História Conceal, Don't Feel! - Sagacidade

- Acorde.  – Quando ouvi a voz grave e autoritária, reconheci na hora. Entretanto, sequer tive tempo de assimilar, já que antes que pudesse fazer isso, recebi um pequeno “jato” d’água no rosto.  
 
Levantei de uma vez só, devido ao susto e à sensação ruim de estar me afogando.  “Que tipo de gente acorda alguém jogando água em seu rosto?” 
 
Quando abri os olhos, tive a visão do apocalipse. 
 
O Conde Drácula, ou melhor, Madara Uchiha estava à minha frente, sem o habitual terno, com uma camisa branca com ambas as mangas dobradas, com um joelho apoiado no chão enquanto no outro, o meu bebê estava sentado chupando um pirulito em forma de picolé parecendo bastante feliz. 
 
- Oi, mamãe... – Kevin disse feliz da vida. 
 
O homem gigante à minha frente levantou-se com uma expressão tediosa no rosto, levando meu filho nos braços, para em seguida pegar o bendito copo que ele havia usado para me molhar e o colocar cuidadosamente sobre a mesa de centro; exatamente com a cautela de uma girafa na loja de lustres... “Tosco.”

Ele afagou carinhosamente os cabelos do meu filho, e lhe deu um sorriso mínimo de canto, para em seguida me fitar com um olhar assustador.
 
 “Mas o quê...?”. 
 
Abri e fechei a boca duas vezes tentando processar aquele monte de informação. Com as costas da mão, sequei parte da agua que aquele maldito jogou em mim e puxei meu filho do colo dele. Kevin hesitou e fez um bico enorme. 
 
- Me dê ele aqui. – Falei grosseira, trazendo o pequeno emburrado para o calor de meus braços.– O que você faz na minha casa? Aliás, como encontrou meu endereço? – Me agarrei à meu filho protetoramente. 
 
Ele ignorou minhas perguntas e deu uma volta pelo centro da casa, com ambas as mãos nos bolsos da calça. 
 
- É uma boa casa... – Continuou o vampirão fazendo uma análise absolutamente ridícula. – Mas, não o bastante para ele... – Disse, apontando na direção do meu filho. 
 
Gelei.  

Será que ele sabia? Não, isso seria impossível! 
 
- O que você quer aqui? – Falei de forma ríspida tentando ocultar o nervosismo em minha voz. 
 
Ele, mais uma vez, ignorou minha pergunta. E percebi que ele não estava ali para responder a perguntas e sim para obter respostas. 
 
Passou a mão em seus longos cabelos e vi sua mandíbula se contrair severamente. 
 
- No instante em que pus os olhos em você, soube que escondia segredos, Srta. Haruno. – Ele se voltou para mim e juro que pensei que aquele cara fosse pular sobre o meu pescoço e rasgar minha garganta ali mesmo. – Me pergunto, o que mais você esconde? – Disse, estreitando os olhos.  
 
Apertei meu filho e ele protestou. Senti lágrimas grossas se formarem nos cantos dos meus olhos. 
 
- Não sei do que você está falando... – Minha voz falhou. 
 
Ele riu amargo, sem qualquer traço de humor. 
 
- Não precisa fazer esse jogo comigo. – Madara se aproximou. – Sei muito bem que ele é um Uchiha. – Passou novamente a mão na bochecha do meu filho e apertou. 
 
Senti minhas pernas tremerem, o ar de repente parecia não existir.  Então, ele realmente sabia. A confirmação dessa suspeita quase me fez cair e o pior é que teria levado Kevin comigo, se ele não tivesse sido tão rápido. 
 
Pegou meu filho nos braços, e agarrou meu braço com força. 
 
- Não desmaie outra vez, mulher fraca... – Ele parecia irritado. - E principalmente: Cuidado com o menino - ele falou e soltou-me no sofá.

- Vá embora... – Falei com a voz fraca. “Esconda, não sinta... Esconda, não sinta...”- Por favor... 

