Hoje seria meu último dia aqui em Atlanta, nos últimos dois dias eu aproveitei para passar com minha família, desde que cheguei só passei meu tempo com Jade e Selena. Não que eu não gostasse de passar meu tempo com elas, pelo contrário, eu amo.
Termino de me arrumar e vou para a sala de estar esperar meus pais ficarem prontos, programamos de ir ao parque de diversões hoje, como nos velhos tempos.
-Vamos? –Papai diz me acordando do meu transe.
-Claro! –sorrio.
Entro no banco de trás do carro e Austin me acompanha, papai e mamãe vão na frente. O caminho todo foi tranqüilo, colocamos algumas músicas e fomos cantarolando até chegarmos. Papai deixa o carro no estacionamento do parque e nós corremos em direção à entrada. Paro em frente ao trem fantasma me deparando com a enorme cara de palhaço estampada na entrada, sempre tive medo de palhaços, me senti como se fosse uma criança de novo.
-Qual iremos primeiro? –Mamãe pergunta animada.
-Montanha russa? –sugiro.
-Parece uma boa ideia. –papai diz e todos concordam.
Vou até a bilheteria comprar os ingressos enquanto eles guardavam nosso lugar na fila, não demorou muito e uma garota me atende.
-Quatro ingressos, por favor. –digo sorrindo. Ela me entrega e eu entrego uma nota de cinqüenta dólares para a garota, ela me dá o troco e eu sigo para a fila.
-Tem certeza que isso é seguro? –Mamãe diz enquanto fechamos a trava de segurança.
-Está com medo, dona Ashley? –Austin diz brincalhão.
-Não é que... –ela gagueja. –Tudo bem, eu estou com medo! –ela diz e nós rimos.
O brinquedo começa a andar e me sobe um frio gostoso na barriga, sempre gostei de adrenalina.
[...] [...] [...]
Saímos do brinquedo e minha mãe disse que precisava beber água porque estava sentindo seu estomago revirar, dona Ashley dramática como sempre. Fui até uma barraquinha de algodão doce e comprei um pra mim. Chego perto de Austin e quase sou atacada, ele roubou metade do meu algodão doce, argh!
-PARAAA! MÃEEE MANDA ELE PARAR! –digo puxando da mão dele.
-Vocês tem quantos anos mesmo? Nove? –ela diz rindo.
-Vamos no trem fantasma, por favor? –Austin implora, penso um pouco e acabo aceitando a oferta, mesmo tendo que passar por aquele palhaço ridículo. Austin compra os ingressos e nós entramos, papai e mamãe sentam juntos e eu sento em outro carrinho com ele.
O carrinho começa a se locomover e é possível escutar gritos, logo uma mulher toda ensangüentada sai de uma porta lá na frente, o carrinho pega velocidade e parece que vamos atropelar a mulher, mas alguns metros antes de batermos com tudo na mulher o carrinho desvia, continuamos o caminho escutando mais alguns gritos e de repente entramos em um quarto e tem uma garota na cama, ela parecia estar possuída, me aproximo mais de Austin, ele ri notando meu medo. A garota começa a falar algumas coisas indecifráveis e a tentar subir pelas paredes, o carrinho da um arranco e sai dali, entramos direto em um local que parecia um circo, lá era possível ver vários palhaços assassinos torturando bonecos, que pareciam vítimas reais, logo eles notam nossa presença e começam correr atrás da gente. O carrinho vai diminuindo a velocidade e eles se aproximam, começo a me desesperar e Austin me abraça para tentar me acalmar. Merda! Pra que eu fui aceitar essa ideia?
Quando eles estavam prestes a nos tocar outro arranco é dado e o carrinho aumenta a velocidade, entramos em outra sala e nela tinha tipo que um cemitério, estava tudo calmo que eu até estranhei, do nada começam a sair zumbis dos túmulos. Já chega! Se eu quisesse presenciar essa parte eu teria feito audições para The walking dead.
O carrinho continua até certa parte e para bem na hora que quase batemos em uma parede, como assim os trilhos acabam aqui? Os zumbis se aproximam e nada de trilhos pela frente. Pra que eu fui escolher ser atriz? Agora definitivamente minha vida está virando um filme de terror!
