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História Confusão em dobro - 13. Entregue


Escrita por: Byun_Re

Notas do Autor


Eu demorei? Sim, mas voltei sahuahsusah
Boa leitura, leiam as notas finais!

Capítulo 14 - 13. Entregue


 

    — Me perdoa, Baek! — Chanyeol implorou com um biquinho fofo nos lábios, sendo impossível para o menor resistir, roubando um selar demorado enquanto estavam na cozinha de casa e os gêmeos no quarto, pegando as mochilas naquela manhã, aparentemente, normal.

— Eu entendo como são essas coisas, eles fazem de propósito para nos testar.

— Eu estou te atrapalhando e...

— Chanyeol, é o seu futuro, não tem problema! Você deixa os meninos na escola como sempre, eu vou para empresa, adianto o que for urgente no período da manhã e depois eu pego os meninos e consigo terminar o trabalho aqui de casa.

— Obrigado, de verdade, eu juro que te recompenso depois.

— Aposto que sim. — sussurrou o menor de forma maliciosa, fazendo o Park engasgar com o café que estava bebendo.

O Byun se aproximou novamente, sorrindo ladino, enquanto abraçava o quadril estreito do maior, sugando o lábio inferior de forma ousada, adorando o rosto corado do Park. Contudo, logo se afastou ao ouvir passos se aproximando.

— Vá para a apresentação e consiga sua bolsa, estarei torcendo por você, Chanyeol.

O outro assentiu uma vez, o coração aquecido com aquelas palavras e olhar carinhoso. Quantas vezes desejou que Baekhyun lhe encarasse de tal forma? Umas das melhores sensações do mundo foi perceber que era importante para o Byun.

Haviam ligado para o universitário naquela manhã, da banca a qual apresentaria sua tese para tentar a bolsa na pós-graduação. Deveria apenas ser na próxima semana, contudo um dos responsáveis precisaria viajar, por isso adiantaram diversas apresentações para aquela tarde.

A sorte é que o Park já tinha todo o trabalho pronto e apenas revisava cada detalhe, então se sentia preparado e até motivado, depois daquele sorriso e voto de confiança que recebeu do empresário.

Então foi uma manhã bastante agitada, eles saíram correndo. Baekhyun para suas planilhas, Chanyeol para finalizar seu trabalho da faculdade e os gêmeos para os desenhos que iriam pintar na escola.

Como combinado, o universitário precisa ficar toda a tarde na faculdade, então o Byun passou a manhã com Yoora, adiantando tudo que era urgente naquele dia, tentando remarcar as reuniões da tarde para o dia seguinte.

— Preciso ir, qualquer novo problema me avise que tento resolver de casa.

— Tudo bem, senhor Byun, me perdoe, por favor, pelo o inconveniente que meu irmão causou.

— Não se preocupe, eu entendo, e também não quero sobrecarregá-la demais, Yoora.

— Adiantamos quase tudo, apenas estou aguardando os novos parceiros retornarem meu telefonema, as demais coisas consigo lidar.

— Você é incrível, senhorita Park — elogiou o loiro, estava de bom humor, apesar de tudo.

Seus últimos dias eram tão bons, que faziam-lhe esquecer qualquer qualquer problema.

A mulher ficou feliz com o elogio, logo lembrando-o sobre o horário, então o empresário se apressou, havia ficado com o carro certo para acolher os sobrinhos de forma segura.

Então seguiu até um pouco aliviado e relaxado, pensando sobre a tarde gostosa que iria passar com seus pequenos. Ajudá-los nos deveres de casa? Ler uma história? Eram tantas coisas que poderia, e queria, fazer.

Logo chegou na escola, encontrando Taeyeon na porta aguardando Michan também. Eles conversaram animadamente, marcando um encontro em breve para levar os pequenos em um parque de diversões. Aquela aura pesada havia se dissipado entre eles, já que não havia mais mentiras, ambos sabiam a verdade, por mais triste que pudessem soar, um do outro.

A mulher se alegrou em poder considerar Baekhyun um amigo e depois que as crianças foram liberadas, eles se despediram com sorrisos e promessas de se verem em breve.

