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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, encurralado.


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Hello peoples!!! Como foi a volta as aulas de vcs? Eu particularmente voltei com o gás total... totalmente acabado kkkkkk!!!

Mais é isso ai meu povo, vamos estudar pq é uma coisa que dar futuro rrsrsrrs

Mas nesse meio tempo, vamos ler nossa historinha tbm né, pq ninguém é de ferro!

Boa leitura pro'ces.

Capítulo 41 - Esse mordomo, encurralado.


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, encurralado.

Por mais que Ciel tentasse manter a compostura, aquele baile estava lhe dado nos nervos. Era uma tortura ser obrigado a fingir educação toda vez que vinham lhe falar, o que era algo constante, visto que a presença do ilustre Conde Phantomhive em bailes era algo pouco comum, pois isso ele esteve rodeado de pessoas a quase todo momento.

Assim que viu uma brecha em meio a toda aquela bajulação interessada, ele aproveitou para saiu discretamente do salão. Já tinha ficado tempo o suficiente para não passar por rude e realmente sentia-se cansado depois de um dia exaustivo. “Sebastian...”.

“Vejo que o jovem mestre está cansado.” A voz suave de Sebastian soou em suas costas. Mesmo estando aparentemente ocupado com as damas que lhe faziam companhia, ele havia notado o tédio que Ciel tentava a todo custo disfarçar, alem disso, sua expressão parecia abatida.

Ciel concordou com um aceno de cabeça e deu um demorado bocejo, lacrimejando os olhos “Sim! O que eu mais quero agora é tomar um banho e dormir. Onde você ficará?”.

“Em um dos quartos na ala dos empregados. Porque, bocchan? Irá me fazer uma visitinha noturna?” Por mais que o moreno soubesse que isso era algo impossível de acontecer, ele não podia perder a oportunidade de provocar seu mestre.

Ciel revirou os olhos em reprovação, o que menos precisava no momento era da dose diária de cinismo do outro, até porque realmente tinha a vontade de fazer o que fora dito. “Tenha mais cuidado com o que você fala, demônio. Os Charles passaram o baile inteiro nos observando”.

“Ohh! Perdoe pela minha indiscrição, eu serei mais cuidadoso.” O akuma fez uma reverencia junto com o pedido de desculpas, mas havia um sorriso cínico em seu rosto, deixando claro que não estava verdadeiramente arrependido pelo comentário. “Se não precisas mais de mim por hoje, eu irei me retirar”.

“Caso eu precise de alguma coisa, eu o chamo!” O conde deu mais um bocejo demorado, estava com tanto sono que seus olhos já estavam levemente avermelhados.

“Boa noite, bocchan” Sebastian se despediu esperando a resposta do cumprimento e logo que ela veio virou as costas na direção de seu quarto, caso continuasse perto de Ciel, acabaria fazendo algo que ele não aprovaria.

“Sebastian?...”

“Sim?” Olhou por cima dos ombros.

“Vá direto para o seu quarto, e nem pense em ficar de conversinhas com a criadagem.” Ciel sabia muito bem que o mordomo tinha conquistado o carisma das empregadas do palácio. A simpatia que ele exibia chegava a ser irritante a seu ver, não havia porque toda aquela falsidade desnecessária.

Sebastian deu uma risada mostrando sua fileira de dentes alvos, não acreditava que Ciel estava enciumado com algo tão tolo, as simples empregadas não lhe atraiam em nada e, mesmo das vezes que havia se deitado com algumas mulheres durante o contrato, fora apenas para ajuda-lo nas missões. Também havia o fato dele ter jurado fidelidade, na verdade havia sido obrigado a isso, sendo assim não havia com o que Ciel se preocupar. “Você realmente fica adorável quando está com ciúmes bocchan!”.

“E quem disse que eu estou com ciúmes? Demônio idiota!” O rapaz fechou a cara e saiu no corredor pisando duro. Era lógico que ele estava com ciúmes, mas Sebastian não precisava esfregar isso em sua cara.

