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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, resfriado


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Gente postei mais cedo, pois so vou poder postar novamente na segunda-feira.
Bjs e boa leitura.
Ah olhem nas notas finais.

Capítulo 20 - Esse mordomo, resfriado


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, resfriado

“Você sentirá minha falta?” Ciel caminhava de mãos dadas.

“É claro, bocchan.” Sebastian deu um sorriso singelo. 

Estavam em uma floresta densa, mas o caminho por onde andavam era largo o suficiente para caberem eles dois. Ciel não sabia dizer se já estava anoitecendo ou se era apenas o céu carregado de nuvens escuras, sua visão estranhamente estava turva. 

“Então é aqui que tudo acaba?” Ele observou o lugar que estava em ruínas. 

“Sim.” O mordomo assentiu. 

Ciel olhou ao redor, era uma construção bem antiga, ou melhor, apenas o que restou de uma. No centro havia um banco esculpido em pedra, e de uma das paredes da velha construção, um corvo o observava. “O pássaro na mira...”

O mordomo preferiu não comentar, apenas observou o conde andar até o banco e sentar. 

“Como você cumpriu a sua parte do contrato, agora chegou a hora de cumprir a minha, aqui está a alma que te é de direito.” Apesar de não demonstrar, Ciel estava com medo, seu coração batia forte, dando para sentir a pressão em seus ouvidos. 

“Como esperado do jovem mestre.” O demônio fez uma reverencia e se ajoelhou. Seus olhos ficaram vermelhos e um enorme sorriso de presas afiadas surgiu, não existia mais Sebastian Michaelis, o mordomo. Ali estava o demônio sádico e cruel que ele sempre foi, sedento por sua almejada refeição. 

Ciel pôde ver seu próprio reflexo na íris escarlate do demônio que se aproximou, era inexistente piedade em seu rosto bonito. O coração de Ciel disparou mais uma vez quando sentiu os lábios dele sobre os seus. 

“Sebastian...” Sussurrou com os lábios colados. “Eu nunca cheguei a falar, mas eu acho que sempre te amei.”  A primeira lágrima caiu, solitária. 

“Foi um prazer servi-lo, bocchan.” O olhar Sebastian era mais frio, sem piedade ou hesitação. Sem prolongar esse momento, ele começou a sugar a alma.

Ciel sentiu uma dor excruciante, como se suas entranhas fossem arrancadas por sua boca. Ele queria gritar, mas nenhum som saiu, estava totalmente paralisado, sua respiração falhou e puxar o ar se tornou difícil. A última coisa que conseguiu ver foi a face satisfeita e saciada do demônio, então tudo escureceu. 

‘Sebastian...’


“Sebastian...” Ciel acordou assustado, estava tão fraco que só teve forças para sussurrar. 

“Estou aqui, bocchan.” Sebastian molhava a tolha para colocar novamente em sua testa. 

A chuva que haviam pegado no dia anterior e o fato de terem dormido com a janela aberta abateu drasticamente a saúde frágil de Ciel. Sebastian  esteve todo esse tempo ao seu lado, como havia suspeitado e o médico confirmou, uma crise de asma se fazia presente. 

‘Humanos são seres tão frágeis, basta um pequeno descuido e o fio da vida se desfaz.’ Pensava. ‘E quando esse humano morrer, como será?’

Essas e outras questões perturbavam profundamente sua mente, o fazendo se arrepender por ter se envolvido com esse contratante, esse havia sido de longe seu maior e pior erro. Sebastian viveria eternamente, Ciel apenas alguns anos, depois que o jovem morresse tudo acabaria para ele, mas para Sebastian seria apenas o começo de seu próprio inferno. 

“Água...” A garganta de Ciel estava seca e ele sentia uma enorme dificuldade para respirar. 

Sebastian pegou um copo com água na jarra sobre o criado mudo,  inclinou a cabeça do rapaz e despejou aos poucos o líquido em sua boca. 

“Beba devagar, bocchan.” Aconselhou. “O médico disse que você está tendo uma crise de asma, agora só resta esperar que os remédios fazerem efeito”. O mordomo se via de mãos atadas, impotente diante das limitações humanas. Ele queria proteger Ciel de qualquer coisa por mais ínfima que seja, porém mesmo com seus poderes sobrenaturais, a única coisa que podia fazer era esperar o organismo do garoto reagir. 

