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História Confused Feelings of an Earl - O Jantar e o Beijo


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Só a titulo de esclarecimento, os dois atos do capitulo anterior ocorreram no mesmo dia, Yan convidou Ciel para sairem na sexta e Sebastian o convidou para uma exposição na noite do atual dia, então os encontros ocorreram em dias diferentes, ok?
Sobre o cap de hj tentei fazer mais curto, mas não consegui, sorry!
Bjs e boa leitura!

Capítulo 5 - O Jantar e o Beijo


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of an Earl - O Jantar e o Beijo

“Droga, essa também não ficou boa.” Já era a sétima ou oitava roupa que Ciel experimentava. ‘Francamente, o que eu estou fazendo? Só vamos a uma exposição, não é como se estivéssemos tendo um encontro romântico!’.

Ele sentou na cama, derrotado. Seu comportamento era deprimente, tudo bem que era gay assumido, mas não precisava agir como uma garotinha apaixonada. A quem ele queria enganar? Era exatamente disso que se tratava, já estava caidinho por Sebastian!  

‘Isso vai ser problemático!’ Soltou um suspiro, deitando na cama. Esse sentimento poderia lhe causar dor de cabeça já que não sabia qual a opção sexual do moreno, mas seja ela qual for, era lógico que ele não olharia para um colegial de dezesseis anos que mal saiu das fraldas.

Sebastian era bonito, bem sucedido, independente e poderia ter a pessoa que quisesse, então porque se interessaria por ele? Sem falar que Michaelis deveria ter, no mínimo, uns dez anos a mais.

Decidiu então não criar expectativas, isso evitaria problemas mais tarde. Ele tirou a novamente a roupa e vestiu uma camisa branca de gola V, um blazer verde musgo e uma calça jeans escuro. Ciel nem se deu ao trabalho de pentear os cabelos, apenas passou as dedos nos fios e eles estavam desembaraçados e com um aspecto natural.

Resolveu passar um pouco de perfume, não era porque não alimentaria esperanças que não andaria cheiroso. Disso ele não abriria mão!

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O Sedan preto parou em frente à casa dos Miller, e aquela mesma ansiedade de séculos atrás foi sentida por Sebastian. Saiu do carro e caminhou até a porta, apertou a campainha três vezes e escutou uma voz feminina gritando um ‘Já to indo!’.

“Pois não!” Charlly enxugava a mão no guardanapo preso na cintura. Ela demorou alguns segundo para piscar novamente, não acreditava que aquele homem era o novo vizinho do qual Ciel falou. 

“Boa noite, senhora Miller. Eu sou Sebastian Michaelis, seu novo vizinho.” O demônio teve vontade de revirar os olhos. Era impressionante como humanos conseguiam se iludir tão facilmente com as aparências.

A promotora se recompôs. Agora entendia o porquê Ciel ficava diferente ao falar do vizinho. “Prazer Sebastian, eu me chamo Charllote... Charllote Miller!”

“É um prazer conhecê-la, Charllote.” A cumprimentou com um aperto de mão, a levando aos lábios e depositando um beijo. Ele tinha que conquistar sua futura sogrinha. “Agora sei para quem Ciel puxou a beleza!”.

‘Um verdadeiro cavalheiro!’ A promotora quase se derreteu. Era a primeira vez que um homem beijava sua mão ao se apresentar.

“Eu vim buscar Ciel, vamos à exposição dos quadros de um artista brasileiro, prometo tomar conta dele e não trazê-lo tarde!” Sorriu simpático.

“Ahh claro, Ciel já havia me falado. Eu vou chama-lo, você quer entrar? Tomar alguma coisa?” Charlly abriu mais a porta.

“Agradeço o convite, mas eu prefiro esperar aqui.” Sebastian não queria entrar, pois sabia que isso seria só um pé para perderem tempo jogando conversa fora, e essa era uma noite que ele queria aproveitar cada segundo ao lado de Ciel. A sós.

“Ok, eu vou chama-lo! Não demoro.” Assim que sumiu de vista, Charlly subiu as escadas quase correndo em direção ao quarto do filho. “Porque você não me falou que ele era tão bonito!”.

Ciel levou um susto ao ver a mãe entrar de supetão, e não era nem preciso perguntar de quem ela estava falando. “Nem começa!”.

