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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, a decisao e a carta


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


~~Boa leitura~~
bjs!!!

Capítulo 6 - Esse mordomo, a decisao e a carta


Mais um dia inicia na mansão Phantomhive e um clima bastante tenso paira sobre ela. Os empregados se empenham ao máximo em seus afazeres para que imprevistos não aconteçam e consequentemente não sofram as punições de um Sebastian bastante irritado.

Na cozinha, o mordomo trabalhava seriamente. Havia se passado uma semana desde a noite do baile, e nesse meio tempo, ele estava sendo evitado por seu mestre. Ciel parecia mais arisco que de costume, até mesmo os banhos havia banido de sua lista de afazeres. Apesar da distância imposta pelo garoto, Sebastian percebia claramente o quanto Ciel também se sentia afetado por ele, pois mesmo disfarçando, o garoto ficava nervoso e corado em sua presença. 

Devido aos seus sentidos aguçados, o demônio conseguia perceber essas sutis mudanças de comportamento, alem é claro dos discretos olhares em sua direção, mas Sebastian fingia não perceber para que Ciel não parasse de observá-lo. Ele queria que o mesmo desejo que crescia nele, também florescesse no conde. Queria corrompê-lo ainda mais.

Desde aquela noite, Ciel o tratava asperamente e fingia que absolutamente nada aconteceu, criando um abismo quase insuperável entre eles. O demônio pensava que talvez o beijo daquela noite tenha sido um erro, pois sentir o gosto do garoto foi como ter uma prova de sua alma, e isso só o fez o desejar ainda maisEra como um vício, impossível de controlar.

“Sr. SEBASTIANNNN...” Finnian entrou na cozinha gritando.

“Não grite, eu não sou surdo! O que foi?” Sebastian massageou a têmpora, ele não estava com um pingo de paciência para o que quer que seja que o menino tenha aprontado.

“Desculpa... é que acabou de chegar uma carta da rainha para o bocchan.” O loiro coçou a nuca, ficando sem jeito pela bronca que havia levado.

“Dê-me.” O demônio olhou com certo desgosto para a carta, odiava quando tinham missões da rainha, pois o conde a obedecia fielmente igual a um cachorro. 

Enquanto Victoria ficava no alto de seu pedestal, Ciel, ou melhor, ele fazia todo o trabalho sujo. Porém, olhando por outra perspectiva, quem sabe dessa vez pudesse tirar algum proveito da situação - seja ela qual for - pois assim Ciel não teria como evitá-lo já que ele era sua peça principal.

“O que ainda está fazendo aqui?” Percebeu que o garoto ainda o encarava.

“N-Nada Sebastian-san...”.

“Então vá fazer seu trabalho ao invés de ficar perdendo tempo!”

 “S-Sim!” Finny saiu correndo na direção do jardim.

O mordomo respirou fundo já prevendo ter que lidar com a cara rabugenta de seu mestre. Ele foi para o escritório e deu três batidas na porta. Nada. Bateu novamente. E nada.

‘Será que ele foi sequestrado outra vez?’ Ele imaginava a dor de cabeça que teria, Ciel no mínimo o chamaria de inútil por deixar que algo assim acontecesse novamente. Abriu a porta e se surpreendeu com o que viu. O conde estava sentado na poltrona, uma mão repousava no braço da cadeira e a outra segurava o rosto, aparentava estar em sono profundo.

‘Que alma mais descuidada.’ O demônio se aproximou silencioso e se ajoelhou ficando na mesma altura que o rapaz. Observou sua pele branca, os cílios longos e fartos, os cabelos que caiam bagunçados pelo rosto o deixando com um aspecto infantil. Olhando assim, Ciel parecia uma criatura inocente e ninguém imaginária que por traz dessa aparência inofensiva havia um projeto de demônio ranzinza e birrento.

Sebastian fixou o olhar em seus lábios rosados, levemente entreabertos e tão convidativos. Um desejo insano começou a se formar, sentia suas pupilas começarem a mudar e seus lábios formigavam de vontade de sentir os do jovem novamente. Ele nunca havia sentido essas vontades estranhas antes, sempre que encostava por vontade seus lábios nos de um humano, era para sugar sua alma. Mas agora era diferente, Sebastian queria apenas sentir o sabor daquela boca.

Ele ponderou sobre o que estava prestes a fazer, mas há muito havia se rendido a isso que crescia em seu interior sombrio, e decidido a não mais lutar, ele estava disposto a conquistar a aceitação de seu mestre. Faria isso com calma, sabia como o conde era problemático e não se renderia facilmente, mas ele não esperava por menos que isso.

