Dizem que sou complicada, e embora eu sempre negue, muitas vezes me pego pensando que talvez tenham razão.
Não eu, mas meus sentimentos é que são assim complicados. Consequentemente me torno por dentro como uma cidade pequena após uma catástrofe natural, uma confusão. São muitos os dias em que não me entendo, em que tenho vontade de chorar, gritar e espernear. Muitas vezes nem sei bem o motivo, alguns culpam os hormônios e eu mesma gosto de culpá-los quando quero chorar e minhas lágrimas ficam presas; quando quero gritar e minha voz falha; quando quero espernear mas não tenho forças para me levantar.
Pobrezinhos, não são os únicos culpados.
Tenho essas vontades por causa de tudo e de nada. Tudo que me atinge se junta dentro do meu coração, é escrito e guardado como em um diário. As vezes acho que esqueci e folheando o caderno sou atingida pelas memórias.
E então esse órgão vermelho e pulsante que bombeia meu sangue torna-se subitamente pesado. Cheio de Tudo, e, ao mesmo tempo, de nada.
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