Ele foi rápido para as escadas, tendo a promotora logo atrás cochichando perguntas que ele não fez questão nenhuma de entender. Assim que chegou a porta, Ciel prendeu a respiração.

Sebastian usava uma camisa alfaiataria preta, a gola e detalhe das mangas eram em tom grafite e estavam dobradas até o cotovelo, os botões duplos davam o acabamento final. A calça jeans era preta e o sapato social. O cabelo como sempre estava em um penteado despojado e caia pelas laterais do rosto. Ele estava lindo.

Olhou para trás e viu que sua mãe devorava cada detalhe de sua expressão. Isso não era nada bom. “Estou saindo! Vamos?” Incitou Sebastian a andar para o carro, mas não conseguiu fugir do último comentário de Charlly.

“Vão com cuidado meninos, e Ciel...”

Ciel olhou por cima dos ombros e viu Charlly fazer menção com a boca de um “Uauuu”. Ele revirou os olhos, realmente sua mãe não tomava jeito.

“Para quê toda essa pressa, Ciel? Nós teremos bastante tempo a sós.” Sebastian sorriu. Havia visto o ‘Uau’ de Charlly e sabia ser esse o motivo das bochechas coradas do rapaz. “Eu estava brincando!” Ciel estava para explodir de tão vermelho.

“E quem disse que eu estava levando a sério? Vamos logo!” Ciel fechou a cara para disfarçar o embaraço. O aroma de Sebasrian tomou conta do carro, era suave e agradável. Isso fez Ciel se sentir nostálgico. Ele sentia saudade de algo que nem mesmo sabia exatamente o que era.

Olhou pelos cantos dos olhos, aproveitando que Sebastian mantinha a atenção no transito. Observou como ele mantinha a face serena, como se nada no mundo fosse capaz de abala-lo. Era quase impossível acreditar que alguém pudesse ter feições tão perfeitas. Chegava ser ridículo aquele nível de beleza.

“Você quer me perguntar alguma coisa? Se quiser pode perguntar, não precisa ficar me olhando pelos cantos dos olhos!” Sebastian fez de propósito para envergonha-lo e deu certo. “Você está vermelho de novo! Está com vergonha?”.

“Eu não tenho motivos para está com vergonha, e se estou vermelho deve ser porque está calor. E eu não estava te olhando pelos cantos dos olhos!” Por dentro Ciel queria um buraco para se enfiar, mas por fora ele agiu totalmente indiferente.

“Você não está com calor, se estivesse não estaria usando esse blazer. E estava sim me olhando pelos cantos dos olhos.” Adorava ver como o ex-conde ainda era tão marrento quanto antes.

Ciel tirou o blazer e colocou em cima das pernas, teria que ter mais cuidado de agora em diante para não corar, caso contrário, não teria como inventar outra desculpa. “Eu não estava olhando para você!”.

“Estava sim!”

“Não estava!”

“Ok, vamos ‘fingir’ que não estava... Qual o problema de admitir? Eu não me incomodo que fique me olhando. Se quiser pode fazer isso sem disfarçar!”.

Agora sim Ciel estava a ponto de sair do carro e cavar uma cova para se enterrar. Por que diabos Sebastian gostava tanto de provoca-lo? Porque gostava tanto de deixa-lo envergonhado? Mas em todo caso, ele continuaria negando até a morte. “Eu vou falar pela última vez, eu não estava te...”.

“Chegamos!” Sebastian o interrompeu, não queria deixa-lo irritado, apesar de que era difícil controlar a vontade de vê-lo fumaçando de raiva.

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“São todos lindos, porém gostei mais do cristo redentor!” Ciel estava fascinado pelas obras de arte. Tinha que admitir, o tal pintor era realmente talentoso.

“Cristo redentor?” O demônio fez uma careta. “Não sabia que você era religioso!”.

“Na verdade eu não sigo nenhuma religião, mas gosto de pensar que existe um ser superior olhando por nós!”

“Hum!” Sebastian absorvia cada expressão de Ciel. Aquele ser humano era tão precioso para ele que nenhum ser ou entidade seria capaz de protegê-lo com tanto afinco. Pelo ex-conde ele seria capaz de tudo.

