1. Spirit Fanfics >
  2. Conexão Estrelar >
  3. Capítulo I

História Conexão Estrelar - Capítulo I



Notas do Autor


Oiee meus amores, lembram de mim? Quanto tempo né? HAHA'.
Então gente eu decidi abandonar por enquanto minha fic Naruhina (Ohhh ://)! Maas foi por um bom motivo tá? Além de querer amadurecer a história vou escrever outra fic de FMA *-*'. Estou agora com uma parceria com ninguém menos que outro fã da série, Edward--Elric \o/ (Viva duas pessoas loucas em Edwin) \o/. Então se preparem para essa fic pois estamos com ideias muito loucas! E só um aviso essa fic se passa numa realidade paralela do mundo de FMA, então tenham paciência tá? Ela será bem diferente... Vamos tentar postar toda sexta ou sábado, espero que gostem!!! Beijos da Win-chan :*

Ps: Essa capa maravilhosa foi feita ela senhorita Crazy-- especialmente pra fic, então quando quiserem capas já sabem onde encontrar <3'

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Conexão Estrelar - Capítulo I

 

*Winry*

Mais uma noite fria e sob o céu límpido aqui nesse fim de mundo eu consigo até contar as estrelas, elas são infinitas, majestosas e eu adoro olhar para elas. Sinto que somente essas estrelas podem me trazer a paz que a muito tempo eu perdi, então ergo minha mão para o alto como se fosse tocá-las e continuo imaginando como seria se eles ainda estivessem comigo. Provavelmente tudo seria diferente e eu ainda estaria na minha querida Central City, contemplando prédios espelhados ao invés de estrelas, eu ainda estaria na minha escola com os meus amigos ao meu lado. Sim! Com toda a certeza meus amigos estariam comigo, ouviríamos nossas bandas de rock, sairíamos para nossos passeios típicos como: shoppings, shows, eventos de games, animes, baladas e muito mais. Andaríamos por aí sem ninguém para reclamar de nossas guitarras ou violões, sem ninguém para reclamar de nosso jeans rasgado ou nossa jaqueta de couro e o mais importante, eu estaria com eles... Ah! (suspiro) como sinto falta de vocês... Mãe e pai por que vocês tinham que ir? Por que tinham de me deixar sozinha? Eu acho tudo isso tão injusto... Fecho a mão ainda no ar, dou mais um suspiro de pura frustração e dou um pequeno soco na cerca viva ao meu lado.

_ Winry minha filha entre, está ficando frio aqui fora... – Chama a vovó com tom de preocupação, ela tem estado assim desde o dia que eu cheguei em Resembool, me olhando como se soubesse nitidamente o que se passa na minha cabeça. 

_ Tudo bem vovó estou indo. – Respondo com um meio sorriso tentando disfarçar meus pensamentos. Levanto meu corpo devagar até ficar sentada no pequeno banco que tem ali, olho por toda a extensão do jardim da frente da casa da vovó e imagino se meu pai gostara mesmo de ter crescido numa cidade tão sem graça como essa, tão pequena, então coloco-me de pé e vou me arrastando para dentro da casa.

_ Vá tomar um banho e depois desça para o jantar, eu vou te esperar.

_ Sim senhora... – Respondo subindo rápido as escadas.

Chegando ao meu quarto, tiro minhas botas apressadamente e as jogo em qualquer lugar, depois retiro meu cardigã preto e o coloco no cabide e por último o restante das minhas roupas atirando-as pelo chão do quarto. Abro a porta do banheiro e entro no chuveiro, a água quente me traz uma sensação de aconchego, então a deixo cair sobre todo meu corpo, esperando que de alguma forma ela lave minha tristeza. Depois do banho escolho qualquer roupa para vestir e uso minha toalha para secar meus cabelos, massageando meu couro cabeludo faço movimentos para que a peça sugue toda a umidade dali.

_ Nossa saiu toda essa tinta? Logo precisarei retocar. – Digo para mim mesma ao ver os borrões pretos com cinza presentes na toalha que acabei de enxugar os cabelos. Logo após os acontecimentos eu estava desesperada por mudanças e decidi pintar meus cabelos de preto intenso, passei também a usar mais maquiagem preta e a cultivar um lado mais sombrio. 

De volta ao andar de baixo caminho para a mesa sem muita fome, mas me esforçando ao máximo para agradar minha avó Pinako Rockbell, ela era a única que estava me apoiando em tudo e também era minha única família agora, sem ela eu não teria lugar algum nesse mundo. Começo servindo a salada e um pouco do macarrão que ela havia preparado, dava pra sentir o carinho que ela tinha comigo e apesar de meu comportamento distante ela sempre tentava me colocar pra cima.

_ Não quer comer a carne assada? – Pergunta.

_ Não senhora obrigada, eu não estou com muita fome e eu gosto do seu macarrão... – Respondo com esforço.