S&C

A claridade da manhã batia diretamente em seu rosto, causando desconforto em seus olhos. Ciel se espreguiçou na cama sem ter coragem de se levantar, estava tão cansado na noite anterior que havia dormido feito uma pedra.

“Sabe, eu prefiro o inverno. O clima nublado chega a ser sombrio e isso me agrada... já toda essa claridade é irritante, você não acha?...” Aron estava sentado na beira da cama de maneira tão aconchegada que parecia está falando com um amigo de longa data.

Ciel abriu os olhos no mesmo instante em que o ouviu e instintivamente sacou a arma que escondia debaixo do travesseiro. “Quem é você e como entrou aqui?” Perguntou abismado por alguém ter conseguido burlar a segurança dos guardas reais e até mesmo de Sebastian.

Assim que conseguiu acostumar a vista com a claridade, percebeu se tratar do mesmo homem que havia visto em seu casamento, o suposto velho conhecido de Sebastian. Um frio passou por seu estômago, e aquele mau pressentimento alertou seu consciente de forma gritante.

“Sempre as mesmas perguntas. Humanos deveriam ser mais criativos! Ahh, não precisar chamar o seu querido ‘Sebastian’, eu não vou lhe machucar.” Aron saiu da cama e andou calmamente pelo quarto, ignorando totalmente o olhar confuso do conde que permaneceu em silêncio. Chegou perto da penteadeira que portava alguns objetos pessoais e pegou um frasco de perfume para sentir a fragrância. “Tem o seu cheiro, é doce... Mas o aroma natural de sua pele é muito melhor... O que Belial diria se eu retribuísse o favor...”.

Ciel estava ficando impaciente com toda aquela enrolação, se perguntava quem aquele homem achava que era para invadir seu quarto, mexer em suas coisas e ainda lhe falar como se tivesse alguma intimidade. “Pare de enrolar e diga logo quem é você e por que está aqui!”.

Os dois ficaram se encarando por alguns segundos, até que Aron de forma inabalada resolveu continuar sua exploração e isso deu a Ciel a oportunidade de observar algumas de suas peculiaridades: era bonito, bonito, sua pele era levemente bronzeada, seus cabelos castanhos brilhavam e pareciam macios, era alto e tinha um porte atlético! Havia uma aura sensual que o envolvia, o cheiro era atrativo e chegava a ser inebriante igual ao de seu mordomo, e os modos suaves e ardilosos como se movia e falava, não restavam dúvidas... “Você é um demônio, estou certo?”

Os lábios ligeiramente carnudos do akuma se curvaram em um sorriso mostrando seus caninos afiados e seus olhos âmbar brilharam em um vermelho intenso como resposta. “BINGO! Você é muito esperto conde.” Fez menção de tirar algo do paletó. “Você reconhece a quem isto pertence?” Se aproximou e ofereceu uma mecha de cabelo para que o conde pegasse.

Não foi preciso Ciel indagar a quem aquela mecha pertencia, ele reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar. “Elizabeth...” Seu coração falhou uma batida ao imaginar o que o homem teria feito com a prima.

“Não se preocupe, ela AINDA está viva, mas... Não demore a nos encontrar. Sabe, conde... mesmo grávida, Elizabeth continua muito bonita... Sua pele parece ser tão macia, uma verdadeira tentação.” Lambeu os lábios.

“SEU DESGRAÇADO! NÃO OUSE TOCAR EM ELIZAB...” Ciel não pode terminar de falar, pois teve os lábios pressionados pelo indicador do demônio.

“Shiii... Acho que temos companhia! Até mais, Ciel”.

“BOCCHAN...” Sebastian entrou tempestuoso, porém já era tarde, não havia mais ninguém no quarto além do conde. Se aproximou rapidamente da janela aberta, não ligou para o estado paralisado que Ciel se encontrava, mas Aron já havia sumido de vista. “Vim assim que senti a presença dele”.

“Elizabeth está em perigo...” Sussurrou, agora o conde entendia o que era aquele mau pressentimento. Sua intuição não havia lhe enganado, seu filho corria perigo no exato momento “Quem era aquele homem, Sebastian?”.

