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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, dividido.


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


26 comentários hein? Vocês gostam mesmo de uma treta né! Foi o capitulo mais comentado kkkkkkk

Gente é o seguinte, terminei o capitulo agora e resolvi postar mais cedo, vou adiantar o máximo de trabalho que eu puder, então boa leitura!!!

Bjinhos de Chocolate!

Capítulo 38 - Esse mordomo, dividido.


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, dividido.

Diederich estava a ponto de explodir. Ele se perguntava como Vincent conseguia ser tão folgado, não fosse pelo pedido urgente de que viesse à mansão, há essa hora ele estaria chegando à Alemanha. Pensando ter acontecido alguma fatalidade, veio o mais rápido que pode ao encontro do amigo, mas quando chegou à mansão tamanha foi sua raiva quando o moreno queria apenas que o ajudasse com um prato que havia feito no tempo de colegial, quando esteve acamado.

O alemão até pensou em dar meia volta e ir embora, mas Vincent era um maldito chantagista e com seu jeito de quem não quer nada, usava de apelo emocional para fazê-lo ceder a seus pedidos, e o pior de tudo, levava o filho no mesmo caminho. Os olhos pidões de Ciel pareciam os de um cachorro abandonado. Resolveu então dar o braço a torcer e fazer logo o maldito prato, afinal, era por uma boa causa, Rachel estava doente e não tinha culpa de ter um marido folgado.

Quando apareceram na cozinha, Ciel estava vestido de cozinheiro e Vincent com um avental de babado. Diederich perguntou quais habilidades culinárias eles possuíam, o pequeno respondeu que já havia brincado de casinha com Lizzy e o pai disse apenas ser habilidoso com facas. O alemão não podia ficar mais decepcionado. Soltando um suspiro resignado com a quase inutilidade dos dois, ele começou o ritual antes de preparar a refeição: uma senhora limpeza na cozinha!

Ciel e seu pai mais atrapalhavam do que ajudavam, e a comida que ficaram encarregados de fazer estava simplesmente intragável. Diederich teve que refazer tudo de novo. Ainda assim o dia havia sido satisfatório, um dos momentos mais feliz da vida do pequeno, afinal, eram assim todos os momentos ao lado de seu amado pai.

Os olhos herdeiro Phantomhive brilharam de alegria quando viram sua mãe, com muita satisfação, degustar a comida que eles haviam ‘ajudado’ a preparar. E sua alegria foi maior ainda quando seu pai falou que assim que ela melhorasse, eles fariam o tão esperado passeio de barco que fora adiado devido ao resfriado de sua mãe.

Sem dúvida aquela foi a época mais feliz na vida do pequeno Ciel.

Ciel soltou um suspiro, sentando desleixadamente na poltrona. Desde que recebeu a notícia sobre a gravidez de Lizzy, havia uma confusão em sua mente e lembranças há muito tempo esquecidas eram desenterradas. 

‘Um filho...’ Repetia a cada instante, realmente isso o pegou desprevenido. E agora, o que faria?

Isso mudaria em parte o rumo de seus planos, obviamente que não poderia matar Elizabeth, pelo menos não enquanto ela estivesse grávida. Mesmo não tendo o menor jeito com crianças, mesmo não sendo a pessoa mais amorosa do mundo, ainda assim ele queria esse filho! E nem mesmo sabia o porquê, era estranho e confuso, mas ele não teria coragem de matar aquele pequeno ser, carne de sua própria carne.

Isso o lembrava de seus pais, dos momentos inesquecíveis que tiveram e do quanto foram felizes. Tais lembranças desenharam um pequeno sorriso em seus lábios, agora ele também seria responsável por alguém que deveria cuidar e proteger, um pequeno pedaço de si. Perguntava-se se conseguiria ser um pai tão bom quanto Vincent havia sido para ele.

Por enquanto não havia como saber essa resposta, mas uma coisa era certa: ele criaria aquela criança. Mesmo por que não havia razão para construir todo aquele império se não tivesse para quem deixar. Depois de sua morte quem herdaria tudo aquilo? Agora isso não seria mais um problema já que ele teria um herdeiro ‘ou herdeira’, Ciel preferia que fosse um menino, pois até imaginava a dor de cabeça que teria caso fosse uma menina. Com certeza ele seria um sogro diabólico.

Mas, havia tinha um ponto crucial nessa história: Sebastian! E como se adivinhasse seus pensamentos o diabo apareceu. O mordomo entrou sem ao menos bater ou pedir permissão, e sua cara não era das melhores.