_ Hoje faz dois meses não é? – Questiona a senhora me olhando profundamente.

Respiro fundo e balanço positivamente a cabeça... É hoje fazem exatamente dois meses que meus pais morreram...        

Flashback On:

_ Filha está tudo bem aí em cima? Seu pai já está no carro, vamos logo.

_ Está mãe, eu só estou terminando de arrumar minha mala.

_ Você vai adorar a casa da sua avó, seu pai e eu vivemos muitos momentos lá.

_ Tá mãe, não começa com romantismo pode ser? E eu posso levar meu violão? – Responde a menina meio que revirando os olhos para a mãe, ela tinha que falar de romance justo agora?

_ Claro que pode querida. – Responde a mãe rindo.

_ Beleza, estou pronta.

_ Vamos ouvir Guns n' Roses né pai? – Winry diz já dentro do carro enquanto prendia o cinto de segurança do banco, estendendo um pendrive para seu pai.

_ Claro filha vamos botar pra quebrar! O pai tava mesmo precisando dessa viagem. – Responde o senhor Rockbell animado.

_ Depois de quase dois anos sem férias e um mês no plantão da noite? Imagina Sr.Medicina, você não precisa de nada rsrsrs. – Dizia a senhora Rockbell em tom de brincadeira enquanto dava um beijo no rosto do marido – Amor, antes de seguir viajem vamos parar no Mcdonald’s pra comer alguma coisa?  O caminho é longo... O que acha Win?

_ Mcdonald’s antes do final de semana? Urulll... Beleza!

_ Então vamos lá, próxima parada Big Mac. – Diz o senhor Rockbell...

_ Antes de entrarmos outra vez no carro vamos tirar uma foto? A grande viagem da família Rockbell – Diz a senhora Rockbell, enquanto voltavam todos juntos para o carro depois de um delicioso lanche – Vamos Win sorria, todos dizendo "x"... (Flash).

 Uma foto de viagem perfeita registrada em um posto na saída da cidade, qualquer um que fosse ver a foto percebia logo de cara que retratava o quanto aquela era uma família feliz e unida. Apesar de trabalhar muito, o casal de médicos Rockbell amavam muito sua filha e se esforçavam ao máximo para que ela tivesse uma vida boa e feliz em Central City, uma vida que não lhe faltasse nada, era a vida quase perfeita... Ou era o que Winry se pegava pensado depois de entrar no carro... 

" [...] Oh, oh! Sweet child o' mine

Oh, oh, oh, oh! Sweet love of mine [...]"

 

Gritavam todos no carro se divertindo em cada verso da canção, o senhor Rockbell até imitava uma guitarra imaginária enquanto dirigia e assim seguiam para Resembool, numa animação contagiante. Winry fecha os olhos e se concentra no solo de guitarra da música, era um dos seus preferidos, com os olhos fechados ela sorri... Até que tudo começa a girar numa velocidade incontrolável e a garota não consegue entender o que está acontecendo, o impacto de um caminhão desgovernado na pista sobre o carro da família pareceu o de uma bomba atômica e tudo de repente ficou escuro... Pelos destroços deixados no caminho ninguém sabe ao certo explicar como e porque Winry sobreviveu, mas ela o fez... 

Flashback Off.

 _ Winry? Winry? – Chama a vovó para me despertar daquele transe.

Mais uma vez eu estava tentado relembrar aquele dia, me agarrando as poucas imagens que tenho dos meus últimos momentos com meus pais, mas sempre na parte do impacto do acidente tudo fica preto e depois disso eu só me lembro de encarar com a visão embaçada pelas lágrimas, as lápides daquele cemitério antigo. As inscrições nas pedras me lembrando minha triste realidade diziam: 28.05.2016. É, um dia que eu não me lembro por completo, mas que eu queria desesperadamente apagar de mim. 

 – Está tudo bem? – Pergunta a vovó desconfiada. 

_ Está sim... – Minto para não deixá-la ainda mais preocupada – Não precisa se preocupar vovó.

_ Eu te entendo minha filha, eu sei como tem sido difícil para você... Por isso tenho uma coisa especial para te dar, e acho que você merece ficar com ela. – Diz vovó Pinako com uma voz doce estendendo um colar antigo para mim. Avalio a peça em todos os seus detalhes e percebo que já o vi em algum lugar antes, talvez nas fotos antigas do papai?

_ Esse colar é...

_ Sim era de seu pai, mas antes disso ele pertencia ao seu avô e antes ao bisavô, o Rockbell que sempre contava a mesma história no feriados de natal para os netos: A história de seu tataravô... – Começa vovó cheia de mistério.

Ouço atentamente o que ela dizia com certa curiosidade e na história a família Rockbell supostamente descendia de uma linhagem de bruxos e magos muito poderosos que gostavam de ajudar e curar as pessoas. Arregalo os olhos ao ouvir que meu tataravô dizia que essa prática veio de uma ciência que seus antepassados aprenderam em outro mundo através daquela chave que estava na mão da vovó. A chave, segundo ele nada mais é que uma chave de portal para um outro mundo... O mundo antigo da alquimia.