— Titio, vai fazer nossa comidinha?

— Vou tentar — Baekhyun riu de Seojun, seu sobrinho comilão.

— O Channie 'tá na escola?

— Sim, ele vai chegar tarde hoje.

— Ele sempre canta músicas para gente no carro.

— Sério?

— Sim, o titio também cantava.

Baekhyun riu baixinho, seus sobrinhos são apaixonados por canções, então pensou bem e sorriu, começando uma melodia baixa e até um pouco triste. Sentiu o coração apertar, não só por ser sua música preferida, mas também de seu falecido irmão. Contudo, ao invés de toda revolta, só sentiu a saudade cheia de amor, de todas as lembranças boas que tem dele.

— Let it be, let it be, there will be an answer, let it be.

The Beatles sempre seria um grupo o qual faria-o lembrar de Baekbeom, de suas tardes na adolescência, onde ficavam os dois deitados no chão gelado do quarto, lado a lado, ouvindo o grupo e cantarolando as letras bonitas.

Seoeon e Seojun começaram a bater palmas, fazendo o Byun sorrir ainda mais, balançando a cabeça um pouco, mas sem perder o foco na estrada.

Contudo, logo seu celular começou a tocar, fazendo com que franzisse o cenho ao perceber que era Yoora. Atendeu no modo viva-voz, querendo saber o que ela precisava.

— Senhor Byun, os novos investidores acabaram de ligar, eles já estão no caminho para cá, desmarcar assim pode fazer com que eles se sintam ofendidos. Acho precisa voltar agora.

(...)

Baekhyun sempre evitou que sua empresa tivesse o nome manchado. Era uma obrigação sua fazer com que as pessoas vissem a boa reputação e como tratam bem seus clientes, sócios e funcionários. Por isso nunca foi uma opção para si deixar os novos investidores com uma impressão ruim.

Ele voltou para empresa, segurando os sobrinhos pelas mãos tentando andar rapidamente, sem sucesso devido as perninhas curtas dos meninos.

Voltou para sua sala onde Yoora estava, ela parecia aflita e culpada, mesmo que não fosse culpa sua.

— Senhor Byun, me desculpe...

— Tudo bem, não precisa, apenas olhe os dois, ok? Todo o projeto já está na sala de reuniões?

— Sim.

— E eles?

— Chegaram há menos de dois minutos, estão tomando café.

— Ótimo, já volto — Baekhyun se virou para os gêmeos. — Se comportem com a irmã do Channie, ok?

Os dois assentiram uma vez, já conheciam a mulher desde que foram apresentação do universitário. O Byun arrumou o cabelo, alinhando sua roupa e seguindo até o local onde era esperado.

Ele sorriu para os investidores, se apresentando a cada homem ou mulher ali. Indicando que poderiam começar assim que desejassem.

Era natural para si falar da empresa que fundou do nada, na época da faculdade ainda. Conhecia cada setor, cada cantinho, como se fosse sua própria casa. E, de fato, era. Passa tanto tempo ali quanto em seu quarto, talvez até mais.

Então a introdução ocorreu de forma fácil, chamando a atenção daqueles homens e mulheres para o que tinham de melhor. Contudo, depois de alguns minutos de apresentações e dúvidas, ouviram um barulho alto e logo depois a porta da sala de reunião foi aberta.

Apesar de falar com propriedade, apenas parte de si estava naquela sala, o empresário se perguntava sobre os sobrinhos, sabendo que estavam com fome e ficariam irritados por não poderem descansar em casa. 

Era estressante para crianças tudo isso.

— Senhor Byun, — o funcionário sussurrou. — Um dos seus filhos está chorando.

Aquilo pegou o loiro desprevenido.

Claro, nem todos sabiam sobre que havia acontecido, e a lógica fazia com que pensassem que aquelas crianças eram suas.

Mas elas não eram?

Baekhyun suspirou, se virando para aquelas pessoas e pensou em algo que fez seu coração apertar.

