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História Connected: BTS Fanfic - Irmãos Kim


Escrita por: marolafics

Notas do Autor


Oi, oi pessoas! Como estão? Espero que bem ^^
Antes de mais nada, queria dizer que fizemos umas mudanças na dinâmica de postagem, mas para não me estender demais aqui, deixarei tudo explicadinho nas notas finais.
Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 13 - Irmãos Kim


NAMI P.O.V.

 

— Eu realmente acho que você deveria ter comprado um apartamento novo ao invés de um carro, Joonie. Na nossa humilde habitação não cabe nem mais uma agulha — joguei-me toda espalhafatosa sobre o banco da novíssima Mercedes de Namjoon, enquanto o escutava bufar e resmungar a cada mexida brusca que eu fazia sobre o couro do estofado (e fazia propositalmente, só pra vê-lo ficar todo nervosinho, com medo de danificar o carro recém-comprado). — Eu aqui, economizando dinheiro pro almoço. Sinto-me até mal. Custou uma fortuna, não foi?

Coloquei meus pés encima do porta-luvas, só para irritá-lo um pouco mais. Ele não demorou até me empurrar, limpando com uma flanela onde meus sapatos estavam.

— Cuidado com a minha garota — reprimi ao impulso de gargalhar quando ele se referiu ao carro como ‘’minha garota’’. Talvez Namjoon precisasse urgentemente de uma namorada. — E sim, ela custou uma fortuna, então tente, ao máximo, não danificar nada. Nem paguei a terceira parcela ainda.

Nam girou a chave na ignição e começou a conduzir. Em questão de segundos, os prédios e postes de Seoul se resumiram a rápidos feixes luminosos e paisagens borradas.

— Você que é o destruidor aqui – retruquei. — Essa sua cara de nerd responsável não me engana. Aprendi a minha lição depois que você quebrou a porta da geladeira e esqueceu de me avisar. Quebrei o dedão e ainda quem levou bronca da mamãe foi eu.

Namjoon riu, sem tirar os olhos da estrada. Tirou uma das mãos do volante e bagunçou meu cabelo. Não o impedi, mas fiz uma carranca indignada.

— Pare de rir! Eu deveria fazer um depoimento pra mostrar pras suas fãs quem é você de verdade.

— Tudo bem, talvez eu esteja te devendo um pedido desculpas – seu tom era brincalhão.

— Te perdoo se me comprar um carro — tentei.

— Você não precisa de um carro.

— Por favor — pedi. — Não precisa ser uma Mercedes. Qualquer coisa tá bom. Pode ser uma moto.

— Nami, você vai se matar se for andar de moto.

— Claro que não, eu posso aprender.

— Via de regra, se você não consegue se equilibrar em uma bicicleta, pilotar uma moto está fora de questão. E pra quê quer um carro?

— Pra não ter que pegar o metrô. Eu sempre me atraso pra chegar aos lugares. E a mamãe parece ter um radar pra essas coisas, porque sempre me liga quando eu estou correndo contra o tempo. Não aguento mais levar sermão.

Ele cerrou os olhos, ainda sem tirar o olhar da estrada.

— Pensarei no seu caso. Aliás, você tem falado com a mamãe ultimamente?

Namjoon diminuiu a velocidade quando percebeu que nós estávamos nos aproximando de um engarrafamento. Que maravilha, eu realmente amava o trânsito de Seoul. Com esse congestionamento, levaríamos, no mínimo, uma hora para chegar em casa. Namjoon, no entanto, não pareceu compartilhar da mesma irritação que a minha; ele apoiou a cabeça na janela e batucou os dedos no volante de acordo com a melodia da música que tocava. Paciência era uma — entre tantas — das suas virtudes que eu não havia herdado.

Encolhi-me no banco e cruzei os braços. Aquele era um claro sinal da minha resposta.

— Não. Acho que a ultima vez em que realmente tive uma conversa com os dois foi no dia das mães. Ah, minto. Liguei pra casa na semana retrasada. Mas você sabe, ela começou com aquele papo de “Ah, vocês falam tão pouco comigo que eu até esqueço que tenho filhos”. Ela está fazendo drama, de novo, mas eu nem me preocupo mais com isso. Conhecendo-a como eu conheço, sei ela vai esquecer essa besteira quando nos vir da próxima vez.

Namjoon riu e avançou um pouco mais com o carro. Para a minha felicidade, o tráfico não estava tão caótico como o de costume e o trânsito estava fluindo numa agilidade que excedia a minhas expectativas.

