História Confused Feelings of an Earl - A decisão e as Sensações.

Sebastian quase riu do modo como Ciel parecia nervoso, o rosto dele estava pálido e Sebastian podia até ouvir as batidas fortes de seu coração. “Está tudo bem?”

“Por que não estaria?” Ciel deu um meio sorriso, tentando agir naturalmente. “Já resolveu tudo que tinha para resolver?”

“Sim, está tudo resolvido.” Sebastian se juntou a ele na cama e o beijou. “Agora eu sou inteiramente seu.”

“É bom saber disso.” O garoto não disfarçou a satisfação, era chato ficar sem ter com quem conversar. “Agora vá tomar um banho.”

“Eu estou tão fedorento assim?” O demônio foi literalmente expulso da cama.

“Não é isso. É que...” Finalmente as bochechas de Ciel ganharam cor. Obviamente que o cheiro do namorado era agradável, mas como haviam passado o resto da tarde perambulando, pelo nada pequeno quintal da mansão, era claro o porquê dele querer que o outro tomasse banho. “Está na hora de descansar, e você não vai querer dormir sem tomar banho, não é?” 

“Dormir? Não era exatamente isso que eu tinha em mente, mas...” Sebastian sorriu maroto. “Eu até o convidaria para tomar banho comigo, mas vejo que você já se adiantou. Uma pena! Você perdeu a chance de ver novamente como eu fico sexy todo molhado.”

“Engraçadinho.” Ciel jogou um travesseiro nele. “Vai logo e pare de enrolar.”

Para o alívio, ou desespero de Ciel, o banho do moreno não demorou a terminar.

“Prontinho.” Sebastian saiu do banheiro enxugando os cabelos, vestia uma roupa parecida com a de Ciel. “Agora estou do seu agrado, meu senhor?”

“Éh, melhorou um pouco.” Ciel fingiu dar de ombros. “Agora sente aqui.” 

O demônio colocou o celular para carregar e subiu na cama. “Hoje você está inspirado para me dar ordens.”

“E você acha isso ruim?”

“Não, por enquanto.” Sebastian não diria abertamente que gostava de receber aquelas ordens, afinal, seu engenhoso namorado poderia usar isso para tirar proveito futuramente, e ele já tinha tido uma prova do quanto o garoto conseguia ser mandão.

“Seu bobo! Agora é sério.” Ciel largou o tom de brincadeira, juntando toda a sua coragem. Era agora ou nunca. “Eu estou pronto!” 

“Pronto para?” Michaelis se fez de desentendido, adorando ver como os olhos de seu mestre se tornaram mais azuis em contraste com suas bochechas extremamente rosadas.

“V-Você sabe para quê...” Ciel queria uma cova para se enterrar, ele sabia que Sebastian estava se fazendo de sonso de propósito. “Para a gente fazer sexo, para o que mais seria?”

“Oh, então era isso!” Sebastian disse em falsa surpresa. O fato de ter sido Ciel a dar o primeiro passo elevou seu desejo a um patamar quase impossível de nomear. “Você tem certeza?” 

“Sim.” Ciel assentiu.

Sebastian sorriu terno. Seu mestre parecia realmente decidido a fazer aquilo, e toda essa determinação apenas agitou seu interior sombrio, transformando a calmaria em vendaval. Era excitante o modo como mesmo agora, Ciel parecia não hesitar ao querer alguma coisa. Era como se no fundo ainda existisse a presença de seu antigo bocchan ali, escondida debaixo da carapaça afável que agora ele vestia.

Levou a mão ao rosto dele, deslizando a falange dos dedos em sua pele fresca pelo banho recente, e se aproximou para tomar seus lábios em um beijo cálido. Sebastian não tinha pressa, como estavam a sós na enorme mansão, ninguém os atrapalharia nesse momento.

Ele sorriu ao sentir Ciel corresponder sem reservas, também o tocando com mãos que apesar de tímidas, eram destemidas. Trouxe o corpo dele para perto do seu e o apertou de forma carinhosa contra o peito, usando de toda a gentileza que alguém poderia oferecer. 

Ciel era seu tesouro, seu bem precioso. Era tudo que ele tinha. E ele se via cada vez mais apaixonado e submisso a esse frágil ser. Deslizou as mãos pela costa dele, sentindo por cima da camisa o calor que ele emanava. Calor esse que irradiava para seu corpo também, diminuindo um pouco o frio de sua natureza sobrenatural. 

Quantos anos ele esperou por esse momento? O quanto ansiou por esse contato com seu mestre, tê-lo novamente em seus braços como há século atrás. Era preciso um esforço imensurável para se conter e ser o mais gentil possível. Não queria machucá-lo.

