, é só isso que tenho para avisar


Boa leitura o/

Capítulo 2 - Yukio/Yuri


Fanfic / Fanfiction Compulsivo - Yukio/Yuri

LEIAM AS NOTAS INICIAIS





ATERRADO, era assim que Katsuki Yukio observava ao seu pai.


- Está brincando, não é? Isso não pode ser verdade. O senhor disse que estava tudo indo bem!


Katsuki Toshiya, um homem maduro com rargos longevos, não aparentava estar em seu melhor estado. Sua postura se mostrava rígida e profundas olheiras contornavam seus olhos, deixando visível seu cansaço.


- Assumi um risco e ele não deu resultado. Sendo mais realista, foi um desastre. Nossa econômia está comprometida e aqueles malditos estadunidenses estão me pressionando cada vez mais. Me fizeram hipotecar todas nossas companhias e colocar a leilão as que estão em seu território, ainda assim não ficaram satisfeitos. Qualquer passo que eles dêem agora, nós perderemos tudo!


Yukio ficou em silêncio. "Tudo? Até o palácio que pertence a nossa família há 1500 anos?" Estava tão enfurecido que não se atrevia a falar.


Seu avô, Sui, lhe ensinara que um homem deveria manter por cima de tudo a honra e a segurança da família. Katsuki Toshiya não trabalhava desta maneira. Ainda que tivesse Hatsetsu em suas mãos, mostrava-se completamente inapto para o trono ao (sem medir as conseqüências) tentar fazer negócios com tanto êxito quanto aos que seu legendário pai costumava fazer.


Bilhões haviam sido perdidos em transações e acordos de alto risco.


- Se te serve de consolo. - Balbuciou Toshiya. - Você estava certo sobre o projeto Mia. Era muito bom para ser verdade.


Yukio voltou a fitar o pai, ferido pela confissão.


- O senhor fez a compra daquele protótipo mesmo com os conselheiros avisando que não era confiável?


O matriarca deu um suspiro e dirigiu-se a seu primogênito com um olhar lastimável.


- Pensei que estavam tentando conspirar contra mim. Que queriam ficar com o projeto para eles.


O rapaz apertou os dentes e abaixou a cabeça. Envergonha-se de si mesmo pelo desprezo que sentia por Toshiya. O homem era uma boa pessoa , um bom pai e um bom marido. Era querido e respeitado por todos, mas em questão de inteligência deixava a desejar e como empresário era um desastre.


Por outro lado, Yukio havia dedicado seu tempo livre a lidar com ações e fundos. Isso havia lhe transformado em um milionário antes mesmo de terminar o colégio. Contemplar ao seu nécio pai fazer merda sem poder interferir era, para Yukio, o pior dos castigos.


- Ainda tem mais.... Nós podemos estar com uma faca no pescoço, mas nos ofereceram uma chance de escapar da falência. - Toshiya continou, com certa tensão. - a oferta veio de alguém inesperado... De fato, me surpreendeu... Mas de qualquer maneira, eu neguei, disse que isso não seria bem visto.


Tentando controlar a paciência, Yukio voltou a olhar seu pai.


- O que é que não seria bem visto?


- Não posso pedir para você fazer fazer esse sacrifício sendo tão jovem... Sendo um homem... - Contestou, evitando o olhar indagador do filho. - Seria muito até para mim...


- E o que isso tem haver com o que estamos falando?


Toshiya voltou a suspirar e seu alento soou como um sussurro.


- Yakov Nikiforov se ofereceu a nos ajudar a restabelecer a econômia de Hasetsu.


Ao ouvir isso, o jovem estalou uma gargalhada de incredulidade.


- Yakov Nikiforov? Está zoando comigo? Desde quando nos movemos nesses círculos?


- Parece que podemos nos envolver com eles se desejarmos. - Murmurou o homem.


- Yakov é frio como um cadáver... Caso confie demais nele, amanhecerá com uma adaga cravada nas costas.


- Em outras circunstâncias, eu também acharia isso. Mas Yakov não está nos oferecendo uma simples transação comercial... Ele nos oferece uma união familiar.


Yukio engoliu em seco.


- O senhor não irá dizer o que estou pensando...


- Todas as circunstâncias devem ser consideradas filho... - O homem disse um pouco ruborizado.


- Diga isso para si mesmo.


- ...


- O único filho de Yakov morreu há dez anos, ele só tem aquele neto, o Víctor. - Exprimiu, com desgosto. - O que ele ganha casando o neto com outro homem?