— Tenta entender, ela ainda está chateada. Você acha que é fácil criar dois filhos durante quase dezoito anos e vê-los saírem de casa, de uma hora para outra, pra seguir uma carreira arriscada na capital? Eu estaria pior, se fosse ela. Só não me preocupo tanto com o papai porque ele já sabia que, cedo ou tarde, nós iríamos querer andar com os próprios pés. A parte boa é que ele nem leva isso tão a sério. Poderíamos passar uma década o ver, mas, quando o encontrarmos novamente, ele vai agir como se tivesse falado com a gente no dia anterior.

— A mamãe deveria ser assim — insisti, sabendo que soava infantil.

— Se fosse, não seria a nossa mãe. Falando sério, Nami, nós deveríamos ir vê-los. Passar tanto tempo longe da família não é bom. Mas eu não quero passar só um dia com eles, como fizemos no dia das mães. Eu vou dar um jeito de fazer a gente passar, no mínimo, uma semana. Essas viagens no mesmo dia só nos deixam cansados e não conseguimos aproveitar quase nada.

Fiz uma careta.

— Tá, mas não dá pra ser esse mês. E talvez no mês que vem eu esteja ainda mais ocupada. Mas acho que-

— Nami, a empresa pode esperar. É da família de que estamos falando.

Desviei o olhar para a janela e, desconfortavelmente, respondi um simples hum. Não que eu não quisesse ver meus pais, eu realmente sentia muita falta deles. Mas não havia como eu passar uma semana fora. Não nesse aperto que eu estava, às beiras da audição para o dorama e ainda incomodada com a proposta que Suga me fizera. Eu não sabia se era verdade, se deveria ou não aceitar — ou ao menos confiar. Uma hora ele todo estava todo irritadiço, à beira de um ataque de nervos, e na outra, ele estava todo cortês, falando manso e oferecendo algo que eu sempre quis desde que pus meus pés na YG. É bom demais pra ser verdade.

Decidi afastar essa proposta da minha cabeça e voltar a minha atenção para Namjoon. Não valia a pena perder tempo pensando nela agora. Teria a noite inteira para isso.

— Acho que uma semana é muito tempo, Nam.

— Para ficar com as pessoas que você só vê três vezes por ano? Claro que não. Se você está preocupada com a reação da YG, eu já disse: Vou dar um jeito. Quando estivermos com eles, a nossa única preocupação vai ser mostrar que estamos comendo direito e tirando notas boas. Se bem que... Só você vai ter que se preocupar com as notas boas. Eu já terminei meu curso na universidade, então, adeus provas!

Ah, mais outro assunto delicado. A universidade.

Estremeci só de me lembrar das últimas notas que havia tirado. Elas se organizavam em uma perfeita sequência de cinco. Cinco em Citologia, cinco em Anatomia e cinco em Informática (eu tinha conseguido oito em Inglês pelo menos, mas era uma conquista praticamente irrelevante no meio tantas derrotas). Sem falar que, para mim, cinco nem pode ser considerado nota baixa. Significa que eu domino 50% da matéria e que eu sei de alguma coisa, o que é melhor que não saber de nada, mas acho que minha mãe e Namjoon não se deixariam convencer por esse argumento.

Me encolhi e fixei o olhar no assoalho do carro como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Porém, como era uma pessoa sobrenaturalmente atenta a detalhes, Namjoon não deixou de perceber a minha mudança repentina de comportamento.

— Só uma curiosidade, Nami: você está indo bem na universidade, não está?

Mordi o lábio em antecipação, já esperando por uma bronca.

— Ahn... Depende do que ir bem, na sua concepção, possa significar...

Não precisei dizer mais nada. Aquilo já significava Estou indo muito mal e Namjoon percebeu isso. Ele virou o olhar para mim, levantando uma sobrancelha. Ótimo.

— Ah, não sei. Talvez “ir bem” signifique “qualquer coisa que não te faça reprovar ou faça a nossa mãe querer te matar”.

Pigarreei, abanando a mão no ar.

— Relaxa, eu ainda não vou ser expulsa.

— Ainda?! Suas notas estão tão baixas assim?

— Não — menti, e ele provavelmente leu a mentira por trás das minhas palavras -, sério, não precisa pensar nisso, eu tenho tudo sob-

— Por que então você seria expulsa? Não está indo pras aulas?

Abri a boca para responder, e droga. Guiara a conversa justamente para o tema que estava tentando evitar.

— Bem, você sabe como é a empresa, sempre surgindo novos compromissos e acaba ficando difícil de conciliar a-

— Puta merda, Nami! Por que você não me disse nada antes? Quantas aulas você faltou?