Ciel repousou as mãos no peitoral do demônio, sentido toda a firmeza de seus músculos suaves. Seu próprio corpo sofria arrepios por onde as mãos do outro passavam, e um gemido escapou de sua boca quando a mão dele desceu para o meio de suas coxas e pertou ali. Então ele se viu obrigado a quebrar o beijo para respirar, a intensidade do momento fazia seu coração bater feito louco. 

“N-Não me olhe assim.” Ciel se sentia amado diante daquele olhar, e isso era embaraçoso. Sebastian o contemplava com carinho, adoração, e mesmo que ele ainda não tivesse dito um ‘eu te amo’, aquele olhar já dizia tudo. Não era preciso palavras.

“Você é lindo.” O demônio sorriu, a voz saindo rouca do fundo de sua garganta.

“E você um bobo.” Ciel iniciou o beijo novamente, abraçando o demônio com paixão, se esfregando no corpo dele sem pudor. 

Sentiu Sebastian infiltrar a mão debaixo de sua camisa e acariciar a pele lisa de seu abdômen até chegar aos mamilos, onde massageou com o polegar. Ciel soltou mais um gemido, deixando claro que estava gostando disso.

Sua camisa foi tirada e ele fez o mesmo com a de Sebastian, também tiraram as calças e as esqueceram em cima da cama. Eles fizeram uma breve pausa para admirar a beleza do outro, o que só contribuiu para aumentar a excitação de ambos ao perceberem a cueca marcando de forma gritante seus membros rijos. 

Ciel se aproximou novamente e passou a distribuir beijos pelos ombros de Sebastian, que inclinou o pescoço dando mais espaço para ele explorar. Impulsionou o corpo contra o dele até fazê-lo deitar na cama, e se deitou sobre ele, retomando novamente seu trabalho de exploração.

Sebastian estranhou esse comportamento, Ciel estava claramente querendo se manter no controle da situação, e não seria ele a reclamar, muito pelo contrario, o deixaria fazer o que tivesse vontade. Queria deixar Ciel seguro e confortável para esse momento. O único problema era que seu corpo reagia de maneira vigorosa a cada toque dele, e mesmo que sua aparência fosse de uma pessoa controlada por fora, por dentro ele ardia que nem o inferno.

Ciel foi descendo por seu corpo até chegar no ventre, se deparando novamente com a ereção que marcava a boxer de cor escura. Nesse momento a insegurança advinda de sua inexperiência apareceu e isso não passou despercebido pelo outro.

“Não precisa fazer se não se sentir preparado.” Sebastian fez menção de se levantar. Estava na hora dele tomar as rédeas da situação.

“Não!” Ciel respondeu de imediato e o empurrou novamente para deitar. “Eu quero te dar prazer.”

“Há outras maneiras de fazer isso.” O demônio tentou persuadi-lo. “Nós podemos...”

“Apenas me deixe fazer.” Ciel o interrompeu. Sua hesitação não era por nojo, mas por insegurança, pelo medo de fazer algo errado e o outro rir de sua cara.

“Está bem. Porém, pare se sentir desconfortável.” Sebastian sorriu ameno, se o menino fazia questão quem seria ele a contrariá-lo. Deu um rápido beijo nele e deitou outra vez. “Quer que eu te ajude a terminar de me despir ou você mesmo faz isso?” Provocou.

“E-Eu faço.” Ciel assentiu, sentindo suas bochechas ferverem de vergonha.

Ele deslizou as mãos pelas pernas do namorado, sentindo a musculatura firme de suas coxas e puxou a boxer até deslizar completamente pelas pernas. Agora se deparava outra vez com a nudez que nunca cansaria de admirar, mirando com volúpia o desejo nítido e pulsante revelado pela rigidez do moreno. E saber que ele era o causador dessas reações apenas o encorajou a continuar.

Ele se debruçou sobre o quadril do moreno e tomou o membro dele numa lenta masturbação. Olhou para Sebastian, ficando maravilhado com o quanto sua expressão se mostrava erótica nesse momento. Ciel sentia que poderia chegar ao ápice apenas o observando sentir prazer.

Ele aproximou sua boca e passou a ponta da língua pela glande, colhendo uma gota transparente que se formava ali e sentindo o corpo do moreno vibrar com o ato. Analisou o sabor, não era ruim como imaginou, mas também não era exatamente bom, razoável seria a palavra certa. 

Colocou a glande toda na boca e movimentou a língua ao redor, fazendo Sebastian respirar pesado com isso. Então Ciel deslizou a boca pelo pênis até onde conseguia e sugou com delicadeza. Sebastian finalmente gemeu, contido, mas perfeitamente audível. Ciel pulou internamente de alegria, era sinal que estava fazendo certo.

