1. Spirit Fanfics >
  2. Confissões de uma perturbada >
  3. Capítulo 20: Vencemos!

História Confissões de uma perturbada - Capítulo 20: Vencemos!


Escrita por: Lamartini

Notas do Autor


Eaee galerinha! Como podem ver eu estou viva!
Espero que gostem desse capítulo e espero que esclareça todas tuas dúvidas!
Beijos!!!!

Capítulo 21 - Capítulo 20: Vencemos!


Fanfic / Fanfiction Confissões de uma perturbada - Capítulo 20: Vencemos!

Hinata


As palavras de Neji me fizeram viajar em minhas lembranças. Quando Hanabi me falava sobre a TenTen. Quando ela me dizia que ela era a pessoa na qual ela podia confiar, a pessoa que ela amava. Eu gostei de saber sobre isso. Saber que Hanabi não estava sozinha. Que ela tinha mais alguém além de mim.

Mas quando percebi que ela e TenTen estavam escondendo seu relacionamento, eu fiquei impaciente.


Um ano e meio atrás:


- Por favor Onee-chan! É só desta vez, eu juro!

- Você disse isso das últimas vezes e sempre me pede para fazer isso de novo.

- Onee-chan você sabe que é complicado...

- Complicado? Sabe o que é complicado? Ser presa injustamente em uma manifestação pacifista e ter que sair da prisão sozinha. Isso é complicado. Mas você? Você só está adiando o assunto e a sua felicidade. Vocês não se cansam de esconder esse relacionamento?

- Hinata você sabe que se eu pudesse, contava para todo mundo que eu e TenTen estamos juntas, mas você sabe que eu não posso.

- Por que? Você não ama ela, é isso?

- É claro que eu a amo!

- Então qual é o problema?- nesta altura da conversa, eu sabia que minha mãe estava nos bisbilhotando, mas decidi não falar nada com Hanabi e nem mudar de assunto. Pensei que se minha mãe escutasse a conversa, seria mais fácil para Hanabi quando ela fosse assumir seu relacionamento com TenTen. Mas é claro que eu estava completamente enganada. Nessa época eu não sabia do que minha mãe era capaz.

- Você sabe que algumas pessoas não vão aceitar.

- Com "algumas" pessoas você quer dizer a mãe?

- Não é só por causa dela! Tem o papai também...

- Hanabi, me economiza desse seu papo. Sabe muito bem que o papai ficaria do seu lado. Afinal, você não está fazendo nada de errado.

- Eu sei que não

- Então pare já com essa bobeira e admita logo que você e a TenTen estão namorando.

- Eu juro que vou fazer isso. Mas preciso que você me ajude só mais essa vez! Por favorzinho!

- Tá, tá bom! Que droga! Preciso aprender a dizer não pra você e para aquele velhote do papai. Eu ajudo você a se encontrar com TenTen pela última vez.

- Obrigada Onee-chan! Sabe que eu te amo né?

- É bom amar mesmo.

Naquela noite, Hanabi ficou com TenTen pela última vez.

Eu sempre me pergunto, que se eu tivesse mudado de assunto, ou tivesse avisado a minha irmã que mamãe estava nos ouvindo, será que Hanabi ainda estaria viva? E se estivesse, ela ainda estaria com TenTen? Ela teria contado para todos sobre elas?

Essas são perguntas que nunca saberei as respostas, e isso acaba comigo todo dia um pouco mais.

Saber que foi minha culpa...


Agora


- Senhorita Mitsashi. Pode contar que tipo de relação você e a senhorita Hanabi Hyuuga tinham?- Neji pede.

- Nós... Nós éramos amigas no começo. Quer dizer, ela era muito hostilizada pelas outras modelos e ficava sempre quieta no canto dela. Eu... Eu me aproximei dela tentando ser sua amiga... Mas nós apaixonamos. Acho que eu me apaixonei por ela primeiro. Ela era uma garota incrível.- TenTen diz e eu vejo meu pai olhar comovido para ela. O choque anterior já havia deixado sua expressão. 

