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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, rejeitado


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Oiiii gente ca estou eu de novo. consegui terminar esse capitulo mais cedo, iria esperar mais um pouco para postar, mas meus dedos comicharam de ansiedade e eu não resisti e aqui esta mais um capitulo, espero que vocês gostem. Sem mais a declarar, boa leitura!!!

Capítulo 10 - Esse mordomo, rejeitado


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, rejeitado

Sebastian guiava a carruagem em direção à mansão Phantomhive, no interior do veículo Ciel se consumia em desgosto. Relembrava os detalhes do dia anterior. Francamente! A que nível ele havia chegado, fazer sexo com seu mordomo. Um demônio! Já não bastava as coisas horríveis que tinha feito, agora mais isso para sua lista de pecados, se continuasse assim nem o diabo o aceitaria no inferno. 

‘Eu realmente sou um ser desprezível’.

Ciel queria bater a cabeça na parede da carruagem até ter um traumatismo craniano. Toda sua honra e dignidade estavam jogadas na lama e não foi preciso que seus inimigos movessem uma palha para isso, ele mesmo de livre e espontânea vontade tratou de fazê-lo. Que humilhação! Como encararia Sebastian de agora em diante? Ciel chegou à conclusão de que se vergonha matasse, ele definitivamente já estaria morto e enterrado.

S&C

O sol se despedia no horizonte quando chegaram à mansão, Ciel foi tirado do seu martírio mental quando a carruagem parou e sofreu uma leve inclinação, indicando que o peso extra na frente havia saído. A proteção que o pequeno cúbico proporcionava chegou ao fim, seu coração falhou uma batida quando a porta foi aberta.

“Chegamos, jovem mestre.” O mordomo disse com sua voz suave, o mesmo sorriso de sempre.

‘Como esse maldito consegue agir tão naturalmente?’ Ciel não entendia como Sebastian conseguia ser tão dissimulado.

Ele respirou fundo para se acalmar, mesmo que quisesse, não havia como se esconder daquela criatura. Resignado, ele saiu da carruagem com passos firmes, a cabeça erguida, apesar do que aconteceu ele ainda era o conde Phantomhive e precisava manter as aparências. Caminhou a passos largos para dentro da mansão, podendo sentir pesadamente o olhar do mordomo em suas costas, era uma sensação esmagadora.

“Irei para meu quarto, em hipótese alguma quero ser incomodado.” Disse após chegar ao topo da escada. 

“Entendido.” Sebastian falou para si mesmo, pois o conde ja tinha sumido no corredor do segundo andar. Ele deixou a mascara de mordomo perfeito cair, o comportamento de Ciel começava a irritá-lo. 

“BOOOCCHAN!.... SENHOR SEBASTIANNN!...” Meirin e Finnian vinham correndo em sua direção, enquanto Bard andava com um cigarro na boca.

Ao chegarem no salão, Meirin pisou nos próprios cadarços e foi de encontro ao chão, levando Finnian consigo. Realmente eram uns estabanados, mal haviam chegado e os empregados já estavam dando dor de cabeça.

“São um bando de inúteis mesmo! Quantas vezes terei que falar para não correrem dentro da mansão?” Sebastian massageou o centro das sobrancelhas, se fosse humano, diriam que ele estaria com dor de cabeça.

Os dois logo trataram de se desculpar, Finnian tinha até algumas lágrimas no canto dos olhos, enquanto que Meirin colocava desastradamente os óculos no rosto.

“Cadê o bocchan?” Perguntou Bard.

“Foi para o quarto descansar e em hipótese alguma ousem incomodá-lo, entendido?” Sebastian suspirou, se tratando daqueles três, achava quase impossível que alguém conseguisse descansar em paz perto deles.

“Hay!” Os três reponderam em coro.

“Bom, vamos ao que interessa: como estão as coisas por aqui? Espero que esteja tudo em ordem!” Seu tom era ameaçador, o que fez os empregados descerem um nó goela abaixo.

“Ehhh… bbomm...”

“Ahnn... humm...”

“Sabe o que é, Sebastian… nós tivemos alguns pequenos imprevistos.” Bard coçou a cabeça.

Os pequenos imprevistos do qual o ex-fuzileiro falava incluíam o jardim e boa parte das amadas rosas de seu bocchan destruídos, metade das porcelanas quebradas e lençóis manchados. E a cozinha... bom... não havia mais cozinha, Bard a explodiu quando tentou fazer comida usando o lança chamas e um ‘pouco’ de pólvora.

