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História Confidences - 6° confissão: Único Segredo


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


Oi meus nekos! Demorei? Sim eu sei que sim, mas esse capitulo precisou de muito de mim e sinceramente, foi um capítulo pesado, serio mesmo. A partir de agora as coisas vão ficar séria.
Tipo, muito mesmo.
Foi um capitulo que eu dei o meu melhor para não deixar tão pesado assim, mas esse foi o resultado. Eu até chorei escrevendo ele, sério, foi forte até pra mim.
Então eu espero que gostem e que não me matem.
Até lá em baixo.

Ps: Capítulo editado!

Capítulo 7 - 6° confissão: Único Segredo


 Por que você estava chorando aquele dia?

Ele me machuca princesa, seja fisicamente ou psicologicamente, ele sempre me machuca. E dói muito, muito mesmo, mas eu não choro na frente dele, não daria ele esse prazer. Então eu agüento firme e depois venho te ver, afinal o máximo que eu consigo é buscar o conforto que você me dá.

Por que estava com febre aquele dia?

Ele me trancou no sótão da casa, por três dias seguidos me dando só um cobertor fino. E por mais que eu tenta-se não conseguia sair, acabei ficando doente.

Por que estava desmaiado aquele dia?

Não sei bem o que aconteceu naquele dia, mas ele me bateu —espancou na verdade— como nunca havia feito antes. Não sei como continuei vivo, mas quando consegui escapar só tive forças para chegar aqui.

Quem é “ele” que você tanto fala?

Ele é meu pai.

Sentiu quando puxou seu cabelo com força, e lá estava ele, seu pai o encarando com os olhos vermelhos de raiva. Ele parecia tão grande, tão perigoso, ele não parecia nem de longe aquele homem que brincava com ele quando se sentia sozinho, que —ás vezes— lhe dava um momento de atenção.

Não, aquele homem que vivia brincado com ele não era nada parecido com esse que encarava Marinette encolhida no canto do quarto com seus olhos azuis repletos de medo.

—Eu te disse o que aconteceria não disse? —Ouviu a voz dele retumbar  em seus ouvidos ao puxar seu cabelo mais forte. —Eu lhe falei não é mesmo?

—Deixa ela. —Foi tudo que Adrien conseguiu dizer entre um gemido de dor e outro com os puxões em seu cabelo.

—Eu avisei não avisei?

E de repente, ele se viu largado no chão. Incapaz de mover um único músculo, o vendo se aproximar dela cada vez mais com a faca que deixava as marcas em suas costas.

Chat Noir podia fazer alguma coisa, mas e ele? O que o simples Adrien Agreste podia fazer se não gritar por misericórdia?

—Deixa ela! —Foi o que ele conseguiu gritar vendo ele se aproximar cada vez mais da menina. —Por favor, deixa ela em paz!

“Adrien!”

O coração a mil, o suor frio descendo por seu rosto. Foi assim que ele acordou olhando por todos os cantos de seu quarto até entender o que aconteceu.

Um pesadelo, não passara de um pesadelo.

Demorou até que conseguisse focar os olhos em Plagg á sua frente. Ele parecia preocupado, e isso estava se tornando cada vez mais freqüente. Aquilo estava mexendo com o Kwami, ele mal terminava com suas latas de queijo e aquilo era preocupante.

—Você está bem? — Ouviu quando ele perguntou com a voz esganiçada. —Estava dizendo coisas estranhas.

—E-eu tive um pesadelo. —Murmurou ainda com as imagens vindo a mente a cada segundo.

—Outra vez?

Sim, não fora apenas uma vez que Adrien tivera esses pesadelos. Eles começaram junto com as ameaças, e assim como elas, eles se tornavam cada vez mais freqüentes.

Escondeu o rosto entre as mãos, aquilo estava o corroendo.

—Tem que contar isso para alguém! Tem que fazer alguma coisa não pode continuar vivendo desse jeito!

—Acha que é fácil Plagg? —Sua voz saiu abafada. —Eu não posso!

—É claro que pode! Conte para aquela menina que você visita toda noite ou até para a Ladybug, ela vai aparecer uma hora!

Se ele pudesse, gritaria. Não era assim tão fácil como pensava, ele já havia tentado inúmeras vezes, com Ladybug, com Nino, até mesmo com Chloé. Mas não era assim tão fácil, sempre que pensava em dizer algo relacionado ao que sofria ele não conseguia, simplesmente não podia.

Especialmente com Marinette, ele tentou como pode. Mas tudo que conseguia fazer era chorar em seu colo várias vezes sempre que sequer pensava em lhe dizer a verdade que ela tanto queria. Sempre que fazia uma mínima tentativa ouvia aquela frase ecoar em sua mente.

“Se mais alguém souber disso, outras pessoas irão sofrer me entendeu bem?”

