1. Spirit Fanfics >
  2. Confused Feelings of a Demon >
  3. Esse mordomo, a confissao e a investida

História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, a confissao e a investida


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Oiiiiiiiii, aqui estou eu com mais um capitulo, esse é bem mais extenso que os outros, achei que se dividisse em dois iria perder um pouco o foco do capitulo em si, entao resolvi deixar tudo so em um. Se voces acharem que a leitura ficou muito extensa, avisem e eu nao postarei mais capitulos assim. Achei que essa imagem combinou com o capitulo de hoje, apesar do ciel ta pequeno, mas nao tem jeito é dificil encontrar imagens dele adulto. Bom ja chega de enrolação, boa leitura.

Capítulo 7 - Esse mordomo, a confissao e a investida


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, a confissao e a investida

 

“Aqui está a chave.” Lucy entregou ao mordomo. “Espero que esteja do seu agrado”.

“Não é a mim que deve agradar, mas ao meu mestre. Certamente ele é grato pela gentileza, não é bocchan?” O demônio olhou para o conde que virou a cara e fingiu não ter ouvido, mas Sebastian já esperava por isso.

“Imagine, é um prazer. Tenham uma boa noite.” A moça ficou irritada com a reação de pouco caso do garoto, mas não demonstrou. ‘Pessoas ricas são realmente mal agradecidas.’

Como Lucy havia dito, o chalé não era grande, mas era aconchegante apesar de pequeno. Possuía apenas um quarto com um banheiro, uma sala e uma cozinha. Tudo limpo e bem arrumado. O casebre possuía uma beleza simples e rústica.

Na frente havia um pequeno jardim e mais adiante um lago com uma ponte que ia pouco além da margem. Mesmo agradado, havia uma questão que incomodava o conde desde que chegaram, era o fato de haver somente um quarto. Pelo jeito o destino não estava conspirando a seu favor.

“Bocchan, percebo que você está cansado, permita-me banhá-lo essa noite”.

“Não será necessário, eu mesmo faço isso!” O conde cortou as asas do demônio enquanto explorava a pequena sala.

O mordomo então adotou uma expressão séria e a contragosto se rendeu. “Nesse caso farei o seu jantar.” Aproximou-se do conde e o segurou pelo queixo. “Até quando você pretende agir assim?”.

“Não sei do que está falando.” Ciel bateu na mão do demônio e fingiu não entender do que ele falava. “Você é que está agindo estranho, não pense que eu esqueci da sua punição.”

“Suas habilidades para mentir já foram melhores jovem mestre, mas tudo bem, eu irei com calma.” Sebastian sorriu de canto e foi para a cozinha antes do conde falar alguma coisa.

Sem disposição para bater cabeça com o demônio, Ciel foi para o banheiro que nem de longe se comparava ao seu, mas pelo menos era limpo. Preparou a banheira e enquanto tomava banho aproveitou para pôr os pensamentos em ordem.

Tentava compreender o comportamento de Sebastian, o motivo dele agir estranho ultimamente, teve até a audácia de beijá-lo, algo inadmissível para dois homens. No entanto, também não podia negar haver gostado daquilo, por mais que demonstrasse fervorosamente o contrário. O contato de sua boca era... bom. Ciel sacudiu a cabeça e afastou aquelas lembranças.

Ele admitia que Sebastian se tornou parte essencial em sua vida e que não seria nada sem sua ajuda. Por outro lado, Ciel tinha consciência da natureza sobrenatural do mordomo, demônios eram seres sem sentimentos, desprovidos de emoções, que mentem e adoram o sofrimento humano, atraem suas presas apenas para satisfazerem os próprios desejos e Ciel não suportaria ser traído justamente pelo mordomo, o ser que ironicamente mais confiava.

S&C

O conde fazia a refeição sem muita disposição, o dia foi cansativo e ele não via a hora de poder se deitar. Do outro lado da mesa, Sebastian observava avidamente cada movimento do jovem e percebeu que algo o incomodava.

