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História Confie o mínimo no amanhã - Primeiro


Escrita por: batmanuu

Notas do Autor


oi gente

Capítulo 1 - Primeiro


É sempre bom um novo começo. Novos horizontes, pessoas novas, talvez um novo eu. Minha cidade natal não é um lar para mim. Lá é onde mais me sinto deslocada, é onde a futilidade e o desejo por sucesso reinam na mente das pessoas. Decidi que queria fazer parte de algo novo, abrir a mente para coisas maiores e melhores do que a prosperidade material. Aos 18 anos de idade decidi enfrentar meus medos e mudar. Larguei a recém começada faculdade de design de interiores e decidi focar no exterior. No mundo. Na vida. Carpe diem, como diria Horácio. 

A metamorfose da minha vida. De um dia para o outro. De lagarta à borboleta. Do interior de Minas Gerais para a capital da realização de sonhos: New York City.

 

Foram dois longos anos trabalhando para dar conta das despesas do voo e do meu minúsculo apartamento nas redondezas da cidade. O apartamento tinha uma cozinha que só cabia eu e o fogão, um quarto relativamente grande (comparado ao resto da casa), uma sala com um sofá e uma TV que ganhei do meu avô de aniversário e o banheiro, que tinha uma vista agradável através de uma minúscula janela no topo da parede. Com dois mil dólares na carteira, ainda dava para não morrer de fome enquanto procurava um emprego.

Fui andando pela cidade para descobrir lugares que estavam contratando. Consegui um emprego como, adivinha, caisa de supermercado, também conhecido como: meu pior pesadelo. Era em um mercado pequeno que vendia produtos mexicanos, onde frequentemente me estranhavam por não ser fluente no espanhol, ou por não conhecer metade dos produtos ali vendidos.

Até que me adaptei bem ao trabalho e os dias foram passando. A rotina foi se concretizando, e assim, eu juntava dinheiro para a faculdade: de design para psicologia. Trabalhava de segunda à sábado ganhando oitenta dólares por dia, vendo todo o tipo de gente, de todos os lugares, um diferente do outro. Havia a mulher mexicana que sempre reclamava do vizinho que ficava ate tarde ensaiando com sua banda. Havia o americano que não vivia sem suas jalapeños. Havia a adolescente que cada dia tinha um namorado novo e uma saia mais curta. E havia o japa que comprava, toda a sexta-feira, um quilo de  platanitos. E tinha meu chefe. Ele era um cara de cinquenta anos feliz por morar com a esposa no prédio da frente e por ter um filho bem sucedido no, acredite, cultivo de maconha. Eu não sabia seu nome, nem sobrenome, mas seus subordinados os chamavam de "be", provavelmente porque o nome dele começava com V.  No fim das conta, oq ue importa é que ele me pagava toda a sexta-feira, minutos depois de o japa vir buscar seus platanitos.

 

Payday! Sexta-feira, o dia que dá significado aos finais de semana! Mesmo eu trabalhando no sábado de manhã, o dia é mais colorido quando a sexta-feira finda. A família de Be se reúne, o vizinho do lado chama os amigos, e o de cima só volta de madrugada. Mas ainda é manhá e eu tenho que me arrumar para ir trabalhar. Visto minha camiseta preta e um jeans rasgado, calço um vans preto e vou à batalha diária. 

São 9h. Chega a mexicana reclamona:

- Aqueles garotos não percebem que tem vizinhos?? Só fui dormir às 3h por causa daquela barulheira!! - dou o troco à elacom um soriso amarelo:

- Buenos dias, senhora.

 

11h30min. O americano acabou com as jalapeños de ontem?

- Ontem fiz um frango bem apimentado. - ele diz, com um sorriso no rosto, como se lesse meus pensamentos.

 

17h. A Jeniffer (descobri o nome dela quando o namorado no mês passado reclamou que a saia dela era muito curta. "Nossa Jeniffer, você podia me respeitar mais né?" ele disse) entrou no mercado e me surpreendeu por não ter mudado de namorado nas duas últimas semanas.

20h40min. O japa só comprou quinhentas gramas de platanitos.

- Tudo muda a partir de hoje - ele disse, ao me entregar o dinheiro, ao que eu respondi:

- Tenha uma ótima noite!

 

20h43min o filho do chefe aparece com quatrocentos dólares na mão, me entrega e sai correndo.

20h44min o chefe aparece, e como de praxe, me entrega os oitenta dólares na mesma hora que cinco policiais entram algemando Be e me dizem:

- Seu expediente acabou por hoje moça. Qualquer coisa entraremos em contato. 


Notas Finais


espero que gostem e comentem o que ta ruim e etc. tenho o costume de ir rápido demais. espero que tenha me controlado dessa vez.


xoxo


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