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História Confused Feelings of an Earl - A dor e as Rosas


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Oi! Sentiram minha falta? Mas é claro... Que não kkk! Peguei meu note antes do previsto (Q seria só amanhã), então por isso estou aqui. Bem, vamos ao recadinho:
Muita gente falou "Nossa, mas ela começou tão rápido a 2° temp.", Sim é verdade, mas tem um motivo! Um eu já expliquei, então não vou ser repetitiva, vamos ao outro: A fic só teria início quando terminasse let me, mas como essa estava com algumas travancas e provavelmente só acabaria lá pro ano que vem, eu resolvi dar início a CFOAE para não ficar esse tempo sem escrever nada, pq eu me conheço, quando eu me interesso por algo eu me dedico e me empenho ao máximo, mas se eu perder o interesse já era, já era mesmo!
E iria ser exatamente isso que aconteceria se eu ficasse sem escrever e vcs não veriam por um bom tempo a minha cara por aqui, pelo menos como autora, pois poderíamos até nos encontrar nos comentários de outras fics!
Então é isso. Agora vamos ao capitulo de hj. Boa leitura!

Capítulo 2 - A dor e as Rosas


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of an Earl - A dor e as Rosas

“Aarrh...” Vincent suspirou, passando a mão pelos cabelos. 

Ele se reclinou na cadeira giratória, notando que já passava de uma hora da tarde. Isso justificava seu estômago roncando de fome. Era um alívio saber que as consultas tinham acabado, assim teria bastante tempo para descansar antes da cirurgia.

As batidas na porta do consultório chamaram sua atenção. Vincent bufou e resmungou um ‘entre’, torcendo para que não tivessem inventado um paciente de última hora.

“Hi hi hi... Atrapalho alguma coisa?” Undertaker exibia seu habitual sorriso deslambido. Já fazia uma semana que ele não via o cardiologista, e uma visitinha não faria mal.

Vincent descansou a cabeça em uma mão. Era lógico que o amigo não era um incomodo, mas estranhou vê-lo no consultório aquele horário. “Entre! Está sem diversão hoje?” 

Ele era conhecedor da paixão peculiar do outro: autópsias. Vincent sinceramente não conseguia entender, enquanto ele não suportava perder um paciente, Undy em contrapartida adorava um morto.

“Na verdade tem dois corpos me esperando, mas resolvi dar uma passadinha aqui para você me examinar, eu não me sinto bem hoje.” O shinigami fazia círculos com o indicador na mesa do consultório.

Durante esse tempo em que estiveram sem se falar, Undertaker refletiu sobre o rumo que a relação deles tomou. Ele não estava satisfeito. Mesmo sabendo que era a mesma alma, esse já não era mais seu Conde Phantomhive, o ex-cão de guarda da rainha. 

Agora era Vincent Miller: cardiologista, casado e com um filho. E essa ‘nova’ vida não o agradava. Era difícil ter que aceitar a união de Vincent com outra pessoa, e apenas manter a amizade já não estava sendo o suficiente. Ele queria mais.

O médico ficou surpreso, apesar de já se conhecerem a quase vinte anos, essa era a primeira vez que Undy reclamava da saúde. “Então acho melhor você passar com um clínico na emergência”.

“Não! Eu prefiro ser avaliado por você, um cardiologista.” O shinigami deu outra risada. Estava adorando ver o cardio’ preocupado. 

Na verdade, esse novo Vincent também o interessava bastante. Ele era sempre muito atencioso, de um jeito que não era com os outros colegas, mas a linha tênue da relação não ultrapassava disso, e a maldita amizade se mantinha mais forte do nunca.

“Ok então! Sente na maca.” Enquanto via o legista sentar, Vincent pegou o estetoscópio de cima da mesa. “O que exatamente você sente?”.

“Eu sinto que dói.” O shinigami foi vago.

O médico revirou os olhos, não estranhando o rodeio, já estava acostumado com o modo do legista falar as coisas pela metade. Undy simplesmente amava um suspense. “Seja mais especifico. Onde está doendo?”.

Undertaker segurou a mão do médico e levou ao peito, bem em cima do coração. “Aqui!” Essa mão quente... Havia sentido falta desse toque.

