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História Deslocado - Meu dia começa em caos


Escrita por: RA_413linda

Notas do Autor


Oiiiii!!!!

Capítulo 1 - Meu dia começa em caos


Soluço do passado

 

Eu estava sentado na cama, criando coragem para levantar e encarar meu longo dia na ferraria que estava prestes a começar.

O aniversário de Berk seria dali a 3 dias, 212 anos de vida! Sendo assim, eu, como ajudante oficial de Bocão em sua ferraria, teria um longo dia de trabalho manual pesado como em todos os anos, já que os vikings costumam se armar até os dentes para o festival de comemoração e eu era impopular demais para ajudar nos serviços jovens de decoração.

Mas hoje ia ser diferente, eu estava decidido. Hoje eu ia conversar com Bocão e pedir licença para ajudar os outros jovens nas tarefas adoradas como adornar os escudos, caçar os ovos de dragão escondidos na floresta e talvez até conseguir uma namorada no processo.

Esse pensamento me inspirou. Eu me levantei de vez e coloquei meu casaco, estava saindo de casa quando trombei de frente com Astrid na entrada de casa:

-Ai! - ela me dá um soco no braço quando perde o equilíbrio.

-Desculpa! - eu caio no chão com o impacto.

-Eu não gosto de parar de treinar mas seu pai me deu a tarefa de vir aqui. - ela suspira, como se fosse minha culpa o fato de ela estar ali - Ele está te chamando, quer te dizer alguma coisa importante sobre matar dragões ou alguma coisa assim, eu não prestei atenção, mas ele parecia sério.

Sinto arrepios só de imaginar em meu pai me chamando para conversar. Não sei como vou falar com ele sobre o que eu quero.

-Eu iria rápido se fosse você. - ela diz dando de ombros e se afasta, ates que eu consiga responder alguma coisa.

Eu a observo ir para longe até a perder de vista entre a correria pré-festival dos vikings agitados nas ruas. Depois de algum tempo me recompondo, sigo o caminho direto para o Grande Salão, onde imaginei que meu pai estaria graças ao Dia das reclamações.

Enquanto seguia ao Grande Salão, me deparei com o Melequento e os gêmeos jogando iakboll,  um jogo bem nojento — seu objetivo é sair chutando a bola até um arco de ferro, se o viking que cuida do arco chutar a bola antes de ela entrar no aro, é ponto para o time que defendeu, se errar, é ponto pro time que chutou a bola.

Aí você me pergunta: "onde isso é nojento?" E eu te respondo: a bola é feita de estrume de iaque misturada com leite solidificado. Se alguém te convidar pra jogar iakboll, diga não.

-Ei, olha quem está aqui! Soluço, o grande caçador de dragões!-disse Melequento ironicamente.

-Ha Ha Ha, bem engraçado Melequento! - suspiro - Vai participar da caça aos ovos de dragão hoje à tarde?

-Por quê tá perguntando, até parece você vai participar. - Cabeça Quente pergunta, e seu gêmeo dá risada.

-Bem... é o que eu estava planejando, sabe. - desvio o olhar, me sentindo ameaçado.

-Olha aqui Soluço, eu não quero ser idiota nem nada mas cá entre nós você não tem meio que jeito pra essas coisas. - Melequento põe o braço em meus ombros, me dando vontade de vomitar com o fedor de bola de iaque que emanava dele.

-Eu nunca tentei, como você sabe? Eu tenho mais coragem do que você pensa. - me sinto irritado com suas provocações.

-Ah, mas se você é tão corajoso para caçar ovos de dragão... pega a bola de iakboll! Deve ser molezinha para o Senhor Valente. - diz ele, se afastando.

Tento correr quando percebo o que vai acontecer, mas os gêmeos me param antes disso. Eles me seguram e quando dou conta já é tarde demais: Melequento já chutou a bola na minha cara.

Não sou um garoto muito resistente, admito. Assim que a bola gosmenta pegajosa atinge meu rosto, sou lançado para trás com força graças ao impacto.

A última coisa de que me lembro antes de apagar é a dor latejante na cabeça e uma briga entre os gêmeos discutindo quem assumiria a culpa pela minha morte.

 

Soluço do futuro

 

Estava conferindo a produção de lã com Banguela na casa do Sven-não-tão-Silencioso quando sua ovelha premiada deu falta, o que significa que eu estava condenado.

Eu tive certeza absoluta que a vi assim que entrei no cercado, e no começo, quando não a encontrei mais, imaginei que só tivesse corrido para alguma ponta mais distante até que estava prestes a voltar para casa e me deparei com a porteira aberta — ela fugiu.

Todos da ilha sabem como Sven reage quando se trata dessa ovelha, quando ele descobrir que ela fugiu por minha causa ele não vai ficar nem um pouco contente.

Um barulho de pouso de dragão ao meu lado desviou minha atenção do problema: era Astrid, que já descia da Tempestade e vinha em minha direção.

-Valka me mandou te chamar. - ela se aproxima e me dá um selinho antes de ir em direção a Banguela e afagar sua cabeça - O salão vai abrir daqui a pouco para o dia das reclamações, os vikings querem se resolver antes do festival, é melhor você se apressar.

-Ah, que ótimo! Já tinha me esquecido de que hoje tenho que resolver não só os meus problemas como todos os de Berk. - suspiro, levando as mãos à cabeça - Os bons tempos já se foram.

-Aconteceu alguma coisa? - Astrid parece preocupada.

-Ah... eu meio que perdi a ovelha premiada do Sven-não-tão-silencioso. - eu explico e Astrid faz um chiado desaprovador.

-Eu posso cuidar disso, se você quiser. - ela suspira e põe a mão em meu ombro - É o mínimo que eu posso fazer pra te ajudar hoje. Agora vai logo, enquanto você está aqui fora, Valka está sozinha nas reclamações.

Eu sorrio para ela e lhe dou um beijo de despedida antes de subir no Banguela e voar pro Grande Salão. 

O dia das reclamações é uma tradição mensal de Berk que nunca dura um dia só — vikings mal humorados fazem fila para expor seus problemas ao líder e busca de uma solução. Com meu recente cargo de liderança depois da vitória contra Drago alguns meses atrás, eu vim sendo o responsável por isso.

Depois de cerca de uma dúzia de vikings estressados falando sobre produção de leite de iaque, machados desaparecidos, vikings de palito pintados em suas paredes e outras populares travessuras dos gêmeos, meu coração acelera quando vejo Sven-não-tão-silencioso atravessar as portas do Grande Salão enquanto puxava as orelhas de Cabeça Quente e Cabeça Dura.

-Esses pestinhas trocaram minha querida ovelhinha premiada por uma cabra filhote! Descobri que cabras não gostam de terem o pelo escovado do pior jeito! Veja o que fez com minha calça! - diz ele virando de costas, mostrando um rasgo enorme em seu calção.

-Soluço, isso é injusto! A gente não fez nada!-diz Cabeça-Quente.

-Nunca achei que diria isso mas, a Cabeça-Quente está certa!-diz Cabeça-Dura.

Eu suspiro enquanto escuto os três entrarem em uma discussão berrada de estourar os ouvidos.

-Sven, para! Eu chequei suas ovelhas hoje mais cedo, é possível que ela tenha escapado. - respiro fundo esperando o surto.

Não demorei muito nessa briga, mal tive tempo de encarar Sven direito quando reparei em sua bota sendo lançada na direção de minha cabeça enquanto o velho gritava maldições e desgraças. Apaguei logo depois disso.



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