O mordomo se afastou da janela e encarou sério o menor. “Como disse anteriormente, é um velho conhecido.” Respondeu calmamente, mas por dentro o demônio sentia o âmago contrair, dessa vez não haveria escapatória.

Ciel levantou revoltado da cama e esbofeteou o rosto do moreno, já estava cansado de ser ludibriado, e colocava no mordomo a culpa por seu filho está em risco. “CHEGA DE MENTIR PARA MIM, DEMÔNIO. EU QUERO A VERDADE, OUVIU BEM? A VERDADE!”.

“Eu não estou mentindo, bocchan! Aquele demônio se chama Aron ou Azazyel, como preferir. Eu o conheço desde que entendo por minha existência.” Sebastian tentava falar o mínimo possível para não revelar muita coisa, mas saiba que logo as perguntas importantes chegariam.

“Já que você ‘o conhece tão bem’, me diga por que ele sequestrou Elizabeth? Pense bem no que vai me responder, se eu souber que há seu dedo nisso, eu acabo com você, não era isso o que sempre quis? Se livrar de Lizzy!?”.

Sebastian se sentiu ofendido com aquela acusação, era verdade que ele não gostava da loira, mas se tivesse de lhe fazer algum mal, já o teria feito há muito tempo. “Eu não tenho nada haver com isso e nem sei por que ele está com aquela fedelha. Mas está bem claro que é porque quer chamar sua atenção, não acha? Ou o seu lado emocional está afetando a sua capacidade de raciocínio para não conseguiu enxergar isso”.

Ciel soltou um suspiro, passando as mãos pelas têmporas. Sebastian estava certo, ele precisa organizar os pensamentos e raciocinar com clareza, não podia deixar que suas emoções o afetassem justamente nesse momento. Foi então que se tocou. “Me diga, esse demônio tem alguma ligação com a pessoa que matou meus pais?”.

Aí estava a pergunta que Sebastian mais temia, por ordem era impedido de mentir, e também não havia como inventar uma meia verdade, mesmo porque não adiantaria, Ciel certamente iria querer resgatar Elizabeth, e uma hora ou outra acabaria descobrindo toda a verdade.

“Sim... bocchan!” Sussurrou quase inaudível.

Ciel o olhou incrédulo. Não acreditava que Sebastian tinha sido capaz de esconder algo tão importante “Como é que é? E você me escondeu isso esse tempo todo? EU CONFIEI EM VOCÊ, SEBASTIAN!” Gritou, sentindo-se magoado e traído. Lembrou-se das esquivadas do demônio quando o assunto era tocado, e pensava que eram apenas frutos de sua imaginação, agora ele sabia muito bem que não era. “Porque você não me contou? Por quê?”.

“Você não me perguntou, bocchan. Pelo menos não da maneira correta... Então não haveria porque eu responder uma pergunta que não havia sido feita.” O mordomo escolheu bem as palavras, tinha plena consciência que se falasse algo indevido, as consequências seriam irremediáveis.

Por mais que Ciel soubesse que aquele não era o momento certo para terem aquela conversa, visto que Elizabeth estava correndo perigo, ainda assim ele precisava saber de toda a verdade, não podia mais dar brechas para que o demônio fugisse do assunto. “Quando você descobriu? Eu espero que dessa vez você seja sincero!” Ameaçou.

Sebastian suspirou resignado, havia chegado o momento de pôr as cartas na mesa. Ele se perguntava se Ciel tinha noção de que a cada informação dada, o contrato chegava cada vez mais perto do fim. “Eu descobri na noite em Elizabeth dormiu com você na mansão, mas mesmo Aron revelando que seu mestre era o culpado da morte de seus pais, eu não quis saber quem era essa pessoa, por que sabia que se você me perguntasse, eu não poderia mentir. Por isso eu omitir algumas informações... Me entenda bocchan, eu não quero que o nosso contrato acabe...”.

“Mas isso não lhe dava o direito de me enganar.”

