História Conexões Perigosas - Não durma

Após ser selecionada para a Sonserina, Ruby sentou-se ao lado de outros alunos também da mesma casa e perguntou para um menino que estava ao seu lado:
-Você sabe qual é a primeira aula?
 Antes de o menino ter chance de responder, outro de cabelo loiro platinado e de olhar convencido que estava em frente a Ruby disse:
-A primeira aula desse ano é sobre defesa contra as artes das trevas, com a nova professora. -levantou o olhar para Ruby- Eu sou…
 Antes de começar a se apresentar Ruby interrompeu:
-Você é um Malfoy, certo?
-É vidente assim como sua irmã? -Sorriu surpreso.
-Não, e ela está morta. -Disse como se não fosse algo importante.- Mas eu tenho uma foto dos meus pais biológicos com outros bruxos da sonserina, e você é incrivelmente parecido com Lucius Malfoy, um amigo de Harlow.
-Ah, meu nome é Malfoy, Draco Malfoy, assim como você já sabe.-Cumprimenta a garota.
 Ruby apenas sorri pensando que não deveria se apresentar já que Dumbledore o tinha feito na frente de todos. Até que o homem de cabelos brancos apresenta os professores daquele ano, que apreciaram o jantar e a noite bela.
- (...) também vamos dar boas vindas a professora de defesa contra as artes das trevas, professora Dolores Umbrigde. Sei que todos vão se juntar a mim para desejar aos professores boa sorte.Como sempre o nosso zelador, o sr. Filch me pediu para lembrar a vocês…
 Até que Dolores o interrompe:
-Obrigada diretor, pelas doces palavras de boas vindas. Como é adorável ver tantas carinhas radiantes sorrindo pra mim. -Nesse momento Ruby percebeu que todos os alunos a fitavam seriamente.- Aposto que seremos todos muito bons amigos. O Ministério da Magia sempre considerou a educação de jovens bruxos e bruxas de vital importância. -A voz daquela mulhe irritava Ruby profundamente, mas apenas continuou a ouvi-la.- Apesar de todo diretor ter trazido algo de novo a esta escola histórica, o progresso pelo progresso não será encorajado. Vamos preservar o que deve ser preservado, aperfeiçoar o que for possível aperfeiçoar, e cortar práticas que devem ser proibidas. -Disse a última palavra em sussurro.
 Então aplaudiram-na, e Ruby olhou para a mesa da grifinória, vendo que os amigos que conhecera no Expresso conversavam, até que ouviu Hermione dizer para Harry:
-...significa que o Ministério vai intervir em Hogwart.- Não sabia o que isso significava pois era sua primeira vez naquela escola.
 Após o jantar todos os alunos foram para seus devidos salões comunais, Malfoy acompanhou Ruby, que ao chegar ao destino percebeu que todos ainda a encaravam e falavam coisas uns para os outros assim havia acontecido no salão principal, e já irritada disse:
-Porque ficam me olhando assim? Desde quando Dumbledore me apresentou todos ficam falando como se eu não estivesse assim.- Ela odiava não entender o que estava acontecendo e sua personalidade forte a impedia de agir normalmente.- Percebeu que ainda sussurravam algo uns para os outros, então com raiva saiu dali bruscamente e foi para a sua cama.
 Depois de quase uma hora e meia Ruby parou de encarar o teto pensativa e finalmente conseguiu dormir.
 Sonhou que não era apenas uma comensal da morte como seus pais, mas sim o braço direito de Voldemort. Estava num lugar sombrio com o Lord, um cemitério, e via Harry, os comensais, e um garoto com uma camisa da lufa-lufa no chão, parecia estar morto e era como se estivesse assistindo uma lembrança. Dessa vez ela já não estava assistindo, e fazia parte da cena, estava lutando com Harry até que as varinhas ficaram ligadas, então percebeu que ela e Voldemort eram a mesma pessoa.
 Acordou ofegante, mesmo sendo que desde o ano anterior tinha esses sonhos frequentemente, ainda não havia se acostumado com eles. Precisando de ar fresco saiu com o pijama que era coberto com o sobretudo preto, e correndo parou no corredor próximo ao jardim do castelo. Ficou sozinha ali por aproximadamente 5 minutos, até que o professor Snape -que Dumbledore havia apresentado naquela noite- chegou perto de Ruby e com o feitiço lumus em sua varinha disse:
-Iuglandis, creio que mesmo sendo seu primeiro dia em Hogwarts deve estar ciente de que é extremamente proibido os alunos andarem por aí no meio da noite. -Disse olhando-a seriamente e a repreendendo.
-Sim, mas… -Antes de se explicar o professor a interrompe.
-Então vá para cama agora mesmo. -Ele disse dessa vez com a voz mais rude.
 Ruby não se importou e apenas voltou para a cama, ela queria apenas conseguir fechar os olhos e dormir, sem sonho algum, queria poder piscar sem ver imagens como as de uma casa incendiando ou os assassinatos cometidos pelo Lord, esses sonhos assustavam e ela odiava se sentir desta forma, a não ser quando ao dormir via sua família, era como se eles estivessem realmente vivos, mas ao acordar sabia que era apenas ilusão.
 Acordou sonolenta no dia seguinte, estava surpresa por não estar nervosa devido ao primeiro dia de aula, mas a sensação de normalidade fora embora ao chegar segundos após a professora Dolores na sala antes de começar a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Pois, todos a encaravam, Ruby acreditava ser pelo seu atraso.
-Sente-se, querida. -A professora disse de forma doce para a menina que estava parada próxima a porta sem falar palavra alguma.
 A aula seria com as casas da  Grifinória e Sonserina, Ruby sentou-se a frente de Malfoy e ao lado de um garoto da casa de cor vermelha. Logo Umbrigde entregou aos alunos livros que flutuavam, e tanto Ruby como todos que estavam naquela sala presenciaram uma discussão entre Dolores e Harry Potter que estava irritado por ser chamado de mentiroso na frente de todos, logo a professora deu detenção ao menino que estava com tanta raiva e demonstrava isso para todos aqueles que concordavam com a irritante mulher.
 Ruby podia ouvir Draco fazendo piadas de Potter, e via outros alunos olhando o garoto com espanto ou desdém. Mesmo sabendo que muitos o julgavam mal, Ruby sabia que ele estava dizendo a verdade, sabia que Voldemort estava de volta, de alguma forma podia sentir isso de forma intensa, e esse fato a deixava com certo medo,não de Voldemort, mas de si mesma.