1. Spirit Fanfics >
  2. Confidences >
  3. 11° confissão: Mon Minou

História Confidences - 11° confissão: Mon Minou


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


OLÁ MEUS NEKOS!

MINHAS PROVAS ACABARAM E EU ESTOU MUITO FELIZ!

Vocês viram o especial de Natal? Gente foi lindo demais! E não se preocupem, eu não vou dar spoiler pra quem não viu. Só faço isso pra quem merece, e vocês só merecem coisas boas.

E pessoas que amam Marichat, preparem os corações. E mesmo que não gosta segure os corações assim mesmo.

E esse foi de longe o maior capítulo que eu já escrevi, sério mesmo, foi enorme. E só pra constar, estamos nos setenta favoritos! Eu amo vocês, sabiam disso?

Enfim, espero que gostem e até lá em baixo!

Capítulo 12 - 11° confissão: Mon Minou


Sentia falta dela.

Sentia falta de seus abraços, sentia falta dos beijos que ela dava no alto de sua testa todo dia de manhã. Sentia falta de sua cantoria pela casa, sentia falta do seu cheiro de framboesa que ficava impregnado em cada canto.

Sentia falta de tê-la por perto. Sentia falta da mãe.

A única foto que tinha dela fora tirada há oito anos, quando era apenas um menininho de sete anos. Foi a última vez que a vira andando pela casa, fora a última vez que a ouvira cantar, fora a última vez que ele sentira seu abraço acompanhado por aquele cheiro doce que apenas ela tinha. Fora também a última vez em que vira o pai feliz de verdade.

E agora, as coisas haviam saído completamente do controle.

─Onde você está afinal? ─Murmurou para si mesmo olhando para a foto em seu relicário.

─Disse alguma coisa Chat?

A voz de Marinette veio do outro lado do quarto, ela mantinha seu olhar fixo em um desenho de uma nova roupa ─que ela dizia ser para ele─, concentrando o máximo de si que podia. Chat suspirou e guardou o cordão novamente para dentro da camisa e se esticou na cama agarrando o travesseiro com força.

─Não, eu não disse nada. ─Falou e se encolheu feito uma bola. ─O que você está fazendo?

─Eu já disse que é uma roupa para você.

─Eu sei disso, eu quero saber que tipo de roupa. Uma camisa, uma calça ou algo do tipo?

─Desde quando você é tão curioso? ─Ela o perguntou finalmente o olhando e não podendo evitar sorrir ao vê-lo tão encolhido em um cantinho de sua cama.

—Gatos são naturalmente curiosos.

—Acontece. —Marinette se levantou e andou até ele parando a sua frente. —Que você não é um gato de verdade.

—Não carrego o nome de Chat Noir atoa.

—Mas esse não é seu nome de verdade. —Ela se sentou a sua frente. —Sabe as vezes eu me pergunto quem é você Chat.

—Talvez alguém que salva Paris praticamente todo dia?

—Não nesse sentindo. Eu quero saber quem é você por trás da máscara. —Ela disse. —É uma pessoa normal, um astro, alguém que eu conheço talvez?

Chat não soube o que dizer. Não soube o que pensar.

O que diria a ela? Que era apenas um garoto inseguro? Que era apenas alguém que quando não usava sua máscara era alguém incapaz de se defender?

Diria para ela que não passava do amigo que ela insistia em oferecer ajuda? Que era o amigo que ainda se sentia abandonado, triste, machucado?

Diria isso a ela?

—Ei... Mari... —Disse acariciando as costas de sua mão. —Será que... Podemos conversar um pouco? Só que realmente sério dessa vez?

Marinette não soube o que dizer daquela pergunta vinda em um tom completamente sério vindo de Chat Noir. Apenas concordou brevemente o vendo se levantar e a puxar junto com ele para que se levantassem.

—O que vai fazer? —Perguntou sentindo o coração bater um pouco mais rápido com a proximidade dos dois.

—Eu acho que podemos conversar melhor em outro lugar. —Falou e esticou o bastão. —Apenas se segure firme.

Marinette não teve tempo de raciocinar. Quando se deu conta, Chat saltara com ela pela varanda e continuou com seus saltos pelos telhados de Paris. Marinette estava acostumada com aquilo era verdade, mas ela confiava plenamente em seu ioiô e em sí mesma e não tinha o costume de saltar por ai nos braços do parceiro. Confiaria a ele sua vida, era verdade, mas mesmo assim ela impossível não sentir o coração palpitar.

Apertava com força seus braços em volta de seu pescoço. Não soube quanto tempo ficou sentindo o vento bater violentamente contra ela, mas apenas percebeu que havia parado quando ouviu Chat dizer:

—Pode abrir os olhos agora.

Abriu os olhos lentamente e as várias luzes vindas a cegaram por um minuto, e depois disso levou menos de alguns segundos para perceber onde estava.

—Você me trouxe no topo do Arco do Triunfo? —Perguntou não conseguindo acreditar em suas próprias palavras.

