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História Connect: Holly on! - This is called "hug".


Escrita por: Hahaguren

Notas do Autor


Saí correndo.

Capítulo 4 - This is called "hug".


Fanfic / Fanfiction Connect: Holly on! - This is called "hug".

 Arregalei meus olhos e fiquei parado por um tempo, será que estou ouvindo coisas?! A empurrei de leve para a cama, finalmente podendo a encarar com minha expressão claramente confusa. Imediatamente Holly levara ambas as mãos para a boca, virando o rosto para a direção oposta a mim, levantei-me e coloquei minha mão em seu ombro, pegando em seu queixo com a outra mão e fazendo-a olhar para mim novamente.

— Eu não estou louco, não é? — ela desviara o olhar — Holly.

— Desculpe... — novamente sussurrou, tirei minhas mãos dela e voltei a me sentar na cadeira atordoado — Fiz uma promessa de silêncio para realizar meu sonho de entrar no Mundial de League of Legends. Mas, acabei de falhar.

— Você... Pode explicar? — a loira assentiu com a cabeça, olhando para suas mãos enquanto brincava com o lençol.

— Meus pais sempre quiseram que eu seguisse os passos da família, mas eu nunca me interessei por música clássica. Eles nunca acreditaram em mim, sempre me criticaram por jogar tanto ao invés de ensaiar no piano. — ela suspirou, logo continuando a falar com sua voz baixa e calma — Então, resolvi fazer o juramento de silêncio, e agora, por ser tão gentil comigo, acabei quebrando a promessa.

— Nossa..! Eu nem imaginava isso vindo de você. Sinto muito por atrapalhar, Holly... — eu tentava absorver cada coisa que ela falara, organizando os pensamentos — Seus pais... O que acharam da promessa?

— Estúpido. Birra. Coisa de adolescente. Disseram que logo passaria. — pude ver uma gota pingar no lençol, estava chorando.

— Que horríveis! Detonaram seu sonho...

— Estou com medo. — Holly fungou, passando as costas de sua mão na bochecha corada — Agora que a promessa falhou, será melhor desistir.

— Não! — a loira assustou-se com meu tom que saíra mais alto que o normal — Não mesmo! Você não pode desistir de seu sonho assim, Holly!

— E o que eu faço, Armin? — seus olhos avermelhados finalmente se encontraram com os meus, pude ver suas bochechas e nariz vermelhos, levantei-me e coloquei as mãos em seus ombros.

— Treine comigo.

— O... Quê?

— Treine comigo, te ajudarei a chegar no mundial. Me diga, qual posição você joga?

— E-eu... — ela parecia confusa, desviou o olhar — Adc...

— Ótimo, então serei seu suporte. — Holly parecia pensar sobre o assunto, ela fungou e enxugou o rosto, parecia ter um ar mais sério neste momento.

— Qual o seu elo?

— Diamante V. — desta vez, ela imitara meu gesto, colocando suas mãos em meus ombros.

— Teremos muito trabalho pela frente. — de repente, ela pendeu a cabeça levemente para o lado, dando um sorriso sem mostrar os dentes, e ali está a Holly fofa que conheço, sorri de volta.

— Ah, melhor você continuar a ficar sem falar com os outros. Não acho que eles entenderiam como você pensa, assim como eu. Faça de conta que a promessa ainda está em pé. E não se preocupe, não terá mais bullying enquanto eu estiver por perto! — levantei meu punho fechado para o alto, ouvi seu riso baixo e ela levou as mãos à boca para contê-lo — Pode rir, não vou ficar bravo.

— Certo, falarei apenas contigo. Obrigada. — ela ergueu os braços para cima, a encarei confuso — Quero fazer aquilo que fez comigo hoje depois do que houve com a Ambre.

— Do que está falan... — vasculhei minha memória repassando a cena na minha cabeça, travei quando caiu a ficha de que Holly estava falando do abraço, senti minhas bochechas esquentarem — C-como assim?!

— Já vi algumas vezes as pessoas fazerem isso quando estão felizes, mas não sei como funciona.

— Nunca abraçou ninguém?! — ela negara com a cabeça, confusa.

— ... Deveria?

— Nem seus pais?!

 A vi negar com a cabeça. Senti uma pontada estranha no peito, como os pais de uma pessoa podem sequer ter dado um abraço na mesma?! Pessoas assim existem mesmo?! Quero muito poder socá-los neste momento! A observei, fui reparando em cada detalhe, desde seus braços ainda erguidos, aos cabelos lisos parcialmente secos, seu rosto infantil, seu tamanho menor que o habitual, até em como o uniforme de educação física ficava enorme nela. Céus, como alguém tem coragem de não fazer demonstrações de afeto em uma garota tão fofa?!

— Levante-se, por favor. — ela finalmente abaixara os braços e fizera o que pedi.

— Meus dedos estavam começando a passar formiguinhas. — Holly os mexera de maneira divertida.

 Assim que a loira ficara de frente para mim, pude notar a nossa diferença de altura, ela parecia tão indefesa, tão alheia de toda maldade existente em volta dela, principalmente nesta escola. Como Holly viera parar aqui? Há tantas coisas que ainda não sei sobre esta garota... Estou muito curioso para descobrir. Ergui meus braços, colocando minhas mãos em seus ombros, a puxando gentilmente para fechar a distância entre nós. Peguei em seus pulsos e os coloquei atrás de minhas costas, logo passando meus braços por cima de seus ombros, a apertando contra mim.