Eles pararam em frente a uma grande tela. Era a pintura de uma borboleta azul metálica, pousada em um galho perto da superfície da água. O contraste de cores era impressionante. O demônio ficou atrás do rapaz e colocou as mãos em seus ombros. “É uma borboleta Morpho. Linda não é mesmo? Lembra a cor de seus olhos”.

Ouvir aquela voz tão suave perto de seus ouvidos, e sentir o calor daquelas mãos em seus ombros fez Ciel estremecer. Era bom ser tocado por Sebastian, era quente e suave. A distância entre os dois diminuiu ainda mais quando Sebastian encostou o peito em suas costas, e o coração de Ciel disparou ao sentir a respiração em seu pescoço.

“Ciel...”

“Sim?” Pulou internamente de alegria por sua voz não ter falhado. No entanto suas pernas estavam bambas, isso foi impossível de evitar.

“O seu cheiro é agradável de sentir!”.

“Sebastian?” Uma voz feminina interrompeu o demônio no exato momento em que ele se aproximava do pescoço do rapaz. “Que surpresa te encontrar aqui!” Era uma de suas colegas de trabalho.

Ciel aproveitou para acalmar o coração, que parecia querer explodir. Assim que conseguiu agir com naturalidade, olhou para sua salvadora e viu ser uma mulher muito bonita. Alta, loira, magra, olhos verdes.  Vendo os dois lado a lado Ciel percebeu, com muito desgosto, que eles formavam um belo casal.

“Janet esse é Ciel” O moreno o apresentou. Estava irritado. 

“Que garotinho mais lindo!” A loira apertou as bochechas de Ciel, o fazendo sentir vontade de esgana-la. “É seu irmão?”.

“Irmão? Não! Ciel é meu...” Sebastian sorriu olhando diretamente nos olhos do antigo conde. “Amigo!”

“É um prazer conhecê-la Janet, eu sou Ciel Miller.” Ciel estendeu a mão com certo desprazer. Aquela mulher o olhava como se fosse a coisa mais fofa do mundo. ‘Qual o problema dessa mulher?’.

“O prazer é meu, docinho!”

‘Docinho? Agora ela passou dos limites.’ Ciel se segurou para não dar uma resposta atravessada, mas como era uma pessoa fina e educada ele manteve a compostura. “Se me derem licença, eu vou ao toillete”.

Assim que virou as costas, Ciel não evitou de revirar os olhos. Estava para conhecer alguém tão inconveniente quanto aquela mulher. Ele enrolou alguns minutos no banheiro, apenas para dar tempo dela ir embora, mas assim que voltou viu que ela ainda fazia o ouvido do moreno de pinico.

Observou que era quase só ela que falava e que Sebastian apenas respondia por educação. Era perceptivo que ele não estava tão interessado assim na conversa, então não faria mal se o ajudasse a se livrar da companhia indesejada.

“Desculpem a demora! Ãh... Já está na hora de irmos ou vamos nos atrasar!” Ciel sorriu o mais falso que pode, torcendo para que o moreno entendesse e inventasse alguma desculpa para saírem dali.

“Vocês já estão de saída?” Janet pareceu decepcionada.

“Desculpe, mas temos hora marcada no restaurante. Foi um prazer revê-la.” Sebastian entrou no embalo da mentira. Ao chegarem na saída, ele agradeceu Ciel pela ajuda.

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“É bonito aqui, e a comida é boa!” Ciel analisava o restaurante de aparência elegante. Ele não queria parecer uma pessoa soberba ou coisa do tipo, mas era fato que gostava de luxo.

“Vim aqui antes em jantares de negócio! Desculpa por Janet, não previa que iríamos nos encontrar.” Sebastian estava decepcionado, justamente quando estavam num bom momento a loira surgiu para atrapalha-lo.

“Vocês parecem íntimos.” Ciel não conseguiu controlar a curiosidade, queria saber o que aquela mulher era para Sebastian.

 O demônio o analisou minuciosamente. Qualquer outra pessoa pensaria que aquele comentário fora feito por acaso, mas ele não era qualquer pessoa, e conhecia muito bem Ciel. “Não somos íntimos. Ela é apenas uma colega de trabalho”.

“Hum! Eu não gostei do jeito que ela me tratou, eu não sou nenhuma criança!” Até agora Ciel se remoia pelo jeito que fora tratado, e justamente na frente de Sebastian. Foi vergonhoso.

