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História Confidences - 5° confissão: Verdade


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


OLÁ MEUS NEKOS! Sim o capitulou demorou, mas saiu e gente, foi um capítulo enorme! Sério, achei que nunca ia terminar!
E por isso eu espero que gostem!

E a cada favorito, eu só comprovo que vocês são incríveis! Sério Obrigada mesmo!

E bom, era isso, até lá em baixo!

Capítulo 6 - 5° confissão: Verdade


  Chat dormia em seu colo. Marinette mal se mexia diante daquilo, ele parecia tão abatido, tão cansado, tão triste, até mesmo parecia estar ficando mais magro a cada noite que se passava.

  Continuava sem entender o que acontecia com ele. Não foi uma vez, não foram duas nem três vezes em que ele chorou em seu colo depois do incidente do pulso.

  Foram várias, depois daquilo sempre que ele aparecia não dizia nada, a abraçava e chorava por longos minutos. Chorava agarrado a ela não vendo que suas lágrimas sem razão a faziam sentir uma dor tão profunda e tão incômoda que as lágrimas rolavam por seu rosto sem que Marinette percebe-se.

  Era doloroso ver seu gatinho assim.

—Ele dormiu? Ouviu o sussurro de Tikki próximo a seu ouvido.

  Tikki era outra que se sentia mal por Chat Noir. Estava acostumada a ouvir as cantadas dele para Marinette, sua voz sempre alta demais e suas risadas nem sempre discretas.

  Até mesmo a Kwami podia perceber que algo não ia bem nem com Chat, nem com a pessoa que fosse ele.

—Sim. Marinette murmurou observando-o, vendo Tikki passar a mão de leve pelo ombro dele.

—Ele parece tão fraco. —Ela murmurou. —Consigo sentir os ossos de seu ombro.

─Tikki eu estou preocupada com ele.

  Marinette suspirou ao olhá-lo, nunca, nem em seus piores pesadelos pensou que veria Chat daquele jeito. Não esperava que acontece-se esse tipo de coisa quando aceitou tornar-se sua confidente, mas agradecia a si mesma e ao sono por ter concordado com aquilo tudo.  Não conseguia imaginá-lo passando por tudo sozinho.

  Mesmo que ela não soubesse ao certo pelo que ele estava passando.

  Levou uma de suas mãos até as costas dele e passou suavemente, tentando fazer algo como um carinho. Mas o que ouviu foi uma arfada de ar e um gemido de dor, ele se encolheu em seu colo.

  Tikki se escondeu assim que ele se levantou de repente, olhando para os lados e ofegante, sentando-se na cama, olhando para Marinette com seus olhos verdes cansados, profundos e assustados.

—Ei, Chat Noir. —Ela pegou o rosto dele entre suas mãos. —O que aconteceu?

—E-eu... —Ele gaguejou com a voz vaga, ainda olhando por todos os lados. —Acho que tive um sonho ruim.

—Que tipo de sonho?

—Eu não quero falar disso Marinette.

Ah,  se ele soubesse como cada vez que ele a chamava
de "Marinette", assim tão frio e distante lhe partia o coração. Sentia falta do antigo Chat, aquele que ficava fazendo brincadeiras de mau gosto e lhe tirando a paciência, mas sempre a fazendo rir.

—Então.... Tudo bem.

  Esperou que ele volta-se para seu colo, mas ele se levantou e se esticou coçando a nuca indo em direção a porta.

—Já vai embora? —Marinette o perguntou se levantando.

—Sim, é melhor eu ir antes que fique muito tarde. —Ele respondeu e abriu vagamente a porta. —Até qualquer dia Marinette.

  Ele não saiu, sentiu a mão de Marinette segurar seu braço com certa força. Encarou-a e viu seus olhos azuis fixos nele, podia ver a preocupação e a tristeza neles.

—O que foi? —Ela não respondeu. —Você parece triste.

—Eu não estou triste. —Ela disse se aproximando um pouco mais. —Eu... Estou preocupada com você na verdade. O que está acontecendo Chat?

—Não se preocupe. —Chat Noir sorriu para ela. —Eu estou bem.

—Não é o que parece. Você tem chorado toda vez que vem aqui, está ficando cada dia mais magro e eu  ainda não sei como você quebrou o pulso! Você pode me dizer a verdade e dizer o que está acontecendo?

  Às palavras dela se embaralharam, o rosto vermelho deixando Chat mudo. Marinette sentia o coração pular, não acreditava que havia deixado a razão de lado daquela forma e se exaltado tanto.

  Mas o que podia fazer? Era aquela sensação incomoda de preocupar-se demais com ele, de sempre pensar nele e em seu bem estar.

  Era confuso já que ele não era a única pessoa pela qual ela sentia todos esses sentimentos.

—Ah princesa.

  Quando percebeu, só sentiu a mão de Chat a puxando para mais perto pela cintura, sentiu quando ele beijou o alto de sua testa.

  Naquele momento Marinette sentiu o coração bater de um jeito que ela não achava ser possível. Estava colada a ele, podia ouvir a respiração dele, podia sentir seu perfume.

  Era tão confuso, se sentia incapaz de dizer uma palavra sem gaguejar, sentia-se envergonhada, mas ao mesmo tempo se sentia tão bem por estar tão perto assim dele.

  Até o momento, apenas uma pessoa a deixava daquela maneira.

  Quando se deu conta, percebeu Chat a encarando com um leve sorriso no rosto.

—Não se preocupe, estou bem pode ter certeza.