O demônio que já não estava com o humor dos melhores, agora estava possesso. Ele já previa que os empregados aprontariam, mas dessa vez eles tinham batido o recorde de idiotice em tão pouco tempo. Pelo menos Sebastian usaria isso como desculpa para descarregar toda sua frustração em cima dos três. E assim começou mais uma maratona para os servos atrapalhados, que tiveram que aguentar durante a semana que se seguiu a tirania de um mordomo endiabrado.

S&C

Uma semana já havia se passado desde que retornaram a mansão. Era tarde da noite, todos estavam em seus aposentos para o merecido descanso. No último quarto da ala dos empregados, Sebastian repousava em sua cama de solteiro.

“Que belo corpo, milady. Tão esguio e flexível, essas patinhas são tão fofas e seu pêlo tão macio.” O demônio, capaz das piores atrocidades possíveis, olhava com admiração para a gata que abrigava sem o conhecimento do conde.

Estela era uma gata siamesa que encontrou ainda filhote nos arredores da mansão, não resistindo à deixá-la sozinha e faminta naquele lugar, ele a trouxe escondida para a mansão. Era ela sua companheira nas madrugadas entediante à espera do sol raiar, aquela gata com certeza sabia mais a seu respeito do que qualquer outra criatura existente.

“Só você consegue me entender.” 

“Miaauu…” A gata miava.

O clima na mansão aos poucos voltava ao normal, a não ser pela repentina amnésia do conde que teimava em fingir que nada aconteceu entre eles. Sebastian decidiu não pensar muito sobre isso, ele já havia se rebaixado o bastante tentando de todas as formas se aproximar de Ciel, mas nada, o garoto só o evitava.

“Que irônia, não é?

Sebastian era ciente que estava apenas colhendo os frutos que plantou, durante todos esses anos incitou cada vez mais o orgulho do conde, jogando lenha na fogueira e o incentivando a pensar unicamente em sua vingança, a abandonar qualquer sentimento que envolvesse afeto e piedade para se tornar uma pessoa fria e sem emoções. E agora lá estava ele, tentando quebrar as barreiras que ele próprio ajudou a construir.

Sabia que devia ser paciente com o garoto, afinal, tinha grande parcela de culpa dele ser assim, além é claro do passado de abusados e maltratados que tornara Ciel mais arredio. Compreendia que não era fácil para o jovem ter que aceitar toda essa reviravolta em sua vida, mas Sebastian também não era muito paciente para ficar mendigando a atenção de um simples humano. Ele também tinha seu orgulho de demônio a zelar, nunca havia passado por uma rejeição assim antes.

Sebastian achava ridícula toda essa situação, justo ele, um demônio poderoso. Era ofensivo ficar se atormentando pela indiferença de um conde mimado. “Que situação decadente. Acho que estou me tornando um demônio depressivo!” Ele riu.

Ele continuou o diálogo com a gata até o raiar do sol, quando já era hora de dar início a mais um dia de trabalho, Sebastian levantou da cama para fazer sua higiene matinal. Não que isso fosse algo necessário, ele sempre estava impecável em termos de higiene, mas esse era um habito que passou a apreciar. Depois de arrumado saiu do quarto e bateu de porta em porta, acordando os outros empregados.

O relógio marcava 7:20 quando terminou de colocar o desjejum na bandeja, terminou de ditar todas as tarefas diárias dos criados e pegou o tabuleiro indo na direção do quarto principal, se preparando mentalmente para mais um dia de rejeição.

S&C

Ciel já estava acordado há algum tempo, as últimas noites foram terrivelmente longas. Odiava o clima tenso dos últimos dias, e mesmo não querendo admitir, sentia falta da antiga convivência com seu mordomo. Por mais que Ciel quisesse dar o braço a torcer e se ajustar a essa nova situação, seu orgulho falava mais alto e o impedia de fazer isso. Era algo que não conseguia aceitar.

Ele não conseguia aceitar o fato de estar gostando de um homem, ele havia crescido em uma sociedade em que isso era tabu, um crime e pecado gravíssimo com direito a pena de morte. Porém, o que mais incomodava era o fato de ter sido a ‘mulher’ da relação. Ele era um homem viril, um respeitável conde e temido cão de guarda, não podia se deixar dominar e se submeter a outro homem dessa maneira tão vergonhosa.