- Então, vocês estavam namorando?

- Sim. Mas Hanabi pediu que fôssemos cuidadosas e não contássemos a ninguém. 

- Por que?

- Ela tinha medo de que a mãe dela descobrisse. Aliás ela tinha muito medo da mãe.

- E a mãe dela descobriu?

- Sim.

- E o que aconteceu?

- A senhora Tsunade me chamou na casa dela. Por um momento eu cheguei a pensar que Hanabi havia contado sobre nós. Mas quando cheguei lá, a senhora Tsunade começou a me ameaçar dizendo que se eu não me afastasse de Hanabi ela cancelaria meu contrato com a agência. Ela me ofereceu dinheiro para eu deixar Hanabi, e ameaçou fazer algo com ela, daria um jeito de eu nunca mais vê-la.. Eu não podia ser demitida,precisava do emprego, sou sozinha não tenho ninguém, e também não podia permitir que ela fizesse algo com Hanabi... E quando eu estava aceitando o dinheiro de Tsunade, Hanabi chegou e ouviu tudo. Isso foi na noite em que ela morreu.- TenTen disse e lágrimas escorriam pela sua face.

- E o que aconteceu depois disso?

- Eu tentei ir atrás dela e explicar o que estava acontecendo, mas ela pegou a moto e saiu em disparada antes que eu pudesse alcançá-la.

- Muito obrigado senhorita Mitsashi. Sem mais perguntas meritíssima.- Neji diz e TenTen sai e se senta no fundo da sala. Ela está visivelmente abalada e minha mãe a fuzila com os olhos. Mas eu entendo que, apesar de tudo, TenTen amava minha irmã. 

Depois disso Neji chamou os policiais que investigaram a morte da minha irmã.

- Tenente Geoffrey, como o senhor classifica a morte de Hanabi Hyuuga?

- Eu diria que ela causou seu próprio acidente. Veja bem, não havia nem um outro veículo na pista naquele momento, e as marcas dos pneus da moto não revelaram nenhum derramamento, deslize ou algo do tipo. Fizemos o caminho que a senhorita Hyuuga supostamente fez, e em todas elas, concluímos que ela colidiu com a árvore de propósito.- o policial diz e mais uma vez, vejo a dor no rosto de meu pai. Eu sabia que seria muito difícil para ele aceitar que Hanabi havia se matado, mas ela o fez.

- Obrigado tenente.- Neji agradece e chama o bombeiro que me salvou do incêndio no meu quarto.

- Como encontrou a senhorita Hinata?- Neji pergunta.

- Ela estava sentada na cama. Eu a chamei pelo nome várias vezes mas ela não se mexeu. Ela estava paralisada, não olhava para nada em especial, e quando eu a peguei nos braços para tira-la de lá, ela simplesmente desmaiou.- o bombeiro disse.

- O senhor diria que a senhorita Hinata colocou fogo em seu próprio quarto por querer?

- Não. Nós fizemos a perícia, uma das velas que ela acendeu, caiu e começou o fogo no carpete. Acho que a senhorita Hinata estava em choque, e não conseguiu fazer nada.

- Certo. Obrigado capitão!


Sinto meu corpo relaxar. Apesar de que esse julgamento está demorando mais do que eu esperava. Meu coração acelera, quando Neji convoca o doutor Asuma para depôr.

- Doutor Asuma, pode nos dizer qual o estado de Hinata, quando ela chegou ao hospital psiquiátrico?

- Ela estava totalmente em choque. Não conseguia se mexer e chorava sem parar.- o doutor Asuma diz.

- O senhor, como especialista, diria que esse estado é normal para uma pessoa que acabou de sofrer uma perda?

- Sim. Isso poderia acontecer com qualquer pessoa que sofre alguma perda de alguém que lhe é muito querido. Algumas pessoas demoram para acreditar que a pessoa realmente se foi, outras entram em choque chegando até ficar fora do ar por alguns dias.