Deveria ter uma placa na minha cara dizendo: Estou mentido pra você, Joonie. Por favor, não me mate!, pois ele apenas arqueou a sobrancelha, exasperado.

— Hm, é... um mês...?

Murmurei, envergonhada. Por um momento, cogitei abrir a porta e sair correndo pelas ruas congestionadas de Seoul, antes que ele mesmo me jogasse pra fora do carro. Certo, eu estava exagerando, Namjoon não faria isso comigo — embora suspeitasse que essa realmente fosse a sua vontade, já que ele estava pagando por uma mensalidade muito cara e eu sequer estava comparecendo às aulas. Escola e universidade sempre foram assuntos sérios pra ele, mas nunca foram tão importantes pra mim. Matriculei-me no curso de Biologia porque era a única área que eu não detestava e porque Namjoon e minha mãe insistiram que eu fizesse alguma coisa, academicamente, depois do ensino médio.

E eu sabia que a reação da minha mãe — se o meu irmão decidisse contar para ela — seria muito pior do que a de Namjoon.

— Algumas aulas?! — ele me encarou incrédulo. — Um mês letivo inteiro só significa algumas aulas pra você?

— Se você considerar que eu só tenho aula durante três dias da semana, sim.

Talvez eu devesse calar a boca e admitir que Namjoon tinha razão. Discutir só estava fazendo com que as coisas piorassem.

— São doze aulas, Nami! Onde você está com a cabeça?! É muita coisa! O que vai fazer se não se formar? Nós combinamos que este seria o seu plano B, se música não desse certo, e-

— Vão dar certo. Eu sei que vão.

Tentei fazer com que a minha voz soasse determinada, mas ela saiu falhada e insegura, como se, além de tentar convencer Namjoon, estivesse tentando convencer a mim mesma.

Mas é claro, Namjoon sempre fora a primeira e única pessoa a me apoiar a seguir aquela carreira.

Eu poderia suportar que qualquer pessoa do mundo risse de mim, me chamasse de fracassada e esfregasse na minha cara que os meus sonhos não dariam certo.

Qualquer pessoa, exceto Namjoon. Ele não tinha o direito de duvidar da minha capacidade. Ele havia me incentivado a fazer a audição na YG, a seguir a carreira que eu sempre quis, a não desistir mesmo que o mundo inteiro estivesse contra mim. Eu não poderia aceitar de forma alguma que ele, justo ele, dissesse que tudo o que me incentivara a fazer não daria certo.

E é claro que ele percebeu.

— Não foi isso o que eu quis dizer, Nami-ah. Não estou dizendo que não vai dar certo, porque você tem o talento. Disso eu tenho certeza. Mas só quero que saiba que o futuro não é algo que se possa prever, e que outras coisas poderiam acontecer e...

— Eu já entendi. Não precisa explicar.

A minha voz soou muito mais grosseira do que eu gostaria, e Namjoon não respondeu de imediato. Ele pareceu surpreso e também um pouco magoado com a dureza da minha fala. Nós sempre implicávamos um com o outro, mas geralmente não acontecia nada sério (apenas brincadeiras para quebrar a tensão e não deixar que a rotina pesada e estressante da YG atrapalhasse a nossa relação de irmãos e nos transformasse em estranhos).

Mas foi isso o que nós tornamos durante aqueles dois minutos. Estranhos.

— Hey, Nami... Eu não quis ser rude com você, eu só... Não encontrei as palavras certas para me expressar. Não fique magoada, por favor. Pode perdoar o seu irmão?

Namjoon me olhava como se tentasse ler a minha expressão emburrada e infantil, mas não retribuí o olhar. Apenas abracei meus joelhos e fiz lentamente um sinal de sim com a cabeça.

Ficamos daquele jeito até alguns instantes, num silêncio desconfortável, com medo de falar de alguma coisa e acabar cutucando mais uma ferida. Mas Namjoon logo se irritou com a quietude e tentar puxar assunto.

— Eu não descobri nada sobre o Suga.

— Perdão?

— Não disse que iria tentar descobrir porque o chamaram para ser o seu sunbae? Eu saí bisbilhotando alguns documentos, interrogando alguns funcionários, mas mesmo assim não encontrei nada – falou, pensativo. – Aliás, sim, eu encontrei alguma coisa. É uma relação sobre as pessoas que estão empregadas na YG e, segundo ela, Suga tirou a semana passada de folga e não havia motivo nenhum para estar lá. Ele mesmo assinou. Mas fora isso, não tem nada oficial sobre ser o seu sunbae.