Quando os zumbis chegam bem perto a parede cai dando continuidade aos trilhos pela frente, muito obrigada, Deus! Entramos em mais uma sala e nela estavam fotos de um cara deformado e um porco estripado pendurado, que nojo! Do nada aparece um cara de preto com a mascara do Brandon James, por favor, que seja o gostoso do Kieran. Os carrinho acelera e finalmente eu vejo uma luz, a famosa luz no fim do túnel. Finalmente! Não agüentava mais aquela tortura.
Saio rapidamente do brinquedo e vou pegar um ar, ainda podia ouvir a voz irritante dos palhaços assassinos na minha mente. Mamãe e papai saem logo em seguida.
-Eu juro que nunca mais piso em um brinquedo desses. –papai diz ainda tentando se recuperar.
Olho para a entrada e vejo o palhaço dar um sorriso maligno para mim, droga! Ele realmente deu um sorriso ou minha fobia está me deixando paranóica?
-Por que palhaços existem? Eles são tão desnecessários! –digo saindo de perto dali.
-Vocês são muito medrosos! –Austin diz ainda rindo da situação.
-Diz isso agora, mas eu sei que você se cagou lá dentro. –digo rindo.
-Que tal irmos naquele agora? –ele aponta para o labirinto.
-Parece legal, vamos!
-Vão vocês, pra mim e pro seu pai já deu por hoje. –minha mãe diz se sentando no banquinho que tinha ali do lado.
Fomos até o brinquedo e aguardamos na fila, compramos o ingresso e entramos, o primeiro passo era ter que passar por dentro da roda giratória, o que foi moleza. Depois tínhamos que passar por um corredor todo escuro e no chão tinha alguns discos que giravam rapidamente, o que foi causador de vários tombos nossos, pois não enxergávamos nada. Passamos pelo corredor e tinha uma salinha pequena com luzes coloridas que causavam a ilusão de que estávamos virando de cabeça pra baixo, depois de passar por ali tínhamos que subir escalando uma parede, não demoramos muito e conseguimos, lá em cima tinha um painel com uma seqüência de números e tínhamos que descobrir a ordem certa para desativarmos a porta da escada para o ultimo obstáculo. Ficamos enrolados ali uns quinze minutos e finalmente conseguimos descobrir, a porta se abriu e descemos a escada, lá embaixo tinha uma piscina lotada de bolinhas e tínhamos que achar alguns objetos que estavam escondidos ali, eu encontrei rápido, já Austin demorou um pouco. Entregamos e por fim tínhamos terminado, na saída havia dois rolos que não paravam de girar e tinhamos que passar dentro dele, até que não foi tão difícil.
-Finalmente! Acho que já podemos ir embora, né? –papai diz enquanto se levanta do banco.
Nós concordamos e saímos dali, já passava de sete da noite e decidimos ir a nossa pizzaria favorita, comemos e fomos embora. Não iria sair nem nada, afinal eu tenho que arrumar minhas coisas, pois meu vôo de volta é amanhã às nove horas.
[...] [...] [...]
-Mãe, a senhora já me falou isso umas quinhentas vezes hoje, não é como se eu estivesse indo viajar, eu estou voltando pra minha casa. –digo rindo de toda preocupação dela.
Vou pra abraçar ela e meu pai, eu simplesmente odeio despedidas, pelo fato de sempre haver lágrimas.
-Se cuida, meu amor. –papai deposita um beijo em minha testa.
Austin termina de se despedir deles e nós pegamos um táxi para o aeroporto, não demorou muito e eu avisto Selena e Jade me esperando para se despedirem, oh céus, como irei sentir falta dessas duas! Abraço elas e caímos no choro, toda vez é assim, eu deveria estar acostumada.
-Tem uma pessoa que quer te ver. –Selena diz limpando as lágrimas. Mando Austin ir fazer o check in enquanto vou ver quem é a pessoa misteriosa.
-Justin? –digo surpresa quando vejo ele se levantar. –O que você tá fazendo aqui?
-Er... Acho que isso é uma despedida. Eu só queria dizer boa viagem e... –ele começa a dizer, mas eu o interrompo com um abraço. Ele fica surpreso, mas retribui. Escuto Austin me chamar e me apresso.
-Até qualquer dia Justin, se cuida! –digo me afastando dali, dou um adeus para eles e vou correndo fazer o meu check in.
Termino de fazer e entro no avião, pego fone de ouvido e meu celular e coloco uma música para passar o tempo.
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