História Consequences - Sequestro

Alexis Lahey

Eu queria muito acreditar que isso é apenas uma fase na minha vida e que vai ficar tudo bem em um futuro próximo. Que tudo vai ficar bem. Eu vou superar e me recuperar desse caos. Que vou conseguir. Mas quando tudo que envolve Cameron volta para a minha mente, eu só tenho vontade de chorar e chorar até não aguentar mais. Não me sinto idiota por ter sido enganada durante meses, mas sim por ter me permitido amar alguém novamente. Por ter deixado com que ele entrasse no meu coração.

Violet sempre esteve certa sobre isso. Eu iria sair quebrada disso tudo. Destruída e destroçada feito resto de lixo. Porque é isso que o amor faz com a gente. O amor é como saltar do pico de uma montanha. Primeiro parece que você voando. E depois, é como se estivesse morrendo. E bom, você está.

Cameron foi exatamente isso. Existia momentos que eu estava nas nuvens ao seu lado, ou por apenas estar ao seu lado. Agora olhe como eu estou agora. Sozinha, grávida e quebrada. Embora que poderia ser pior, afinal ninguém além das pessoas mais próximas à nós dois sabiam do nosso relacionamento. Se a mídia soubesse seria, sem sombras de dúvidas, a pior coisa para mim.

Madison é a única pessoa — além do Dallas — que sabe sobre a minha gravidez. Minha amiga está me apoiando a criar essa criança sem um pai, pois bem, é melhor ela crescer sem um pai do que ter um pai, mas ele ser um mentiroso e chefe de uma gangue. Mesmo que Cameron talvez fosse um ótimo pai. Afinal, era um de seus sonhos. E eu realizei esse sonho, entretanto ele estragou tudo.

Mad estava muito empolgada, o que me deixava mais estressada do que deveria. Ter um filho agora, aos quase vinte anos não estava nos meus planos, mas vamos fazer o quê?

Me sinto até um pouco desapontada comigo mesmo por ter saído no meio da madrugada, para outra cidade longe de casa, sem consultar ou sequer avisar alguém. Madison e Violet ficariam loucas de preocupação e provavelmente quando eu voltar elas vão querer me assassinar. Mas eu preciso desse tempo sozinha. Minha mente precisa de um tempo. Meu coração não aguenta mais todas essas coisas pesando sobre seus poucos pedaços que sobraram. Eu mesma não aguentava mais ficar dentro daquela casa cheia de lembranças e memórias ruins. A cada canto que eu olhava eu me lembrava das únicas três pessoas que eu mais amei na minha vida e que me arruinaram.

— Primeira chamada para o voo trezentos e oitenta e sete com destino à Wellington, Flórida.

Desperto-me de meus pensamentos ao ouvir a chamada do meu voo. Limpo uma lágrima que havia caído, pego minha bolsa e minha mala, guardo meu celular no bolço da calça de moletom e ponho meus óculos escuros no rosto.

Caminho rapidamente até a fila do desembarque, até uma pessoa se esbarrar em mim e quase me lançar para longe.

— Oh, me desculpe, senhora! — Acara alto e moreno disse.

Eu juro que eu já o vi antes!

— Eu te conheço? — Pergunto.

— Não sei. — Ele sorri — Me chamo Nathan, mas pode me chamar de Nate, prazer.

Toda vez que eu ouço essa palavra eu tenho vontade de chorar. Estar grávida é uma droga.

E aliás, eu preciso de uma lista de coisas que me dão vontade de chorar.

— Você me parecia familiar, mas acho que não... — Sorrio falso e vou até a minha fila.

— Você não se apresentou, loirinha.

— Sou Alexis.

— Alexis Lahey? A segunda garota mais jovem a ser bilionária dos Estados Unidos? — Ele questiona surpreso, olhando-me de cima para baixo.

— Acho que sim. — Dou de ombros. — Só se que Kylie Kardashian sofreu um acidente e morreu, aí eu passo a ser a primeira.

— Esperava mais da tão famosa Alexis Lahey...

— Que pena, não é mesmo? — Falo irônica e o cara ao meu lado, na outra fila, dá risada.

Entrego meu passaporte e a minha passagem ao balconista e ele logo me libera.

Que cara esquisito.

​

ღღღ

— Alexis, por favor, não vá... — Ele chorava e soluçava — Eu de preciso de vocês comigo! Se você for, nenhuma de vocês vai conseguir voltar para mim... Por favor! Volte para casa, Lexi. Eu preciso de vocês duas. — Ele dizia segurando as minhas mãos, até que meu corpo foi puxada brutalmente e arrastado para fora daquele quarto escuro. — Me escute! Eu te prometo que vou te procurar até o inferno! Eu vou achar quem fez isso e vou encontrar vocês! Eu prometo! Eu te amo, Alexis!

Acordo com meu corpo sendo chacoalhado. Olho para o lado e a senhorinha me olhava assustada.

— Está tudo bem, menina?  

— Tive apenas um sonho ruim. — Sorrio amarelo.

— Tem certeza? — Questiona.

— Sim, eu acho.

— Não sei se faz diferença, mas... Enquanto estava dormindo, você disse alguns nomes... — Fala.

— Quais?

— Cameron, Nash e Samuel.

ღღღ

Saio do aeroporto ainda um pouco confusa sobre tudo o que havia acontecido.

Por que eu havia tido um pesadelo envolvendo Cameron, Nash e Samuel?

Chamo um taxi que estava parado do outro lado da rua, mas o velhinho era tão lerdo que ainda estava me procurando.

Bufo irritada pronta para gritar, quando sinto uma mão envolvendo meu corpo e outra na minha boca. Sou arrastada para dentro de um carro preto. Eu tentava gritar, bater na pessoa que me segurava, eu não sei. Eu tentava fugir de alguma maneira. Mas quando me dei conta, eu já estava dentro daquele carro, amarrada e perdendo todos os meus sentidos.

​

ღღღ

 Um dia depois...

Cameron Dallas

Entro em casa totalmente descontrolado, assustando todos os meus amigos que estavam parados em frente à televisão.

— Cameron do céu, o que foi? — Sierra pergunta.

— A Alexis... Ela... — Eu tentava falar. Tentava terminar a frase, porém meu coração foi se apertando. Minha cabeça parecia ter dado branco e minha garganta ter dado um nó.

— Calma, respira! — Sierra fala, puxando-me e colocando-me sentado na poltrona. — Matt pegue um copo de água, rápido!

— Ela... Foi sequestrada! — Digo sentindo as lágrimas voltarem a cair do meu olho.

Lágrimas e tremedeira de desespero.

— Ela foi o que? — Johnson pergunta.

— Não acredito que ele fez isso... — Hayes sussurrou.

— Como assim, Hayes?

— Nash estava estranho ultimamente, escondendo o celular de mim, coisa que ele nunca fez... Mas teve um dia que ele foi tomar banho, e esqueceu o celular em cima da cama, ele apitou e era uma mensagem do Samuel.

— E o que dizia? — Pergunto.

— "Vamos acabar com a loirinha."