- O senhor diria que foi isso que aconteceu com Hinata?

- Exatamente.

- O senhor, como médico de minha cliente, a rotularia como louca, ou mentalmente desequilibrada?

- Não. Eu e minha equipe realizamos vários exames e testes com Hinata. E em nenhum deles ela apresentou algum tipo de distúrbio psiquiátrico.- o doutor Asuma mostrou meus exames e os comparou com exames de pessoas que sofrem de alguma doença mental. Todos os meus exames deram resultados normais.

- Então o senhor diria que sua internação, em termos de sanidade, no hospital psiquiátrico foi... Desnecessário?

- Em questão de sanidade, sim. A senhorita Hinata é uma garota perfeitamente normal. Impulsiva e teimosa ao extremo, mas completamente normal.

- Como o senhor explicaria a agressão que a mãe dela sofreu.

- Eu diria que foi um acesso de raiva. Todos nós temos esse tipo de sentimento às vezes, mas alguns conseguem controlá-los, outros precisam de ajuda para controlar. Era isso que Hinata estava fazendo em meu hospital psiquiátrico, aprendendo a controlar a raiva de um jeito saudável. É claro, que ela errou ao agredir a mãe, mas ela ainda estava em processo de aprendizado e o stress que sofreu foi muito grande.

- Obrigado doutor Asuma.- Neji diz e fica calado por um tempo.- Senhoras e senhores. Sei que esse julgamento está se estendendo por um longo tempo. Mas tudo que foi feito até agora foi para provar a inocência de meu cliente e a sanidade de minha cliente. A defesa convoca ao banco das testemunhas o senhor Hizashi Hyuuga.

Quando essas palavras são ditas o telão atrás do banco da juíza é desce. Meu pai se levanta e vai até o banco das testemunhas. Faz o juramento e olha para mim, depois para minha mãe.

- Senhor Hyuuga, o que o senhor acha do relacionamento de sua filha com o senhor Uzumaki?

- Eu fico feliz pelos dois. Depois que Naruto entrou na vida de minha filha, ela é uma nova pessoa. Uma pessoa melhor.

- Então o senhor não acredita que ele tenha abusado de sua filha?

- Não. Acho que isso é tudo um grande mal entendido. E estou completamente envergonhado por minha esposa ter causado toda essa confusão. Aliás minha ex- esposa, nós vamos nos divorciar.- quando ouço essas palavras, olho para o meu pai chocada. Eu sempre achei que ele fosse apaixonado por ela e agora ele me diz que eles vão se divorciar?

- E o que faz o senhor ter tanta certeza de que sua esposa está mentindo?

- Porque um dia desses, quando estava checando uma das câmeras de segurança da minha casa, eu vi isto.- ele fez um sinal para alguém que deu play no vídeo.

Mostrava apenas o Naruto no começo andando no corredor do escritório do meu pai, quando ele foi abordado pela minha mãe. O vídeo não tinha áudio, mas ficou claro que nele minha mãe estava dando em cima de Naruto, que depois de várias tentativas de se livrar dela, acabou conseguindo. Isso chocou bastante a todos e minha mãe faltava espumar pela boca de tanta raiva.

- Bom, senhoras e senhores, agora vocês sabem qual é a verdade. Espero que considerem tudo que ouviram e viram até agora.- Neji disse e a juíza pediu um tempo para que o júri fizesse uma reunião. Meu coração estava mais calmo, mas eu estava inquieta. Naruto estava calado e quieto no seu canto. Eu queria ir até ele e abraça-lo. Eu precisava ir até ele, mas senti que esse não era o momento.

- Hinata? Está bem?- Neji pergunta com uma mão em meu ombro.

- Estou sim. Só um pouco chocada com os últimos acontecimentos.- digo e vejo meu pai se aproximar de nós. Ele se senta ao meu lado, e tudo que eu consigo fazer é olhar para ele.

- Eu sei o que você está pensando. Achou que eu não sabia sobre as infidelidades de sua mãe?- ele diz depois de um tempo.