“Alguma coisa o aflige, jovem mestre?” Perguntou.

“Não é nada de mais, apenas percebi que neste chalé só há um quarto, onde obviamente eu irei descansar. Você pode ficar na sala, até por que não tens necessidade de dormir”.

O demônio deu uma pequena risada, a qual o jovem achou agradável de ouvir. Agradável e irritante. Geralmente Sebastian apenas sorria de lábios fechados ou dava um meio sorriso, era raro ouvir o som de sua risada.

“Então era isso que o atormentava? Chega a ser irônico, não acha? O jovem mestre quando criança sempre me pedia para fazê-lo companhia até que pegasse no sono, também era eu que o confortava nas noites em que tinha pesadelos. O que mudou? Está apreensivo com alguma coisa?”

“Não tenho motivos para ficar apreensivo, não fale coisas sem fundamento.” O conde achou prudente dar um fim nessa conversa. “Irei dormir, amanhã sairemos cedo para colher informações, quero resolver esse caso o mais breve possível”.

“Entendido. Boa noite, bocchan.” Sebastian não esperou pela resposta, pois tinha certeza que ela não viria.

S&C

Os primeiros raios solares começavam a aparecer, o céu nublado e de nuvens escuras indicava que brevemente choveria, o que tornaria ainda mais frio o já costumeiro clima de Londres.

Estranhamente o conde se sentia confortável naquela simples cama, e apesar do frio, ele estava aquecido. Um suave calor esquentava seu corpo e um cheiro agradável entranhava suas narinas. Era estranho como uma cama que não era a sua parecesse tão aconchegante, ele nunca tinha dormido tão bem quanto essa noite.

Remexeu-se procurando inconscientemente por mais daquela fonte de calor e do cheiro que tanto o agradou, foi quando sentiu braços ao seu redor.

‘Braços?’ Estranhou.

Ele abriu os olhos e deu de cara com Sebastian abraçado a ele. O demônio o observava com o olhar sereno  e um sorriso singelo nos lábios.

“Sebastian...” Sussurrou ainda atordoado pelo sono.

“Bom dia, bocchan.” O demônio o cumprimentou.

Ciel por fim despertou da sonolência e entendeu o que tinha acontecido. Ele havia dormido nos braços do demônio.

“SEBASTIAN!!!” Gritou sentando na cama. “O que você pensa que está fazendo na minha cama, seu imbecil? Não falei que era para ficar na sala?”.

O mordomo se espreguiçou sem ligar para as palavras ásperas, ele usava apenas a calça e a camisa social, os cabelos estavam bagunçados fazendo um belo contraste com sua pele clara. Ciel tinha que admitir que aquele demônio era realmente sedutor.

“Você acreditaria se eu dissesse que aquele sofá é extremamente desconfortável... Acho que estou ficando velho.” Cínico, o mordomo fingiu dor nas costas. “De madrugada vim ver se estava tudo bem com o senhor e percebi que sua pele estava fria, e que o cobertor que usava era muito fino, então resolvi aquecê-lo.” 

“E não poderia simplesmente me cobrir com mais um cobertor?” Ciel rosnou.

O demônio se sentou e o cariciou no rosto, achava adorável quando Ciel ruborizava. “Achei esse método mais eficiente e o jovem mestre pareceu apreciar bastante.” Aproximou-se do pescoço do menor e depositou um beijo ali.

O conde se afastou instantaneamente, horrorizado. “O que diabos está acontecendo contigo? Por que está agindo assim?”

O akuma ficou sério e soltou um suspiro, passando as mãos pelos cabelos. “Eu o desejo, bocchan.”

O conde petrificou, ficando sem palavras, seu coração pareceu que rasgaria a pele do peito de tão forte que batia. Ele então começou a rir nervosamente e resolveu levar a conversa para um campo mais seguro. O sarcasmo.