Desde os seus primórdios, Sebastian nunca havia sentido nada parecido ao que experimentava nos últimos anos, de início ele pensou se tratar de um desejo insano pela alma do garoto, tão rara e única, mas ultimamente, com o desabrochar da adolescência do garoto, ele percebeu que sua obsessão ia muito além do desejo apenas pela alma. Ele agora desejava o corpo de seu mestre também.

E finalmente se sentindo vivo, se assim pode dizer, diante de sua tediosa eternidade, ele desistiu de lutar contra a correnteza e deixou se levar por ela, afinal, não tinha nada a perder. Sem mais delongas, ele finalmente sucumbiu a tentação, aproximou-se do rosto do rapaz e o selou de forma delicada, apenas um leve tocar de lábios.

No mesmo instante Ciel acordou e percebendo o que acontecia tentou se soltar, mas foi impossível, pois foi enlaçado firme o suficiente para ter os movimentos limitados. Sebastian transformou o selo em um beijo desejoso, aplacando a grande vontade que tinha de sentir os lábios do menor. Beijava-o como se esse fosse o último beijo e quando sentiu Ciel amolecer em seus braços, ele o soltou.

“O QUE... PENSA QUE ESTÁ... FAZENDO SEU... MALDITO?” O conde buscava desesperadamente o ar.

“Vejo que acordou com os ânimos revigorados, jovem mestre.” O akuma agiu de forma natural, como se nada tivesse acontecido. Usando da mesma tática de seu mestre.

“IMBECIL! TA QUERENDO ME MATAR?” Ciel corou violentamente.

“Ainda não, bocch...” O mordomo não terminou de falar, pois um tapa foi dado em seu rosto.

“Nunca mais, ouviu bem? Nunca mais ouse m...”.

“Chegou uma carta da rainha.” O demônio interrompeu, pois já previa a ordem que seria dada e isso seria algo que ele não poderia cumprir.

O mordomo estendeu a carta e Ciel a encarou dividido entre discutir ou não a audácia de minutos atrás, ele sabia que não seria bom arrumar conflito com o demônio justamente agora que tinha uma ordem da rainha. O cão era realmente muito bem articulado. Ele então resolveu deixar esse assunto para outro momento.

“Hump.” Pegou a carta, mesmo resolvendo deixar de lado por enquanto, a atitude não ficaria impune. “Não pense que eu esquecerei disso”.

“Não deixarei que esqueça.” Sebastian foi audacioso. Ciel não fazia ideia de que isso era apenas o começo “O que diz a carta?” Mudou de assunto para não dar tempo do jovem rebater.

Ciel abriu a carta ainda mais irritado pelo cinismo do demônio, indiscutivelmente Sebastian precisava ser punido, porém não agora. Leu o conteúdo no papel e ficou refletindo sobre o que fazer.

“Então?”.

O conde soltou um suspiro. “Está acontecendo alguns casos de assassinato em uma aldeia aos arredores de Londres, ao que parece todas as vítimas são mulheres jovens e casadas”.

“E qual as ordens?”.

“Faça nossas malas, teremos que viajar o mais breve possível.” O conde não estava nem um pouco satisfeito por ter que passar dias sozinho com o mordomo.

“Yes, my lorde.” O akuma fez uma reverencia e saiu do escritório.

S&C

No dia seguinte, após andarem pelas poucas hospedagens da aldeia e em todas receberem respostas negativas, agora eles estavam na última estalagem que restava tentarem um cômodo vazio. O conde torcia para que houvesse, pois já era pôr do sol e eles não tinham onde ficar.

“Sinto muito, mas não temos quartos disponíveis, como podem ver estamos na temporada de caça e as hospedagens ficam lotadas essa época do ano.” A mulher explicou.

“Realmente é uma pena, eu e meu mestre não temos onde ficar.” O demônio fez uma cara desolada e a mulher quase se derreteu.

‘Francamente, que demônio mais dissimulado.’ O conde estava admirado com a cara de pau do outro.

“Vejamos...” Ela pensou um pouco. “Eu tenho um chalé aqui perto, não é grande, mas é confortável e reservado também, ótimo para relaxar sem ser incomodado pelo barulho da aldeia. Se tiverem interessados, eu posso alugar.” A essa altura ela quase se jogava em cima do demônio.

“Bocchan, acho que não temos escolha.” Sebastian sorriu genuíno.

Sem alternativas, o conde sentiu o sangue gelar diante da ideia de passar alguns dias sob o mesmo teto, num lugar reservado e longe da interferência de outras pessoas, somente ele e seu mordomo.


Notas Finais


critica, sugestoes e elogios sao bem vindos, bjs e ate a proxima!!!


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