Ele não respondeu. Apenas voltou a mostrar seu sorriso que sempre dava quando a surpreendia e se sentou indicando o lugar ao seu lado.

Marinette sentou-se lentamente ainda com medo da altura. Naquele momento ela era apenas... "ela". Estava nas mãos de Chat.

Por sorte ele percebera seu medo e passou sua mão por sua cintura. E finalmente —mesmo que sem perceber— sentiu finalmente o corpo relaxar.

—Sobre o que quer conversar? —Perguntou o vendo olhar para as luzes dos carros que passavam.

—Eu... —Chat suspirou e coçou a nuca—Eu não me sinto bem Mari.

Foi como um choque.

—Por quê? Você não está sentindo alguma está? Não se machucou de novo, não é?

—Não, calma. —Ele acariciou seu rosto que já demonstrava sinais de preocupação. —Não é esse tipo de não se sentir bem. É algo meio... Eu não sei como explicar... É que eu me sinto... Sozinho.

—Sozinho?

—Sim.—Chat disse e voltou a olhá-la nos olhos. —Esses últimos dias foram terríveis, mas não foram os únicos.

—Não foram os únicos em que sentindo?

Ele suspirou. Não podia negar que naquele momento não era o cheio de si Chat Noir que falava, naquele momento era apenas ele, apenas Adrien.

—Quando eu era apenas uma criança... A pessoa mais importante da minha vida me deixou sozinho. —Falou alisando o braço de Marinette. —Eu era só um menininho e acho que nunca superei isso. Eu era uma criança, precisava de carinho e eu estava até doente na época... Mas ela simplesmente foi, me colocou para dormir e nunca mais a vi.

—Ah Chat... —Marinette disse com a voz repleta de empatia ao ver o olhar do amigo repleto de tristeza. —Eu sinto muito.

—Não precisa se sentir mal por mim princesa. —Chat a mostrou um breve sorriso. —Eu vou ficar bem. Algum dia eu vou esquecer isso, algum dia.

Marinette o abraçou com força, sentindo novamente aquela sensação crescer outra vez no peito. Aquele conflito de não saber com quem realmente queria estar, se era com seu gato manhoso ou com seu amigo que definitivamente precisava de carinho.

Ela não sabia.

—Quero te dar uma coisa.

Chat se afastou dela e tirou de seu pescoço o relicário dourado que carregava. O prendeu em volta do pescoço de Marinette e tirou uma pequena chave do bolso o trancando.

—Hoje cedo você me perguntou quem eu era. —Disse enquanto guardava novamente a chave em seu bolso. —Esse relicário foi da pessoa mais importante para mim.

—Vai me dar ele? —Perguntou passando os dedos pelo pequeno pingente em formato de coração ainda incrédula.

—Sim, mas não é só isso. —Chat a puxou para mais perto. —Tem uma foto aí dentro, e se você vê-la tenho certeza que vai descobrir quem eu sou.

—Mas você trancou.

—E essa é a graça. —Sorriu.—Você vai ficar morrendo de curiosidade, mas só vai conseguir abrir no momento certo porque é uma peça feita sobre encomenda, só tem uma no mundo todo.

—E você vai deixar comigo? —Marinette se exaltou. —Chat eu sou muito desastrada! E se eu o perder?

—Eu sei que não vai. —Chat riu em meio ao pavor que surgiu no rosto dela. —Se você perder nunca vai ver o rosto por trás dessa máscara, então tenha cuidado. E se você for cuidadosa, no momento certo eu vou abri-lo e vai me reconhecer.

—Ainda não gosto dessa ideia. —Marinette balançou as pernas em um momento de nervosismo com irritação por tanta insistência. —É algo importante para você, e se eu realmente perder?

—Minha intuição de gato diz que tudo vai dar certo. —Ele se levantou a puxando junto de sí com um sorriso maroto nos lábios. —Então não se preocupe princesa.

Marinette bufou cruzando os braços e Chat deixou escapar uma breve risada.

—Sabia que fica linda quando fica nervosa e irritada ao mesmo tempo?

Marinette nada disse e com intenção de acalmá-la ele a puxou para mais perto e a deu um breve beijo na testa.

Mas ele não imaginou que quando se afastá-se teria aquela sensação de querê-la por perto quase que dobrada de tamanho. Ficou hipnotizado por seus olhos azuis, pelas bochechas coradas e o olhar nervoso. E mal sabia ele que Marinette mal conseguia mexer-se sem ter a sensação de que cairia do alto daquele Arco.

Não conseguiu evitar puxá-la para mais perto. Queria que seu bom-senso grita-se que estava ficando louco, queria que Ladybug aparecesse alí e fize-se algo para impedir.

"Que se dane o bom-senso."