“Mais eu não lhe enganei, bocchan! Eu confesso que omiti algumas coisas, eu não queria perder você, você sabe muito bem o que acontecerá quando o contrato acabar. Pelo menos dessa vez tente me entender.” O mordomo suplicava para que Ciel compreendesse os seus motivos, que havia feito tudo por amor, e não para enganá-lo ou traí-lo.

“Não queria me perder? Sei...” Ciel deu uma risada sem humor, talvez Sebastian já tivesse conseguido isso mesmo sem querer. “Eu nem sei se ainda consigo acreditar nas suas palavras... eu fui realmente muito burro para confiar em um demônio”.

“Perdoe-me por falar isso, jovem mestre, mas... Você não tem toda essa moral para falar de mim. Eu também confiei em você e o que ganhei em troca foi você tramando pelas minhas costas. Você não é muito diferente de mim!” Sebastian se revoltou com o modo de Ciel lhe apontar os erros, esquecendo que ele também já havia feito a mesma coisa.

Quanto a essa rebatida o conde não teve como se defender, Sebastian estava jogando baixo ao trazer a tona seus erros e jogá-los em sua cara. “Muito esperto, hein seu merda. Tudo bem! Ficar apontando os erros um do outro não vai nos levar a lugar algum! Esse assunto por enquanto termina aqui, prepare a carruagem, nós temos que salvar Elizabeth.” Ele resolveu por fim na conversa, afinal, aquele não era o melhor momento para lavar a roupa suja.

Sebastian até pensou em perguntar sobre o que a rainha pensaria sobre a desistência repentina da missão, mas sabia que a pergunta estava fora de questão, era lógico que no momento aquilo era o que menos importava para o conde. “Yes, my Lord!”.

S&C

Parados em frente ao local que Sebastian afirmava sentir a presença de Elizabeth, Ciel se perguntava se realmente estavam no lugar certo. Era uma mansão aparentemente abandonada, mas dava para perceber que em seus tempos de glória deveria ter sido muito bonita. Porém, no momento sua aparência era de completo descaso, o mato tomava conta de quase toda a entrada e as paredes tinham uma aparência desgastada, parecia que há anos ninguém pisava ali.

Deixando as observações de lado, Ciel ordenou com um aceno de cabeça para prosseguirem, adentraram o portão enferrujado e logo chegaram ao grande pátio bastante empoeirado. Sebastian abriu a porta que fez um rangido alto, com certeza o som havia denunciado sua chegada.

Ao contrário do que o jovem imaginou, e para sua total surpresa, a mansão por dentro esbanjava luxo, os moveis bem trabalhados e lustrados brilhavam sob a luz que entrava pelas frestas das janelas. O lugar era de uma limpeza impecável, contrastando bruscamente com o cenário do lado de fora, parecia até surreal, mas apesar de toda a beleza, a mansão possuía um clima sinistro.

“Vamos, bocchan” Sebastian o despertou do transe, já que estavam ali não havia porque se prenderem aos detalhes. Ele queria resolver aquilo o quanto antes possível.

Ao todo a mansão possuía três andares e subindo pela escada em direção ao segundo andar, começaram a ouvir o som de musica clássica ressoando de um dos cômodos. Não demorou em encontrarem a porta de onde a musica era mais alta, ela era de madeira envernizada e possuía detalhes dourados, estava apenas encostada e quem quer que estivesse lá dentro já havia deixado clara a permissão para entrar.

Ciel soltou um suspiro se preparando psicologicamente para encontrar com o assassino de seus pais, e então abriu a porta “Você?...”


Notas Finais


Me perdoem por parar nessa parte, mas como podem observar o capitulo passou das 2500 palavras então iria ficar muito grande se eu continuasse, mas ja adianto que o proximo capitulo será bem grande, pois toda a historia vai ser revelada!!!

Bjinhos de Chocolate e até Segunda!!!

(as postagem serão depois da meia noite ou pela parte da manha, isso quer dizer ou na madrugada de domingo/segunda ou segunda de manha por exemplo)


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