Não queria aquela sensação. Não queria ter novamente em seus ombros o peso da culpa, da distância. Uma das coisas que fiz seu luto por Baekbeom ser tão pesado, é justamente o fato de que havia desmarcado com ele diversas vezes, ocupado demais com o próprio trabalho para poder encontrar sua família.

Até que foi tarde demais, e percebeu que jamais o veria novamente.

Não seria assim com os gêmeos.

— Senhoras e senhores, peço a compreensão de todos — começou o loiro. — Acredito que muitos aqui tem família e imprevistos acontecem, meus... — ele respirou fundo, sentindo algo diferente em seu peito, aceitação. — Meus filhos precisam de mim agora, mas não se preocupem que em alguns instantes uma pessoa de total confiança vem finalizar a apresentação. Mais uma vez, peço desculpas pelo inconveniente.

Se curvando para os presentes, Baekhyun saiu apressado da sala de reuniões, seguindo até o próprio escritório. Yoora segurava Seojun nos braços e o menino tinha olhos chorosos enquanto Seoeon o encarava preocupado, e metade das coisas que estavam em sua mesa, jaziam no chão.

— O que houve?

— Ele tropeçou no fio do telefone e caiu, só algumas coisas caíram no pé dele, pobrezinho.

Baekhyun se sentiu culpado, logo pegando o menor no colo e acariciando os fios negros.

— Yoora, preciso que você volte lá e termine a apresentação, vou levá-los embora.

— C-como? Eu sou só a secretária, senhor Byun.

— Sabe que não é apenas isso, você é meu braço direito, quem me ajuda em tudo e conhece essa empresa tão bem quanto eu. — o empresário sorriu ao ver como ela ficou constrangida com o elogio. — Sei que essa não é a melhor forma para falar isso, mas venho pensando nessa proposta há bastante tempo, como vê, estou enrolado demais em minha vida pessoal, preciso de alguém ao meu lado no comando, alguém que eu possa contar para ser o Diretor Geral — disse, com um pequeno sorriso. — Ou melhor, Diretora.

— Eu?

— É uma oferta, pense o quanto quiser, mas eu confio em você no seu potencial, não se formou em uma faculdade tão boa para ser uma secretária a vida toda, certo?

— Não sei o que falar, senhor Byun.

— Vá lá, faça essa apresentação e veja como se sente liderando, depois conversamos melhor.

A mulher sorriu, assentindo uma vez.

— Vou dar meu melhor, obrigada pela confiança.

— Não me agradeça ainda! Depois me mande um e-mail com o relatório de tudo que aconteceu, vou para casa agora.

Yoora confirmou novamente, deixando a sala com uma grande determinação e feliz, não só por si, mas por ver que Baekhyun estava percebendo que outras coisas mereciam prioridade em sua vida.

(...)

Chanyeol massageou os ombros, entrando naquele apartamento tão conhecido que quase chamava de lar. Estranhamente, apesar de todo seu cansaço e estresse, ao ouvir uma gargalhada gostosa, sentiu-se renovado.

Ainda está cansado, é claro, mas para si, existe algo mágico em ouvir a risada de uma criança, ainda mais quanto ama tanto a pessoinha em questão.

Não consegue negar, Chanyeol ama.

Ama aquela casa.

Ama Seojun e Seoeon.

Ama...

Bem, está mais do que claro como o Park ama Baekhyun.

Ele seguiu até a sala deixando sua mochila pesada no corredor, e parou para ver os gêmeos se jogando em cima do tio, praticamente sufocando-o enquanto o Byun pedia, entre risadas também, para se acalmarem pois precisavam tomar banho antes de dormir.

Não foi nem um pouco respeitado, é claro.

As crianças estavam apenas de cueca, fazendo corpo mole e querendo continuar vendo TV, quem precisa de banho, afinal?

Chanyeol riu com vontade, chamando a atenção de todos, os gêmeos exclamaram em felicidade, correndo para agarrar as pernas longas do universitário.

— Vejo que estão dando trabalho.

Baekhyun aproveitou, para se levantar e pegar Seoeon no colo, enquanto o Park fazia o mesmo com Seojun.