O médico logo puxou a mão. Era imaginação sua ou o tom de Undy pareceu... sensual? Ele afastou o pensamento, não era certo ter esse tipo de observação em relação ao amigo.

“Deixe-me auscultar seu coração.” Observou o legista descasar alguns botões da camisa, o encarando com um brilho diferente no olhar. 'Não é imaginação!' Concluiu.

Undy estava mais estranho que o normal. Ele nunca antes tinha estado tão... sexy! O cardiologista não via problema em achar outro homem era bonito, isso não seria capaz de abalar sua masculinidade, e indiscutivelmente hoje o legista tinha uma aura diferente.

“Estranho... Aparentemente está tudo bem com seu coração.” Vincent franziu o cenho, talvez o amigo tivesse enganado e a dor fosse reflexo proveniente de outro problema. “Você consegue descrever essa dor?”.

“Ah sim hi hi hi... Eu sinto que o meu coração fica apertado toda vez qu...” Batidas na porta interromperam o shinigami.

“Com licença, doutor Miller, estão precisando do senhor da emergência...” A enfermeira se retirou assim que deu o recado, principalmente por ver o olhar assassino do legista.

Vincent suspirou, sempre acontecia de vez ou outra algum dos plantonistas da emergência precisar de sua ajuda em casos onde era imprescindível a opinião de um cardiologista. “Desculpa, mas se tratando de uma emergência eu tenho que ir, mas vou passar esses exames e me traga o resultado o mais rápido possível.” Enquanto se desculpava, ele anotava rapidamente uma série de exames para o legista fazer.

“Com certeza eu trarei.” Undertaker suspirou, não adiantaria agora ter pressa depois de ter esperado tanto tempo.

S&C

Ciel estava sentado em um dos sofás daquela sala enorme e, assim como da última vez, o lugar estava cheio de rosas brancas. O cheiro de flores recendia por todo local, e mesmo amando essas rosas em especial, isso não conseguia melhorar seu ânimo. A febre e as dores musculares estavam deixando seu corpo mofino. 

Um miado agudo apareceu ao pé do sofá, chamando sua atenção. “Olá gatinho... ou gatinha... Venha cá, não precisa ter medo!” 

Era uma gata cinza escuro, que o olhava com curiosidade e receio de se aproximar. Porém foi preciso apenas alguns chamados para que ela começasse a se esfregar em suas pernas.

“Você é muito bonita, sabia?” Analisava a gata agora suspensa na altura de seu rosto. Ciel não chegava a amar gatos, também não os odiava, mas havia certa simpatia. Sua verdadeira paixão eram os cachorros.

“Você não é alérgico a gatos?” Sebastian estava surpreso. Aquela cena parecia uma miragem. Se fosse na vida passada com certeza sua pobre gatinha já teria perdido todas as sete vidas.

Isso o fez lembrar-se de Estela. O conde não o proibio de ficar com a gata, desde que ela sequer cruzasse seu caminho. Ele sentia falta de sua antiga companheira, ela havia morrido de velhice, e ele sentia tanto a falta dela quanto havia sentido de Ciel.

O adolescente tombou a cabeça para o lado. Sebastian falava como se ele realmente fosse uma pessoa alérgica, chegava a ser engraçado. “Não, eu não sou alérgico! Só tenho que ter um pouco de precaução por causa da minha asma”.

‘A maldita asma, mas... Pelo menos ele não odeia gatos.’ O demônio não poderia está mais satisfeito. Agora ele poderia conviver com seus adoráveis felinos sem precisar escondê-los, e já até imaginava ele e Ciel morando juntos numa casa cheia gatos.

“Tome esse medicamente! É para febre e dor muscular.” Entregou o remédio e um copo com água. Viu o menor pegar idesconfiado, mas ainda assim tomar. “Você sente dor de garganta?”.

“Não.” Ciel devolveu o copo que estava pela metade de água. “Pelo menos não ainda.” Ele sabia que sua garganta inflamaria, isso sempre acontecia quando resfriava ou ficava gripado.

“Só por precaução, tome esse antiinflamatório também.” O demônio ofereceu outro comprimido.

Ciel relutou em aceitar mais aquele comprimido, não era seguro se deixar ser medicado por um estranho, o outro poderia o estar drogando com más intenções. Mas por algum motivo ele confiava em Sebastian. Não pensou mais sobre isso e tomou o comprimido.