_ Hummm (expressão pensativa). Mas vovó, meu pai era um médico e um estudioso como poderia acreditar nessas coisas de outros mundos e alquimia? – Pergunto com curiosidade pegando o colar com a chave da mão pequena de minha avó.

_ Seu pai sabia que essa chave era o legado de seu avô, era um motivo de orgulho para ele e por mais que não acreditasse em tudo que seu avô dizia, ele sabia que era um tesouro de família e então quis guardá-lo. – Responde ela.

_ Bom se essa chave era importante para meu pai eu a quero e vou zelar por ela vovó. – Digo com o primeiro sorriso verdadeiro do dia.

De alguma forma ter algo que pertenceu ao meu pai me reconfortava e isso me fazia sentir bem melhor. Era difícil acreditar que meu pai que sempre foi um médico brilhante e que estudou diversos temas fosse ligado a esse tipo de lenda como "chaves de portal" e "alquimia", mas coloquei o colar no pescoço, sorri para a vovó e terminei meu jantar com calma.

_ Vovó muito obrigada.

_ Não foi nada minha filha.

*Edward*

Dentro do carro me preparo para me encontrar com Sheska, a devoradora de livros, coloco a mão no bolso e retiro meu relógio de prata, são exatamente 13:00 horas, então volto a guardá-lo. Respiro fundo e tento acalmar meu interior, ela terá mesmo conseguido? A possibilidade de uma resposta positiva me anima muito e eu me pego imaginado o quanto será indescritível a sensação de alívio quando tudo isso tiver um fim. É, enfim eu poderei retornar para casa ao lado do meu irmão e recomeçar nossas vidas com nossos corpos de volta ao normal, concluindo de vez essa jornada agoniante que começou no....

_ Ano onze. – Digo para mim mesmo em voz alta me esquecendo completamente dos presentes ali.

_ O que você está dizendo Edward, nós estamos em 1914. – Diz a segunda tenente Maria Ross com um sorriso.

_ Eu sei, só estava pensado alto... – Respondo me despertando de meus pensamentos.

Consigo sentir todos ali me encarando com expressão de interrogação no rosto, mas ignoro e concentro meu olhar para a paisagem fora da janela do carro, estamos quase chegando e eu tenho de conter meu entusiasmo, pois ainda não tenho certeza se Sheska poderá mesmo ajudar.      

_ Então posso mesmo confiar que essa pesquisa é a dele né? – Eu digo olhando para a garota e logo depois para a pilha de papeis que estava sobre a mesa a minha frente.

_ Sim, não tem erro. – Responde Sheska – É a coleção de pesquisa culinária assinada por Tim Marco, o título é "Mil pratos pra você fazer em casa"!!

_ Hein? – Questionam os militares ali presentes.

_ "Adicionar um pouco de água e uma colher de sopa de açúcar..." Realmente são os mil pratos para preparar em casa – Diz a segunda tenente Ross incrédula.

_ Hey! Garota o que é isso? Eu não estou vendo nada de importante nesses documentos. – Diz o sargento Brosh.

_ M-as senhores, eu numa falei que eram importantes... E-u apenas reproduzi exatamente o que eu li. – Defende-se Sheska gaguejando.

_ Será que isso foi escrito por um homônimo então? Desculpem senhores Elric mais acho que perderam sua viajem... – Completa o sargento direcionando o assunto para mim e meu irmão mais novo.

_ Só vou confirmar de novo, você transcreveu tudo exatamente como foi escrito pelo senhor Marco, sem errar nenhuma letrinha se quer... confere? – Digo olhando com determinação para a garota.

_ Sim! Eu posso garantir isso... – Responde Sheska.

_ Rhum! Você é demais... Valeu mesmo. – Eu digo com um olhar de excitação e um sorriso vitorioso.

Segurei aqueles "manuscritos precisos" com força, à minha espera tinha sido recompensada, finalmente eu tenho em minhas mãos o que eu tanto busquei, finalmente eu posso respirar mais aliviado e me concentrar numa forma de me redimir com meu irmão... Finalmente eu estou com as pesquisas sobre a pedra filosofal.


Notas Finais


Galera não sei se ficou claro, mas nesse primeiro momento nossos personagens estão separados por dimensões, enquanto a Winry está em Resembool no ano de 2016, o Ed e o Al ainda estão lá no ano de 1914/1915 num período semelhante a época após a revolução industrial (quem acompanhou a série ou mangá vai lembrar).

O trecho da música utilizado foi Sweet Child O' Mine - Guns N' Roses
https://www.letras.mus.br/guns-n-roses/17094/

E ai gostaram? Me desculpem os erros e até o próximo capítulo, beijos da Win-chan e do Ed-senpai :**


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...