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História Confused Feelings of an Earl - A chuva e o resfriado


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Dedicado especialmente aos leitores de CFOAD!

(Segunda temporada)

Capítulo 1 - A chuva e o resfriado


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of an Earl - A chuva e o resfriado

Seis e vinte da manhã foi a hora que o despertador mostrou sinal de vida. Ciel tateou por cima do criado mudo, até conseguir parar o barulho insistente do despertado. Olhou para a persiana, o céu estava escuro e caia uma fina garoa. O clima estava de acordo com o seu humor. Infelizmente suas férias acabaram.

Ciel levantou, mas a vontade de voltar a dormir ainda era grande, estava frio e sua cama estava quente, uma combinação perfeita. Ele tomou uma chuveirada rápida e escovou os dentes. O espelho da pia refletia seu rosto inchado do sono, tinha até as marcas do lençol em sua bochecha. Vestiu o uniforme e foi para cozinha tomar o café.

“Bom dia!” Ciel sentou à mesa com seus pais.

“Bom dia, garotão! Vai querer uma carona? Se quiser, coma rápido que eu já estou saindo, ainda tenho que deixar sua mãe no trabalho.” Vincent já estava atrasado para as primeiras consultas do dia. Infelizmente já era algo corriqueiro, e ele se esforçava para melhorar nesse quesito.

“Não é preciso, está só garoando. Eu levo um guarda-chuva.” Ciel gostava de ir a pé para o colégio, principalmente porque passaria pela frente da casa de seu novo vizinho. “O que aconteceu com seu carro?” Perguntou a sua mãe.

“Tá na oficina. Ontem quando eu vinha do trabalho um maluco me bateu.” A promotora de justiça disse irritada.

Vincent e Ciel se entreolharam. Essa versão não poderia ser totalmente verdadeira se tratando de quem era a motorista. Até hoje existia a dúvida cruel se Charlly realmente havia conseguido a habilitação por mérito próprio.

E como era esperado, Vincent não conseguiu resistir a vontade de caçoar de sua esposa. Ele achava um perigo a qualquer cidadão quando Charlly sentava em frente a um volante. “Um maluco te bateu? Interessante!” Olhou para Ciel e percebeu que ele também continha a vontade de rir.

Charllote fechou a cara, ela conhecia bem aquele tom jocoso do marido. “Sim! me bateram. O que foi? Por acaso dúvida da minha palavra?”.

“Eu? Imagina, querida! As suas habilidades na direção são inquestionáveis.” O cardiologista deu um gole no café, se segurando para não rir.

A promotora arqueou uma sobrancelha, tinha certeza que seu marido estava debochando de sua cara. “Eu sei o que você está tentando fazer, mas eu não vou cair na sua lábia, Sr. Vincent Miller.” Comeu um pedaço da torrada. “Mas... Só a título de informação, eu sou uma excelente motorista. Ciel, me defenda! Diga a seu pai que eu estou falando a verdade!”

Até então Ciel só ouvia calado, mas sabia que uma hora iria sobrar pra ele. Era sempre assim, seus pais viviam trocando farpas, mas depois voltavam a se falar como se nada tivesse acontecido. 

Ele suspirou sem saber o que dizer, sabia que seu pai estava certo, mas também não queria magoar sua mãe. Chegava a ser hilário ouvi-la dizer que era uma boa motorista. Não havia jeito!

“Não me metam nas picuinhas de vocês! Vocês que se acertem sozinhos!” Ele foi firme. Era isso ou então acabaria saindo como vilão na história, enquanto que os dois logo estariam mostrando os dentes um para outro novamente. “Eu já vou ou chegarei atrasado!”.

Ele se despediu com um beijo em cada um e pegou a mochila que havia deixado em cima do sofá. Ainda continuava garoando quando saiu. Pegou seu guarda-chuva e colocou os fones de ouvido.

A cada passo a ansiedade aumentava. O motivo de sua caminhada estava chegando perto, e logo a fachada branca e marrom escuro podia ser vista. Mais alguns passos e passava em frente a casa de seu vizinho. 

"Droga." Percebeu que não havia ninguém na casa, pois o carro não estava na garagem. Mas também não era como se tivesse importância, ele nem estava com tanta vontade assim de vê-lo.

Ciel havia falado com Sebastian apenas uma vez, no dia em que foi obrigado a entregar o bolo feito por sua mãe, depois disso Charlly inventou um tal de acampamento de férias, apenas para obriga-lo a sair da frente do videogame. Ele tentou todas as justificativas que tinha para persuadi-la a deixa-lo ficar, mas sua mãe bateu o pé e quase o enxotou de casa.

Já fazia três dias que ele havia voltado e não negava estar ansioso para encontrar Sebastian. De certo modo o achou uma pessoa intrigante. Essa poderia até não ser a palavra certa para defini-lo, pois com certeza havia outros adjetivos que melhor se encaixariam, mas eram assim que ele preferia classificá-lo: uma pessoa intrigante. Isso justificava a curiosidade que sentia em relação ao ‘homem de seus sonhos’.

Seus pensamentos estavam tão longe que nem notou chegar tão rápido em frente ao grande portão de ferro. O colégio estava de portas abertas para receber seus alunos, e ele dava graças a Deus por esse ser seu último ano, agora faltava pouco para começar sua tão sonhada faculdade de Artes.

Assim que Ciel entrou em sua sala, ele se deparou com os velhos rostos de sempre, percebendo também que seu lugar perto da janela continuava vago. Cada um já tinha lugar definido, e ninguém tomava o lugar do outro. 

