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História Confused Feelings of an Earl - O novo amigo, o intruso e o ciume.


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Já faz algum tempo desde a ultima vez não é mesmo? Motivos para eu ter desaparecido? Tenho dois:

1 – Eu estou passando por um momento bastante corrido, estou estudando para alguns concursos que terão aqui no meu estado, então né, minha vida ta uma coisa! Alias não era nem para eu estar postando, mas em consideração a alguns comentários e mensagens que recebi resolvi terminar de escrever os capítulos de CFOAE e PROST que já estavam quase finalizados!!

2 – Como posso explicar... Acho que ir direto ao ponto seria melhor: Eu estou desmotivada, sei lá, estou perdendo o interesse por escrever. Não sei se ainda levo jeito pra isso, ah sei lá, estou fora do ritmo. É isso! Mas antes que eu desista de uma vez eu tentarei cumprir o compromisso que assumi com uma leitora, e todo tempinho que eu tenho para escrever algo eu me dedico a fic que ela me pediu. Bixa, ‘você’ me colocou em maus lençóis hein kkkk.

Xent eu to aqui escrevendo com a minha orelha quase pegando fogo, dizem que é quando alguém fala mal da gente. Ta amarrado! Sangue de Jesus tem poder! Que essa pessoa morda a língua kkkkkkk
Entao é isso meus amores! Eu sei que estou sendo bem bosta com vocês, eu sou um ser humano horrível, mas eu agradeço de coração todos os comentários que recebi.
Ah, tinha uma pessoinha que queria saber do meu paradeiro, eu ainda estou aqui minha Jovi!
Desculpem os erros, mas eu so irei percebê-los depois de postar. Vocês já estão carecas de saber disso né kkkk

Capítulo 20 - O novo amigo, o intruso e o ciume.


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of an Earl - O novo amigo, o intruso e o ciume.

Do alto de um edifício, Sebastian observava a movimentação de Nova York. Já eram quatro horas da manhã e até agora ele não obteve sucesso algum em sua caçada. Ele resolveu voltar para casa, pelo visto essa noite o assassino não atacaria.

Ele saiu pulando pelo topo dos prédios, sentindo a brisa fresca do dia que logo começaria a raiar bater em seu rosto. Foi quando seu corpo pulsou e seus sentidos aguçaram ao sentir aquele cheiro tão peculiar. Uma mistura de dor e desespero. 

Esse não era um fato qualquer, pois conseguia sentir junto a essa alma desesperada, a presença de um outro ser que sabia não ser humano. E ele reconhecia essa presença de algum lugar, só não identificava de onde. Parecia confuso, como se o outro ser estivesse camuflando sua identidade.

Correu em disparada na direção daquele aroma, despencando de cima do prédio, e pousando igual a uma pluma ao tocar o chão. Mas já era tarde. O autor das mortes misteriosas havia evadido do local, provavelmente por sentir sua aproximação. Porém, ele deixou para trás um homem ainda em processo de combustão.

“Como ele era?” Se ajoelhou perto do senhor que, ao que tudo indicava, era morador de rua.

“Me... ajude...” O homem falava com grande dificuldade, parecia estar prestes a perder os sentidos.

“Como ele era?” Sebastian tornou a repetir, ignorando o sofrimento dele. Não havia nada que pudesse fazer, a morte logo chegaria para aquele humano.

O morador de rua tentou responder, mas sua mente estava confusa e ele não conseguia discernir o que o homem a sua frente falava. E vendo que não conseguiria nenhuma informação útil, Sebastian resolveu dar fim ao sofrimento do dele, quebrando seu pescoço.

“Não irá roubar a alma dele?” William surgiu da escuridão do beco. Ele havia chegado há poucos segundos, mas ao invés de interferir e impedir os atos do demônio, ele preferiu ver até onde o outro iria.

“Pensei que você fosse mais esperto, Suit.” Sebastian levantou, batendo a poeira de seu joelho. “Recolha a alma dele e veremos quem o atacou.”

“Para um sanguessuga que só vive para comer, você até que possui alguma inteligência.” O shinigami disse em seu tom apático. “Mas o registro não revelará muita coisa. É sempre assim...”