“Está na hora de concluir o plano, bocchan. Elizabeth precisa morrer, não há mais porque esperar.” Sebastian não gostava do rumo que as coisas tinham tomado. E mesmo sem ter nascido, ele já odiava aquela criança.

“Isso será adiado por enquanto.” O conde se levantou da poltrona e ficou de frente para o jardim. Com certeza essa seria uma conversa difícil.

O que o mordomo mais temia estava acontecendo, Ciel estava recuando em sua palavra outra vez e, ele havia deixado bem claro o que aconteceria caso a situação se repetisse. “Você só pode está brincando, não é? Você disse que ela viveria por pouco tempo, e agora que está carregando essa maldita criança, ela precisa morrer o quanto antes”.

“Você não me ouviu? Eu disse que por enquanto isso será adiado. Não me faça repetir isso novamente!” Ciel o encarou, agora mais do que nunca ele precisaria ser firme.

Aquilo indignou Sebastian. Ele já estava cansado de sempre sair na pior. Sempre que as coisas pareciam melhorar. algo acontecia para acabar com sua ‘felicidade’. “Eu a matarei você querendo ou não.” Declarou sério, e faria isso assim que saísse por aquela porta.

O olhar incrédulo de Ciel era evidente, ele tinha mesmo ouvido aquilo? “Você irá me desobedecer? É isso mesmo que eu ouvi? É UMA ORDEM: você está proibido de fazer algum mal a Elizabeth enquanto ela estiver grávida”.  

A revolta cresceu equivalente a uma avalanche dentro do mordomo. “Eu te avisei muito bem o aconteceria caso você hesitasse mais uma vez, não foi?” Sebastian estava a ponto de explodir. O conde descaradamente defendia a loira, passando por cima até mesmo do que ele havia prometido e colocando em risco a própria vida, afinal de contas, a ameaça que havia feito tinha sido bem clara: não haveria uma segunda chance.

Ciel se aproximou ficando cara a cara com o moreno. Ele não sentia medo, muito pelo contrario, sentia raiva. Como Sebastian podia o confrontar dessa maneira? Quem ele pensava que era para lhe falar assim? O demônio que havia jurado lealdade agora o estava ameaçando? “Sim, você deixou bem claro, então vá em frente. ME MATE! Só comigo morto você fará mal à essa criança”.

O demônio não relutou diante da provocação e avançou em cima do conde, o jogando em cima da mesa e agarrando fortemente em seu pescoço. Um brilho demoníaco tomou seus olhos e uma nevoa escura se apossou do escritório. O rosto de Ciel ficava cada vez mais vermelho e ele quase não conseguia respirar, mas ainda assim não mostrou nenhuma resistência, longe disso, possuía um sorriso escarnado no rosto.

“Vamos! ME MATE!” O rapaz provocou com dificuldade, sabendo que se o demônio realmente o quisesse morto, já o teria feito há muito tempo.

E a vontade do demônio de fato era essa: Ele queria matar Ciel! Queria ver aqueles olhos brilhantes sem vida, que a existência daquele maldito humano chegasse ao fim. Porem por mais que usasse de uma força descomunal para conseguir apertar o fino pescoço em suas mãos, ele não conseguia. Era como se sua essência demoníaca não estivesse em conexão com seu corpo humano, ele simplesmente não conseguia estrangular seu mestre.

No fundo aquilo chegava a ser ridículo, ele poderia apenas tomar a alma de Ciel e acabar com tudo aquilo, porém o final como tudo acabaria estragaria o delicioso sabor de outrora, e esse também já não parecia tão apetitoso assim. Sebastian realmente era um amaldiçoado. Aquilo só poderia ser praga divina, era a única explicação para tanta desgraça. Desceu a mão do pescoço para a gola do conde e o jogou com força contra a parede, fazendo ele bater forte com a cabeça.

Ciel começou a tossir compulsivamente, sua vista já escurecia e se o mordomo não tivesse soltado seu pescoço, ele teria perdido a consciência. “O que foi? Por acaso você não consegue me matar?” Levantou rindo debochadamente e se pôs novamente em frente ao outro. “VAMOS, SEBASTIAN. ME MATE! Pegue minha alma... não era isso que você sempre quis?”

“Não me provoque, humano!” O akuma rosnou em um tom animalesco. Se Ciel continuasse a provoca-lo, ele não sabia até que ponto continuaria agindo em consciência. Estava fazendo um esforço gigantesco para não se descontrolar, pois caso isso acontecesse, ninguém sairia vivo dali.