Ok, isso era estranho. Fiquei tentada a perguntar se Suga poderia ser uma espécie de produtor e se ele poderia escolher trainees para debutar, mas talvez eu deixasse escapar algo sobre a proposta que ele me fizera e Namjoon terminasse descobrindo todo o resto.

— Ah, não esquente a cabeça com isso. Nós nos falamos por tipo, cinco minutos, discutimos e fomos embora. Não acho que vamos nos encontrar novamente tão cedo.

Ele riu, achando cômico.

— Ótimo — bagunçou meu cabelo, qualquer mágoa anterior esquecida. — Talvez ele só estivesse procurando alguém para importunar. Mas não baixe a guarda perto daquele cara, Nami. Ele não é o tipo de pessoa em quem se pode confiar.

— Eu sei.

— Além disso, tenho mais uma coisa para te contar. Eu preciso sair amanhã de manhã. Tenho uma fansign em Incheon e vou ter que pegar a estrada bem cedo. Mas, antes de qualquer coisa, você vai ter que me prometer que vai para a universidade amanhã e que não vai mais faltar nenhuma aula.

— Não faltar nenhuma aula eu não prometo.

— Então prometa, pelo menos, que vai fazer o possível para não faltar tantas aulas como você vem fazendo. Reponha algumas se puder ou peça para que seus amigos repassem o assunto para você, Jaegun com certeza vai te ajudar. A YG não pode te impedir de ir para a universidade, o contrato diz que você precisa ter tempo para estudar. Mas, em compensação, se você não tiver um bom rendimento... Você sabe o que acontece.

— O contrato é cancelado.

A fila de carros foi ficando cada vez menor e a velocidade com que trafegávamos aumentou consideravelmente. Depois que saímos do engarrafamento, não demorou muito para que chegássemos ao condomínio. Nosso apartamento era pequeno, mas pelo menos era escondido e tinha uma garagem particular. Não faço nem ideia de como nunca viram RapMonster entrando ou saindo — provavelmente iria acontecer a qualquer momento, agora que ele comprara uma Mercedes um tanto chamativa.

Namjoon subira pelas escadas, para não dar de cara com nenhum morador, e eu entrei no elevador.

A conversa que tivera com ele realmente me assustara. Talvez Namjoon só tivesse falado aquilo da boca pra fora. Quero dizer, ele estava bravo por eu ter faltando tantas aulas. Mas... E se realmente estivesse falando sério? E se ele realmente pensasse que a minha carreira não daria certo?

Percebi que estava andando em círculos no meu quarto, o início de desespero aflorando no fundo da barriga. Deitei na cama e senti algo em meu bolso. Ah, claro. O maldito papel com o número do Suga. Tinha que aparecer num momento de fraqueza.

Lentamente, disquei o número e antes que pudesse desistir, do outro lado da linha, uma voz não demorou a atender:

— Alô?

— Min Yoongi? Sou eu, Nami — Não me preocupei tanto com o fato de estar sendo informal. Depois das discussões, das brigas e das ameaças que trocamos, formalidade era a última coisa com a qual iríamos nos preocupar.

— Ah, oi — sua voz ficou alguns tons mais suave do que o seu tenso alô. Perguntei-me se talvez eu tivesse ligado em um momento não muito conveniente. — Suspeito que você já tenha a resposta, já que está ligando. E então, o que vai ser?

— Eu aceito.

Era tudo rápido demais. Eu não estava sabia no que estava me metendo, mas não queria que até Namjoon duvidasse do meu potencial. Só queria debutar, com o sem o apoio da YG. iria mostrar pra quem quisesse ver que posso ser muito mais do que aquilo que me rotulam.

Suga ficou alguns segundos em silencio, mas logo respondeu.

— Foi mais simples do que eu imaginava. Muito bem, então. Passo na YG amanhã para falar com você sobre os detalhes.

— Amanhã eu não vou para a empresa. Preciso ir para a universidade. Podemos conversar depois de amanhã?

— De jeito nenhum. Isso precisa ser rápido. Não é fácil organizar um debut, você já deveria saber disso. — Fiz o que pude para ignorar o comentário inconveniente de Suga. Eu precisava ter um pouquinho mais de paciência com o cara que iria me financiar. — Eu passo na sua universidade. Onde você estuda?

— No mesmo lugar que você.

— Você estuda na Shinhwa? — Ele assobiou — Estou surpreso. Não esperava que estudasse em uma universidade de elite.

— Por que não? Eu tenho o direito de estar lá tanto quanto você.