O homem a minha frente me ignorou solenemente e passou a analisar o meu filho, agora em seus braços outra vez. 

E eu confesso que me irritei com Kevin. Sim, me irritei.
Certo, ele só tinha três anos de idade. Entretanto, sempre foi tão...fechado com pessoas desconhecidas. Então por que infernos, ele parecia tão à vontade com aquele homem que acabou de conhecer? Por que não estava chorando ou chamando por mim? Ele parecia simplesmente não estar se importando comigo naquele momento. 

Aquele homem era um desconhecido para ele; não era...?

- Afaste-se do meu filho... – Eu disse e minha expressão mudou de aterrorizada para uma determinação incrível, a fera dentro de mim lutava para se libertar. – Kevin, você não deve falar e nem chegar perto de estranhos, eu já lhe disse isso. – Meu filho nem olhou para mim. – Ele pode ser um assassino. Venha aqui. Agora! – Só então, meu filho me deu atenção, mesmo assim, com uma expressão estranha demais a qual eu não reconheci. Me senti em um verdadeiro filme de terror.

- Não mamãe... – Ele respondeu. 

“O quê?” Kevin nunca falou assim comigo.

Madara revirou os olhos e afagou os cabelos do meu bebe.

- Ora mulher, deixe de drama! O garoto me adora. Afinal, temos o mesmo sangue. – O vampirão disse despreocupadamente. – A questão é: De qual Uchiha ele é filho? – Olhou novamente para Kevin. – Esses traços...Com exceção desses olhos verdes, tudo nele lembra a nossa família. Seria de Shisui? Hum... não, ele não. Tobi, talvez? Não, aquele inútil do meu filho, não teria potencial para isso... Obito é um caso perdido, e eu saberia caso ele tivesse engravidado alguém. – Ele falava mais para si do que pra mim. - Eu me lembraria desses cabelos róseos... – Olhou pra mim e minha boca secou. – O que me leva a crer que temos duas opções: Sasuke, meu sobrinho querido...Porém, a forma como ele a olha... Não, definitivamente, ele não é o pai – Se aproximou de mim, me rondando como um predador e riu de um jeito que me deu arrepios. – Então é isso... Esses cabelos, esse queixo... A boca... Sim, definitivamente, ele é o pai. Meu outro sobrinho, Itachi. – Riu novamente. – Então esse é o seu segredo, não é Haruno? Envolveu-se com meu sobrinho prodígio e um tanto... desequilibrado. 

E de repente, respirar se tornou uma tarefa difícil. Senti minhas pernas bambas e o ar começou a me faltar de vez. Ele descobriu. Ele sabe. Droga. Meu filho foi descoberto.

- VÁ EMBORA DAQUI! – Gritei com o pouco de força que me restava. – Me deixe em paz! Devolva meu filho! – Me aproximei e puxei Kevin de uma só vez dos braços daquele homem cretino. 

Kevin desatou a chorar e Madara me olhou de uma forma fria, gélida.

- Vai deslocar o braço do garoto. Está histérica. Deixe-o; não vê que ele não quer ficar com você? – Ele disse, referindo-se ao choro estridente do meu filho em meus braços. Confesso que estava difícil segurá-lo, já que ele estendia os braços e fazia força na direção daquele homem. – Saiba que se causar um dano a essa criança, eu me encarregarei de destruí-la, mulher. Ele é um Uchiha e deve ficar com a família dele. Você não é nada. Não é boa o bastante para ser mãe de um Uchiha. – Olhou para meu filho de forma orgulhosa. – Não sei a onde Itachi estava com a cabeça quando cogitou a hipótese de que voce seria a melhor escola para gerar um herdeiro Uchiha – fez sinal negativo coma  cabeça.

- Cale a boca! – Rebati.

- Poupe-me dessa falsa pose de mulher forte. Sabemos que você é fraca. Só uma órfã, você não tem sequer um nome. – E a constatação dessa verdade, quebrou aos poucos o muro de gelo que construí a minha volta. 

Ele não tinha o direito de falar assim comigo.