“Ou o quê? Você é um covarde iss...” O tapa que Ciel levou no rosto o impediu de falar, a força do impacto foi tanta que parecia que sua mandíbula havia deslocado e a ardência cruciante em seu rosto o fez querer lacrimejar, mas não de dor ou de mágoa, e sim de ódio. “SEU BOSTA! DEMÔNIO DE MERDA”.

O clima dentro do escritório pesou de maneira quase insuportável e o silêncio se fez presente. Os dois apenas se observaram tendo plena consciência que haviam passado dos limites, ambas as partes estavam erradas, mas de modo algum um pediria desculpa ao outro. Isso jamais!

Com a voz já equilibrada Ciel quebrou o silêncio. “Em momento algum eu disse que não mataria mais Elizabeth, apenas disse que por enquanto isso seria adiado, pelo menos até essa criança nascer. Depois disso você pode fazer o que quiser, pode até usar o parto como desculpa se preferir, eu não me importo...”

“O que você vai fazer com essa criança? Você mal consegue cuid...”

“Cala a boca que eu ainda não terminei de falar” Ciel o interrompeu. “Em primeiro lugar: Eu quero essa criança, você aceitando ou não! Eu não posso matar o MEU PRÓPRIO FILHO! E segundo: independente de qualquer coisa, eu ainda continuo sendo o seu mestre e você me deve plena obediência, por isso nunca mais ouse levantar a mão pra mim, ouviu bem?” O olho que continha o símbolo do contrato brilhou intensamente, e mesmo com o tapa-olho era possível ver a luminosidade.

A impetuosidade com que o conde falara agitou o demônio por dentro, fazia tempo que Ciel não agita com a tanta ferocidade, veemência. Aquilo era arrebatador para seu instinto demoníaco. Além de sádico, Sebastian com certeza era um masoquista de primeira, toda aquela cólera que emanava do corpo do rapaz apenas excitou seu ser.

“Eu ainda não ouvi você me responder, demônio. Você entendeu bem o que eu disse?” Ciel agarrou a gola da camisa social do moreno, sustentando o olhar em suas pupilas fendidas. Seus narizes estavam a centímetros um do outro.

“Sim.”

“Não é isso que eu quero ouvir.” Provocou, se ele já estava no fogo, então era para terminar de se queimar.

O tom determinado do menor fez o símbolo na mão do akuma cintilar de maneira cruciante, e ele forçadamente a levou ao peito em uma reverencia forçada. “Yes, my Lord.”

S&C

Já era tarde da noite e aos poucos todos procuravam o sossego de seus quartos. Sebastian terminava de colocar o conjunto de xícaras na bandeja que já continha o bule de chá, dessa vez ele não daria o ‘chá calmante’ de Elizabeth, pois não estava a fim de conversas com o conde durante a madrugada.

Ele abriu mão do castiçal dessa vez, pois mesmo na total escuridão, conseguia ver perfeitamente tudo a sua frente. Varias coisas martelavam em sua mente, o fazendo querer largar tudo e apenas ficar na companhia de Estela, mas ele ainda tinha suas obrigações de mordomo a cumprir, e felizmente aquela era a última do dia.

“Entre.” Elizabeth ordenou assim que ouviu suas batidas na porta, ela já sabia ser Sebastian. Todas as noites ele vinha gentilmente trazer um pouco de chá.

Ela era realmente agradecida por toda essa assistência do mordomo, afinal, agora que se casou, ela era a senhora daquela casa, mas esse papel havia ficado de lado desde a morte de sua mãe, desde então Sebastian vinha segurando as pontas em seu lugar.

“Trouxe seu chá, minha senhora.” Se referir assim a jovem ainda deixava um nó na garganta do mordomo, era tanta coisa entalada que dava raiva só de lembrar. Com o rosto totalmente inexpressivo, ele serviu o chá.

“Obrigada!” Ela pegou a xícara e colocou em cima do criado mudo “Sebastian... venha cá.” Chamou-o para se ajoelhar a sua frente.

O akuma ficou surpreso com o pedido e irritado também. Ele não queria conversa com a loira, longe disso, queria o máximo de distancia possível, mas contrariando sua própria vontade, ele a acatou, se ajoelhando em frente a ela que estava sentada na beira da cama. O castiçal que iluminava o quarto faziam as madeixas loiras reluzirem feito ouro, e a beleza exagerada da jovem o irritava ainda mais.

Elizabeth pegou as grandes mãos do mordomo e olhou bem em seus olhos avermelhados .“Obrigada”.

Sebastian quase bufou, sentindo repudio por ser tocado por aquelas mãos imundas, mas conseguiu manter a compostura .“Não precisa agradecer pelo chá, é apenas parte de minhas obrigações”.