“Então era isso? Não sabia que você estava carente! Isso está começando a afetar sua sanidade, devo te dar alguns dias de folga para que resolva esse pequeno ‘problema’?” Ciel soava debochado, saindo da cama com a intenção de dar fim ao dialogo. “Tenho certeza que mulheres não faltaram, mas se você também se sente atraído por homens, com certeza Grell não se negaria a ajudar.”

Tais palavras foram como um tiro no orgulho do mordomo que se irritou com as palavras ferinas. Sebastian caminhou com uma calma assassina na direção do conde, isso fez o jovem recuar a cada passo seu. Seu olhar era penetrante, como se estivesse vendo o profundo daquela alma que lhe pertencia, ele parou quando por fim o jovem já não tinha mais para onde recuar, ficando encurralado entre ele e a parede.

“Bocchan... Durante toda a minha existência eu sempre achei humanos seres inferiores... Seres desprezíveis que muitas vezes são piores que nós demônios. E por causa do contrato já me envolvi com muitas das minhas contratantes, não vou negar que gosto da luxuria, afinal de contas, eu sou um demônio, isso faz parte da minha natureza, mas para mim, satisfazer aos desejos carnais dos meus contratantes era apenas parte das minhas obrigações, eu não queria nada além do prazer e eles não passavam de comida, eram minha fonte de alimentação. Não é de meu feitio me atrair por simples mortais”.

Sebastian manteve fixo o contato visual e Ciel por sua vez sentia que teria um enfarto a qualquer momento. Então com o seu silêncio, o mordomo continuou. 

“Durante os anos de contrato com o jovem mestre, algo começou a mudar. É verdade que de início eu o via apenas como o detentor de uma alma extremamente saborosa, mas em algum momento eu passei a desejar além do que me é de direito por contrato. Eu o quero por inteiro: de corpo e alma”.

O mordomo soltou um suspiro para voltar a falar.

“Me custou muito aceitar isso. Logo eu, um demônio do mais alto escalão... me sentir atraído por um mero mortal. Então para admitir isso que nem eu sei como chamar, tive que passar por cima do meu orgulho e dos meus princípios. Por isso, não me rejeite!”

Ciel estava atônito e por alguns minutos ficou apenas a observar o akuma, era impossível aquilo ser verdade. “Você é um demônio e como tal não consegue sentir afeto por ninguém. Alem do mais, nós somos homens e eu estou noivo.” 

“Eu não me importo em relação a gênero, e quanto a sua noiva, a quem você quer enganar? Você não a ama. Pelo menos não como mulher.” O mordomo segurou novamente o rosto totalmente corado do conde. “Eu o conheço melhor que ninguém, pensa que não percebo que também se sente atraído por mim? Que a minha presença também o afeta? Por isso apenas admita e aceite esse isso.”

O conde ficou embaraçado diante da declaração, não sabia que estava sendo tão transparente assim. “Sinto em informar, mas você está errado”.

“Será? Vamos ver então, acho que seu corpo será bem mais sincero que suas palavras.” 

Tão rápido quanto um piscar de olhos, o demônio jogou Ciel na cama e uniu seus lábios de forma luxuriosa, o jovem até tentou se desvencilhar, mas sem sucesso, pois o demônio obviamente era mais forte.

Sebastian explorou com habilidade a boca do rapaz e suas mãos percorreram o corpo dele descasando os botões de sua camisa. Deixou seus lábios para trilhar o caminho de sua orelha e pescoço, judiando dessa região, soltando propositalmente a respiração contra sua pele quente e causando arrepios no conde.

Ele marcou com fortes sugadas a pele pálida e mesmo encontrando resistência da parte do rapaz, Sebastian seguiu em direção ao peito dele e deu atenção aos mamilos, sugando e fazendo carícias com a língua. Ele sentou o corpo delgado abaixo do seu estremecer.