— Não precisa mostrar as garras, valentona. Foi só um comentário trivial. Eu nunca te vi por lá antes.

— O departamento em que eu estudo é praticamente isolado do resto da universidade. Não me admira que nunca tenha me visto.

Ele riu do outro lado da linha. Sua risada pareceu enferrujada, como se ele não risse há muito tempo.

— Bom, parece que isso está prestes a mudar, já que nos veremos com mais frequência a partir de agora. Tente não ficar tão feliz por isso.

— Nossa... Mal posso me conter de tanta felicidade — revirei os olhos. — E então, onde te encontro?

— Vá para o departamento de música depois do meio-dia. Eu estarei lá.

— Tudo bem, então. — Não esperei que Suga dissesse tchau, até porque ele havia já desligado assim que terminei de falar.

Encarei meu celular, salvando aquele número como Azedo.

Sentia-me estranha. Não esperava que ele fosse me dar o número do seu telefone e muito menos que eu ligaria para ele. Quanto será que as sasaengs me pagariam pelo número do famoso Min Yoongi? Não duvidaria que algumas dessem a própria vida, se fosse necessário. Mas ele provavelmente saberia que fui eu quem espalhou o seu número por aí e isso resultaria em processos, escândalos, gente querendo me queimar viva em praça pública, etc. Por amor à minha pele e à minha carreira, decidi manter aquele contato em segredo.

Namjoon apareceu na porta do meu quarto pouco tempo depois. Ele arqueou uma das sobrancelhas ao me ver deitada na cama desperdiçando aquele tempo raro que tinha para dormir encarando o teto.

— Você ainda está acordada?

— Você sinceramente acha que eu durmo?

— Deveria. — Namjoon encostou-se na parede e suspirou silenciosamente.

Olhando mais cuidadosamente para o seu rosto, era possível ver que algumas olheiras estavam surgindo e que seus olhos estavam enevoados de cansaço. Namjoon poderia até estar rico, mas era inegável o quanto ele trabalhava para que isso acontecesse.

— Você tem carona para ir para a universidade? É um pouco longe para ir caminhando.

— Não se preocupe, eu ainda tenho dinheiro para pegar um metrô.

Namjoon permaneceu em um silêncio hesitante enquanto eu organizava os livros que levaria para a universidade no dia seguinte.

— Vou depositar dinheiro na sua conta assim que chegar em Incheon — ele percebeu quando revirei os olhos e logo tratou de me repreender. — Não recuse.

— Quantas vezes eu já disse que não quero que você me sustente? Eu posso andar com os meus próprios pés, Namjoon.

— Eu não estou impedindo que ande com os próprios pés, Nami. Só estou te ajudando. Você sabe o que o salário de um trainee é tão miserável que mal dá para comprar comida direito. Pare de achar que você precisa passar por todo o sofrimento do mundo para de se tornar uma idol. Ter ou não ter ajuda de alguém não te faz ser menos ou mais merecedora de sucesso do que os outros. Agora, chega de teimosia e vai dormir antes que a gente comece a brigar de novo.

Namjoon veio até mim e me deu um beijo na testa, antes de dizer Boa noite e sair, sem me dar a chance de replicar. Joguei-me na cama, sentindo o quão pesadas minhas pálpebras ficaram quando Nam desligou a luz do quarto. Por reles segundos, pensei em dormir um pouco, como ele havia me aconselhado; mas meus olhos recaíram sobre a pilha de livros e apostilas da universidade e lembrei-me que se quisesse passar naquele período, ou pelo menos não reprovar mais de uma vez nele, eu tinha que estudar.

Com um grunhido de frustração, levantei-me da cama e sentei-me na escrivaninha, ligando a pequena luminária de leitura. Veremos se, passando a noite estudando, eu conseguiria decorar conteúdo o suficiente para aumentar minha média para cinco e meio.


Notas Finais


E então, gostaram? Não esqueçam de comentar o que acharam do capítulo~~
Ah, e sobre a mudança: Nós decidimos estabelecer um horário fixo de postagem, 21:00 (22:00 no horário de Brasília, considerando o horário de verão) pra ser mais específica. Além disso, o intervalo de 10 dias continua. Eu seeei que poderia ser menor, nós adoraríamos passar todo o tempo do mundo nos dedicando à fic, mas infelizmente as aulas e provas não permitem (e com o Enem chegando ainda bate aquele desespero). Mas relaxem, nós não vamos desistir da fic e esperamos que vocês também não ❤.
É isso, beijo no core e até dia 30~~


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