- Por que nunca disse nada?- perguntei.

- Porque o que acontece entre mim e sua mãe, é problema nosso. Além do mais, eu pensei que ela poderia realmente passar a se importar com você. Pensei que depois da morte da sua irmã, nós poderíamos recomeçar. Mas estava errado, sua mãe é uma pessoa extremamente egoísta. Eu não queria contar sobre o divórcio quando você saiu do hospital psiquiátrico, mas achei que não era o momento para te contar sobre o divórcio. Eu queria que você e sua mãe se entendessem.

- A pai, o senhor não precisava ter aguentado isso tudo só por minha causa.- disse abraçando meu pai.

- Agora eu sei disso. Eu soube das traições e soube que sua mãe não era uma mulher de confiança, mas depois do que ouvi hoje neste tribunal, não tenho certeza se ela era a mesma Tsunade de dezenove anos atrás. - O senhor não poderia adivinhar que ela se tornaria esse tipo de pessoa.

- Pelo menos eu tenho você. E tive sua irmã mesmo que por pouco tempo. Vocês duas sempre foram a razão pela qual eu luto todos os dias. 

- Eu sinto muito pai.- disse o apertando mais em meus braços.

- Pelo que?

- Por tudo. Por não ter contado sobre Hanabi. Por todos os problemas que eu me meti em todos esses anos. Eu juro que vou recompensar.

- Eu não seria seu pai se eu já não a tivesse perdoado. Você é minha filha Hinata, sempre terá meu perdão.

- Eu te amo, pai!

- Eu também te amo!- ele diz e a porta da sala se abre. Todos os componentes do júri entram e tomam seus lugares seguidos pela juíza. Meu coração se contrai quando um dos membros do júri se levanta e lê suas conclusões finais.

-... Chegamos a conclusão de que o réu, senhor Naruto Uzumaki, é inocente.

Ouve murmúrio pela sala. Uma Tsunade revoltada gritava algo com alguém. A juíza pedia ordem e Neji falava algo com meu pai. Mas nada disso importava. Eu estava olhando para Naruto e ele para mim. E nada mais importava no mundo. Estávamos livres e sorrindo feito dois bobos.



Quando deixei a sala do julgamento, fomos surpreendidos por repórteres. Neji estava de um lado e meu pai do outro. Não consegui ver Naruto nem falar com ele enquanto saía.

- Senhorita Hinata, por que você ficou internada em um hospital psiquiátrico por tanto tempo, se você não é louca?- um repórter perguntou.

- Eu precisava dar um tempo, me refazer e me reaprender.- respondi.

- E quanto ao seu relacionamento com Naruto?- outro pergunta.

- O que tem eu?- sinto sua mão em meu ombro e sua voz atrás de mim. Olho para Naruto e ele sorri para mim. Meu coração se acelera eu estava com tanta saudade.

- Naruto como o relacionamento de vocês vai ficar? Vocês vão ficar juntos depois de toda essa confusão?

- Acredito que toda essa confusão serviu para nos aproximar ainda mais. Mas de qualquer forma, a decisão não é minha.- ele responde e olha para mim

- Então é de quem?

- Minha!- respondo.- Eu andei fugindo desse assunto, mas agora não quero mais fugir. Estamos livres e podemos fazer o que quisermos. Desde que seja ao lado um do outro.- digo e olho para Naruto que me observa sério.- Porque eu amo esse homem mais do que a mim mesma.- digo e Naruto arregala os olhos e depois começa a sorrir de minhas palavras.

- Demorou para dizer.- ele diz me abraçando pela cintura. Nada mais existe ao nosso redor. Os repórteres, meu pai, Neji... Todos somem e só consigo enxergar Naruto.

- Eu sei... Eu estava em negação...

- É. Estava. Mas tudo bem. Eu também te amo!- ele diz e finalmente nos beijamos, depois de tanto tempo separados. Sendo alvejados por flashes e mais perguntas que não foram respondidas.





Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...