- O que veio fazer aqui? – Perguntei, com a voz chorosa.

Eu já estava humilhada, nada do que eu dissesse mudaria isso.

- Vim conhecer o mais novo herdeiro Uchiha. – Madara disse sorrindo e mostrando os dentes brancos na direção de Kevin, que ainda esperneava.

Engoli em seco.

- Como descobriu? Veio pra tirá-lo de mim, não é? – Minha voz continuava embargada.

Ele ficou em silêncio por um tempo e fixou aqueles olhos negros em mim.

- Não. Por hora, vim apenas para conhecê-lo. Precisava ver com meus próprios olhos. Ele é a copia do pai... – riu e forma sádica – Deveria deixar o cabelo crescer, ficaria ainda mais parecido. Alem disso, é uma marca registrada dos Uchihas, da família dele.

“E exatamente por isso que eu não deixo...”

- Meu filho não se parece em nada com aquele monstro... – Disse um pouco alto demais. Era um blefe, eu sempre soube que Kevin so herdou de mim os olhos infelizmente. E até mesmo eu admitia isso.

- Monstro? Oh, entendo. Está ressentida por ele tê-la usado somente para ter um filho não é? Ora, Srta. Haruno sinta-se honrada. – Falou e riu, para depois fechar a cara novamente. – Não vim aqui para ouvir suas queixas sobre meu sobrinho. Vim lhe fazer uma proposta: Quanto quer para sumir do país e da vida do menino? – Indagou de forma natural, já puxando uma carteira do bolso da calça.

Ergui minha cabeça olhando fixamente para ele. Mal podia acreditar no que eu ouvia.

- Como é que é? Meu filho não está á venda seu maldito! – Falei irritada.

Ele cruzou os braços.

- Não, ele não. Não me refiro á ele e sim á voce. Vamos mulher, qual é o seu preço? – Insistiu e senti meu sangue ferver.

- Saia da minha casa! – Eu disse me levantando do sofá. – Você não é bem vindo aqui. – Fui em direção à porta e fiz questão de mantê-la aberta.

Kevin gritou com voz de choro - Não, não vai embola não, titio... – e foi em direção aquele homem e agarrou-lhe as pernas.

Eu juro que não estava reconhecendo meu filho.

“O que há de errado com essa criança, gente?!”

Ele me olhou com cara feia e abaixou-se e passou a mao nos cabelos do meu filho.
- Não chore pequenino, sabe que eu vou voltar. Além disso, um rapazinho como você não deve chorar – ele falou com a voz calma e isso acalmou meu bebe.

- Kevin, volte para o sofá agora mesmo. E voce, saia da minha casa E não volte – falei irritada.

- Que escândalo! Desnecessário, eu diria... – Ele olhou para meu filho e lhe sorriu. – Eu irei embora sim, mas não por você e sim por ele. Não é saudável para o menino ficar ouvindo essa sua gritaria. – Voltou-se para mim. – Mas saiba que eu voltarei com frequência. Preciso me certificar de que ele está sendo bem cuidado. Eu não confio em voce.

- Vá embora! – Ralhei agora num tom mais baixo, para não assustar o Kevin.

Ele virou-se para sair e quando se aproximou de mim, falou com aparente desisteresse.

- Aliás, sabe o que está escrito naquela toalha? – Ele perguntou, me olhando por sobre o ombro. – Sim, eu sei sobre a toalha.

- Como sabe sobre a toalha? – Indaguei, estreitando os olhos.

- Ora, o menino me mostrou. Bastante inteligente esse garoto, não nega o sangue... – Sorriu orgulhoso. – As coisas estão acontecendo bem debaixo do seu nariz, srta. Haruno; só você não percebeu.

- Você deu aquela toalha ao Kevin, não foi? – Falei com convicção.

- Não, não fui eu quem deu. E imagino que você saiba muito bem quem foi. – Madara sorriu de canto e com isso ele partiu, me deixando boquiaberta.

Isso não podia estar acontecendo... Podia?