— Esse dois porquinhos não querem tomar banho — disse o loiro, imitando o barulho do animal e arrancando gargalhadas dos demais. Depois ele sorriu de forma calorosa para Chanyeol. — E como foi seu dia?

Pode parecer uma pergunta banal, algo completamente cotidiano, contudo para o maior, receber aquele olhar de carinho e saber que Baekhyun perguntava aquilo por estar genuinamente preocupado consigo, era a melhor sensação do mundo.

Porém aqueles dois menininhos agitados começaram a exigir atenção, não deixando o maior responder.

— Toma banho com a gente, Channie.

— Ele está cansado meninos, não façam isso — pediu o empresário.

— Deixa a gente dar banhinho em vocês — sugeriu Seoeon.

— Por que não? — o Park riu, seguindo até o quarto do Byun, no qual passava mais tempo do que o próprio.

Um Baekhyun desacreditado também seguiu pelo corredor, até chegarem em sua banheira. Como sempre os mais velhos ficaram de cueca, havia se tornando comum tomarem banho juntos, então não existia mais o constrangimento. Sentaram cada um em uma ponta da banheira com os gêmeos em pé, entre suas pernas. As crianças riam de forma sapeca, insistindo que elas dariam banho nos adultos, pegando o shampoo e derramando, em quantidade exagerada, nos fios de ambos e massageando com os dedinhos curtos.

Chanyeol e Baekhyun riam, se entreolhando de forma carinhosa com os pés se acariciando sob a água turva de sabão enquanto as crianças insistiam em lavar seus cabelos.

Foi um banho divertido, mas quando Chanyeol fechou os olhos por tempo demais, o Byun logo tratou de conter os meninos, acabando com a brincadeira e os colocando na cama. Como sempre, os dois foram até o quarto para desejar boa noite aos dois pestinhas, e o Park desabou na cama do loiro logo depois.

— Deram muito trabalho hoje? — quis saber o universitário.

— Mais ou menos, sua irmã me ajudou, eu precisei voltar de tarde para empresa pois os investidores apareceram para uma reunião...

— E eles?

— Yoora os olhou um pouco.

— Sabe que eles precisam de você, não é?

— Eu sei.

— Não pode deixá-los de lado por causa do trabalho — deu esporro, com um biquinho chateado nos lábios.

Baekhyun riu baixinho do jeito fofo e mandão de Chanyeol, roubando um selar do maior e lembrando de quando ele brigou consigo por quase não ir ao evento que teve na sala dos meninos, meses antes. O empresário havia percebido, com ajuda daquele homem de feições gentis, que Seoeon e Seojun eram, de fato, as pessoas mais importantes em sua vida, além do próprio Chanyeol que de forma sorrateira conquistou aquele coração que pensava ser de gelo.

— Sei disso, foi pensando neles que eu ofereci uma proposta para sua irmã se tornar diretora da minha empresa, assim não fico tão sobrecarregado e consigo ter mais tempo para os meninos, e para nós.

Um enorme sorriso se espalhou no rosto de Chanyeol, que se aproximou ainda mais do outro na cama, envolvendo sua cintura e colocando os rostos para beijá-lo repetidamente.

— Fico feliz que pense nos meninos e em nós dois também — sussurrou. — Estou orgulhoso de Yoora.

— Tem que estar mesmo, ela é genial.

— Eu sei disso, é de família. — brincou, arrancando uma risadinha baixa do loiro, que levou a mão até os fios negros, fazendo um cafuné gostoso. Baekhyun observou o mais novo relaxar aos poucos, até estar dormindo tranquilamente depois de um dia agitado.

 

(...)

 

O Byun acordou com um celular vibrando, ele resmungou, virando-se de lado e recusando-se a acordar para resolver qualquer problema, apenas queria dormir.

Logo rolou na cama, querendo abraçar o corpo grande e quentinho o qual havia se acostumado a dormir junto. Porém sua mão tateou a cama, não encontrando ninguém. Abriu apenas um olho de forma preguiçosa, só para constatar que realmente Chanyeol não estava ali. Se virou pegando o celular, logo percebendo que havia sonhado com aquele barulho de tanto ouvi-lo o dia todo, e viu que ainda eram cinco horas da manhã.