Foi até o morador de rua e fincou a foice em seu peito, demorando alguns minutos até que os últimos episódios da vida dele começaram a ser retratados no registro cinematográfico. Porém, assim como havia previsto, as imagens do autor das mortes estava ofuscada por uma luz branca, impossibilitando reconhecer quem era.

“Voltamos a estaca zero.” Willian carimbou a ficha de Roger Furlan e se preparou para se retirar. “Não demore a obter resultados. O acordo será desfeito se encontrarmos a criatura antes de você.” Saltou novamente para o alto dos prédios, confortável por se distanciar da presença do akuma. ‘Criatura repugnante.’

Michaelis fez uma cara azeda. Ao contrario do que Spears pensava, ele havia encontrado algo relevante no filme daquele senhor, mas preferiu manter isso em sigilo até que tivesse certeza se tratar de quem pensava. 

E se estivesse certo, agora entendia porque os shinigamis estavam enfrentando dificuldade com aquela captura. O ser com o qual lidavam estava numa hierarquia acima, a qual ele também já havia pertencido a muito, muito tempo atrás.

***

Ciel acordou em pânico, o suor escorria por sua pele e seu coração batia desesperado. Aquele sonho foi tão real, que seu corpo parecia ainda sentir o calor das chamas e o cheiro de fumaça. 

O mais estranho era que, apesar de ser na mansão e ainda ter a presença do velho do chá, nem Sebastian ou os outros criados estavam no sonho. E era a primeira vez que isso acontecia, parecia até que seus sonhos estavam retrocedendo no tempo.

Ele deitou novamente e esperou seu coração acalmar, o desespero de ver aquelas pessoas em chamas e o pavor de ser raptado ainda se faziam presente. Ciel olhou para a janela, notando que o dia já estava clareando, então achou melhor levantar e fazer sua higiene matinal.

“Bom dia.” Cumprimentou sua mãe que começava a arrumar a mesa para o café.

“Que cara é essa? Parece que foi atropelado por um caminhão.” Charlly notou a expressão abatida de seu filho e ficou preocupada. O garoto estava mais pálido que o de costume. “Se não estiver se sentindo bem, não vá para a escola hoje. Eu ligo para o colégio avisando.”

“Não será preciso, eu apenas não tivesse uma boa noite de sono.” Ciel sentou na cadeira, deixando a mochila no chão. Se não fossem as malditas provas da próxima semana, ele não pensaria duas vezes em se fingir de doente.

“Se é só isso...” A promotora deu de ombros, obviamente ela não insistiria para Ciel ficar em casa ao invés de ir estudar. “Quer que eu passe um corretivo nessas olheiras? Você está parecendo o menino d'O grito.”

Ciel riu, sua aparência não era das melhores, mas também não era como se estivesse parecendo um panda, sua mãe que era exagerada. Aliás, era engraçado que pelo simples fato dele ser gay, Charlly parecia pensar que ele partilhava das mesmas ‘frescuras’ de uma garota, o que obviamente não acontecia. 

Se ele se importava com sua aparência? Era óbvio que sim, mas também era certo que não iria se descabelar por causa de uma simples olheira. Talvez sua mãe fosse mais feliz se ele tivesse nascido mulher, ela praticamente já o tratava como uma.

“Maquiagem é coisa de menina, e eu não sou uma menina.” Ele deixou claro.

“Que pensamento arcaico! A época das cavernas foi há muito tempo atrás caso você ainda não tenha percebido.” A promotora fez uma careta. Era inacreditável como em pleno século XXI, seu filho ainda possuía essa mentalidade. “É óbvio que homens também usam maquiagem. Veja os famosos. Ou você acha que eles possuem aqueles rostos perfeitos de nascença? É tudo maquiagem e photoshop. Sem isso são uns dragões, dois ou três que se salvam”.

Ciel refletiu sobre isso e chegou a uma conclusão. “O Sebastian é perfeito. De nascença.” 

“Nesse caso o seu pai também é.” Charllote também contou vantagem, não querendo ficar por baixo. “Mas eu tenho que concordar com você. E que homem, hein! Você tirou a sorte grande.”

“Ainda bem que o papai não está aqui para ouvir isso.” Ciel riu novamente. Apesar da inconveniência de sua mãe, esse era o bom de conversar com ela as vezes. “Ele ainda não acordou?”

