Depois de tantas descobertas, felizes ou não, resolvi ir para casa. Fernando na hora concordou já que tantas emoções podem ter prejudicado o bebê e tinha que descansar. Dei um abraço apertado em Marceli.
– Você não sabe a alegria que tive por ter te encontrado. – sussurrou em meu ouvido e olhou para mim. – Me desculpe de verdade pelo mal que causei a você, você não merecia. – uma lágrima caiu em seu rosto. Sorri e a tirei com o dedo.
– Você não sabia o que estava fazendo, eu sei mais do que ninguém como o passado pode ser doloroso. Eu já te perdoei a muito tempo, mas só te peço uma coisa.
– O que?
– Que não se prenda mais ao passado, poxa! Você é tão bonita e tenho certeza que é muito inteligente, você merece ser feliz e não vai conseguir se vingando dos outros ou ficando ressentida. A vida continua e está na hora de mudá-la para melhor. Você promete que vai mudá-la para melhor?
– Eu vou tentar.
– Quero que tenha certeza! Não quero ver irmã minha na cadeia por besteira.
Suspirou. – Tudo bem, você me convenceu. Eu, Marceli Padilha, irei mudar a minha vida para melhor começando com um grande abraço na minha irmãzinha que sempre se preocupa comigo. – Ri a abraçando.
Após o abraço fui ver mamãe que estava embalando o bolo que havia feito para eu e Fernando levarmos.
– Desculpe por não ficar, mamãe. – Falei com pesar.
– Tudo bem minha filha, eu sei que hoje foi um dia cheio e você tem que descansar.
Foi aí que me lembrei de um detalhe muito importante e que ela e Marceli não sabiam, uma dor tremenda tomou conta do meu ventre, quando ia abrir a boca para falar Marceli apareceu junto ao meu Nando. Perfeito.
– Nando nós estamos esquecendo de uma coisa.
– O que meu amor?
– É que eu estou sentindo uma dor bem aqui. – apontei. – está doendo mui... – um líquido descia entre minhas pernas e senti uma dor ainda maior, me fazendo gemer de dor.
– O bebê está nascendo! – gritou Fernando.
– Bebê?! – mamãe e Marceli também gritaram.
– Sim, mamãe você será vovó e Marceli será ti... Ai!
Mamãe e Marceli sorriram emocionadas, mas logo voltaram a realidade.
– Lety, não se esforce, eu vou com você pro hospital e... Dona Julieta ligue para esse número, pergunte por Aryana e fale pra ela para pegar a bolsa porque o bebê já está nascendo, ela saberá do que estou falando. – falou anotando rapidamente o número e me levando em seus braços, a dor já se tornava insuportável.
Nando me colocou no banco da frente e, apesar de ter que dirigir, segurava a minha mão, me deixando mais tranquila, apesar de ter uma dor imensa.
– Aguenta firme, já estamos chegando. – beijou minha mão antes de voltar a atenção ao trânsito.
Logo chegamos ao hospital e Fernando saiu como um louco comigo nos braços a procura do médico, eu riria se não estivesse com tanta dor.
– Um médico, alguém!
– Acalme-se senhor. Em quê posso ajudar?
– A minha mulher está tendo o meu filho.
– Você marcou com algum médico nosso? Ela acompanhou algum?
– Não, viajamos muito na nossa lua de mel e tivemos que consultá-la em outros médicos...
– Lamento senhor, mas não temos um médico disponível, se o senhor puder aguardar, tentarei conseguir u...
– Que tipo de hospital é esse?!
– A-acalme-se senhor.
– Me acalmar? Me acalmar?! A minha mulher está tendo um filho e você me pede para me acalmar?!
– Senhor...
– Lucinda eu... Fernando?
– Você?
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