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História Condenados a um apocalipse estranho - Thiago e Gustavo


Escrita por: Gukameni

Capítulo 4 - Thiago e Gustavo


Desci as escadas, já havia voltado com algumas máscaras, e Daniel ( ou niniel ) já havia acabado de conversar com a Moon, e ela decidiu que passaria uns dias na nossa casa.

Saímos dali e fomos pra Kombi, eu e a Moon ficamos no colchão, sentados, conversando.

Ela estava me ajudano a escolher um nome, e me explicando como funcionava as  coisas nos Orne's.

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— Daniel já está fora faz un tempão! Só por bobagem sua! – dizia Gustavo, se segurando para não pular na garganta de  Thiago.

— UMA VIDA É UMA BOBAGEM? 

— NÓS JÁ ESTAMOS ÓTIMOS COM AS NOSSAS VIDAS! — falava ele aumentando cada vez mais o tom de voz – PRA QUE MAIS UMA?

— Ah gustavo, como você é imbecil. Se não fosse por mim você morreria do mesmo jeito que aquele sobrevivente.— dizia Thiago, balançando a cabeça, com um sorriso sacana no rosto, em um gesto de tirar sarro de Gustavo.

Gustavo nada disse, apenas ficou mais furioso e subiu as escadas, indo para seu quarto.

Thiago por sua vez, sentou-se no sofá e ligou a TV, e ficou passando os canais Orbis que tinham na TV.

Eles não eram muito diferentes dos canais humanos, que não existiam mais. Às vezes achava que os Orbis podiam fazer um tratado de paz com os humanos, já que a única diferença entre as raças era que Orbis possuíam magia no sangue, eles não.

Seus pensamentos são atrapalhados por uma voz gritante sendo amplificada por microfones no som da TV, era um político Orbi, gritando palavras de ódio à raça humana.

Pegou o controle e desligou a TV.

Isso o lembrou de quando conheceu Daniel, e de como era engraçado o fato de que ele não mudou quase nada, só deixou de ser explosivo.

Daniel explodia de raiva, e ele fazia todo tipo de luta e algumas aulas de tiro, então para ele era super fácil acabar com algo.

O Rafael também explode dfácil, mas não era páreo para Daniel.

Daniel tem 1,91, além de ser bem musculoso (e atraente -cabelos castanhos iguais aos olhos, e uma barba de respeito-), e Rafael, 1,75, até que tem alguns músculos, mas comparado à Daniel ele perde fácil.

E isso o fez lembrar de quando Daniel e Rafael brigaram, e quando foi tentar parar a briga, levou um soco, que fez um corte na sua bochecha –não se sabe como um soco fez um corte tão profundo, mas fez– e até hoje tem uma cicatriz por isso.

Falando em Rafael, ele voltava daqui uns dias, de acordo com Helena.

Estava cansado, bem cansado, deitou a cabeça no sofá e adormeceu. 

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Não podia negar, Thiago estava certo, se não fosse por ele eu não estaria nem com vida, estaria desmembrado em um beco sujo e gelado.

Não tinha o que falar, então subi as escadas com passos pesados, e fui pro quarto.

Deitei na minha cama, e fiquei lá por um bom tempo, estava preocupado com Daniel, e indignado com Thiago, mesmo que eles estivesse certo, em um apocalipse, não podemos ser bonzinhos e certinhos o tempo todo, não podemos salvar a todos.

E foi exatamente isso que ele me disse naquele beco, naquele maldito beco, onde eu perdi tudo o que eu tinha, a um ano atrás.

XXXXX

Aquelas coisas estranhas me seguravam, me fazendo ficar imóvel, só para a mira deles ficar melhor, deixando o meu rosto ficar machucado e cortado.

Enquanto sentia a dor, sem poder fazer nada, eles matavam a minha irmã, na minha frente, e eu queria ajudar, e quem disse que eu fiz algo?

Nada, eu não fiz nada. A única coisa que fiz foi derramar lágrimas, enquanto ela morria de forma rápida, porém torturante.

Eu realmente não sei o que fizeram com ela, minha visão estava ofuscada por causa das lágrimas e também pelo fato de estar sendo socado.

Não sei como a mataram, mas sei que foi rápido, pois quando ouvi barulhos de armas atirando e aquelas coisas correndo, fui jogado contra a parede, e quando finalmente estava sentado no chão, pude ver minha irmã.

Seu estômago estava aberto, igualmente a sua garganta, como conseguiram fazer aquilo em tão pouco tempo?