Coçou os olhos, sentando-se na cama, o que havia acontecido com Chanyeol?

Sequer teve tempo de levantar, já que o Park entrou no quarto com um copo de água na mão. Ele estava apenas de calça moletom, sem camisa, como dormiu na noite anterior.

— Te acordei? Desculpe, estava com sede.

— Não, eu acho que estava sonhando, não foi culpa sua.

Baekhyun entendeu a mão, pedindo um gole da água, enquanto olhava todo o corpo de Chanyeol.

Não foi bem sua intenção, mas ele era muito bonito na concepção do empresário.

— Tudo bem? — o mais novo quis saber de forma risonha ao perceber que era observado de forma intensa.

— Claro.

— Ótimo, vamos voltar a dormir então.

Acontece que, bem, acordar com aquela visão despertou algo em Baekhyun. Não é de ferro, e seu corpo queimou quando o Park voltou para as cobertas, puxando-o para si de forma que ficaram de frente um para o outro, os corpos colados, as respirações mesclando e os olhos presos.

Queriam tanto aquilo, se provocavam toda hora, mas não tinham transado outra vez, sabiam que seria diferente já que haviam admitido, mesmo que somente para si, o sentimento existente naquela relação conturbada.

Baekhyun, sempre apressado, foi o primeiro a jogar tudo para o alto, enterrando os dedos no cabelo de Chanyeol, puxando-o para si enquanto beijava-o com vontade, desejo.

O Park não demorou para corresponder na mesma vontade, apertando ainda mais o corpo menor contra o seu.

Apesar de toda a intensidade, o beijo era calmo, mostrando que existia muito mais que luxúria naquela relação; as bocas se moldavam, as línguas se acariciavam, as mãos descobriam o corpo alheio, tocando por debaixo dos panos, apertando, arranhando e fazendo com que se excitassem ainda mais.

O Byun girou na cama, fazendo o outro deitar de costas e sentou-se sobre ele para tirar a própria blusa, enquanto começava a rebolar sobre o membro teso, dando um sorrisinho de lado ao ver Chanyeol grunhir de tesão, ele apertou sua cintura ao mesmo tempo que impulsionava os quadris em busca de mais contado.

— Hmm.. — o loiro se inclinou para frente, mordiscando a orelha de Chanyeol. — Você já está tão duro — uma mão desceu pelo corpo magro, arranhando a tez antes de apertar o membro, que pulsou em seus dedos, afastando a calça e cueca um pouco para ficar mais fácil manuseá-lo. — Me quer tanto assim, Channie?

— Você é um demônio, Baekhyun.

— Eu só gosto de te provocar — sussurrou, depositando breves selares na pele do outro, em seu pescoço, contornando o maxilar e bochecha, antes de parar rente a boca cheinha e avermelhada. — Aposto que está pensando em como deve ser bom me foder.

Chanyeol mordiscou os lábios, fechando os olhos para sentir mais intensamente a masturbação lenta que Baekhyun havia começado, os dedos longos e bonitos se fechavam com precisão em seu pênis, subindo e descendo vagarosamente.

— Me responde, Channie, ou quer que eu te foda de novo?

O Park abriu os olhos, segurando o pulso do loiro apenas para rolar novamente na cama, só que dessa vez ele ficou por cima do Byun e sorriu de lado perdendo toda a paciência, ou talvez a sanidade.

— Não, eu vou cuidar de você essa noite... — falou em tom baixo e rouco, fazendo o menor estremecer.

Estava louco para conhecer esse lado dominante do maior, então só conseguiu sorrir ao vê-lo arrancar com pressa o resto das roupas em seus corpos. Chanyeol encarou-o com devoção, observando todo o corpo branquinho, com algumas pintinhas espalhadas e tratou de beijar cada pedaço de Baekhyun, as mãos passeando por suas coxas grossas, enquanto os lábios se arrastavam pelo pescoço, brincando um tempo com os mamilos — amando os gemidos entregues do loirinho — para descer pela barriga.