“Acordou cedo e já foi para o hospital.” A promotora se sentou a mesa agora arrumada e se serviu, se não se apressasse iria se atrasar. “Ele deve estar em cirurgia a essa hora.”

“Hum.” Ciel não estranhou, pois essas situações já eram rotineiras. Ele sentia orgulho da profissão de seu pai, pois pelas mãos dele vidas eram salvas.

***

“Como foi a viagem?” Yan finalmente cedeu a curiosidade e perguntou. Desde que se encontraram pela manhã, essa pergunta vinha coçando em sua língua.

“Foi bom. Londres é ainda mais bonita de perto e o Big Bang é realmente enorme.” Ciel disse empolgado, ainda sentindo a euforia dos acontecimentos da recente viagem.

“Hum. Que bom.” O baterista disse depois de um tempo. Ele havia esperado por confissões mais relevantes, porém Ciel não parecia disposto a falar mais do que aquilo. 

“Eu não sou mais virgem, se é isso que quer saber.” Ciel notou a curiosidade do moreno, e imaginava o que provavelmente estaria passando pela cabeça dele.

Aí estava a confirmação do que Yan já suspeitava e doeu, muito, mas ele disfarçou. “Ele foi gentil com você?”

“Quanto a isso não se preocupe, Sebastian foi um verdadeiro cavalheiro.” As bochechas de Ciel coraram e ele se esforçou para não sorrir. Só de pensar nos momentos íntimos que tiveram na mansão seu coração já acelerava. Se isso não era amor, ele não sabia mais o que podia ser. “Você quer mesmo falar sobre isso?” 

“Não.” Yan também achou melhor encerrar o assunto, já sabia o que tinha de saber. “Eu conheci um novo amigo.”

“Sério?” Ciel ficou surpreso. Geralmente Yan não falava muito sobre as outras pessoas com quem se relacionava, a não ser sobre o pessoal da banda. “E?”

“E o nome dele é Noah.” Johnson não sabia ao certo porque falava disso, talvez porque tivesse simpatizado com Noah. Depois de conhecê-lo melhor, descobriu que o garoto abusado era na verdade um cara legal. “Ele toca guitarra e um pouco de bateria. Acho que o pessoal da banda vai gostar dele. Ontem nós tocamos na garagem de casa e ele manda bem na guitarra. Um dia eu te apresento ele.”

“Okay.” No fundo Ciel sentia um pouco de ciúme. 

Yan parecia ter bastantes pontos em comum com esse outro garoto e eles já haviam feitos programas que nem mesmo com Ciel o baterista já havia feito. Alias, ele nem sabia que Yan tinha um local na garagem para tocar. Ele definitivamente não queria perder o posto de ‘melhor amigo’ para um garoto que acabou de chegar.

Olhou de canto de olho para Yan. O sol batia em seus cabelos pretos e lisos, os deixando ainda mais brilhantes, até o cinza de seus olhos estava mais evidente com a claridade. Certamente se Sebastian não tivesse aparecido em sua vida, Ciel estaria atualmente namorando seu melhor amigo.

O celular vibrou em seu bolso, e era sua sumãe avisando para ele não sair de casa a noite, pois assim que ela e seu pai chegassem, iriam ao supermercado fazer compras. Ciel não via a real necessidade de ir junto, pois nada do que pedia sua mãe comprava, ainda assim ela insistia nessa mania caquética de sempre levá-lo.

Ele sorriu, a mensagem era clara: não sair de casa a noite. Não havia nenhuma restrição em relação ao período da tarde, e tendo Sebastian entregue uma copia da chave de sua casa, não havia nenhum impedimento de passar a tarde na casa dele. Ainda assim ele achou melhor enviar uma mensagem avisando o namorado sobre isso.

“Eu vou indo.” Yan disse ao chegarem no ponto que seus caminhos se separavam.

“Até. E diga ao Noah que eu mandei um ‘Oi’.” Ciel tentou disfarçar a ironia, não obtendo muito sucesso. Sendo um egoísta, ele não admitiria que alguém ocupasse o seu lugar na vida do amigo e era bom que Yan soubesse disso desde o início. Ele deveria ser o que vinha em primeiro lugar. Sempre. 

“Okay.” Apesar de estranhar o tom, Yan não deu muita atenção e seguiu seu caminho. 