‘Como isso foi acabar assim?’ O conde tentava a todo custo não emitir qualquer som constrangedor, mas era difícil até mesmo respirar. Ele vergonhosamente estava excitado, não imaginou que o demônio conhecesse tão bem seu corpo para saber em quais pontos ele era sensível. Se continuassem assim, ele acabaria sucumbindo. 

Quando os mamilos já estavam róseos e intumescidos, Sebastian subiu novamente aos lábios de Ciel e para sua satisfação o rapaz começou a corresponder timidamente. O akuma desceu a mão até seu quadril e começou a roçar sua ereção na dele, sentindo as pernas de Ciel fraquejarem ao seu redor.

“Ahhhh...” Ciel deixou escapar, não acreditando que esse som desavergonhado havia saído de sua boca. O pior era que estava cooperando, permitindo que o outro se esfregasse de maneira depravada nele. Sentiu a mão do mordomo invadir sua roupa íntima e massagear seu membro, fazendo movimentos indecentes.

“Vamos. Admita, bocchan. Admita que também se sente atraído por mim.” O demônio devorava a face corada do garoto. Ver Ciel nesse estado tão vulnerável estava causando uma grande tormenta dentro dele, um calor que se espalhava de forma selvagem por cada célula desse corpo humano que ele adotava.

O conde virou o rosto ruborizado, não havia mais como negar, a prova estava literalmente na mão do mordomo. A vontade era de pedir para ele mover a mão mais rápido, mas ao invés disse, Ciel mordeu o lábio e ficou em silêncio. Querendo que um raio caísse e partisse sua cabeça. Queria gritar, bater no mordomo, feri-lo até morte por causar tanta humilhação, mas ele simplesmente não podia, não conseguia revidar, estava congelado, dividido entre o dever e o querer.

“Moleque orgulhoso.” Sebastian se irritou, mas ele não desistiria tão facilmente. “Vou encarar seu silêncio com uma admissão.” Então deslizou sobre o conde criando um rastro de beijos até o púbis e parando ali.

Por infelicidade nesse momento alguém bateu na porta e o coração de Ciel disparou com o susto, isso o fez recobrara sanidade e consequentemente ser tomado pelo medo de ser pego naquela situação extremamente constrangedora.

‘Não é possível.’ O demônio pensou incrédulo. “Ignore as batidas”.

As batidas na porta continuaram e o conde entrou completamente em alerta. “Atenda.” 

“Deixe baterem, temos coisas mais...”

“Atenda agora, sebastian.” Ciel soou firme.

O demônio bufou sendo obrigado a acatar a ordem, levantou colocando apenas o sobretudo e foi atender a porta. “Pois não.”

Era Lucy. “Ah sebastian, vim trazer uma cesta de café da manhã para você e seu mestre.”

“Agradeço, mas realmente não precisava.” Ele forçou um sorriso, nunca antes sentiu tanta vontade de matar alguém  quanto o ser a sua frente.

Enquanto isso no quarto, Ciel o mais rápido possível vestiu as primeiras roupas que encontrou. ‘Não é possível que eu me deixei levar. Isso é inadmissível, inadmissível...’ 

O demônio entrou novamente no quarto o pegando já vestido.

“Quem era?” Ciel agiu indiferente.

O mordomo soltou um suspiro, sua raiva era palpável. “Era Lucy, trouxe uma cesta de café da manhã”.

“Perfeito! Irei tomar café enquanto você se arruma, logo após sairemos imediatamente.” Ciel não perdeu tempo em caminhar para fora do quarto.

“Bocchan?”.

O conde parou na porta sem olhar par trás.

“Eu não irei desistir, ainda mais agora que sei que você também me corresponde. Em outra ocasião terminaremos o que começamos agora a pouco.”


Notas Finais


Não me matem, é tudo culpa de Lucy!!!! Prometo que essa viagem vai ser inesquecível para Sebastian e seu bocchan, mas infelizmente não foi dessa vez!!!!
e não esqueçam criticas, sugestões e comentários serão sempre bem vindos.
beijos de chocolate ate a próxima.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...