“Janet sempre foi uma pessoa bastante... calorosa. Esse é o jeito dela de tratar as pessoas, admito que as vezes ela chega a ser inconveniente.” Deu um gole no vinho. “Ela o tratou daquela forma porque já perdeu um filho que tinha quase a sua idade, e acredite, ela tem muito mais idade do que aparenta ter. Depois disso ela passou a tratar todo jovem da sua idade assim”.

“Eu lamento por ela, mas isso não muda o fato de que eu não gostei.” O tom de Ciel era firme. Ele não aceitaria ser tratado daquela forma apenas por compadecimento. Fatalidades acontecem a todo momento e não há outra alternativa a não ser superar. “Ela deve superar logo essa perda. Algo uma vez perdido nunca mais pode ser recuperado, e uma hora ela vai encontrar alguém que não tenha tanta paciência para aturar essa forma infantil de tratamento”.

“Mesmo sabendo pelo quê ela passou, você não sente pena?” Os olhos do demônio adquiriram um brilho suave.

“Acho que eu seria mais cruel sentindo pena dela do que não me compadecendo. Eu não suportaria que alguém sentisse pena de mim. Apenas pessoas fracas são dignas de pena e eu não gosto de ser considerado fraco”.

Ciel notou como os olhos castanhos avermelhados de Sebastian adquiriam uma coloração mais acentuada. Não desviou o olhar um segundo sequer, era como se estivesse hipnotizado. Naquele duelo de olhares, ele não queria parecer inferior. 

‘Sim, ainda há o mesmo diabinho adormecido dentro desse corpo.’ Sebastian concluiu.  “É bom saber disso!”.

Ciel saiu de seu estado de torpor, lembrando-se do que acabara de falar. Havia mesmo dito aquilo? O que Sebastian estaria pensando agora? Que era ele uma pessoa cruel? Má? As palavras simplesmente fluíram de sua boca, como se fosse automático, e agora não havia como voltar atrás. Em hipótese alguma ele voltaria com sua palavra.

Em todo caso era melhor mudar de assunto antes que acabasse falando mais baboseira. “Você trabalha onde?”

Sebastian tomou mais um gole do vinho. Seus lábios encostaram suavemente na borda da taça, e sorveram o liquido lentamente. Passou discretamente a ponta da língua sobre os lábios, sempre mantendo o contato visual. “Na Phantom Companhy”.

Ciel desviou os olhos para a refeição, não queria focar sua atenção nos lábios do moreno que agora estavam levemente avermelhados por causa do vinho. “A empresa de doces e brinquedos”.

O demônio assentiu, mantendo fixo o olhar sobre o adolescente, devorando cada expressão, cada suspiro sutil, podia até ouvir os batimentos que ora eram calmos, ora descompassados. Cada reação o incendiava. 

Ah como ele queria voar em cima daquele corpo frágil. Era tanto desejo contido que era difícil se controlar. Aquela fachada serena era apenas uma farsa, pois por dentro seu instinto demoníaco estava em combustão.

“Deve ser legal trabalhar numa empresa assim. Eu adoro doces!” Apesar de olhar para a comida, Ciel podia sentir o olhar de Sebastian sobre ele, queimando sua pele. Era desconfortável. Algumas atitudes do moreno eram difíceis de compreender, na verdade, Sebastian em si era uma incógnita.

“Sim, é legal! É a empresa pioneira no ramo de produtos infantis, e a mais antiga também, foi criada na época vitoriana, e olha só que coincidência: um dos antigos herdeiros tinha o seu nome, conde Ciel Phantomhive!” O demônio sabia que estava falando mais do que devia, mas que graça teria se não tivesse o risco para acrescentar uma pitadinha de emoção.

“Época Vitoriana? Ciel Phantomhive?” O menino se lembrou de seus sonhos na época vitoriana, e apesar de Sebastian, ‘O homem de seus sonhos’, ter aparecido em sua vida, aquilo era só uma mera coincidência. “Interessante!”.

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“Obrigado por essa noite. Foi maravilhosa!” Ciel destravou o cinto com um sorriso no rosto. Depois do restaurante eles ainda passearam por alguns lugares, Sebastian era divertido e sempre tinha alguma alfinetada para tentar desconcerta-lo. De certa forma até chegava a gostar desse humor sádico.