O demônio fechou os olhos e relaxou, deixando Ciel trabalhar em sua intimidade. O prazer que sentiu aquela noite no cinema era irrisório comparado ao que sentia agora. Ele estava sensível nas mãos de Ciel, como se um furor percorresse cada célula desse corpo humano, o pontuando com vários espasmos de prazer.

Ciel começou a sentir o pênis pulsar em sua boca e a respiração de Sebastian se torna mais pesada. Ele sabia que logo o ápice chegaria para o outro. Então acelerou os movimentos com a cabeça, e como suspeitou, sua boca não tardou em ser preenchida por jatos quentes.

Ele ficou na dúvida entre engolir ou não o sêmen, principalmente porque Sebastian já havia engolido o seu antes, mostrando que nao possuía nojo dele. Resolveu engolir. Prendeu a respiração e engoliu de uma só vez, depois sentou na cama e limpou o canto dos lábios. 

“Você gostou?”

“E você ainda pergunta?” Sebastian sorriu, o beijando na testa, na ponta do nariz e nos lábios. Esses três beijos haviam se tornado quase um ritual. “Acho que agora é minha vez.”

Obviamente que Ciel não poderia se negar, finalmente ele teria alivio para sua ereção já dolorida. Sebastian o beijou lento e profundo, sentindo seu próprio gosto na boca dele. Deitou Ciel onde antes estava deitado e se livrou da cueca que ele vestia, vendo que seu pênis estava vermelho e com as veias ressaltadas.

“Realmente lindo.” Contemplou a nudez do garoto, antes de se deitar sobre ele e aspirar o cheiro único que ele possuía.

Sebastian moveu de forma lenta seu quadril contra o de Ciel, fazendo ele gemer ao ter o membro massageado entre seus ventres. Desceu os lábios pela clavícula dele até chegar aos mamilos, onde finalmente pode degustar, obrigando Ciel a arquear a coluna ao ter os bicos acariciados por sua língua.

Quando cansou de brincar com essa região, Sebastian desceu beijando seu ventre até chegar ao púbis, jogando propositalmente a respiração morna ali. Deixou vários selos na extensão e ao redor do pênis, fazendo Ciel suspirar agoniado e levar a mão a sua cabeça para ele por fim a seu sofrimento.

“Sebastian... Por favor...” Ciel finalmente pediu. Isso já se tornava dolorido e ele sentia que a qualquer momento gozaria sem que de fato Sebastian o tocasse.

E como forma de submissão a esse ser que o tinha completamente nas mãos, Sebastian o atendeu. Lambendo completamente a ereção e fazendo Ciel soltar um longo gemido. Colocou o pênis na boca e sugou morosamente, apreciando o sabor que seu bocchan possuía, maculando novamente a pureza dele com a sua luxuria e experimentando do sentimento profano de quem está prestes a roubar a inocência de alguém.

Pressionou com delicadeza o pênis contra as paredes de sua boca e massageou com sua língua, recebendo com gosto as investidas do garoto contra sua garganta. Os gemidos manhosos com que era presenteado apenas colaboravam para trazer novamente sua ereção. 

“O lubrificante está dentro do guarda roupa.” Ciel puxou a cabeça de Sebastian para não gozar.

“Vejo que você já veio com más intenções para essa viagem.” O demônio sorriu provocativo.

“Como se você não tivesse pensado a mesma coisa.” Ciel rebateu, só na cabeça de um doido para não saber que isso aconteceria. “Está no meio das minhas roupas.”

“Entendido.” Sebastian se apressou em pegar o lubrificante, estava lacrado, e, ele até tentou imaginar qual a expressão de Ciel ao comprar aquilo. Despejou uma boa quantidade nos dedos e um pouco na intimidade de Ciel. “Relaxe o máximo possível.”

Ciel obedeceu, relaxando o máximo que conseguia. O primeiro dedo entrou com um pouco de desconforto e logo começou a se mover. Sebastian voltou a sugá-lo e quando ele já estava acostumado, inseriu o segundo dedo. Ciel gemeu de dor dessa vez, mas o prazer que Sebastian lhe dava com a boca logo a fez sumir, voltando a experimentar algo bom novamente. Era uma incrível sensação de querer gozar tanto na frente quanto atrás.

“Eu já estou pronto.” Ciel abriu mais as pernas, em um pedido urgente para que o namorado se acomodasse entre elas.

Sebastian pegou o lubrificante e despejou um pouco em seu pênis, bombeando algumas vezes para deixar bem rijo. “Eu estou entrando. Se doer, fale e eu paro.”

Ciel trincou os dentes quando começou a ser invadido, certamente que apenas dois dedos não se comparariam ao tamanho de Sebastian, então a dor era inevitável.

