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História Confidences - 4° confissão: Medo


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


Olá meus nekos!
Sim, dois capítulos na mesma semana, a inspiração está ótima esses dias.
Lembram quando eu disse que depois de um tempo os capítulos ficariam "quentes"?
A partir de agora, as coisas vão ficar bem sérias, hehe. Então preparem-se.
E muito, muito obrigada pelos comentários do último capítulo, eu postei o capítulo, sai e quando voltei tinham vários comentários maravilhosos, sério vocês são incríveis.
Então até lá em baixo!

Capítulo 5 - 4° confissão: Medo


—Eu não quero nenhuma palavra sobre isso me entendeu bem?

Ele bateu a porta deixando-o sozinho. Adrien teve medo, teve medo como nunca teve em toda sua vida. Nem mesmo ao lutar contra os Akumas ele sentia tanto medo quanto naquele momento.

Fora amedrontador.

Arrastou-se pelo quarto até chegar a seu enorme banheiro e encarar-se no espelho, os olhos marejados e vermelhos por um choro contido que ele não deixou que saísse. Não na frente dele.

Mas agora sozinho, ele não tinha motivos para contê-lo. As lágrimas correram por seu rosto junto com soluços que ele tentava abafar. Tentando entender em que momento às coisas havia chegado a esse ponto, às repreensões viraram ameaças, e às ameaças viraram palavras realizadas.

Tinha as marcas para provar.

Apoiou-se na parede sentido a dor vir à suas costas. Pontadas espalhadas por diversas partes.

Não sabia quando havia começado, mas o cheiro de cigarro era cada vez mais frequente em sua casa, e ele logo descobriu que o cheiro vinha do escritório do pai.

E aparentemente ele precisava de algum lugar para apagá-los e deixar suas cinzas.

Doía desde a pele até a alma.

—Adrien, levanta a cabeça cara!

Ouviu a voz do Kwami à sua frente e o encarou, Plagg o fitava preocupado o que era algo raro para ele.

—Você está bem? —Perguntou sentando-se em seu joelho sem ter nenhuma resposta. —Ele te machucou muito?

Adrien não respondeu, podia ouvir a voz dele próxima a seu rosto, baixa e amedrontadora.

—Eu ouvi as ameaças. —Plagg murmurou novamente cada vez mais preocupado com Adrien ao ver que ele apenas chorava. —Adrien fala comigo.

 

—Eu tenho que sair daqui.

Foi a única coisa que ele disse antes de se transformar, Plagg não reclamou como sempre fazia, percebera o quanto ele precisava sair, o quanto ele precisa da companhia de uma certa moça naquele momento.

Naquela noite ele sentiu que alguém se preocupava com ele, Marinette lhe deu o abraço de que precisava.

...

Ele havia prometido à ela, havia prometido que não sumiria daquele jeito novamente. Mas ele não conseguiu, à cada dia que passava ele sentia a dor aumentar cada vez mais.

Desde às costas até o pulso, que doia e estava inchado.

Mas aquela era uma promessa que ele iria cumprir.

—Você vai mesmo até lá? Com o pulso desse jeito? Ficou maluco?

A voz de Plagg saiu esganiçada, o Kwami reclamou com ele por horas à fio. Adrien deixou Plagg preocupado, isso era algo que ele nunca achou ser possível.

—Eu tenho que ir até lá. —Falou apertando mais o curativo improvisado.

—Você está com o pulso quebrado! Você devia ir para um hospital e não visitar sua namorada noturna!

—A Marinette não é minha namorada. —Adrien disse ao abrir vagarosamente a porta da varanda. —E eu vou à um hospital quando pensar em algo convivente para contar a Natalie.

—Eu ainda acho...

—Já chega Plagg.

Minutos depois, Chat Noir saiu do quarto.

...

Chat Noir observou Marinette em sua cama,  balançando os pés com insistência. Era uma mania dela, se estava nervosa era isso que fazia.

Gostaria de sorrir para ela, mas não conseguia. Não naquele dia.

—Marinette?

Tinha algo errado, esse pensamento voltou a cabeça de Marinette. Chat não a chamava pelo nome, ela era sempre a "Princesa", algo estava muito errado.

Virou-se a tempo de o ver se aproximar e sentar-se ao seu lado na cama. Chat Noir parecia cabisbaixo, amedrontado. Não parecia o animado e galanteador de sempre.

Isso era preocupante.

—Chat... —Ela falou vagamente temendo a resposta. —O que foi?

—Sabe... —Ele soltou uma risada nervosa. —Eu confesso que... Tive medo e confesso que... Foi difícil chegar aqui nesse estado.

Puxou a luva deixando à mostra o curativo improvisado. Marinette não soube o que dizer, não sabia dizer o quão grave era e podia ver o quanto aquilo estava o incomodando.

—Chat... —A voz dela falhou quando ao pegar a mão dele entre as suas ele arfou. –Dói muito?

—Nada que eu não consiga suportar. —Ele a respondeu deitando-se no canto da cama.

—Como isso aconteceu?

—Eu tive... Alguns problemas com algumas pessoas.

"Com uma pessoa" Foi o que ele pensou, torturando-se por dentro, odiava mentir tanto para ela.

—Com que pessoas? —Marinette insistiu o deixando nervoso sem que percebe-se. —A quanto tempo tem esses problemas?

—Não precisa saber, não quero que se envolva em tudo isso.

—Mas Chat Noir....

—Marinette, por favor. —Ele a interrompeu fechando os olhos com força, deixando-a angústiada ao ouvir a voz dele sair trêmula. —Eu vim aqui para esquecer tudo isso então...

Marinette calou-se ao ver os olhos verdes marejados dele à observando.

Chat Noir, à sua frente, quase chorando.

Seu coração se partiu naquele momento.

—Então... —Ele continuou puxando o ar com força como se quisesse conter às lágrimas que vinham aos olhos. —Então só fique comigo hoje a noite... Por favor.

Marinette não disse absolutamente nada, se aproximou de Chat e aconchegou-se perto dele tomando o cuidado para não encostar no pulso dele.

Sentiu ele passar a mão por sua cintura a puxando para mais perto, e ela ficou por incontáveis minutos acariciando seus cabelos.

Ficou o confortando, desde o momento em que ele dizia qualquer coisa apenas para passar o tempo, até o momento em que ele soluçou, chorando baixinho molhando a blusa dela.

Ela sempre esteve lá.

...

—Eu não quero ir.

Chat murmurou ainda agarrado à ela quando ouviu seu anel apitar. Marinette piscava vagamente sentindo o sono pesar, mas ela não queria dormir naquela hora, sentia que o deixaria sozinho.

—Então não vá. —Ela sussurrou em seu ouvido. —Não quero te deixar por aí a essa hora da noite com o pulso desse jeito.

—Mas eu também não posso ficar.

—Fique essa noite,  não tem problema.

—Minha transformação vai acabar.

—Eu prometo não olhar.

Chat Noir fechou os olhos e respirou fundo. Pensou em tudo, e decidiu fazer o que era melhor para ele.

Ao menos aquela noite.

—Promete não olhar? —Chat disse vagamente.

—Eu prometo.

Depois daquilo, nenhum deles disse uma palavra. Ficaram ouvindo a respiração um do outro.

E apenas quando teve certeza que Marinette dormia, quando ele já não era mais Chat Noir e sim simplesmente Adrien, ele pode dizer em um murmúrio:

—Eu também confesso que não sei o que faria sem sua companhia princesa.

E  finalmente, conseguiu dormir. 


Notas Finais


Beijos meu amores!
Continuem com os comentários lindos, ok?
Beijos de novo e bye!


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