Chanyeol deu um sorrisinho de lado para Baekhyun, que lhe encarava em expectativa e desejo, vendo aquela boca úmida e vermelhinha tão próxima de seu sexo, logo precisou morder os próprios dedos para não gemer muito alto e acordar as crianças, mas era praticamente impossível se conter, com o outro chupando-o com tanto empenho.

O loiro fechou os olhos, aproveitando aquele agrado e abriu ainda mais as pernas, dando a entender que queria atenção em outros lugares também. Ficou ainda mais óbvia sua necessidade quando pegou mão do Park e colocou dois de seus dedos na boca, passando língua por eles quase como o moreno fazia em seu membro.

Era deliciosa aquela sensação, junto com a visão do maior lhe encarando de forma depravada, estavam tão excitados.

— Vamos logo com isso, Channie...

— Me quer tanto assim, Baekkie? — o maior repetiu a pergunta de forma um pouco debochada, ao mesmo tempo que forçava um dedo na entrada do menor, que gemeu em frustração.

Da próxima vez, definitivamente, iria foder Chanyeol para ele aprender a lição. Mas naquele momento só conseguia agarrar os lençóis e pedir por mais, sendo prontamente atendido, pois logo sentiu o segundo dedo em si, e não demorou muito para vir o terceiro.

Baekhyun rebolava contra a mão do Park, sentia tanta falta daquilo, de ser tomado com força, com vontade; a ardência inicial sequer era uma preocupação, apenas queria sentí-lo mais e mais.

Por isso se afastou do maior, ficando de joelhos na cama e deixando o universitário desconcertado.

— Senta. — ordenou.

Chanyeol poderia reclamar, mas quem iria enganar? Adorava ver Baekhyun sendo tão autoritário na cama, não que não gostasse dessa posição, mas vê-lo assim era sexy demais para resistir.

Por isso se apoiou na cabeceira da cama, sentando com as pernas abertas enquanto o Byun subia em seu colo, segurando a base do falo com uma mão para provocá-lo um pouco, roçando entre suas nádegas e sorrindo a cada gemido sôfrego que o mais novo soltava.

Porém, o próprio Byun estava mais do necessitado, então desceu o corpo sentindo Chanyeol preenchê-lo aos poucos e amando a sensação de tê-lo dentro de si. Baekhyun jogou a cabeça para trás, segurando nos ombros do moreno enquanto rebolava lentamente, acostumando-se com o volume e choramingando necessitado, sentia-se tão bem assim.

O Park segurou a cintura alheia ajudando-o nos movimentos, mas não impondo, deixou Baekhyun ditar o ritmo que mais lhe agradava, mesmo que no começo fosse tortuosamente lento. Contudo, nada havia lhe preparado para quando o empresário lhe encarasse diretamente, sem reservas, sem medos, sem máscaras.

Ali, em a um ato de completa luxúria, Baekhyun estava despido não só de roupas, mas de todas as outras coisas que faziam com que parecesse tão distante e frio. Ele havia se entregado para Chanyeol, não só o corpo, mas o coração também. Eles se encaravam de forma que transbordava emoção, e sorriram com toda sinceridade um para o outro.

Quando ambos se beijaram, tinha gosto de romance, de algo verdadeiro, novo e doce. Baekhyun juntou as testas e continuou ondulando o corpo sobre o do outro, gemendo baixinho, se deliciando com aquela nova sensação e prazer.

Chanyeol estava encantado com as feições do menor, ele parecia tão entregue, era tão lindo vê-lo finalmente ser seu que não conseguia evitar, beijava e mordiscava onde seus lábios e dentes alcançaram, acariciava a tez clara, apertava a cintura, fazia-o seu.

Logo trocaram de posição, o Byun deitou na cama enquanto Chanyeol estava de joelhos, agora estocando com força ao mesmo tempo em que agarrava as coxas grossas do loirinho que circundavam sua cintura. Baekhyun não deixou de encará-lo em nenhum momento, sorrindo de lado, provocando-o ao pedir por mais e pegando o próprio membro para massageá-lo enquanto o Park lhe tomava com vontade.