                                                                    (...)



O loiro andava distraído olhando algumas coisas no celular, tanto que nem viu, só sentiu o impacto de algo macio de encontro ao seu tórax.

Olhou para a frente “Peitos...e que peitos...”

Subiu o olhar, até encontrar olhos cinzentos e um rosto de pele incrivelmente branca, completamente corada.

A morena à sua frente usava uma calca social, junto com uma camisa verde-água e uma trança lateral, com a franja cobrindo-lhe parcialmente a testa. Realmente, ela parecia uma boneca.

- Oh, me desculpe, Sr Uzumaki, e-eu... Não o vi e...e... – Ela foi interrompida por um dedo posto sobre seus lábios.

- Não se desculpe boneca... Acontece. – E lhe sorriu. Um sorriso enorme, que fez a garota corar. – Eu também tive culpa, eu estava distraído. Você já almoçou? – O loiro perguntou.

- Eu? N-não, ainda não. Eu estava indo falar com uma funcionária... 

Ele se abaixou e recolheu os papeis que ela carregava e lhe entregou de forma cavalheiresca.

- Que tal almoçar comigo hoje? – Perguntou de um jeito sedutor, sorrindo.

- Não sei se devo – Ela respondeu corada.

Oh! Como ele gostava de vê-la daquele jeito.

- Vamos, é só um almoço. Prometo me comportar. O que me diz? – Ele disse brincalhão.

- Hinata! – Ambos viraram-se na direção daquela voz. – O jovem de cabelos longos e castanhos vinha andando com a astucia de um predador e olhar mortal, em direçao ao casal que conversava. 

- Neji! – Ela exclamou com uma das mãos sobre o peito completamente assustada. 

- Hyuuga. – Naruto cumprimentou sem empolgação.

- Uzumaki – O belo jovem recém chegado, falou com cara de poucos amigos.

Ele trajava seu habitual terno, feito sob medida, na cor chumbo, os longos cabelos castanhos, presos num rabo de cavalo baixo.

- Hinata, volte para o RH, Tenten precisa de ajuda lá. – A bela morena apenas assentiu e saiu apressada, ele voltou-se para o Uzumaki. Naruto acompanhou a saída apressada da morena e fechou a cara, encarando o outro à sua frente.

- Por que a trata assim? Ela não é propriedade sua! – Esbravejou.

- Muito menos sua... – Respondeu Neji, irônico.

- Deixe-a viver! Ela não é mais criança. – Rosnou o loiro, cerrando os punhos.

- Corta essa Uzumaki. Sei o que está tentando fazer. – Ele aproximou-se do loiro. – Seja lá o que faz com as outras por aí, não vai fazer com a minha prima. Deixa-a em paz. Fique bem longe dela. – Falou, e saiu andando com a imponência de um lorde.

Naruto limitou-se a sorrir. 

O Hyuuga iria aprender que ele não desistia tão fácil assim daquela boneca.

                                                           (...)

- Ino, pelo amor de Deus, largue esse maldito celular! – Esbravejou o ruivo, indignado com a loira que estava tirando fotos em todos os ângulos e caretas, ao invés de estar trabalhando.

Ela o ignorou completamente. Usava um conjuntinho social na cor vermelho – por exigência de Sasuke, claro - no entanto a saia era minúscula, deixando em evidencia as belas pernas torneadas. Por dentro, uma blusa tomara que caia na cor branca, mostrava quase totalmente os seios. 

- Ino... – Ele ameaçou tomar-lhe o celular.

- Ai! O que merda você quer hein? Que saco! – Ela reclamou, guardando o aparelho na bolsa. – Bem, já tirei bastante foto que vão bombar no meu instagram! Ai! Como é bom ser linda, rica e... – Ela olhou para ele e fez uma expressão sexy. – Gostosa. – Terminou lhe mandando um beijo. 

