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História Confusão em dobro - Epílogo: Aceitação


Escrita por: Byun_Re

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 18 - Epílogo: Aceitação


 

Epílogo

 

— Michan vai fazer dez anos, Baek. — Taeyeon suspirou, encarando o loiro ao seu lado enquanto estava sentada na praça de alimentação do shopping.

Sequer parecia que haviam se conhecido quando as crianças estavam prestes a fazer quatro, mais de seis anos antes.

— Eu sei.

— Tem certeza que não vai ser estranho?

— Por que seria?

— Minseok vai levar Luhan, o novo namorado.

— Tae, nós terminamos há mais de cinco meses, não faz sentido essa discussão.

— Mas namoraram por quase um ano e meio.

— É passado, nós conversamos e terminamos como os adultos que somos, não se preocupe.

— E os meninos vão?

“Os meninos”, Taeyeon ainda tratava seus amigos, assim como o próprio Byun, como crianças. Talvez fosse seu instinto maternal, não sabia ao certo. Contudo, era um fato de que ela havia se apagado a Jongin, Sehun e Kyungsoo, ainda mais na época em que namorou Minseok e todos estavam sempre juntos.

Mas aquela pergunta trazia outra questão que Baekhyun não sabia ao certo como lidar.

Kyungsoo.

Mais precisamente, Kyungsoo junto com Yifan.

Algumas semanas antes o Do havia aparecido no apartamento de Baekhyun, dizendo que precisavam conversar e contou sobre seu relacionamento com o Wu. Dizer que não ficou surpreso seria mentira, mas depois de seis anos ajudando Yifan, imaginou ter algum outro sentimento além do companheirismo.

O policial volta e meia soltava uma frase orgulhosa sobre o outro estar fazendo curso de mecânica, ou como conseguiu a confiança do seu chefe, Yixing, a ponto dele chamá-lo para ser seu braço direito na oficina, depois que o Wu lhe deu dicas que ajudaram muito no desenvolvimento do negócio.

Não ficou com raiva. Naquele meio tempo, Kyungsoo havia levado Yifan até a casa de Baekhyun algumas vezes, claro, depois de quase quatro anos desde todo ocorrido. E o Byun se lembrava, com o coração apertado, como o maior ficou emocionado ao ver os gêmeos, perguntando onde era o banheiro, e voltando de lá com os olhos vermelhos.

Ele ainda se culpava às vezes, Kyungsoo lhe confidenciou, não pelo acidente, mas por sair de casa naquela noite, poderia ter evitado toda aquela dor. Como se fosse culpa sua, ou do irmão de Baekhyun também. O destino funciona de maneira misteriosa, e ninguém poderia prever o que iria acontecer naquela fatídica noite. Minseok, irmão da Tae, era um cara bastante alegre e com espírito aberto, havia ajudado Baekhyun a perceber que perdoar a si mesmo, e Yifan, seria o melhor.

Não se tornaram amigos, obviamente, mas algumas vezes ficavam na presença um do outro e compartilham um sorriso de uma piada qualquer que Sehun havia soltado. Baekhyun queria que Kyungsoo fosse feliz, e se o Wu pudesse dar a ele o que nunca pode, o seu coração, que seja.

— Eles vão sim, todos eles. — Baekhyun respondeu, arrancando um sorriso orgulhoso da mulher.

Ambos olharam para o lado, e lá estavam as três crianças que insistiram ser grandes o suficiente para comprar o sorvete sozinhas. Os dois sorriram com a cena a qual Seojun balançava a nota de dinheiro na frente do caixa, pedindo três sorvetes com muita calda de chocolate.

Eram adoráveis, ainda mais naquela fase de: eu posso fazer sozinho.

Eles voltaram para a mesa com seus copinhos transbordando o doce e parecendo bastante satisfeitos com isso. Sentaram-se e logo estavam lambuzados, arrancando sorrisos nostálgicos de Baekhyun e Taeyeon.

Seis anos haviam se passado, e muita coisa mudou, ao passo que nada estava diferente. O Byun se concentrou nos meninos, em ficar bem por eles, assim como em sua empresa, mas sem deixar o trabalho sufocá-lo, achou o equilíbrio aos poucos e com muito esforço. Ainda tinha todos seus amigos por perto, as crianças trocaram de escola e estavam ainda mais confiantes em lhe chamar de pai, mas uma vez por mês todos seguiam até a lanchonete preferida de Baekbeom e Baekhyun desatava a contar histórias de seus pais, deixando a memória de ambos sempre viva nos meninos.

Michan era uma presença constante também, assim como Taeyeon. Além de Yoora, é claro, a queridinha de seus filhos.

Baekhyun sabia que quando a Park estava em sua casa, revisando algo do trabalho, ou só passando uma tarde junto com seus amigos — Taeyeon adorava sua companhia, se tornaram bastante amigas — ela pegava o celular, quando não estava por perto, e fazia uma videoconferência.

Seojun e Seoeon lhe contavam todas as vezes, mesmo depois de tantos anos, conversavam regularmente com ele.

Não se irritava com a mulher, mas decidiu não ter nenhum contato que pudesse lhe trazer dor, ou tirar o outro de seus objetivos. Contudo, ficava feliz em saber que os meninos ainda o amavam da mesma forma que ele os amava.

Um burburinho foi ouvido na mesa, e Michan se levantou, gargalhando e informando que iria pegar guardanapos já que gêmeos pareciam dois bebês sujos, fazendo Seojun ficar emburrado, pois sempre queria parecer um homenzinho ao lado da amiga, e Seoeon sorrir sapeca.