- É bom bom negócio para ele. - Objetou. - Já está em seu terceiro casamento e ainda não conseguiu outro filho. Como você disse, o único que lhe resta é Victor e o mesmo é assumidamente homossexual. Yakov não quer perder mais tempo, sabe que não pode forçar Victor a se casar com uma mulher porque ele é maior de idade e independente. Então cansou de insistir e fez essa proposta.


Incapaz de dar crédito ao que ouvia, Yukio silibou.


- E o Víctor? Ele já sabe?


- Sim... E concordou - Passou a mão no queixo, com sinais de nervosismo. - Se você se casar com ele e gerarem um filho o mundo estará a seus pés... - Proferiu. - O Victor é literalmente a nossa galinha dos ovos de ouro. É vulgar pensar em um casamento apenas com fins monetários, mas não temos uma opção melhor agora.


Yukio fechou os olhos. Estava decepcionado por seu pai ter se rebaixado a ponto de considerar um acordo como este... Victor? A pessoa que seus amigos haviam apelidado maldosamente de "Ice-Queen", por ser gay e completamente apaixonado pelo gelo... Ele iria ser seu cônjuge? Só de pensar na possibilidade lhe davam náuseas.


O conhecia apenas de vista, ainda que em algumas ocasiões sociais havia interferido ao vê-lo sendo ignorado ou insultado. Seu desconhecido da linguagem nipônica e a natureza ególatra faziam dele uma presa fácil, dado que independente do que dissessem ele sorria e contra-atacava com palavras cínicas disfarçadas pela imagem de bom rapaz.


Isso de certa forma agradava Yukio. Odiava fracotes e qualquer criatura estúpida e incapaz de cuidar de si mesma nesse mundo hostil.


Mas, haveriam sido as suas trivais intervenções, essas ações menores de compaixão de sua parte... Os responsáveis por essa repentina proposta de casamento? A suspeita fez que a expressão do rosto dele endurecera.


Quando estavam no mesmo salão, o rosto do albino se iluminava como uma árvore natal. Haveria Victor contado a seu adinheirado avô o muito que lhe agradava Katsuki Yukio?


Definitivamente, não queria se casar.



______________________________________



- Você me lembra muito a minha irmã... - Takatsuki Hiyomi estudou o rosto do filho com frieza e indiferença. - Tem os mesmos olhos de peixe, o mesmo sorriso fraco... Você é um fracote e a debilidade me desagrada.


- Se eu fosse um fracote teria voltado para Detroit no mesmo dia que cheguei aqui.


Yuri levantou a cabeça. Seus olhos bordô estavam prontos para a luta, mas, por baixo da blusa de algodão, o coração palpitava tão rápido pelo medo que chegava a dar náuseas.


A antipatía da sua mãe lhe incomodava continuamente. Fazia três semanas que havia voltado a casa e cada dia era um martírio. Retornara a Virgínia com a inocente esperança de fazer às pases com a mulher e, no melhor dos casos, desenvolver uma verdadeira relação fraternal com ela.


Em contrapartida, se viu forçado a aceitar que, apesar de terem se passado cinco anos da sua partida, Hiyome continuava a ser uma pessoa fria, malévola, com língua afiada e sem nenhum pingo de afeto por ele.


- Acha que eu sou idiota? - Ela riu da tentativa de desafia-la. - Por que acha que disse para você retornar? Você aceitou todo o dinheiro que eu te ofereci porque seu amiguinho voltou a se drogar e os fornecedores estão a um triz de por um fim nele!


A decepção quebrou a falsa compostura que estava tentando mostrar. Não manteve a visão em Hiyome por mais tempo. Envergonhado, sua cabeça voltou a baixar e os fios castanho escuro cobriram as laterais de seu rosto, deixando-lhe mais jovem que seus 23 anos aparentavam ter.


- Por acaso não tenho razão? - Zombou Hiyome.


- S-sim... - Ter que admitir tal coisa fez com que Yuri quase chorasse. Adoraria poder dizer que ela estava errada e que seu amigo, Yurio, havia se desintoxicado e dado um giro em sua vida. Mas para sua desgraça, não era possível dizer isso e a evidente satisfação da sua mãe fazia com que a humilhação fosse ainda mais dolorosa.


- Ótimo, porque está na hora desse favor ser retribuído.


Notas Finais


O que acharam?


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