Ela retirou o blazer e deu alguns passos à frente e ficou apenas com a blusa tomara que caia e o ruivo teve vontade de arrancar-lhe aquela peça tão tentadora.
Abaixou o olhar e fixou nas longas pernas, cobertas por uma meia de seda preta
. 
 “Será que ela estava usando cinta liga?” Sentiu a boca seca.

- No Sabaku... – Ele despertou com o estalo dos dedos dela em frente ao seu rosto. Será que tinha babado? – Você está olhando o quê? Tá achando que eu estou tão desesperada assim a ponto de dar mole para um ogro como você? Meu filho, só potências hegemônicas podem ter tuuuudo isso. – Ela se inclinou e depositou o peso do corpo no scarpin na cor vinho. – Nem adianta tentar imaginar o que eu estou usando por baixo. Eu não sou para o seu bico, Colônia...

Ele sorriu de canto.

- E quem lhe garante que eu estava pensando em você, loira? - Ele desafiou. - Não acha que está supervalorizando essas suas... Commodities?

Ela riu de forma travessa.

- Talvez... Isso? – Ela apontou para o volume que se formou em sua calça. – Lamento, mas creio que terá de se satisfazer sozinho... – Ela riu abertamente e saiu rebolando  dirigindo-se para a mesa de um dos estagiários.

Ele irritou-se e virou de costas.

 “Droga, pareço um adolescente” 

Maldita Ino.


                                                                       (...)

 

Eu estava apreensiva; sentia-se humilhada, assustada, com raiva e querendo matar todos os Uchihas. 

Madara e Sasuke Uchiha, encabeçavam essa lista.

 “Uma pena eu não ter uma arma...”

De: Sasuke Uchiha
Data: 25 de agosto de 2016, 15:50
Para:  Sakura Haruno
Assunto: Não abuse da minha bondade...   

Haruno, querida,

Como está sendo o seu dia? Aproveitando a folga NÃO AUTORIZADA que você mesma se deu a qual eu não tive o conhecimento? Espero que sim, pois, será a ultima que você terá por um longo tempo.

Meu desejo nesse momento é matá-la!  No entanto, reconheço que preciso de você nessa empresa e somente por esse motivo, terá sua vida preservada.

Quero você aqui na segunda feira às 07h00min e nem pense em se atrasar ou não serei tão bonzinho e você estará no olho da rua. Fui claro?

P.S: Imagino que saiba que seu DSR* será descontado e eu terei o maior prazer em deixar bem explicito em seu holerite. Considere-me justo.

Grato.

P.p.S: Eu lhe fiz um poeminha: 

Rosas são vermelhas,

Violetas são azuis.

 A Haruno está tão ferrada

Quanto...

Quem se importa com poesia?

Ah! Dane-se! Só venha trabalhar...

Sasuke Uchiha
CEO, Uchiha Industry e Enterprise Inc

Era um filho da puta! E não, eu não iria responder. 

Cretino... Ainda teve a ousadia de fazer um “poeminha”. Não foi engraçado. Ele não é engraçado.

Eu não fui trabalhar novamente. E é claro, o Sr. Uchiha fez questão de me mandar um email só para dizer que descontaria meu DSR já que hoje é sexta feira. 

 “Será que ele consegue ser mais detestável?”

Que se dane. Estou bem mais preocupada com meu bebê.

Aproveitei que ele estava dormindo e peguei a tolha – com certa dificuldade - em minhas mãos.
Analisei a palavra escrita e aquilo me incomodou. Eu não soube identificar o idioma. E quando perguntei a Kevin, ele só disse que sabia o que significava, mas que não iria dizer. “Como assim?!”

“πατέρας”

E o que se faz em casos assim? Usa-se o “titio Google”, claro.

Pus-me a procurar por uma possível tradução. Após alguns minutos, surgiu na tela do tradutor da Google, uma palavra a qual ela não queria ler, ouvir e nem pronunciar. Levei uma das mãos à boca e inspirei o ar com força.

 “Papai”.

Então era verdade. Aquele maldito infeliz voltou e descobriu sobre meu filho. E pior, fez o menino saber que ele era seu pai.