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História Condenada. - A cabana


Escrita por: mariapousa

Notas do Autor


Foi mal pelos erros mas como sabem, é tudo pelo celular.

Capítulo 3 - A cabana


Fanfic / Fanfiction Condenada. - A cabana


"Ao temermos a morte estaremos desejando a vida eterna; a realização deste desejo diante dos valores que conhecemos seria, no mínimo, tão enfadonho que passaríamos a sonhar com a morte."     - Ivan Teorilang

Assustada e alegre, eu o abracei. Esse homem era nada mais nada menos que meu ex namorado (de séculos atrás) David. Nos conhecemos logo depois da Epidemia, os dois recém mortos vagando pelas ruas da Holanda. No começo eu não queria matar humanos, mas David me convenceu a isto. E eu não vou mentir. Amei.
- Como me encontrou? - Perguntei ainda em seus braços.
- Seu irmão me disse que você havia sumido. Sabe, depois do baile. Então eu te procurei. - A voz dele continuava igual, grossa e sedutora.
- Em falar em Grav, onde ele está? - Percebi que havia sujado sua camisa branca de sangue.
- A última vez que vi ele foi a doze anos atrás, e ele esta procurando a Lauren.
Lauren é uma humana por quem meu irmão se apaixonou. Na época ela devia ter seus vinte e poucos anos. Hoje ela tem pouco mais de setenta. Lauren nunca quis se transformar, o que fez meu irmão enlouquecer. Saber que a pessoa que você ama vai morrer de uma hora para outra deve ser perturbador. Eu não sei como é. Nunca namorei um humano. Mas já vi muitos amigos (humanos) morrerem de velhice. E isso é um sentimento horrível.
- Ela já deve estar morta a essa altura... - Falei.
- Sim... Bom, vamos nessa docinho.
Ele colocou seu sobretudo em mim e passou seu braço direito sob o meu ombro. Saímos daquele lugar imundo e entramos na sua BMW.
- Espere um momento. Vou secar eles.
Secar: para nós vampiros isso significar esvaziar, ou tirar todo o sangue do corpo. Fazemos isso quando vamos viajar para algum lugar muito longe e não podemos dar bandeira que somos vampiros. O sangue é colocado em um galão de dez litros. Geralmente esse tanto dura para uma ou duas semanas. A maioria de nós usa colares ou anéis com compartimentos internos, onde colocamos um pouco de sangue la dentro, só aquelas gotinhas já te fazem se sentir bem caso esteja com uma adaga cravada no peito.
Ele voltou com o galão pela metade e depois encheu meu colar e o dele. Por fim entrou no carro e seguimos para o norte.
- Onde estamos? - Perguntei enquanto olhava para a estrada.
- Canadá. - Sua atenção estava concentrada na pista.
- E para onde estamos indo? - Liguei o rádio, estava tocando AC/DC.
- Londres. - Suas respostas curtas me deixavam louca.
Me calei e fechei meus olhos, descansar agora era minha única vontade.
Sonhei que estava caindo de um penhasco, mas nunca atingia o chão, via o rosto do meu pai aterrorizado. Por que? Eu também não sei. As pernas da minha mãe apareciam direto, caminhando para a escuridão. Nunca o rosto, só as pernas. Então eu começava a girar enquanto caía e a luz do sol queimava meu rosto.
- Vamos parar por aqui. - David sussurrou no meu ouvido e eu acordei assustada. O sol já ia nascer. Estávamos em uma floresta e uma cabana se encontrava ali. Sai do carro e entrei correndo. O sol tinha se tornado meu pior inimigo.
David tirou um smartphone do bolso de sua calça jeans rasgada e telefonou, esperou um pouco.
- Oi. Sim. Sim. Deu sim. Então... é... bom, preciso de roupas... femininas óbvio. - ele me olhou de cima a baixo - e sapatos, sabonete, shampoo... sim... está anotando? Ótimo. E uma tesoura também... Ok. Que horas? Tudo bem. Trás alguma comida de barro. Tchau. - Ele desligou o seu telefone e se sentou na poltrona empoeirada da casa.
- Quem era? - Perguntei me sentando no chão ao lado da poltrona.
- Minha humana de estimação. - Ele tirou um maço de cigarros do bolso traseiro e ascendeu um.
- Como?
- Uma pivete que quer se tornar vampira. Enfim, eu uso ela e digo que vou transformar ela mas não transformo.
- Ah sim... - Humana de estimação? Ah... Que engraçado.
- Não fique com ciúmes docinho. - Se eu fosse viva meu rosto estaria vermelho.
- Não estou com ciúmes... enfim, o que é comida de barro?
Ele riu muito. Muito mesmo. Como se eu tivesse feito a piada mais hilária do mundo. Quando, por fim, ele parou, seus olhos se encontraram com os meus.
- Comida de humano. Essa gíria surgiu na África. Vai entender. Mas pegou.
- Eca, você come aquilo? - Fiz uma cara de nojo.
- Sim. E não é ruim não. Você vai ver.
Esperamos algumas horas. As persianas da cabana não deixava a luz fraca do sol adentrar. Porem ficava uns feixes finos de luz banhando o chão de taco. Então um carro parou em frente a cabana. Não demorou muito e um ser humano abriu a porta carregado de sacolas. Eram tantas que nem dava para ver seu rosto. David fechou a porta e retirou algumas das sacolas. Era a tal humana de estimação dele. Seus cabelos negros e pele branca eram bastante familiar.
- Valarya, conheça sua... sobrinha. Felicia.



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