Sentiu um peso cair sobre seu ombro esquerdo, já até imaginava quem era. “Vejo que sentiu minha falta.”

O adolescente de cabelos negros deu um sorriso de canto, eles haviam se conhecido no primário. Ciel chorava em seu primeiro dia de aula, por pensar que sua mãe nunca mais iria busca-lo e Yan o consolou dizendo que ficaria tudo bem, e que ele podia segurar sua mão caso sentisse medo, desde então a amizade permaneceu. 

“Tava morrendo de saudade.” Yan Ironizou, sentando na carteira a frente. “Preparado para mais um semestre?”

Yan tinha a pele branca e os fartos cílios, destacando o tom acinzentado de seus olhos. Os cabelos eram lisos e raspado nas laterais, com algumas mechas caindo em sua testa. O piercing no supercílio e as tatuagens formavam o visual do baterista de dezessete anos.

Ciel sentou em sua cadeira. Apesar de ser o aluno que tinha as melhores notas, e o nerd da turma, ele definitivamente não gostava de estudar. Sua sorte era ter grande facilidade em aprender, isso compensava seu grande desinteresse. 

“Voltei com o gás total, não está vendo?” Se debruçou sobre a mesa, mostrando sua grande ‘alegria’. A primeira aula logo começou.

S&C

“Como foram suas férias?” Yan caminhava ao lado de Ciel. Pelo canto dos olhos ele observava como os cabelos do amigo balançavam com o soprar do vento.

“Minha mãe me obrigou a ir para um acampamento de férias. E você?” Ciel repensava sobre não ter aceito a carona de seu pai. Sair naquela friagem definitivamente não foi uma boa ideia, talvez estivesse febril.

“Passei treinando com a banda, tocamos em alguns lugares, sai com alguns amigos... O de sempre! Alias, quando você vai me ver tocar?” Yan não sabia se era impressão sua, mas as bochechas de Ciel pareciam coradas e os lábios mais rosados.

“Eu estou te devendo isso, não é! Prometo que vou no próximo show.” Ciel viu o outro unir a testa com a sua. O que você está fazendo?” 

“Como eu havia pensado! Você está febril, talvez seja um resfriado. Desde criança você tem o dedo podre para isso. Quer que eu te acompanhe até sua casa?”

“Tcs. Não precisa, amanhã a gente se vê!” Ciel não gostava quando Yan começava com esse lado paranóico.

“Se você diz. Qualquer coisa me ligue, você sabe que eu me preocupo com você.” O baterista bagunçou seus cabelos apenas para provocar.

“Até.” Ciel revirou os olhos. Seu amigo era irritante as vezes.

S&C

Quanto mais Ciel andava, mais parecia que sua casa ficava há quilômetros de distância. E para completar, ele não parava de espirrar e seu corpo estava dolorido. Fez uma nota mental: nunca mais recusar uma carona de seu pai em dias de chuva.

Um sedan preto parou do seu lado, o pegando de surpresa. Ele conhecia aquele carro. Logo os vidros escuros baixaram revelando o dono. 

“Olá, Ciel." Sebastian sorriu. "Quer uma carona?”

Ciel não pensou duas vezes em aceitar, mesmo já estando perto de casa. “Oi, e obrigado.” 

“Não precisa agradecer, eu estava indo para casa! Começaram suas aulas?” Sebastian estranhou o calor que emanava do rapaz.

“ATIM!!! Sim, minhas aulas começaram hoje.” Ciel fungou, seu nariz estava querendo ‘entupir’. "Acho que vou resfriar."

Antes que pudessem estender o dialogo, eles chegaram em frente à residência de Ciel, que se apressou em procurar as chaves de casa na mochila.

"Seus pais não estão em casa?" Sebastian se preocupou, lembrando o quanto Ciel tinha a saúde frágil na vida passada.

"Não." Ciel achou a chave.

Sebastian se agradou disso, seria uma boa desculpa para se aproximar. “Você não parece estar bem, não pode ficar sozinho.”

“Meus pais logo estarão em casa, e eu já estou acostumado a ficar só.” A voz de Ciel era nasalada. Abriu a porta do carro. “Obrigado outra vez!”

“Espera! Eu não deixarei você sozinho nesse estado.” O demônio se esticou e fechou novamente a porta. “Você ficará em minha casa até seus pais chegarem”.

“O quê? Realmente não precis...”

“Precisa sim. Vamos!” Sebastian deu a partida. “Eu me sentiria com a consciência pesada se o deixasse só estando doente. Além disso, vai ser bom ter companhia, eu me sinto sozinho...” Sebastian o encarou. “Naquela casa enorme!”

Ciel se encolheu no banco. Isso não era um flerte. Lógico que não. Um homem tão bonito como seu vizinho jamais olharia para ele, além disso, Sebastian deveria ser hetero e mulheres chovendo aos seus pés era o que não devia faltar.

 


Notas Finais


Possivelmente nos vemos segunda ou terça, talvez!
Sobre a fic: Levem em consideração que a fic se passa na atualidade e Ciel já não é mais o conde traumatizado da vida passada. Já se perguntaram como ele seria se nada daquilo tivesse acontecido? Pois é, eu já!
Para aqueles que pensavam que os dois já sairiam se pegando logo no primeiro capitulo, sinto muito, mas não vai ser assim! Irei desenvolver a relação dos dois, para todos os efeitos Ciel é uma bicha recatada que mal conhece Sebastian kkkkkk
Vou ter que colocar personagens originais, como é uma continuação de CFOAD logicamente que os outros personagem já estão mortos né!
Então é isso, bjinhos de chocolate e até outro dia!


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