“Eu que agradeço em ter a honra de sua companhia, meu lorde. Deseja que o acompanhe até a porta para que não corra o risco de se perder pelo caminho?” Sorriu cínico, apenas como última provocação da noite.

“Não é preciso, tenho certeza que eu consigo caminhar do carro até a porta de casa sem me perder!” Ciel devolveu no mesmo tom, apesar de não ser tão desinibido quanto o vizinho, também tinha suas cartas na manga. “Então... Boa noite”.

“Cadê meu beijo, Ciel?” O demônio segurou na mão do rapaz, o impedindo de sair do carro.

Que tipo de pedido era aquele? Ciel até se esqueceu de como puxava o ar. “Beijo?”.

“Sim. O meu beijo... de despedida.” Sebastian se referia ao beijo na bochecha, igual ao que havia ganhado essa tarde, mas lógico que deixaria em sentido amplo para que Ciel interpretasse como desejar.

"Ah tá, o beijo de despedida." Ciel se aproximou sem jeito por ter pensando em outra coisa. Colocou a mão na nuca de Sebastian e o puxou para selar sua bochecha. Mas fugindo do que ele esperava, Sebastian inclinou o rosto para o lado fazendo com que o selo fosse dado em seus lábios.

Nenhum dos dois recuou e os lábios permaneceram unidos. Sebastian por que intencionalmente não queria se afastar, e Ciel porque ainda era acometido pela surpresa. As respirações se misturavam e as emoções, que apesar de diferente em ambos, veio como uma avalanche de sensações, muito boas por sinal. 

Ciel fez menção de quebrar o contato, mas as mãos de Sebastian em sua costa o impediu de se afastar. Ele sentiu seus lábios serem selados mais uma vez, de forma suave, até carinhosa, então ele começou a retribuir.

Seus dedos afundaram nos cabelos de Sebastian, e tomando ainda mais coragem, ele pediu passagem com a língua, essa que foi prontamente concedida. A boca do moreno ainda tinha o gosto açucarado do vinho, e sua língua deslizava macia na dele. Não tinham pressa, era um beijo lento e gostoso, e o tempo parecia ter congelado. Só havia ele, Sebastian e o sabor de suas bocas.

Ciel não soube em que momento aconteceu, mas ele se perdeu naquele mar de sensações e sua mente se desconectou do corpo, tornando tudo nublado.

- Você não está de todo errado, demônio, mas entenda também uma coisa: o trato foi a minha alma em troca de minha vingança. A minha ALMA te pertence, não o meu CORPO.

Vi Sebastian me olhar de forma intensa e isso fez meu corpo arrepiar. Aquele olhar causava medo e era diferente dos que já tinha presenciado, mas ainda assim não me deixei intimidar.

Em um piscar de olhos meus lábios foram tomados de forma possessiva e a língua invadiu minha boca. Era literalmente um beijo de tirar o fôlego. Tentei corresponder como podia, mas o maldito demônio era habilidoso. Quando Sebastian percebeu que eu estava ficando sem ar, finalizou o beijo com uma forte sugada no meu lábio inferior, deixando ardido e ao mesmo tempo dormente.

- É o que veremos, Bocchan.

Nesse instante Ciel voltou à realidade e empurrou com força Sebastian. Sua respiração estava acelerada, como se estivesse prestes a ter uma crise de asma. 

‘Isso foi um sonho? Será que eu dormi enquanto o beijava?’ Essa era a única explicação que conseguiu encontrar para a visão que teve. ‘Isso está ficando cada vez pior’.

“Está tudo bem?” Sebastian ficou confuso. Ciel parecia está gostando do beijo e do nada lhe empurrava como se estivesse com medo, além disso, o garoto estava branco que nem papel.

Ciel sentia que iria morrer de vergonha.  “Desculpe, eu tenho que ir!” Saiu apressado do carro. 

Estava decepcionado consigo mesmo. A noite havia sido maravilhosa e ele conseguiu a proeza de estragá-la, só não sabia com que cara conseguiria encarar Sebastian novamente depois daquele fiasco de beijo.


Notas Finais


É isso aí meu povo, bom domingo pra vcs e nos vemos qualquer dia desses kkkkk
Vou tentar postar no proximo sabado ou domingo!
Bjão de chocolate pro cês!


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