“Saia.” Devido os vários pesadelos com sua morte, Ciel agora sentia medo de ficar perto do demônio, talvez isso fosse a febre afetando sua lucidez.

“Eu não irei deixá-lo.” Sebastian tirou alguns fios de cabelo da testa suada dele. 

“Saia agora!” Ciel pediu mais uma vez, o nó em sua garganta aumentava por ter o mordomo ali. 

“Eu não irei sair.” O mordomo rosnou. 

“Você vai querer que eu te ordene?” Ciel ameaçou, se tratando de uma ordem, o outro não poderia se recusar em obedecê-la. 

A porta do quarto abriu repentinamente, era Elizabeth que entrou as pressas, ofegante por ter subido as escadas correndo. 

“O que está fazendo aqui, lady Elizabeth?” O rosto de Sebastian escureceu. 

“Encontrei Meirin na cidade e ela me informou o estado de Ciel, então vim o mais rápido que pude.” Ela sentou ao lado do noivo, tomando sua mão. “Como você está se sentindo?”

“Eu estou bem, não precisava ter vindo aqui.” Ciel mentiu, mas era visível o seu estado debilitado, ele respirava com dificuldade, dando para ouvir o incomodo chiado em seu peito. 

“Mas é claro que precisava. Você é meu noivo e meu futuro marido, é meu dever como mulher cuidar de você.” A jovem sorriu com tristeza por vê-lo assim. “Eu não saio daqui até você estar melhor.”

Sebastian, que apenas observava, sentiu um misto de raiva e rancor. Como seu mestre a deixava tocá-lo tão facilmente? Porque ele também não a expulsava assim como acabou de fazer con ele? Sebastian sabia que não era o momento propício, mas o ciúme começava a tomá-lo. 

“Vá descansar, Sebastian. Elizabeth cuidará de mim, se eu precisar de alguma coisa o aviso.” Ciel aproveitou essa oportunidade para tirar o demônio dali. 

Agora sim tinha sido a gota d'água, Sebastian tinha sido descaradamente trocado pela noiva. O amargo sentimento da injustiça tomou conta de seu peito. Foi ele que ficou durante horas velando o sono conturbado do menor, sofrendo junto a cada gemido de dor, cuidando para que ele tivesse o maior conforto possível, e agora era isso que recebia como agradecimento. Foi literalmente enxotado do quarto. 

“Agradeço o cuidado com Ciel, mas agora você precisa descansar, Sebastian. Eu ficarei cuidando dele por enquanto, por isso não se preocupe, se precisar de alguma coisa, eu lhe chamo.” Elizabeth agradeceu.  

O mordomo nada falou e logo saiu, antes que quebrasse cada um dos ossos do pescoço da garota. Não compreendia o que deu em seu mestre, antes de adoecer eles estavam bem, haviam tido uma noite maravilhosa, e agora que acordou estava assim, o evitando.

‘Foram os pesadelos?’ Ele lembrou que enquanto dormia, Ciel havia chamado seu nome varias vezes. Sim, talvez fosse isso.

S&C

“Bard, preciso de gengibre, suco de romã e mel, irei fazer um remédio para Ciel.” Elizabeth pediu assim que entrou na cozinha.

“O gengibre está ali, o suco de romã eu irei preparar, mas o mel tem que ser coletado e eu sou alérgico a picada de abelha.” O loiro coçou a nuca. “Geralmente quem faz isso é o Sebastian, estranhamente as abelhas não o picam”.

“E onde ele está?” Perguntou.

“Estão procurando por mim?” O mordomo apareceu no mesmo instante. “Você deixou o jovem mestre sozinho?”

“Não me olhe assim, ele está dormindo.” Elizabeth estranhou o modo que o mordomo a encarava, era diferente do habitual Sebastian gentil de antes. “Preciso de mel para fazer um remédio?”

“Que remédio?” Obviamente que Sebastian não deixaria a garota dar qualquer mistura para seu mestre, ele inspecionária pessoalmente o que ela faria.

“É um remédio que quando pequena minha avó fazia para mim. Leva gengibre, mel e suco de romã. Não se preocupe, eu não irei envenenar seu mestre.” Ela brincou, percebendo que não havia se enganado, o mordomo realmente a olhava de atravessado.