Ele não podia, não podia arcar com o fardo de alguém sofrer por sua causa. Seu pai era um homem influente, sabia que poderia fazer o que quisesse desde que fizesse da maneira correta. E pelo que conhecia dele  —que se mostrou ser muito pouco desde que ele o mostrou aquele seu lado — era o suficiente para ter certeza de que ele sempre fazia as coisas da maneira correta.

Ele podia machucar outras pessoas, aquele terrível pesadelo fora um claro aviso.

—Eu não posso. —Disse em um murmúrio quase inaudível.

Plagg não disse mais nada, não conseguia pensar em mais nada para dizer na verdade. Assim como Adrien ele tentava a todo custo convencer o rapaz a fazer algo, a tomar uma atitude, mas ele era irredutível. Não mudava sua opinião, não conseguia vencer seu medo.

Plagg nada disse, sentou-se no joelho dele e ficou ali até que Adrien consegui-se voltar para seu sono conturbado.

...

─Você me ouviu Marinette?

Marinette piscou várias vezes até conseguir voltar à atenção a Alya que a encarava com toda a paciência do mundo. Ela nem precisava responder, a amiga a conhecia bem demais para saber que ela não havia escutado absolutamente nada. E tudo que pode fazer foi sorrir sem graça.

─O que você disse mesmo? ─Marinette se aproximou mais dela discretamente tentando ao máximo não ser vista pela professora.

─Eu disse que o amor da sua vida não veio outra vez.

Voltou seu olhar para o lugar vazio na sala, Adrien não aparecia na escola a pelo menos duas semanas. Todos estavam preocupados, especialmente ela e Nino.

─Acho que ele ainda está doente. ─Alya falou brincando distraidamente com a caneta. ─O que acha de fazer uma visita?

Alya esperou uma resposta, mas tudo o que teve foi Marinette olhando para algum lugar da sala completamente distraída, a cutucou várias vezes até que ela a olhou com o rosto mais confuso do que sempre.

─O que foi?

─Eu que pergunto! O que está acontecendo com você? Está mais distraída do que nunca!

─Me desculpe Alya. Eu só estou preocupada.

─Com o Adrien?

Sim, estava preocupada com ele. Mas seus pensamentos estavam longe, preocupada realmente com o gato preto que não aparecia já havia um bom tempo. Era com ele que estava realmente preocupada, não sabia pelo o quê seu gatinho estava passando, e isso era desesperador.

─Sim. ─Foi o que ela respondeu apesar de tudo o que se passou em sua mente. ─Eu estou preocupada com ele.

─Então por que não faz uma visita?

─Não é má idéia.

Alya não soube o que dizer diante da resposta cheia de segurança de Marinette, vindo justo dela que era sempre medrosa em relação a se aproximar de Adrien. A única coisa que ela não sabia em relação a tudo aquilo é que não seria exatamente Marinette a visitá-lo.

...

 

Ela chorava o mais baixo possível ao olhar para a terrível cena vista pela pequena fresta da porta do guarda-roupa. O celular gravava toda aquela cena horrível, havia facas, havia sangue, havia medo e suas lágrimas.

Era apenas uma visita. Tudo que ela queria era ver se estava tudo bem com Adrien, mas ela descobriu que nada estava bem, absolutamente nada estava bem.

Quando chegou em seu quarto ele estava sentado na cama com o olhar abatido e naquele momento ela soube que havia algo errado, mesmo quando ele lhe mostrou um sorriso cansado. As coisas perderam o controle quando ambos ouviram passos subindo a escada, e o mínimo de paz que havia no rosto de Adrien simplesmente sumiu.

Ele a empurrou para dentro de seu enorme guarda-roupa e lhe implorou para que não saísse de lá por nada naquele mundo, não importa-se o que ela visse não deveria sair e nem dizer nada.

E agora ela entendia por que. No momento em que Gabriel entrou no quarto ela achou que seria apenas para manter aqueles pequenos encontros em segredo, mas quando o viu com a faca na mão teve medo do que aconteceria.

E ela mantinha o celular firme gravando toda a ação que de Gabriel fazia ao deixar vários cortes pelos braços de Adrien. Se fosse fazer alguma coisa precisaria de provas, mas ela não entendia como um pai poderia fazer aquilo com o filho. Simplesmente não entendia.

─É bom que isso não se espalhe.

E depois dessa frase ele saiu. Ladybug precisou de um longo minuto até que consegui-se sair e ir em direção a Adrien. Ele estava sentado em sua cama, os braços ainda esticados com os vários cortes a mostra, não parecia reagir, não piscava, mal parecia respirar.

Só mostrou uma reação quando Ladybug se ajoelhou a sua frente e levou uma de suas mãos á um corte leve em seu rosto. E ele chorou se curvou e chorou um choro baixo e cheio de sofrimento.

─Adrien... ─Ela murmurou. ─Eu...

─Não conte.

─O que?

─Por favor. ─Ele voltou a dizer com a voz embargada. ─Eu só confesso que é o único segredo que eu quero que você guarde... Por favor.

Ela não soube o que dizer.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Até meus amores!
Bye!


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