Os lábios se tocaram tímidos e tenros. Em uma dança silenciosa de duas pessoas que mal se julgavam intímas o suficiente para manterem seus olhares fixos por muito tempo. Mas naquele breve momento eles não ligaram para isso, havia apenas eles, Paris, e seus lábios juntos mantendo seus pensamentos focados apenas um no outro e o quanto desejavam se manter perto.

Suas mãos a puxaram para mais perto, seus dedos finos alisaram os fios loiros. Queriam se manter assim, um ao lado do outro, mas no fim tiveram que se afastar para retomarem seu fôlego.

—A- acho melhor eu te levar para sua casa. —Ele disse sentindo o rosto esquentar como se uma febre súbita tivesse surgido.

Marinette concordou sem encará-lo, apenas fechou novamente os olhos quando sentiu suas mãos a agarrarem pela cintura.

Os mesmos minutos se passaram até que ela sentisse novamente o chão sob seus pés. Abriu os olhos e estavam novamente em sua varanda, Chat mantinha o olhar fixo em qualquer lugar e Marinette apertava as mãos ainda sentindo o coração pular no peito.

—Acho que eu tenho que ir. —Ele falou já dando a meia volta.

Teria saido se as mãos dela não tivessem o segurado e se seu rosto corado não o tivessem parado por completo.

—O que foi? —A perguntou sentindo as mãos trêmulas.

—B-bom... —Marinette gaguejou sem o encarar.—É que... Você sabe que pode contar comigo para o que precisar... Não sabe?

Chat sorriu a vendo daquele jeito completamente tímido, infinitamente diferente da Marinette que vivia o dando respostas duras e com indiferença. Não podia negar que depois daquilo um clima estranho ficara entre os dois, mas mesmo assim era tão... Inusitado.

—Eu sei princesa. —Enconstou sua testa a dela. —Eu confesso que de todas as coisas que eu sei essa é a única que eu tenho certeza que é uma verdade absoluta.

Não pode conter a vontade de puxá-la novamente para mais perto e beijá-la outra vez. Dessa vez nada mais que um pequeno selinho, mas mesmo assim a sensação que percorrera seu corpo fora intensa.

Pulou pela varanda deixando Marinette estática, sentindo apenas o coração bater acelerado.

—Me diga se eu estiver errada. —Tikki apareceu ao seu lado com a voz incrédula. —Mas o Chat Noir acabou de te beijar?

Marinette não conseguiu responder, apenas correr para dentro e cobrir seu rosto com o travesseiro para que não ouvissem seu grito de incredulidade no que ela mesmo havia feito.

...

—Cara você beijou a Marinette! —Plagg quase gritara. —Duas vezes!

Adrien tivera que tomar três banhos gelados para se acalmar e havia falhado miserávelmente. Ainda sentia aquela sensação de euforia e nervosismo.

Havia beijado Marinette e aquilo não saia da sua cabeça. A sensação dos lábios se tocando, do coração batendo forte, o cheiro do perfume dela que ainda estava preso em sua roupa.

Ainda não acreditava no que havia feito.

—Você beijou a Marinette!

—Eu sei. —Adrien finalmente falou se levantando da cama. —Eu só não acredito.

Plagg se escondeu assim que batidas na porta ecoaram pelo quarto. Nathalie entrou vagamente olhando pelos cantos.

—Estava conversando com alguém? —Perguntou se aproximando.

—Não, só estava pensando alto. —Ele respondeu coçando a nuca em um ato de nervosismo que ele sempre fazia.

Nathalie teria percebido aquilo e desconfiado, mas ela parecia tão eufórica —do jeito dela é claro— que nem mesmo percebera.

—Tem alguém que quer te ver. —Foi tudo que ela disse antes de sair.

Adrien sentiu a dúvida surgir quando olhou o relógio que marcava 23h:30min. Nathalie deixara uma visita vir a aquela hora? Ela que parecia manter o horário de oito às dez do hospital?

Cruzou a porta sentindo —literalmente— algo diferente no ar. Algo com um cheiro doce, desceu as escadas vendo Nathalie o esperar com um sorriso nervoso no rosto.

Assim que chegou até lá ela respirou fundo e acaricou o rosto dele deixando Adrien ainda mais confuso.

—Espere um minuto.

Nathalie cruzou a sala destrancando a enorme porta. Ele ouviu os passos ecoarem pela sala, ouviu o ranger da maçaneta sendo girada e viu quando a porta se abriu lentamente.

Mas não teve a coragem necessária para acreditar em seus olhos quando a viu entrar com os mesmos fios loiros presos em um rabo-de-cavalo, com os mesmo olhos verdes brilhantes e expressivos, com o seu mesmo casaco rosa favorito. Simplesmente era ela.

Mrs. Agreste, Natasha, a sua mãe.

—Mamãe... —Fora tudo que ele conseguira murmurar.

—Mon minou...


Notas Finais


Gente eu nunca narrei um beijo na vida, ficou bom? Tentei ser o mais natural possível, espero que tenha conseguido.

Enfim, espero que tenham gostado de coração. E não se esqueçam de comentar, ok?

Beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...