De cima, a visão do menor gemendo, revirando os olhos, com o cabelo bagunçado, sendo tão seu, era lindo demais aos olhos de Chanyeol, ele queria poder guardar a lembrança para sempre.

Não demorou muito para que sentissem o ápice se aproximando, então o Park se empenhou ainda mais em dar prazer ao menor, sorrindo satisfeito ao vê-lo gozar e sussurrar seu nome. Foi o que bastou para que se entregasse àquela sensação de plenitude também, que se alastrou por todo corpo.

Eles se deitaram lado a lado e sorriram um para o outro, Baekhyun acariciou o rosto do maior, distribuindo beijinhos na tez suada, enquanto este ria, um tanto ofegante, feliz demais com aquele momento.

— Vamos tomar um banho, preciso acordar em menos de duas horas para trabalhar.

— Baekkie...

— Nada de manha, Chanyeol — ditou autoritário ao se levantar, mas acabou sorrindo com o bico que o Park tinha nos lábios, por isso beijando-o lentamente. — Eu prometo chegar pro jantar, podemos pedir pizza ou comer fora.

— Sério?

— Sim.

— Quero ver, então — cedeu moreno, levantando-se para seguir com o menor até o banheiro, onde ficaram tempo demais abraçados e sentindo a relaxante água morninha em seus corpos.

Para Baekhyun, aquela foi a primeira vez que conseguiu ter um vislumbre de felicidade em seu futuro.

(...)

Chanyeol estava nervoso.

Ele não queria estar ali, mas o que poderia fazer?

Bem, nada além de tentar colocar algum tipo de juízo na cabeça de Yifan.

— Por que estamos aqui, se me prometeu que iria parar com isso? — Chanyeol disse irritado, parando ao lado do amigo que havia lhe enviado uma mensagem de madrugada, dias antes.

Estavam novamente no lugar em que as corridas de carro ilegais acontecem.

— Eu preciso, Chan.

— Morrer? É isso que você quer?

— Você não entende.

— Me explica.

— Ele não larga mais do meu pé, quer me deixar limpo, mas se eu ficar sóbrio vou ter que pensar no Jun, em tudo, não quero isso.

— Ele quem?

— Ninguém.

— Eu sei que tem alguém te ajudando, passei no apartamento outro dia e não estava um completo caos, mas estava esperando me contar — disse em tom baixo. — Você me afastou do nada.

— Para que não precise escolher, aquela casa te faz feliz.

— Não entendo, Yifan.

O Wu suspirou, não queria contar para Chanyeol sobre o Byun, ele sempre se empolgava ao falar das crianças as quais toma conta. O que aconteceria se soubesse que todas aquelas vidas estavam entrelaçadas? Que o homem para quem o amigo trabalha deve odiá-lo?

Quanto menos soubesse, mais segura a felicidade do Park estaria.

Todavia, mesmo o afastando não conseguia ficar muito tempo longe, era seu melhor amigo ali, afinal. Como poderia simplesmente esquecê-lo?

Mesmo com Kyungsoo invadindo sua rotina, entrando em sua casa para arrumar, tirando o copo de cerveja da sua mão e impedindo-o de tentar acabar com a própria vida, Yifan não estava pronto para lutar, ao menos, não se sentia pronto.

Os amigos continuaram conversando, contudo, não sabiam que estavam sendo observados.

Kyungsoo suspirou em seu carro.

Em algum momento com o decorrer dos dias, se via mais preso a responsabilidade de cuidar do Wu. Se sentia culpado, tão culpado por tudo que havia acontecido que precisava se certificar que ele não iria fazer uma besteira com a própria vida.

Mas quem queria enganar? Quanto mais o conhecia, mais a pena que o motivava no começo era substituída por outra coisa, algo inominável.

Yifan era muito talentoso, ele escrevia músicas o Do percebeu, pois nem todos os papéis jogados no chão eram lixo. Sem falar que conseguia consertar quase qualquer coisa, começando com aquela moto que tanto amava, sendo este um dos poucos motivos os quais faziam com que se levantasse do sofá puído e sujo.