“Bom garoto, agora venha comigo, você precisa descansar.” Sebastian o pegou pela mão e guiou pelo corredor. Ele não sabia dizer se suas bochechas de Ciel estavam coradas pela febre ou pela vergonha de estarem de mãos dadas.

O quarto de Sebastian era bastante espaçoso e todo branco, com exceção da parede preta onde ficava a cabeceira da cama. A parede do lado direto era de vidraça e dava de frente para um pequeno jardim de inverno. Havia uma enorme televisão em frente a cama e alguns móveis espalhados estrategicamente.

“Esse é o meu quarto, fique a vontade.” Sebastian tirou o paletó e afrouxou a gravata, foi ao closet e pegou uma muda de roupa, algo mais confortável.

“O que estamos fazendo no seu quarto?” Ciel pensava que talvez o moreno realmente o tivesse drogado e agora esperava o narcótico fazer efeito. Ele estava a ponto de sair correndo enquanto ainda estava consciente.

O demônio riu assim que percebeu o que possivelmente passava pela cabeça do rapaz. “Que cara é essa, Ciel? Não se preocupe, eu não sou nenhum tarado e não irei lhe atacar, se é isso que está pensando!”

Ciel desviou o olhar, não imaginava que fosse tão transparente assim. Ele não daria a Sebastian o gosto de achar que o conhecia. “Só para a sua informação, eu não estava pensando isso!”.

“Ah, é claro que não! Mas como eu havia dito você precisa descansar, por isso te trouxe ao meu quarto. Eu ainda não tive tempo de arrumar os quartos de hospedes.” O demônio estava mentido, a casa inteira estava impecável.

“Eu não quero incomodar, eu posso ficar na sala!” Ciel estava desconfortável. Achava o quarto de alguém um espaço muito pessoal, onde se levava apenas pessoas íntimas. E havia também o fato do cômodo cheirar a Sebastian, se isso era possível. Chegava a sufocar.

“Nada disso, você descansará na minha cama.” Vendo que Ciel estava constrangido, Sebastian achou melhor se trocar no banheiro. Obviamente que ele não via problema em fazer isso na frente do rapaz, e até preferia, mas não queria que ele pensasse que realmente era um pervertido. “Enquanto você descansa, eu irei cuidar de alguns assuntos de trabalho”.

Ciel o observou ir com a muda de roupa para, ao que tudo indicava, ser o banheiro. Agora sozinho, ele não sabia o que fazer, se andava pelo quarto, se ficava parado no mesmo lugar, se deitava na cama... Por fim decidiu apenas se sentar, seu corpo doía e era verdade que precisava descansar.

Assim que sentou notou que o colchão era realmente confortável e ele não resistiu à tentação de deitar, mas jurou para si mesmo que seria só por alguns minutos, não queria parecer um abusado. Repousou a cabeça no travesseiro e sentindo o cheiro que exalava. A cama também estava entranhada com o cheiro de Sebastian.

Suas pálpebras pareciam pesadas, e como sempre acontecia quando tomava certos medicamentos, ele começou a ficar sonolento. Apesar de lutar contra o sono e se manter acordado, não demorou muito para  ele finalmente dormir.

Mesmo já tendo perdido a consciência, Ciel pode sentir quando algo quente e macio repousou sobre seus lábios. A sensação era boa e nostálgica, depois disso ele entrou no mundo dos sonhos definitivamente.  


Notas Finais


Muita gente pensou que Undy e Vincent já se pegavam né kkkk, mas não, Vincent sente um enorme ‘carinho’ pelo amigo grisalho, pelo menos é isso que ele pensa sentir! Gente vou confessar que tenho uma certa queda pelo Antigo Conde Phantomhive, acho ele tão misterioso e indecifrável, mas não se preocupem, os capítulos UndyxVincent serão bem poucos, pois logicamente a fic é Sebaciel, ok?!
Muito obrigada pelos favoritos e comentários, vcs tem noção de quantos capítulos eu demorei para ter 45 favoritos em CFOAD? Pois é, foram vários que eu pensei muitas vezes em desistir rsrsrs Então obrigada mesmo amorecos!
Bjinhos de Chocolate amores, tentarei postar na sexta!


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