– Le- Lety? – Perguntei com olhos marejados.
– Sim irmã, sou eu. – falou ela com a voz embargada.
Corri e a abracei, tanto tempo sem vê-la, com toda essa minha loucura. Sequestrei uma amiga dela, a tal Luiza e vendi para o Guilherme uma tal de Let... Espera eu vendi a minha irmã para um estranho!
A abracei mais forte e chorei mais, não acredito que fiz isso, nunca mais vou me perdoar por isso.
A olhei novamente, o que eu falaria? Estava com uma forte vergonha de mim. – Lety, me desculpa, me desculpa pela sua amiga, me desculpa por ter te vendido, me desculpa... – não consegui terminar por conta das várias lágrimas que escorreram no meu rosto. Senti mais um abraço, agora mais carinhoso.
– Se acalme, eu sei que você não fez por mal, só guardou o seu ódio e usufruiu dele.
Respirei fundo e tentei me acalmar, dei um sorriso fraco.
– Agora vamos. – falou o homem ao lado da Lety.
Todos saíram daquela cabana e foram para os carros. Tive uma ideia.
– Lety.
– Sim irmã?
– Posso levá-los a um lugar?
O homem e ela se entreolharam.
– Pra onde? – perguntou o homem.
– Perdão, mas quem é você?
– Ele é o meu marido.
A olhei surpresa. – Meus parabéns.
– Obrigada. – Ela sorriu.
– Olha senhor...
– Só Fernando, por favor.
– Olha Fernando, vou te contar, mas é uma surpresa pra ela.
– A não irmã conta. – ri com sua vozinha de criança.
– Na na ni na não. – falei baixo para o tal Fernando a minha surpresa e ele logo concordou.
Assim que chegamos, sorri. Saí do carro junto a Lety e Fernando. Bati na porta da casa, que logo foi atendida por ninguém mais ninguém menos que Julieta Solís.
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