“Desculpa por isso.” Sebastian o beijo carinhosamente, o masturbando para distraí-lo da dor. Logo as paredes internas de Ciel começaram a relaxar, deixando claro seu sucesso em tentar acalmá-lo.

Ciel passou os braços em volta de sua cintura e puxou o quadril de Sebastian contra seu corpo, indicando para ele se movimentar. O ritmo começou lento e gradativamente foi aumentando, e ele se questionou como algo que de início era tão doloroso, conseguia ficar tão bom. 

Seus gemidos tímidos se misturaram aos gemidos másculos de Sebastian, e eles não fizeram questão de se conter, até porque não tinha necessidade, não havia ninguém ali para escutá-los.

“Sebastian... Mais rápido...” Pedia com urgência, levando a mão ao membro para se masturbar. Dessa vez seria inútil tentar controlar a sensibilidade que se apoderava de seu corpo.

Nesse momento os olhos de Sebastian tomaram um tom intenso, evidenciando seu instinto demoníaco, a sorte era que Ciel estava de olhos fechados e não pôde ver. Sua excitação havia chegado ao máximo por ver o garoto gemendo sem pudor e se tocando de maneira ávida, louco para se saciar. Isso acabou com o resto de seu autocontrole e ele passou a se mover com vigor.

O corpo de Ciel entrou em colapso e o auge de seu prazer foi atingido, o impelindo a mover o quadril de forma desesperada na procura de mais fricção. Sebastian ainda se movimentou algumas vezes e então atingiu o orgasmo também, caindo ofegante por cima do menor.

“Você foi perfeito.” Escondeu o rosto na curva do pescoço de Ciel, apreciando o cheiro da luxúria que exalava da pele dele.

Ciel deu um sorriso de orelha a orelha, orgulhoso de sua performance. Abraçou forte Sebastian e o puxou para um beijo. “Você também não foi nada mal.”

S&C

“Está na hora de acordar, dominhoco.”

Ciel sentiu vários beijos em sua costa. Definitivamente essa não era a maneira mais eficiente de Sebastian acordá-lo, mas era a melhor. Virou de barriga para cima, sem se importar com sua nudez, depois do que aconteceu na noite anterior, ele já não tinha vergonha de mostrar seu corpo. 

“Bom dia!”

“Finalmente! Eu estava me perguntando se foi a noite passada o motivo desse sono profundo, ou se é você que dorme igual pedra.” Sebastian levantou da cama e pegou a bandeja deixada em cima do criado mudo. “Preparei um desjejum reforçado para você.”

A boca de Ciel salivou ao olhar para a refeição, pelo jeito Sebastian já havia descoberto seu ponto fraco: comida. E bastante, de preferência. 

“Em primeiro lugar: eu tenho o sono leve, quer dizer, mais ou menos, o caso é que eu estava bastante cansado depois de ontem.” Começou a comer sem ligar para as regras de etiqueta. “E segundo: você está me acostumando mal. Depois que a gente casar, não vá reclamar se eu começar a fazer exigências, como querer o desjejum na cama todas as manhãs, por exemplo.”

“Tecnicamente isso não seria um problema.” Sebastian pegou uma torrada e provou. “Mas como teremos diretos iguais, eu também terei algumas exigências a fazer.”

“Tipo?”

Sebastian se aproximou e cochichou em seu ouvido. “...”

“Idiota!” Ciel começou a rir, Sebastian era mesmo um bobo. Depois desse pequeno dialogo, eles se concentraram em fazer a refeição, e obviamente Ciel era o que mais comia.

“O que você prefere?” Michaelis recolheu a bandeja e colocou onde antes ela estava. “Passar o dia na cama curtindo o seu namorado super sexy ou fazer um passeio por Londres?”

“Realmente a modéstia em pessoa!” Ciel ironizou. “E o que inclui esse ‘Passar o dia na cama’?”

“Basicamente assistir filmes, comer, assistir series, comer, namorar um pouco, comer...”

Ciel caiu na gargalhada, Michaelis realmente havia descoberto seu ponto fraco. “Não pense que eu sou facilmente comprado com comida. Talvez, às vezes!” Ele admitiu. “Além de comer, o que mais iremos fazer?”

“Bem...” Sebastian sorriu de canto. “Acho que depois de ontem seu corpo precisará de alguns dias de descanso, então sem sexo.”

Ciel não ficou muito satisfeito com isso, mas Sebastian estava certo, ele precisaria se recuperar. “Vamos fazer o seguinte: à tarde nós passeamos por Londres, mas por enquanto, a gente pode ficar namorando um pouco e...” Sentou no colo do moreno e sussurrou em seu ouvido. “Você disse que havia outras formas de sentir prazer.”

Ciel não se importaria de provar o gosto de seu namorado outra vez!