E a resposta é muito óbvia, eles são monstros. ERA TÃO ÓBVIO, ELES SÃO MALDITOS MONSTROS, QUE NÃO SE IMPORTAM EM TIRAR A VIDA DE UMA PESSOA TÃO BOA. Eles vão me pagar, e mesmo que demore, eu vou fazer eles terem a mesma morte que a minha irmã teve.

Estava tão perdido em meus pensamentos de ódio e vingança enquanto olhava o estrago que fizeram com a minha irmã, que não reparei a aproximação de um garoto, que se ajoelhou do lado oposto da minha visão e se esticou para aparecer na minha frente.

Acenando um pouco, quando olhei para ele, ele se levantou e esticou a mão para eu me levantar.

E então, quando levantei, pude escutar gritos, de outras pessoas que estavam sendo atacadas.

Eu fui possuído pelo ódio, queria ir lá, espancar eles como fizeram comigo, matar eles como fizeram com a minha irmã, mas aquele garoto segurou o meu pulso.

— Eu sei que você quer acabar com eles, mas você não pode salvar a todos. Olhe o seu estado! – ele disse em abrindo um sorriso intrigado – não tem condições de dar um soco! – ele completou, logo em seguida ele me fez passar o braço pelo seu pescoço, e ele logo passou o braço por baixo do meu, me ajudando a andar até uma Kombi.

Outro homem, aparentemente mais velho, abriu a porta do veículo e foi em direção de onde os gritos tinham vindo, o garoto entrou comigo e me deixou sentado em um colchão.

Ele cuidou de um machucado que eu havia feito –e nem tinha percebido– na canela, logo depois que ele terminou, o outro homem entrou denovo na Kombi, com uma garota e um garoto, a garota só aparentava ter um machucado no braço. Mas o garoto estava em uma situação lastimável.

Havia cortes de garras e marcas de mordidas por todo o corpo, sangrando, e como sangrava, e um corte, que começava na testa, atravessava o seu olho e terminava na maça de sua bochecha esquerda.

Aquele corte sagrava mais que qualquer outro, era profundo e estava bem aberto, ele com certeza não vai abrir o seu olho esquerdo novamente.

O garoto olhou assustado pro menino caolho, logo fazendo um monte de perguntas, apenas algumas foram respondidas, algumas foram respondidas pelo homem, outras pela garota.

O garoto cuidou do menino caolho, eu tive que sentar na superfície(chão) da Kombi, junto com a garota, para o menino poder deitar no colchão.

O homem assumiu o volante, porém não dirigia, apenas ligou o carro.

Ele estava esperando algo, e então, depois de um tempo, uma menina asiática de cabelos louros e óculos apareceu, assumindo o lugar ao lado daquele homem.

E então ele começou a dirigir, muito rápido, saindo daquela cidade, sem parar por nada, nós estaríamos a salvo em outro lugar...

XXXXXX

Thiago me salvou junto com Daniel.

Depois disso eles me explicaram que a cidade do Thiago foi atacada antes da minha, e que Daniel vivia como um andarilho, só que com um veículo, onde ele vivia.

Então Daniel já tinha visto isso acontecer em outras cidades, e veio pra cidade natal dele, não havia mais ninguém, apenas sua amiga de infância, Moon.

Depois disso ele decidiu que iria salvar quem pudesse, e foi pra cidades vizinhas, junto com a Moon, durante a viagem, ela aprendeu sobre os Orne's, e em uma cidade não muito longe da cidade natal deles, ele achou o Thiago.

Depois de mais um tempo viajando, dessa vez em outro estado, me acharam, ju to com Helena e Pedro, os dois são irmão gêmeos, só que as únicas diferença entre eles são que eles tem sexos opostos e que Pedro não abre mais o olho esquerdo, ele literalmente não consegue mais abrir ele, mas de nada adiantaria se ele conseguisse, ele é cego daquele olho.

E depois, enquanto a Moon trabalhava em um Orne junto com Thiago, que já sabia o que faria pra ajudar o resto, eles acharam Rafael, que não queria ficar sozinho naquele apocalipse, tanto que se juntou a nós.

Desde então, brigas, acertos, erros, confusões, um monte de coisa aconteceu, mas uma coisa é certa, nós não vamos nos separar.

E agora, nós provavelmente teremos alguém novo, isso se Daniel voltar.

Mas eu não duvido que ele só tenha passado na Moon, ele a ama com certeza, e torço por ele a cada dia.

— GUSTAVO! O NINIEL CHEGOU! – gritava Thiago, subindo as escadas rapidamente, quase caindo.

E o pior, é que ele caiu mesmo.

Ouvi o barulho e sai correndo do meu quarto para ver aquela cena.

Eu comecei a rir na hora, e quando terminou de cair, ele se levantou, se apoiou no sofá, e começou a rir também.










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