O celular de Ciel vibrou novamente e dessa vez era Sebastian avisando que passaria em algum restaurante e compraria algo para comerem. Ótimo! Assim teriam mais tempo para ficarem juntos, já que o moreno teria que retornar a empresa assim que terminasse seu horário de almoço. 

O estômago de Ciel roncou alto nesse momento, agora pensando em comida, sua fome imortal começava a dar as caras. Ele apressou os passos, torcendo para que Sebastian não demorasse a chegar com o almoço.

No caminho notou que as folhas das arvores começavam a amarelar, indicando o início do outono, e isso o agradava não só pelo colorido enferrujado das árvores, mas também pelo clima aconchegante que a estação trazia. Tornava a caminhada da escola até em casa mais cômoda, ao contrário do verão, onde quase derretia de tanto calor. 

O trajeto até a casa do moreno foi feito em tempo recorde, ele pegou a chave na mochila e destravou a porta. Estava feliz não apenas pelo nível de intimidade que chegaram, mas também por se sentir como se estivesse entrando em sua própria casa. Era como se estivessem casados. A ideia não era nada má. Seu momento de alegria durou pouco, pois ele mal teve tempo de fechar a porta quando ouviu uma voz ecoar dos corredores. 

“Finalmente você chegou, estava começando a me sentir...” Grell vinha do quarto do akuma e trazia Sophie nos braços. Sua expressão de tédio mudou para a de surpresa ao ver Ciel. “...Sozinha.” 

Ciel olhou aquele homem dos pés a cabeça. Vestia calça de couro preto, sapato vermelho e de salto, blusa branca e suéter vermelho. Os cabelos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo, onde no topo havia um laço vermelho como enfeite. Sem duvida ele era bonito e aqueles olhos eram fora do comum de tão belos. Mas algo naquele desconhecido lhe parecia familiar e sua antipatia por ele foi imediata.

“Quem é você e o que está fazendo aqui?” Ele não pensava no perigo de ser um assaltante, porém um assaltante não viria de modo tão pacífico em direção ao dono da casa, então presumiu que ele e Sebastian já se conheciam. “E como assim estava começando a se sentirsozinho’? Estava esperando pela companhia de alguém?” 

O ceifador sabia que tinha se metido numa enrascada, pois com certeza Michaelis o esquartejaria caso Ciel entendesse os fatos de maneira errada, mas no momento isso não o preocupou. Ele estava admirado com o humano a sua frente, essa era a primeira vez que via Ciel nessa encarnação e a semelhança com o antigo conde era realmente surpreendente. 

As mudanças de um para o outro eram quase irrisórias. Encarnados na maioria das vezes possuíam semelhanças com seu ‘eu’ da vida anterior, mas não costumavam ser a ‘cópia’. Se aproximou do garoto, ignorando as perguntas que ele havia feito e tomou o rosto dele em suas mãos. 

“Impressionante.” Observou com fascínio o rosto do rapaz. De certa forma aquela era sua obra. Você é idêntico ao anterior.” 

‘Idêntico ao anterior?’ Isso irritou ainda mais Ciel. Seria possível que aquele homem estivesse se referindo ao ex de Michaelis? Sua raiva se elevou de maneira catastrófica. Se realmente fosse isso, ele não suportaria a ideia de estar sendo o substituto de outro homem. 

“Tire suas mãos de mim, seu louco.” Deu um tapa na mão do ruivo. Quem ele pensava que era para tocá-lo com tanta intimidade?

“Quê isso, garoto! Pelo jeito a arrogância veio junto também.” Grell fez um bico, massageando o dorso de sua mão. Não por estar dolorida, mas para tornar sua fala ainda mais dramática. Não é assim que se trata uma dama.” 

“Dama? Você? Faça-me o favor!” Ciel sorriu ferino, na única intenção de diminuí-lo. Você não passa de um...” 

O barulho de motor foi ouvido do lado de fora, certamente era Sebastian que havia chegado. Os dois se calaram e olharam com expectativa para a porta, e assim que o demônio entrou, deu de cara com um Ciel bastante irritado. 

“O que esse travesti está fazendo na sua casa?” Ciel rosnou.


Notas Finais


Como sebastian explicará isso? Façam suas teorias rsrsr
Talvez amanha eu poste o cap novo de prostituto, bjao no kokoro de vcs!!!


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