Sabia que não poderia mandá-lo ficar longo do amigo, ainda mais em um momento tão crucial e difícil, contudo, ver Chanyeol ali fazia tudo oscilar em uma corda bamba. Precisava conversar com Baekhyun, mas não tinha coragem. Não quando o amigo lhe ligou todo feliz perguntando o que achava de fazer um churrasco, pois estava cansado do próprio apartamento, dizendo que todos poderiam ir até a casa do policial que era quase desabitada já que passava muito mais tempo no trabalho do que em qualquer outro lugar.

Apenas conseguiu dar uma resposta curta, fingindo desinteresse, mas contente por saber que seus amigos invadiriam sua residência vazia naquele final de semana. Todavia, Chanyeol poderia estragar tudo.

Como se já não bastasse acabar com a pequena gotinha de esperança existente em Kyungsoo, sobre conquistar o Byun, também poderia acabar com ele. Pois destruiria Baekhyun saber que o Yifan e o Park eram amigos. Destruiria todas suas vitórias, a felicidade que vem conquistando aos poucos e com custo.

Baekbeom era o herói de seu melhor amigo, alguém insubstituível e sem comparações.

Kyungsoo bufou com raiva, abrindo a porta do carro e seguindo até os dois com passos firmes. O primeiro a vê-lo foi Chanyeol, que arregalou os olhos, ele também temia, é claro. Tinha medo do que Baekhyun pensaria de si ao saber que fica em festas de rua pela madrugada, pior, em um local onde corridas clandestinas aconteciam, sendo que o seu irmão morreu em um acidente de carro.

E para piorar, a pessoa que menos ia com sua cara de si, estava ali.

Sabia que o Do gostava do loirinho, ele deixou claro em suas indiretas e forma como o olhava cheio de dúvidas, então o coração do Park acelerou de medo com a possibilidade de perder tudo devido aquele policial.

Mas, estranhamente, foi surpreendido.

— O que faz aqui? —Yifan quis saber, em tom irritado.

— Salvando sua pele, mais uma vez.

— Como assim?

— O que está acontecendo aqui? — Chanyeol se desesperou ao ver Yifan e Kyungsoo conversando.

— Eu denunciei a festinha de vocês, em quinze minutos as viaturas vão chegar — o policial sorriu de lado, vendo a feição indignada do Wu. — Vamos, você vem comigo. — ordenou, então se virou para Chanyeol. — E você pegue sua moto e vá embora, fique quieto sobre o que aconteceu aqui e, em hipótese alguma, diga para Baekhyun algo sobre isso ou que me viu, muito menos que conhece Wu Yifan, me ouviu garoto?

Chanyeol assentiu uma vez, sem entender ao certo, vendo o policial arrastar seu amigo, que era bem maior do que o moreno irritado, até seu carro. Todavia, não teve tempo de pensar muito sobre isso, já que viu o Do sumir de vista em seu carro e soube que logo a polícia iria chegar. Então subiu em sua moto indo embora com um misto de alívio, por saber que o Yifan estaria bem, e curiosidade, para entender porque Kyungsoo estava cuidando dele.

 

Notas Finais


E, finalmente, confusão em dobro chega em sua reta final.
Seriam 20 capítulos ao total, mas diminuí para 16 (18, contando prólogo e epílogo), pois achei melhor para história.
Os próximos dois já estão prontos, então vou postar um por semana
EEEEEEEEEE
Nada de espera shauashuasuh, eu me empolgo mais pra escrever na reta final. Só falta revisar e betar o 14 e o 15, e finalizar o 16 e o epílogo.

Maaaaaaaaaaas, sobre esse capítulo, gostaram? Queria fazer desde o começo dois lemons, um que mostrasse mais o desejo, e esse que mostra mais a entrega do Baek. Espero que tenham gostado ><
Logo, logo temos reviravoltas hahahaha
Esse krisoo, como faz?
É isso ai :))
Obrigadaaa por mais de 1.3k de fav e todos os amores que sempre comentam <3

Até semana que vem.


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