A porta do quarto foi aberta e Sebastian entrou silenciosamente pensando que ele ainda dormia, mas logo viu que Ciel estava com os olhos bem abertos e um pouco de olheiras.

“Acordado tão cedo, bocchan. Teve algum pesadelo?” O mordomo não demonstrou nenhuma expressão.

“Não”.

“Teve insônia? Está com olheiras.” Sebastian serviu o desjejum composto basicamente por chá, sconnes e alguns biscoitos.

“Não.” Ciel foi seco, indicando que não queria conversar.

O demônio resolveu não insistir. “Irei preparar seu banho!”

“Sebastian…” O conde ficou pensativo por alguns segundos.

“O que deseja?” O mordomo o incentivou a falar.

“Prepare a carruagem, irei à cidade fazer algumas compras e passarei na fábrica para ver como estão as coisas”.

“Entendido. Quando terminar seu banho estará tudo preparado para partirmos.” Sebastian pôs a mão no peito como reverencia.

“Você fica. Finnian vai comigo.” Ciel disse autoritário.

“Como?” O demônio ficou surpreso. Era a primeira vez durante o contrato que Ciel saia da mansão sem ele.

“Está surdo?” Ciel disse sem olhá-lo. “Você fic...”

“Já chega! A brincadeira acabou, bocchan!” Sebastian se irritou.

“Como ousa me falar com desrespeito, demônio!” O rosto de Ciel alternou entre branco e vermelho. Ele não toleraria que o mordomo lhe faltasse com o respeito.

“como você se atreve a exigir respeito quando está se comportando como uma criança.” A voz de Sebastian era fria, sua expressão dura. Ele estava no limite de sua paciência.

O conde trincou os dentes de raiva, o mordomo respirou fundo para recuperar a compostura. Alguém ali teria que recuar, ou a briga seria feia.

“Precisamos conversar sobre o que aconteceu, não podemos continuar assim.” Sebastian resolveu ser o que deveria recuar.

“Não temos nada para conversar, o passado é passado e...”

“Pare de fingir que nada aconteceu. Pare de ser covarde e crie coragem para assumir seus próprios atos. Você entregou seu corpo a mim naquele dia, bocchan...” Sebastian dava ênfase em cada palavra.

“Cale a boca!” O conde fez sinal para o demônio falar mais baixo. “Alguém pode ouvir essa besteira que você esta falando.”

“E FOI MARAVILHOSO...” O demônio aumentou propositalmente a voz.

“JÁ CHEGA, SEBASTIAN...” Ciel gritou.

“E VOCE GOSTOU! NÃO VENHA DIZER QUE NÃO GOSTOU PORQUE SABEMOS QUE ISSO NÃO É VERDADE!”

Ciel já não sabia mais o que fazer para calar a boca do mordomo. Sebastian parecia querer jogar toda sua dignidade na lama.

“E DE UMA VEZ POR TODAS ACEITE QUE EU...”

Ciel deu uma bofetada no rosto do moreno antes dele concluir a frase. “Eu avisei para parar de falar”.

O mordomo não acreditou no que o conde havia feito! Isso foi a gota d’água, o pouco de paciência que ainda tinha evaporou, ele se aproximou do jovem como um animal ferido, Ciel havia passado dos limites dessa vez.

“Saia do meu quarto.” O conde falou seco, internamente com medo da expressão de ódio do outro.

O olhar de Sebastian era mortal, um escarlate tão intenso que parecia as chamas do inferno. Ele pegou o rosto do conde e apertou fortemente suas bochechas. “Seu pirralho maldito! Se é assim que você quer, tudo bem! Eu não irei me humilhar pra você, eu realmente cheguei a pensar que você valia a pena, mas vejo que me enganei.” Soltou bruscamente o rosto do conde e saiu do quarto batendo a porta.

Pela primeira vez em sua existência, Sebastian compreendia a dor tão humana de um coração partido.

 


Notas Finais


E e isso gente!!!! e agora como ficaram as coisas entre nosso lindo casal? Só lembrando que criticas, sugestões e elogios serão sempre bem vindos e estiverem gostando não esqueçam de comentar, isso deixara a autora muito feliz.


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