— Isso, Holly, se chama abraço. — apoiei meu queixo em sua cabeça, sentindo pela primeira vez o cheiro gostoso que emanava de seus cabelos, ela, por sua vez, virou a cabeça e se ajeitou melhor, me apertando contra si.

— Armin, — ela sussurrava, deu um sorriso — eu posso ouvir o seu coração!

— É mesmo? — dei uma risada sem graça, espero que não note sua inquietação.

 Após alguns segundos, ou minutos, preparei-me para soltá-la, para assim impedir essas batidas rápidas que insistem em não se normalizarem, mas a mesma me apertou com um pouco mais de força, me impedindo de sair.

— Não precisa tentar sair deste momento fofo só porque chegamos, Armin. — lancei meu olhar assustado para a porta, Holly me soltara fazendo um aceno com a mão para meu petulante irmão que não tirava o sorriso travesso do rosto.

— Eles crescem tão rápido! — Rosalya fingia secar lágrimas falsas.

— E-eu só estava... Tirando uma coisa que estava no cabelo dela! — eu tentei argumentar, obviamente em vão.

— Me engana que eu gosto. — tire este sorriso do rosto, Alexy!

 Holly mostrara a mão para Rosalya, pude ver uma caneta em sua mão abaixada. A platinada lera algo na mão e logo sorrira maliciosamente para mim, a Holly é tão inocente a ponto de não entender estes risos idiotas deles, sortuda.

— Então tirar algo do cabelo se chama "abraço", Armin? — ela fizera questão de fazer aspas com as mãos e depois mostrar a mão de Holly para mim, onde estava a palavra "abraço".

— Tsc, já que estão aqui, as aulas acabaram, certo?! — suspirei, derrotado — Vamos para casa.

 

*

 

 Saímos juntos da enfermaria, Alexy e Rosalya conversavam algo entre eles, olhei de soslaio para Holly e a mesma me encarava, ao notar meu olhar, ela dera um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, retribuí com um sorriso amarelo. Trocamos nossos números de celular com Holly e nos oferecemos para levar a pequena loira até sua casa, mas descobrimos que um carro chique com motorista particular a busca no colégio todos os dias. O quão rica é sua família? Nos despedimos com acenos, Rosalya com alguns beijos sendo jogados no ar, o que fez Holly arquear uma sobrancelha curiosa antes do carro partir. Antes de eu poder andar, lá estavam os sorrisos sacanas de Alexy e Rosalya sendo direcionados para mim.

— Gente, vocês são muito sem noção. Tenho sorte que ela não nota essas coisas, senão morreria de constrangimento. — coloquei a mão na testa, eles riram e começamos a andar.

— Então nos explique o por que de estarem abraçados. — Alexy cruzara os braços, arqueando uma sobrancelha.

— É, porque aquilo não parecia ser sem significado pra mim. E a fofinha estava sorrindo! Isto é raro! — a platinada se exaltara um tanto eufórica.

— Resumirei: Holly é filha de dois ricos filhos da puta que só ligam para dinheiro. A garota nem sabia o que era abraço! Se referiu a isso como "Já vi as pessoas fazerem isso quando estão felizes", vê se pode! — eu dizia fazendo gestos no ar, com a voz alterada.

— Você não pode estar falando sério. — ele semicerrou os olhos, me encarando.

— Claro que não está, Alexy! Ele só quer arranjar uma desculpa, e esta é bem esfarrapada, Armin...

— Argh, pensem o que quiserem, esta é a verdade! — baguncei os cabelos tentando espantar o nervosismo — Fiquei com tanta pena dela, como alguém não abraça a própria filha?!

— Que horrível... — meu irmão pareceu entender que eu não estava inventando, Rosalya também, pois tomou uma expressão triste.

— B-bem, eu... Vou por aqui. — ela apontara para uma rua que provavelmente dava na casa de Lysandre.

— Até amanhã. — eu e Alexy dissemos em uníssono e continuamos o caminho para casa totalmente em silêncio.

 

*

 

Chegando em casa, passei reto por todos e fui direto para meu quarto, fechando a porta atrás de mim, em seguida, larguei a mochila na cama, tirei meu celular e o psp dos bolsos, colocando-os juntos à mochila. Descalcei os tênis e me encarei no espelho, observando o quão patético eu era por paralisar ao invés de defender uma garota. Balancei a cabeça negativamente tentando espantar pensamentos ruins e retirei a camisa, dirigindo-me ao banheiro, terminando de me despir e adentrando no box, logo ligando o chuveiro na temperatura alta e me enfiando embaixo, provavelmente ficaria com o corpo vermelho depois. Após me vestir e sentar na cama, escutei algumas leves batidas na porta.

— Entre. — a porta abriu-se aos poucos, revelando a cabeleira azul inconfundível.

— Sei que quer jogar, mas quero saber tudo o que ela te contou. Sabe que também me preocupo com Holly.

— Sente-se, vou lhe contar tudo o que sei.

 Deixei Alexy a par de tudo, com exceção do nosso segredo sobre ela falar. Ele ficou chocado ao saber que Holly não tinha ninguém para lhe dar atenção e até ligou esta informação a quando ele a ergueu do chão e a mesma achou divertido.


Notas Finais


Corri ~


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