História Confusões do futuro - As vizinhas

     Acordei com Nando me beijando.
F- Bom dia dorminhoca.
L- Bom dia.
     Ele desceu para o meu ventre e o beijou.
F- Bom dia anjo do papai.
     Senti uma coisa estranha e logo identifiquei o que era, peguei a mão de Fernando e coloquei em meu ventre, ele começou a ficar emocionado e eu também.
L- Nosso anjo mexeu meu amor!
F- Sim.
     Disse ele com a voz embargada.
Ele abraçou minha barriga.
F- Ele me respondeu.
L- Sim.
      Após esse momento lindo fomos tomar café, Fernando teve que ir trabalhar hoje.
L- Por que não posso ir Nando?
     Fiz uma carinha de cachorro sem dono.
F- Mesmo ter gostado ser chamado de Nando e adorar essa sua carinha linda, você não pode ir, você está grávida, quero que nosso anjo nasça bem e saudável.
L- Está bem, vou arrumar o que fazer.
F- Tchau meu amor.
L- Tchau.
     Ele me deu um último beijo e saiu. Fiquei pensando em o que fazer, peguei meu celular pra ligar pra Carol, até que a campainha tocou.
L- Quem será?
     Abri a porta e dei de cara com uma mulher.
***- Oi! Você deve ser a nova vizinha.
L- Sim, me mudei ontem.
***- Que legal.
     A olhei sem entender por que estava ali.
***- Oh, aonde estão os meus modos? Meu nome é Luiza Goulart de Lima, mas pode me chamar de lu, sou a vizinha da frente.
L- Muito prazer, Letícia Padilha de Mendiola, mas pode me chamar de Lety.
Lu- Algumas amigas minhas querem te conhecer, se não for incomodo.
L- Não, nenhum.
     Num passe de mágica, duas outras mulheres apareceram.
***- Desculpe não termos nos apresentado com a lu.
     Disse uma.
L- Sem problemas.
***- Meu nome é Juliana Pezzim Meneses de Freitas, mas pode me chamar de Ju.
L- Muito prazer.
     Olhei pra outra mulher e ela olhou pra mim meio envergonhada.
***- De... Desculpe não dizer nada, sou muito tímida. Meu nome é Aryana Estevão, mas pode me chamar de Ary.
L- Muito prazer Ary.
Ary- O prazer é todo meu Lety.
     Sorri, elas pareciam legais.
Lu- Trouxemos presentes de boas vindas.
     Olhei para os embrulhos.
L- Oh, onde estão os meus modos? Podem entrar, fiquem a vontade.
     Elas entraram olhando em volta.
Ju- Bela casa.
L- Obrigada.
    Chegamos na sala.
L- Sentem-se.
     Elas se sentaram, sorrindo.
L- Querem alguma coisa?
Ju- Não, obrigada.
Lu- Aqui estão os presentes.
    Ela os entregou. Abri o primeiro, era um vestido.
Lu- Esse é o meu.
L- Não sei se posso aceitar.
Lu- Aceite o presente, que é além de uma vizinha, uma amiga.
L- Obrigada.
    Sorri agradecida. Abri outro e dessa vez quase chorei de emoção, era uma roupa neutra de bebê.
Ju- Esse é o meu.
L- Como sabia que eu estava grávida?
Ju- Tenho os meus contatos.
     A olhei confusa.
Lu- Digamos que ela é meio fofoqueira.
Ary- Meio? Pode botar muito!
      Todas rimos, até Ju que não se incomodava nem um pouco. Ary começou a se soltar. Peguei o último embrulho. Nele estava um livro.
Ary- Esse é o meu.
L- Obrigada, pelo menos é algo pra passar o tempo nessa longa e chata gravidez.
Ary- Você não sabe o quanto eu adoro esse livro.
L- Gosta tanto assim?
Ary- Oh sim, o que tem haver com leitura eu amo!
Lu- Vai por mim, se você der um livro pra ela, ela chora.
    Todas riram, Ary estava bem mais extrovertida e engraçada. Passamos a tarde numa conversa agradável entre amigas.