  Ele se voltou novamente para a porta, mas novamente não saiu sentindo-a apertar novamente seu braço. A olhou e tudo que viu foi um rosto corado, olhos fixos em lugar nenhum.

—Não vá embora. —Marinette disparou sem encará-lo.

—O que? —Chat Noir piscou ainda processando o que ela acabara de dizer. —Quer que eu fique?

—Sim.

—Mas eu...

—Por favor.—Ela apertou seu braço mais forte. —Só por hoje.

  Chat Noir viu quando ela levantou o olhar e o encarou com seus olhos azuis. Repletos de insegurança, de preocupação, de medo.

  Não acreditava que estava a deixando daquele jeito.

  Como queria poder dizer a verdade para ela, poder dizer como tudo estava tão confuso, o perturbando, o torturando de forma tão profunda.

  Mas tudo que ele pode fazer foi forçar um sorriso como tantas vezes havia feito nos últimos dias.

—Eu acho que não posso negar um pedido assim vindo da minha princesa.

  Naquela noite ele novamente dormiu lá, novamente a observou dormir serenamente, e novamente quis poder contar a ela o que acontecia realmente.

  Mas novamente não fez isso.

                           ...

  Marinette adorava o inverno de Paris, à inspiração para roupas vinham mais fácil ao ver a neve cair enquanto tomava um chocolate quente enrolada em seu cobertor mais grosso.

  Mas era difícil pensar nessas coisas quando Chat Noir estava ardendo de febre em sua cama.

  Já havia feito o melhor que podia, aumentando o aquecimento, o cobrido o melhor possível, até mesmo deu para ele aquele remédio de gosto horrível, mas que funcionava sempre, ao menos com ela.

  Estava sentada em frente a sua cama, sem se importar com o chão frio. Via as bochechas avermelhadas de Chat em seu rosto adormecido.

  Estava ficando aflita, não podia mais acreditar que ele estava bem, não podia negar que  ele ficava magro cada vez mais já podendo ver de leve os ossos de seu rosto, não podia negar o quanto ele parecia cada vez mais assustado, mais deprimido. Se preocupava cada vez mais com ele.

  Era desesperador.

  E para piorar ela se sentia confusa, lá no fundo ela estava em um conflito interno. Ela amava Adrien, essa era a maior certeza que tinha até o dia em que Chat Noir apareceu pela primeira vez em seu quarto.
A fazendo rir, a fazendo passar raiva, a deixando preocupada e a fazendo querer o ter sempre por perto. Ele inconscientemente fez crescer um sentimento nela.

  Se ela amava mesmo Adrien tão intensamente, por quê parecia sentir algo tão forte por Chat Noir? Talvez até mesmo mais  forte do que seu sentimento  pelo colega de classe.

  Essas perguntas rondavam sua cabeça de um jeito que ela não podia explicar.

—My Lady.

  Ouviu quando ele murmurou aquilo, provavelmente estava sonhando. E pensar que ele estava sonhando com ela —mesmo que fosse como Ladybug— fazia crescer ainda mais aquela dúvida.  Mas naquele momento ela não pensou naquilo. Fez um carinho de leve em seu rosto, sentindo a pele quente e o cobriu melhor.

—Estou aqui meu gatinho, estou aqui. Não vai ficar sozinho, estou aqui.

  Sim, não diria para ele. Não admitiria para ele, mas ele era seu gatinho.

                              ...

–Chat! Por favor Chat fala comigo!

  Estava sozinha em casa, não podia deixá-lo sozinho, não tinha a quem pedir ajuda.

  Não sabia como acontecera, havia saído com Alya, e quando voltou lá estava ele, caído no chão de seu quarto.

  Pálido, frio, um filete de sangue descendo pelo quanto de sua boca.
Ele não se mexia, não respondia, mal parecia estar respirando, e tudo o que vinha a cabeça de Marinette era um único e terrível pensamento.

        "Ele está morto Marinette."

—Por favor gatinho, por favor olha para mim, me responde por favor.

  Mas ele não se mexeu, não respondeu. As lágrimas já desciam por seu rosto acompanhado por soluços. Não podia ter acontecido, ele não podia estar morto, não podia tê-lo perdido assim.

  Sem saber o que aconteceu, como aconteceu. E se ele tivesse tentado resolver um problema com um Akuma enquanto ela estava saindo, se divertindo, o deixando sozinho como havia jurado a si mesma que não faria. Ou talvez até mesmo pela verdade que ele não queria lhe contar. Ela não se perdoaria nunca.

  Não podia ter acontecido, não assim, não daquele jeito.

                  "Marinette? "

  Conseguiu ver quando os olhos dele semi abriram. Desfocados, fundos, a olhavam, mas não pareciam vê-la realmente.

  Marinette soltou uma arfada de alívio, juntou sua testa a dele ainda soluçando, ainda sentido o desespero, o medo de tê-lo perdido.

  Tudo que ela queria era o abraçar e não largá-lo nunca mais, queria protegê-lo, queria cuidar dele.

—Por favor Chat. —Ela disse em meio aos soluços e lágrimas.—Por favor eu quero a verdade, eu confesso que quero a verdade. Por favor me diga o que está acontecendo...

—Não posso. —Ele sussurrou.—Princesa, eu não posso.

  Depois daquilo Marinette não soube dizer por quanto tempo ficou abraçada a ele, alí mesmo no chão.

  Mas de uma coisa ela tinha certeza, fora tempo suficiente para ela saber que sentia algo por aquele gato.

  Algo que com certeza não era apenas amizade.


Notas Finais


Comentem tá? Adoro saber se vocês gostaram.

Então até mais!

Bye!


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