Taeyeon acompanhou a menina com o olhar, mostrando como estava orgulhosa da filha responsável e Baekhyun parecia tão imerso em pensamentos e lembranças que não percebeu quando os filhos começaram a sussurrar.

— É ele?

— Quem? — Seojun estava observando Michan com um sorrisinho e não prestou atenção no irmão.

— Olha…

Seoeon tinha os olhos arregalados em surpresa, Baekhyun não entendeu ao certo quando ambos sorriram um para outro ao gritarem:

— CHAN!

Ele se virou preocupado para a menina, mas Michan havia voltado para a mesa e parecia confusa também ao ver os dois se levantarem correndo. Baekhyun se sobressaltou e olhou na direção que os gêmeos estavam indo, logo suspirando aliviado ao ver Yoora.

Contudo, franziu o cenho quando Seoeon e Seojun se jogaram no homem ao lado dela, que estava de costas para si, ele tinha um cabelo platinado e parecia tão perdido quanto o próprio Byun. Contudo, logo gargalhou ao perceber quem eram as crianças, uma risada escandalosa e muito familiar que fez o coração do empresário parar por um momento.

Era ele!

Sequer conseguia acreditar em seu olhos, por isso encarou para a mulher do seu lado em busca de uma explicação, ela sorriu de lado e deu de ombros, parecendo bastante satisfeita ao encarar Yoora. Ele estava tão diferente, as roupas mais sóbrias e o penteado alinhadinho ao invés dos cabelos desgrenhados que se lembrava de ver pela manhã, e ainda assim, o sorriso no rosto era o mesmo, assim como os olhos brilhantes e aquela aura que lhe trazia paz, mesmo de longe.

Como se um pensamento passasse por sua cabeça, o platinado levantou o rosto — que até o momento só prestava atenção nos meninos —  e olhou ao redor, até encontrá-lo. Chanyeol e Baekhyun se encararam seriamente, os olhos transbordando tantos sentimentos.

Saudade, desejo, carinho, aconchego, tristeza, afeto, benquerer, vontade de correr até o outro, vontade correr para fora do shopping, dúvidas, incertezas, pesar, estima, ternura, paixão, amor.

Aceitação.

Eles sorriam um para o outro e Baekhyun soube, sua vida voltaria a ser uma confusão, mas sentia que dessa vez seria uma bagunça gostosa com o dobro de sentimentos bons e vontade de, finalmente, fazer tudo dar certo.

 


Notas Finais


Eu iria postar esse capítulo no final de semana, mas resolvi postar hoje para explicar algumas coisas.
Vou começar do mais fácil, essa fic é um drama, certo? Está tanto na sinopse quanto nas categorias, então reclamar do que eu escrevi não faz sentido.
Sobre as cenas fofas, sim, teve muita cena fofa, tanto que outro gênero dela é fluffy, mas se vocês prestarem atenção comigo, teve mais drama do que qualquer outra coisa na história.
1- Enterro do irmão do Baek.
2 - Baekhyun deixando o Chanyeol de lado pela Tae.
3 - Baek "usando" o Chan na capítulo do lemon.
4 - A despedida do Baek com os sobrinhos no cemitério
5 - O medo de perder os meninos para a assistente social
6 - O drama do Yifan
7 - O drama do Kyungsoo perseguindo o Yifan e gostando do Baek.
8 - Chanyeol se sentindo rejeitado pelo Baek
Enfim, eu só destaquei alguns pontos do desenvolvimento, não foi só um "BOOM" final dramático, a fic todo se encaminhou para isso! O capítulo passado tem uma cena do Baek DOPADO de remédio e eu quero que alguém me explique COMO uma pessoa nesse estado pode conseguir amar outra?
Amor não é possessão, amor é amar a si mesmo e assim, conseguir amar ao outro.
Eu não quis dizer com essa fic que o amor não vence, FOI COMPLETAMENTE AO CONTRÁRIO, eu quis dizer que o amor é um sentimento tão bonito que ele NÃO PRENDE, ele aceita.
Ninguém consegue amar outra pessoa sem gostar de quem ela é por dentro, e o Baek precisava se aceitar antes de ficar com o Chanyeol, pq se alguém ama outra pessoa mais do que ama a si, isso não é amor, é dependência, é doentio.

Eu sei que não deveria estar chateada com os comentários do capítulo anterior, pois eu não posso projetar em vocês as minhas expectativas e as minhas experiencias de mundo, mas da mesma forma, vocês não podem projetar em mim o reflexo de um mundo perfeito que não existe.

Eu tô postando o epílogo agora porque não pretendo voltar a abrir essa fic tão cedo, então decidi finalizá-la de uma vez com o final que, eu acredito, as pessoas esperavam.

Não fiz isso porque pediram, mas sim, porque era minha intenção desde o começo mostrar que o mundo dá voltas e o amor sempre vence, sempre encontra seu par, mesmo depois de seis anos.

Sei lá, eu tô sentimental e bem...... enfim.

Continuo amando vocês, mas por favor, parem e pensem um pouco mais, tanto na vida, quanto no que dizem, porque isso é uma fanfic, é irreal e uma distração, mas também é a minha forma de me expressar, de mostrar um pouco do que eu sei, do que eu sinto, e vocês não podem me pedir pra que eu mude quem eu sou.


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