“Não estou agradecendo somente pelo chá e sim por tudo que você tem feito! Não só por mim, mas por Ciel também. Você sempre cuidou e esteve lado dele depois que os pais morreram, Ciel era apenas uma criança indefesa e se não fosse por você, eu nem sei se ele teria conseguido sobreviver a toda aquela desgraça”.

O mordomo ficou calado enquanto a jovem recuperava o fôlego, apesar de ter melhorado, ela ainda estava abatida.

“Obrigado também por você ter ficado, minha mãe e Ciel haviam dito que você voltaria para sua família... E eu fico agradecida que tenha decidido ficar, principalmente por Ciel, mesmo não admitindo, eu tenho certeza que ele sentiria muito a sua falta... e... eu também gostaria de dizer que... eu ficaria muito feliz se você ajudasse a criar essa criança com a mesma dedicação com que o criou. Você realmente fez um ótimo trabalho com aquele rabugento.” Lizzy deu uma pequena risada e colocou a mão do mordomo em seu ventre.

De inicio Sebastian pensou em retirar imediatamente a mão da barriga da moça, mas congelou no exato momento em que sentiu uma pequena presença, foi como se uma corrente elétrica atravessasse seu corpo. Ele estava sentindo! Havia ali um pequeno pedaço de seu mestre, tão frágil e indefeso que ele ponderou se realmente conseguiria fazer algum mal àquela criança: um menino.

“Por que você está me falando isso? Qual o seu interesse em nossa relação?”

“Não se preocupe mordomo, eu não tenho nenhum interesse na relação de vocês.” Undertaker sorriu enquanto raspava com as longas unhas negras a neve que estava na madeira. “Você pode não acreditar,  mas eu tenho um certo apreço por Ciel... Ele é a parte viva que sobrou de Vincent... E eu sei o quanto o conde amava o filho”.

Sim! Agora Sebastian compreendia perfeitamente do que Undertaker falava! Depois que Ciel morresse aquela criança seria a única coisa que lhe restaria, a última lembrança viva do humano que chegou a amar.

Elizabeth admirou o rosto marmorizado do moreno, não sabendo dizer se realmente havia ali um leve rubor ou se era apenas o contraste da luz da vela em sua pele. Olhando assim tão de perto, notou mais uma vez o quanto o mordomo era bonito, jovem e esbelto. Realmente achava injusto o modo rígido como ele era tratado pelo marido. “Você também merece ser feliz, Sebastian!” Comentou serenamente, com o tempo ela daria um jeito nessa situação.

O mordomo se sentiu incomodado com aquela gentileza e tratou de recolher as mãos do pequeno ventre. “É melhor você tomar o chá e descansar, o médico lhe recomendou repouso absoluto.” Pegou a bandeja para se retirar.

“Sim, é verdade! Tenha uma boa noite!”

O mordomo soltou um suspiro assim que saiu do quarto e caminhou na escuridão dos corredores tão conhecido por si. Mais uma vez não bateu, nem pediu permissão, apenas entrou no escritório. O conde estava sentado de frente para a janela e parecia perdido em pensamentos, com certeza aquela janela era confidente de grandes segredos.

Sem dizer uma palavra, Sebastian colocou a bandeja em cima da mesa e começou a servir o chá, sabendo ser observado atentamente por Ciel. Quando terminou ofereceu a xícara ao rapaz. “Assim que essa criança nascer, eu matarei Elizabeth, com ou sem permissão. Eu posso não ter conseguido matar você, mas com ela as coisas são totalmente diferentes”.

Dizer que Ciel ficou surpreso era pouco, ele estava boquiaberto. Se perguntava o que havia dado no mordomo para mudar repentinamente de decisão. “Obrigado!” Deu um sorriso cúmplice como agradecimento e se levantou da poltrona, enlaçando os braços no pescoço do akuma e aspirando o cheiro que ele tinha. “Eu não gosto quando nós brigamos”.

O demônio teve os lábios selados, mas não retribuiu, ele ainda estava desagradado com o acontecido de mais cedo e não cederia tão facilmente. Não era apenas Ciel mostrar os dentes que ele iria abanando o rabo que nem um cachorro, até por que ele odiava cachorros.

“A propósito, eu lembrei sobre o que nós conversávamos na carruagem, o que você iria me pedir?” Com todo aquele alvoroço, Ciel havia esquecido o pedido do mordomo. Ele tinha consciência de que não estava sendo o companheiro que Sebastian merecia.

“Nada bocchan. Não era nada em especial! Agora tome o seu chá ou ele irá esfriar”.


Notas Finais


Vou tentar postar o próximo na terça ou quarta.

By Mily


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