Sebastian saiu da cozinha com cara de poucos amigos e voltou em alguns minutos com o mel já colhido, ficou o tempo todo ao lado dela enquanto via o remédio ser preparado, isso Elizabeth incomodada. Sebastian pensava que ela iria envenenar o próprio o noivo?

“Está escurecendo lady Elizabeth, recomendo que vá para sua casa, sua mãe deve está esperando por você e não é bom andar por essas estradas a noite. Acidentes podem acontecer.” Uma leve flutuação passou pelos olhos de Sebastian.

“Eu irei dormir hoje aqui”. Elizabeth informou.

Isso cutucou a ira do demônio, que tinha passado o resto do dia sem poder ver o conde, pois somente Elizabeth era autorizada a entrar no quarto. A desculpa para mantê-lo longe, era que ele devia descansar enquanto Ciel ficava aos cuidados da noiva.

“Isso não será possível. Não é bom para uma mulher solteira dormir fora de casa, isso manchará sua reputação e a do bocchan também.” Ele disse enquanto guardava os potes que a garota não usaria mais.

“Não me importo com o que as pessoas falam, Ciel não é qualquer homem, ele é meu futuro marido.” Elizabeth disse firme, pegando o pote de remédio e se preparando para retornar ao quarto. “Eu não arredo o pé daqui até ele estar recuperado.”

‘Quem ele pensa que é para falar assim comigo? Eu serei sua futura senhora.’ Ela bufou.

“Ciel... Ciel...” Tentou acordar o conde.

“Que foi?” Ciel ainda estava aéreo por conta dos remédios.

“Tome um pouco desse xarope que eu preparei, você irá se sentir melhor.” Lizzy o ajudou a tomar e logo após ele voltou dormir.

Elizabeth ficou a contemplar o rosto febril de seu futuro marido. Ciel era tão bonito e ela o amava com todas as forças. Havia esperado pacientemente durante todos esses anos de noivado e agora que estava cada vez mais perto do casamento, uma ansiedade absurda crescia em seu âmago.

Imaginava como seria quando estivessem casados, qual seria a sensação de dormir em seus braços e acordar todas as manhãs do seu lado. Ela queria ter muitos filhos, talvez dois meninos e duas meninas, e cachorro também. Ja até podia ver eles correndo pelo corredor, dando trabalho aos empregados. Ela suspirou, sentindo-se fatigada.

Passar o dia inteiro sentada na poltrona exigiu de seu corpo, que começou a reclamar por conforto. O sono também começava a saudá-la, mas em hipótese alguma ela sairia de perto de Ciel. Olhou para a cama onde ele repousava, era grande o suficiente para caber confortavelmente mais de duas pessoas, então não havia problemas se deitasse um pouco também, ainda teria espaço sobrando.

Ciel sentiu algo quente envolver seu corpo, a sensação era reconfortante ao ponto dele se achegou mais aquela fonte acalorada, aquecendo seu corpo febril.

S&C

Sebastian estava agora mais calmo. Enquanto brincava com Estela, ele chegou a conclusão que tinha sido rude com Elizabeth mais cedo, ela queria apenas ajudar e nesse momento toda ajuda era bem vinda, afinal, era a saúde de seu bocchan que estava em jogo.

Ele já havia preparado um quarto para ela, depois do dia cansativo, ela deveria estar cansada. Fazia isso não porque era gentil, mas porque esse era seu dever como mordomo dessa casa. Alem disso, isso tiraria a garota do quarto. 

Quando entrou no cômodo, o que viu fez toda a fúria que com muito custo conseguiu conter voltar com força total. Elizabeth esta deitada na cama junto com Ciel e ele abraçava a cintura dela. As penas negras começaram a cair pelo quarto.


Notas Finais


Gente quero pedir desculpas aos que leram o ultimo capitulo ainda com "alguns" erros e também agradecer por mesmo assim terem gostado, assim que postei eu fui logo editar os erros, mas a energia foi embora e eu fiquei sem net, então tive que espera para editar e nesse meio tempo varias pessoas ja haviam lido, então minhas sinceras desculpas.
bjinhos de chocolate e ate segunda.


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